A Revista Caras edição 25, fazia parte do
plano de uma grande surpresa que Ayrton Senna faria a sua amada Adriane
Galisteu, o pedido em casamento após o GP de Imola.
Em seguida trechos de vários depoimentos,
reportagens e trechos de reportagens que falam sobre a revista
Ayrton Senna pretendia assumir o noivado
com Adriane depois do GP de Imola
Sua última namorada, Adriane Galisteu, teve permissão, concedida a
poucas, de frequentar a fazenda da família em Tatuí, além de Angra, é claro!
Adriane abandonou a carreira para acompanhar o piloto pelas pistas
do mundo e, depois de um ano e meio de namoro, Senna começou, finalmente, a
falar em casamento e filhos. Discreto como sempre, dizia que não seria logo,
nem muito longe. O que se sabe é que pretendia assumir o
noivado com Adriane depois do GP de Imola.
FONTE: Revista In Foco, Ano 1, Nº 2
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Essa Revista Caras
fazia parte da surpresa que Ayrton faria a Adriane, na revista ele não deu
nenhuma pista, nenhuma dica. Disfarçou muito quando foi perguntado sobre
casamento. Disse que não tinha chegado a hora de se casar, não sabia se
tinha encontrado a mulher ideal e enfim... tudo para "enganar"
Adriane quando ela lê-se, fazer uma brincadeira com ela e pedi-la em casamento
após o GP de Ímola. Tudo fazia parte do pedido de casamento que iria fazer
a Adriane. O diretor da caras na época 15 anos depois confirmou:
"Defendemos a Adriane após o acidente porque sabíamos
que Ayrton estava entusiasmado com ela e que tinha planos
maiores. Ele foi o primeiro a falar que Adriane não era a oportunista em
que alguns a quiseram transformar", conta o diretor na época Edgardo
Martolio na Revista Comemorativa de 15 Anos de Caras em 2008.
Adriane fala da revista em seu livro:
Conversávamos todos os dias - sem exceção. Nos horários mais
incríveis, culpa do fuso horário, mas também da nossa ansiedade em nos falar.
Um dia, o telefone me despertou às seis da manhã - e ele tinha uma surpresa para
mim:
- Você já foi à banca?
- Pô, a essa hora, Béco?
- Então, vai.
Era o sinal definitivo do sacode-a-poeira-e-dá-volta-porcima: na
capa de Caras, nós dois, ele e eu, fotografados numa de nossas últimas
temporadas na fazenda de Tatuí. Muitas fotos, os dois abraçadinhos ao
pôr-do-sol, a cavalo, passeando de mãos dadas. Ele havia liberado as fotos para
a mesma revista que tinha sido nosso drama. A mensagem era, no mínimo, mais um
aceno de desculpas. Ele assumia, de público, sem nenhum constrangimento, seu
idílio. Detalhe: o cenário do romance era a fazenda, propositalmente o lugar
mais familiar de todos em que convivíamos. Tinha alguma coisa de simbólico aí,
não tinha?
Na frase "Era o sinal definitivo do
sacode-a-poeira-e-dá-volta-porcima" citada acima, Adriane se refere a uma
edição anterior da caras de nº 20 onde ela saiu na capa e Ayrton por ciúmes não
gostou. Eles tiveram um desentendimento, porém não foi por causa dessa briga,
como desculpas ou outra coisa, que ele fez essa revista, Ayrton na verdade já
tinha feito a entrevista para a caras, como sabemos agora, o motivo foi outro:
o pedido de casamento.
Mara Ziravello, a repórter da caras que fez a entrevista,
disse em uma entrevista no dia 04/05/1994 Ano 1 Especial Nº 2 que após 6 meses
insistindo muito por telefone, assim como outros repórteres também
pediam uma entrevista com ele, e ele nunca aceitava, finalmente no dia 22 de
março após ligar mais uma vez para o escritório de Senna, Mara
Ziravello ficou surpresa pois foi informada que Senna a receberia no dia
seguinte as 15h30 em seu escritório A edição Nº 20 a qual Adriane saiu sozinha
na capa foi lançada dia 25 de março, dois dias antes do GP Brasil, que foi no
dia 27 de março de 1994.
