sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

O boné do Banco Nacional de Ayrton Senna [Especial]


O extinto banco brasileiro Nacional foi o principal patrocinador de Ayrton Senna durante toda sua carreira na Formula 1. Desse contrato de patrocínio surgiu um dos bonés mais conhecidos no Brasil: o boné azul do Senna, que curiosamente chegou a ser proibido pela equipe Lotus.

Conheça a história completa desse famoso boné do Banco Nacional em “Continue lendo” abaixo:

A Formula 1 é um esporte no topo da pirâmide do automobilismo profissional, onde cada espaço de exposição publicitária alcança altos valores monetários. Um dos mais visados espaços publicitários são os bonés de patrocinadores, utilizados em entrevistas, coletivas, na concentração nos boxes e, claro, no pódio. Essa posição de destaque era discutida em cláusulas de contrato, garantindo esse lugar para os maiores investidores financeiros nas equipes.

(Senna em 1984)

(Senna em 1984)

Em sua estreia na Formula 1, Senna foi visto utilizando bonés Michelin e da Pirelli,  fornecedores de pneus da Toleman, sua primeira equipe. Foi só na temporada de 1985, quando foi correr pela escuderia Lotus, que o Banco Nacional se tornou o patrocinador pessoal de Senna. A partir desse ano, Senna e o Nacional iniciaram uma parceria que se manteve até o fim de sua carreira.

(Senna com o boné do Nacional, em 1985).

Na terceira temporada de Senna na F1, a equipe Lotus recebia o patrocínio das marcas Elf (combustível), Honda (motor) e Camel (indústria tabagista) e seus logotipos eram estampados no chassi dos bólidos, bordados nos macacões dos pilotos e aplicados em seus capacetes, além de patrocinadores pessoais de cada corredor. Quando foi renovar seu contrato com a equipe, em Janeiro de 1987, uma cláusula dizia o seguinte:

“Em todo momento de aparição pública nas corridas, treinos, entrevistas para imprensa e televisão ou outros eventos promocionais,  o Piloto deve, se necessário e requerido, utilizar um boné com publicidade indicada pela Lotus e substituir o uso do boné ‘Nacional’, como ocorreu durante a temporada de 1986″ (trecho retirado do contrato de renovação da equipe Lotus com Senna, em Janeiro de 1987).

(engenheiro da Lotus Steve Hallam e Senna, com o boné do Nacional, em 1986).

Para manter essa boa relação com o banco, que rendia para Senna um bônus considerável em seus ganhos financeiros, no mesmo dia que recebeu esse contrato de renovação restringindo o uso do boné do Nacional, os advogados de Senna solicitaram uma mudança na cláusula, se baseando em uma excessão do contrato original:

“Vocês concordaram com a excessão das provisões de patrocínios proscritas nos apêndices do contrato que Ayrton Senna da Silva pode usar um boné com desenho aprovado por seus patrocinadores pessoais para entrevistas aqui descritas. São entrevistas com duração menor de 3 minutos exclusivas para a TV Globo, limitada a uma entrevista antes da corrida e outra depois, longe da área da pista.” (trecho retirado da carta dos advogados de Senna para a Lotus, em Janeiro de 1987).

(Senna com o boné do Nacional, em 1986).

Após uma conturbada noite de negociações, o contrato de Ayrton Senna com a Lotus foi renovado por mais duas temporadas, a excessão do uso dos bonés do Nacional em entrevistas para a Globo foi aceita.

Longe das câmera da Globo, durante toda a temporada de 1987 Senna utilizava um boné da Elf:




(Senna em 1987, com boné do Nacional, em entrevista para a Rede Globo).


Quando trocou a Lotus pela McLaren, em 1988, a restrição com o boné do Banco Nacional acabou.

A extensa exposição de Senna utilizando o boné do Banco Nacional em entrevistas, sejam elas oficiais ou particulares, campanhas publicitárias e aparições públicas transformaram o boné azul em um ícone local.

Originalmente, o boné não era vendido ao público, mas era utilizado como peça promocional para novos clientes e prêmio para correntistas antigos do banco, porém era possível encontrar “réplicas” do boné em camelôs das grandes cidades brasileiras.




(Adriane Galisteu com boné do Nacional e Senna andando de moto em Mônaco, 1993).

Senna continuou usando o boné do Banco Nacional até o final de sua carreira, carregando seu patrocinador para todas as equipes que ele correu. Em raras ocasiões Senna trocou o Nacional por outro boné, como seus momentos no pódio que, por contrato, obrigava os primeiros lugares a usarem um boné da Goodyear.

O Banco Nacional fechou em 1995.


Na grande maioria das vezes em que foi visto, o boné do Banco Nacional é um H-Panel azul, com um gráfico do logo do banco no painel frontal, silkado na cor branca. A assinatura de Senna, no painel lateral, era silkada na cor amarela. Hoje, é possível comprar réplicas oficiais do boné, que pecam em não reproduzir com exatidão o boné original.


(Réplicas atuais do boné do Nacional).


Assista uma seleção de comerciais de Senna utilizando o boné do banco Nacional.









Fontes: Folha, ESPN, Formula1.com, Wikipedia, Ayrton Senna Vive, AyrtonSenna.com.br, Youtube.


FONTE PESQUISADA


BONÉSBR - O boné do Banco Nacional de Ayrton Senna [Especial]. Disponível em: <http://bonesbr.com/post/117838336815/o-bon%C3%A9-do-banco-nacional-de-ayrton-senna>. Acesso em: 30 de dezembro 2016.

Banco Nacional (Ayrton Senna) - 1994



quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Ayrton Senna, Adriane Galisteu, Bruno Senna e Viviane Senna no Grande Prêmio do Brasil 1994 (Foto)


Ayrton e Adriane de mãos dadas com o sobrinho do piloto Bruno, antes do Grande Prêmio do Brasil 1994. Senna viu a amada de mãos dados com seu sobrinho e deu a mão a ele também. O Campeão adorava crianças e estava doido para ser pai. Também estavam com eles a irmã de Ayrton, Viviane.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

"Eu tinha sentido várias vezes ele a ponto de me pedir em casamento", Diz Adriane Galisteu Sobre Enlace Com Ayrton Senna

Formula 1 Magazine, Paris, numéro 11, abril 2002




TRADUÇÃO LIVRE

Em 3 de Abril de 1994, Adriane viu pela última vez o amor de sua vida. Ela deixou Ayrton no Aeroporto de Cumbica, de onde ele iria voar para o Japão, onde ele iria participar do Grande Prêmio do Pacífico, segunda rodada do campeonato. Ela tinha decidido ficar em São Paulo para fazer um curso de Inglês intensivo, era essencial para integrar-se no mundo da Fórmula 1. "Ao olhar para trás, como poderia imaginar que seria a última vez que o veria? Eu estava tão ansiosa para chegar ao Algarve, um mês depois, para rodar (pelos circuitos) juntos por todo o verão na Europa (verão europeu). Nas semanas anteriores, eu tinha sentido várias vezes ele a ponto de me pedir em casamento, e eu tinha certeza de que a nossa estadia na Europa seria o prelúdio para a nossa união definitiva. Lembro-me de suas últimas palavras antes de sair de Angra: "Eu tenho duas certezas na minha vida, Dri: a primeira é que eu quero passar o resto da minha vida ao seu lado, e a segunda é que eu quero terminar minha carreira na Fórmula 1 com a Ferrari! ' E quando ele tinha certeza de algo ... "



Adriane se mudou com Ayrton para a mansão do Algarve, em Portugal, pouco antes da morte do piloto


IDIOMA ORIGINAL

Le 3 avril 1994, Adriane vit pour la dernière fois l'amour de sa vie. Elle déposa Ayrton à l'aéroport de Cumbica, d'où il s'envolerait pour le Japon où il allait prendre part au Grand Prix du Pacifique, deuxième manche du championnat. Elle avait décidé de rester à Sao Paulo afin de suivre un cours d'anglais intensif, ce qui était indispensable pour s'intégrer dans le milieu de la Formula 1. "En le regardant s'éloigner, comment aurais-je pu deviner que c'était la dernière fois que je le voyais? Je me réjouissais tellement de le rejoindre en Algarve, un mois plus tard, pour passer tour l'été ensemble en Europe. Les semaines précédentes, je l'avais senti plusieurs fois sur le point de me demander en mariage, et j'étais certaine que notre séjour en Europe serait le prélude à notre union définitive. Je me souviens de ses derniers mots avant de quitter Angra: 'J'ai deux certitudes dans ma vie, Dri: la première est que je veux passer le restant de mon existence à tes côtés, et la deuxième est que je veux terminer ma carrière en F1 chez Ferrari!' Et quand il était sûr de quelque chose..."

Print do trecho da reportagem da Revista Formula 1 Magazine, Número 11, abril 2002


Leia também:





Senna e Galisteu Se Preparavam Para Subir ao Altar





Ayrton Senna Diz Que é Muito Feliz Com Adriane Galisteu

Assista:




Ayrton Senna é admirado pelos homens e amado pelas mulheres e com o seu sucesso, tem sempre ao seu redor muitas belas mulheres. Mas ele tem apenas uma: a Adriane, e as outras
mulheres tem que ficar calmas.