Leia mais aqui:
Continuando os trechos do livro "Caminho das
Borboletas" onde Adriane fala sobre a revista:
Sua presença se sentia também na mesa com o fax, os papéis
arrumadinhos, na revista deixada no canto - sim, aquele Nova Gente que trazia
nós dois na capa, mesma reportagem de Caras. Considerei aquilo uma
homenagem proposital dele.
Aquele 3 de abril em que o vi pela última vez me encheu da certeza
de que um relacionamento novo, maduro e feliz se instalara entre nós dois,
depois daquele terremoto. Estávamos de bem com a vida. Fiz a mala dele e a
deixei pronta, para a volta da fazenda. Tivemos a tarde toda para, no
apartamento da Paraguai, falar, rir, relaxar, amar - como talvez nunca
tivéssemos nos amado. Foi um dia especial - e nem ele nem eu haveríamos de
desconfiar por quê. Levei-o a Cumbica no meu Fiat e ainda tínhamos meia hora
para gastar. No carro. Papo delicioso. Abraços e beijos. Ele se despediu com
aquele sorriso gostoso:
- Estou de olho em você, garota.
- Eu também estou de olho em você, garotinho. Já estou com
saudade.
- Estou de olho em você, garotinha. Também com saudade.
Ele ainda repetiu, cheio de carinho. A despedida, mais os suspiros
da longa tarde de amor que tivemos no dia de sua partida para o Japão, e mais
aquele beijo de partida, caliente, de novela mexicana, aquele beijo que
trocamos ainda dentro do carro, tudo aquilo me rodopiava na memória como uma
mensagem enigmática que eu precisava decifrar - um quebra-cabeças cujas peças,
justapostas, me indicariam a rota da minha futura relação com ele.
Este era o seu estilo de se relacionar com a vida e com a pessoas.
Discreto por natureza, dizia o mínimo necessário; mas, determinado em tudo o
que fosse do seu interesse, agia no sentido do fundamental.
Surpreendi-me, uma vez, com uma inconfidência, feita na
cumplicidade dorminhoca do sol de Angra, ao final de um entardecer de pura
alegria:
- Um dia, vou me casar com você - (e eu me vi imediatamente, sei
lá por que, de véu e grinalda, naquela capelinha na Jipóia, ali pertinho,
aquela mesma a que ele se referiu na nossa primeira noite de amor). - E um dia
vou correr na Ferrari.
A caseira interrompeu para animá-lo com o cardápio que ela
preparava para a chegada. Típico da simplicidade dele: galinha grelhada e
legumes no vapor. Peguei de novo o telefone. Falamos de nós. De saudade e de
amor. Trocamos juras apaixonadas.
- Preciso lhe dar umas palmadas - disse ele.
- Palmadas? Por quê?
- Tenho muito a lhe dizer. A lhe propor. A lhe oferecer -
prosseguiu. - Devo estar aí às 20h30, por aí. Quero passar a noite em
claro. Vamos conversar até o
amanhecer. Quero convencê-la de que sou, disparado, o melhor homem de sua
vida.
Ri, com aquele comentário inesperado.
- Você não conhece os outros... - brinquei.
Divorciado, quando a morte o surpreendeu estava preparando seu casamento com a modelo brasileira Adriane Galisteu.
Adriane Galisteu, uma companheira constante de Ayrton e os planos de ter uma nova família com ela
Ao longo de mais de 1 ano, o
piloto Ayrton Senna foi acompanhado por Adriane Galisteu pelos autódromos de
todo o mundo. Eles eram um casal feliz e apaixonado, e pouco antes da
trágica morte, Senna deu várias entrevistas em que falou sobre começar uma
família. Infelizmente, esses sonhos do grande brasileiro não era para ser.
Ayrton preparava seu casamento com Adriane de acordo com várias publicações
Divorciado, quando a morte o surpreendeu estava preparando seu casamento com a modelo brasileira Adriane Galisteu.
e
Adriane já estava na casa do Algarve quando Ayrton ligou, por
volta das oito da noite em Portugal, nove da noite em
Imola. Ela se preparava para tomar
banho e atendeu, mas ele queria falar primeiro com Juracy:
- Juracy, tenho um assunto muito sério para resolver com Adriane.
Por isso, amanhã não vai ninguém comigo pra Portugal. Não precisa preparar
aquele jantar que combinamos. E também não vá me buscar no aeroporto.
- Mas quem vai te buscar, Ayrton?
- Você dá o seu carro pra ela me buscar.