"Eu sou muito feliz. Cada piloto... tendo uma vida como nós [pilotos] brasileiros, girando o mundo com a Fórmula 1, merece as vezes se acalmar um pouco, e dividir com uma mulher especial a nossa vida. Eu sou feliz."

Ano 1993





FONTE PESQUISADA

RUBYTHON, Tom; VLIET, Pierre Van. Sa dernière histoire d'amour. Formula 1 Magazine, Paris, numéro 11, 36-48, Excelsior - Automobiles  Classiques, Avril 2002.














terça-feira, 27 de dezembro de 2016

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Ayrton Senna se Declara Para Adriane Galisteu: "Eu Quero Passar o Resto da Minha Vida ao Seu Lado"


Formula 1 Magazine, Paris, Número 11, Abril 2002



"Lembro-me de suas últimas palavras antes de sair de Angra: 'Eu tenho duas certezas na minha vida, Dri: a primeira é que eu quero passar o resto da minha vida ao seu lado, e a segunda é que eu quero terminar a minha carreira na Fórmula 1 com a Ferrari!' E quando ele tinha certeza de algo ... "

E quem disse que a primeira não se cumpriu? Mas não como gostaríamos.

Je me souviens de ses derniers mots avant de quitter Angra: 'J'ai deux certitudes dans ma vie, Dri:la première est que je veux passer le restant de mon existence à tes côtés, et la deuxième est que je veux terminer ma carrière en F1 chez Ferrari!' Et quand il était sûr de quelque chose...



Print da Revista Formula 1 Magazine



FONTE PESQUISADA               

RUBYTHON, Tom; VLIET, Pierre Van. Sa dernière histoire d'amour. Formula 1 Magazine, Paris, numéro 11, 36-48, Excelsior - Automobiles  Classiques, Abril 2002.

Relembre o Teste de Senna Com o Audi S4 Para Quatro Rodas

Avaliação foi a última colaboração que Senna fez para a revista, pouco antes de sua morte

Por Eduardo Pincigher / Fotos: Marco de Bari 
22 dez 2016, 21h00 - Atualizado em 22 dez 2016, 21h04 

Ayrton Senna testando o Audi S4

* Reportagem originalmente publicada em junho de 1994

Pouco mais de dois meses antes de sofrer o acidente fatal no Grande Prêmio de San Marino, Ayrton Senna esteve no Autódromo de Interlagos.

Daquela vez, porém, o tricampeão mundial não se encontrava ali para competir. Mas para dar, com exclusividade a QUATRO RODAS, suas impressões ao dirigir o Audi S4. Um dos modelos que ele mesmo, através da Senna Import, começava a trazer ao país.

Garoava forte, o que tornava a ocasião propícia para avaliar o carro. Ainda mais com o Rei da Chuva ao volante. Na Curva do Sol, o velocímetro já marcava 130 km/h, em terceira marcha. Consciente de que era preciso aquecer os pneus, o piloto diminuiu o ritmo, enquanto contornava o traçado.


Na reta dos boxes, as marchas eram trocadas a 6.000 rpm, exceto na passagem da quinta para a sexta, quando o conta-giros apontava 5.200 rpm. “Jamais havia guiado antes um carro de passeio tão veloz, aqui em Interlagos”, impressionou-se Ayrton, ao olhar para o velocímetro, que marcava 195 km/h.

Aquilo era só o começo. No instante da freada para o S do Senna, o Audi chegou a 205 km/h. Ayrton, então, parou de falar. Iniciou a frenagem, reduzindo marchas com invejável rapidez, sempre intercaladas com punta-tacos. A tomada apontava para dentro da curva, como se ele estivesse a bordo de um Fórmula 1. Feita a manobra, o carro escapou levemente para fora.

Ayrton Senna testando o Audi S4

Mas seu piloto se chamava Ayrton Senna da Silva. Com um contragolpe no volante, ele fez com que o Audi retomasse a trajetória original sem maiores dificuldades. E, quando beliscou a zebra, a Curva do Sol já reaparecia, bem à frente. Chegando à Curva do Lago, pé no freio, reduções de marcas, acelerador a fundo novamente. Uma manobra perfeita, e fim de test drive.

“Cabem cinco pessoas com folga no interior do S4. Ele é um automóvel muito confortável, e você pode sentir isso andando em qualquer velocidade”, resumia um entusiasmado Ayrton, ao tirar o capacete. “Além disso, carros turbinados, como este, são mais divertidos de acelerar. isso tudo sem deixar de lado a segurança, nossa principal preocupação ao trazê-lo para o Brasil”.

Ayrton Senna testando o Audi S4


Opiniões de Senna

Tração permanente: “É a maior vantagem sobre os concorrentes. Com ela, ganha-se muito em estabilidade. Como as quatro rodas tracionam, não há perigo de um dos eixos derrapar em uma curva veloz. Na chuva, então, esse sistema é fantástico. Garante muita segurança aos passageiros.”

Segurança: “Na Alemanha, guiei uma Avant S4 (versão station do carro testado) nas autobahnen, a mais de 240 km/h. Fiz, então, a seguinte experiência: tirei as mãos do volante e subi no pedal de freio. A perua parou em linha reta, e não apresentou fading. Fiquei impressionado com o sistema de freios e com a eficiência do ABS.”


Overboost: “É um recurso que utilizávamos nos Fórmula 1 da era turbo. Na hora de ultrapassar outro carro, bastava apertar um botão no volante que a turbina exercia pressão extra sobre o motor. O S4 tem o mesmo sistema, só que é automático. O motor recebe 25 cv a mais instantaneamente. Ao ultrapassar um caminhão numa estrada de mão dupla, o overboost garante a realização da manobra com maior rapidez e segurança.”


FONTE PESQUISADA

PINCIGHER, Eduardo. Relembre o teste de Senna com o Audi S4 para QUATRO RODAS. Disponível em: <http://quatrorodas.abril.com.br/noticias/relembre-o-teste-de-senna-com-o-audi-s4-para-quatro-rodas/>. Acesso em: 24 de dezembro 2016.

sábado, 24 de dezembro de 2016

Adriane Galisteu Revela Que Fugia do Natal Após Morte de Ayrton Senna


Após a morte de entes queridos, a apresentadora ficava tão deprimida nessa época do ano que tentava fugir. E dá conselhos para quem fica triste nessa época do ano.

Canal Galisteu Sem Filtro - 21/12/2016




Morreu Nesta Sexta-Feira a Querida Bel, Ex-Empregada de Ayrton Senna

23 de dezembro de 2016

Acaba de falecer a ex-empregada de Ayrton Senna, a portuguesa Isabel, a Bel. 

Meus sentimentos. Ela foi muito especial. Deus a receba com um lindo abraço! Descanse em Paz!


Adriane Galisteu fala sobre a bondosa e querida Bel em seu livro Caminho das Borboletas

A casa tinha de estar funcionando, à sua chegada. E, em Mônaco, a perfeição tinha um nome: Isabel, a cozinheira-arrumadeira-faz-tudo portuguesa. Ela  me conquistou de cara:

- Bem que a Maria (caseira de Angra) me disse que você é linda.

- Você faz bem ao garoto - diria, na despedida, a Isabel. 


Bel percebeu a mudança do patrão na primeira vez que Adriane passou alguns dias com Ayrton no apartamento do piloto em Mônaco. De um homem triste, mal-humorado, para um homem feliz e de bem com a vida. Assim como muitas outras pessoas ao redor de Ayrton também notaram a transformação do ídolo quando este conheceu a modelo.


Quem deu a nota de falecimento nas redes sociais foi o afilhado da Bel identificado apenas como nanisemedo79:

nanisemedo79 Hoje possivelmente é o dia mais triste da minha vida,com a tua morte fiquei órfão de uma mulher que além de ser minha madrinha te considerava como uma mãe,hoje senti que que algo não estava bem comigo mesmo e até estava a pensar em ti e quando soube esta tarde que já não fazias mais parte deste mundo vim-me abaixo!!! Quantas vezes estas últimas semanas falei contigo madrinha a perguntar como te sentias e por uma certa parte apesar de me dizeres que já estavas melhor de saúde e eu pressentia que estavas a ocultar-me a verdade sobre o teu estado físico e anímico!!! Nunca esquecerei os grandes momentos que passei contigo quer em França e em Cabo Verde trataste-me como um filho e quando os meus pais por vezes passavam por dificuldades econômicas e por outras situações estiveste sempre aí!!! AMO-TE E SEMPRE TE AMAREI MADRINHA ÉS UM EXEMPLO PRA MIM E PARA OS MEUS FILHOS.






Adriane Galisteu lamentou a morte de Bel através das redes sociais no post sobre o falecimento da Bel postado na conta do instagram @sennagalisteu. A apresentadora e modelo comentou com figuras de uma pessoa fazendo uma oração e um coração partido.





FONTES PESQUISADAS

NANISEMEDO79 - Hoje possivelmente é o dia mais triste da minha vida... Disponível em: <https://www.instagram.com/p/BOYBN5Ej9ZF>. Acesso em: 23 de dezembro 2016.

SENNAGALISTEU - Acaba de falecer a ex-empregada de Ayrton Senna, a portuguesa Isabel, a Bel... Disponível em: <https://www.instagram.com/p/BOYA-EwgJIV>. Acesso em: 23 de dezembro 2016.

GALISTEU, Adriane. Caminho das Borboletas. Edição 1. São Paulo: Editora Caras S.A., novembro de 1994.