Também no mesmo livro, Ayrton, o herói revelado, Jo Ramirez
revela que Ayrton estava ansioso para ver Adriane
Apesar da frieza de Ron, Ayrton ainda mantinha laços com a
McLaren, a ponto de, na véspera, ter ligado para Jo Ramirez, pedindo que ele
providenciasse um helicóptero para levá-lo, logo depois da corrida, do
autódromo para o aeroporto de Bolonha, onde já pedira a Owen O'Mahony que ele
estivesse a postos com o avião. Senna queria estar logo com Adriane em Portugal
e justificou ao velho amigo Jo:
- Espero que você não repare eu estar te ligando e te pedindo esse
favor, agora que saí da McLaren. É que esse pessoal da Williams não faz nada
pelos pilotos. Somos apenas empregados.
FONTE: Ayrton Senna, o herói revelado
Jô Ramirez contratou um helicóptero para
Ayrton Senna encontrar Adriane e pedir ela em casamento, um trecho de uma
entrevista de 2013
Ramirez finaliza: Naquele dia contratei um
helicóptero, porque após o GP ele iria voar para Portugal para encontrar sua companheira
Adriane Galisteu. Domingo de manhã encontrei com ele, entreguei-lhe uma nota do
serviço de contratação do Helicóptero, olhou-me grato e apertou minha mão com
força. Foi uma despedida.
Ayrton Senna abraça Jo Ramirez após uma vitória em 1993
Jo Ramirez guardava os
segredos mais íntimos de Ayrton
Se alguém conhecia os
segredos mais íntimos e mais êxtase vitórias brasileiras, ele, um mexicano que
viveu uma amizade à beira da pista a toda velocidade com o lendário Senna.
Outra entrevista de 2011 ele fala também
que os dois iriam se casar:
Eu não gostei muito também das cenas da
Xuxa. Ela passou rapidamente na vida de Senna, não era com ela que ele iria se
casar, ele se casaria com sua namorada posterior, Adriane, mas a família não
permitiu cenas da Adriane no filme.”
"Tenho apenas duas críticas ao filme.
Ele se concentra muito na rivalidade entre Senna e Alain Prost, um capítulo
muito importante na sua vida, mas não o único. Como resultado, Prost aparece
como vilão do filme, que parece injusto, especialmente porque Alain ainda está
conosco. A segunda, porque não havia nenhuma menção de sua namorada Adriane
Galisteu, que era a menina que Ayrton levaria ao altar. Infelizmente, a família
não aprovava Adriane, uma mulher excelente."
Fonte: El Universal
Jo Ramirez era amigo e confidente de Ayrton Senna
Foto: Revista Racing Especial, Anuário, Nº 315
Ayrton gostava muito de fazer surpresas ao seu grande amor:
Em fevereiro de 1994, quando passavam férias no Brasil, os dois
fizeram muitos planos:
Fevereiro de 1994
Ayrton e Adriane fazem planos e decidem ficar de maio até o fim do
ano de 1994 na Europa. Ayrton já não tem tanta disposição como antes e está
cansado de voltar sempre ao Brasil depois de treinos e grandes prêmios. O
anuncio destes planos de fato não agradaram a família acostumados sempre a
encontrar seu filho prodígio em 1 ou no máximo 2 semanas. Os pais de Ayrton,
Dona Neide e seu Milton, e Viviane sentiram que Ayrton se afastou um pouco do
circulo familiar para dar mais privilégios e atenções a sua vida de casal. Eles
ficaram ressentidos com Adriane.
O casal novamente passam uma longa semana juntos, entre o rancho
de Tatuí, o apartamento de São Paulo e a casa de praia em Angra dos Reis.
Difícil para Ayrton ver as noticias da temporada. Ele diz que a Williams não é
tão competitiva como as pessoas imaginam. A notícia sobre os novos regulamentos
sem a ajuda eletrônica para a direção faz o comportamento do carro instável.
Mesmo com a tensão e inquietação, o casal está cheio de planos.
FONTE: F1 Magazine Avril 2002
Agora veja mais fotos da edição Nº 25 da revista CARAS, o próprio
Ayrton quem escolheu as fotos, por isso pôs a condição sem fotos a entrevista
que concedeu a repórter Mara Ziravello, as fotos foram feitas por Gianni
Giansantti no mês de março 1994, na época ele era fotografo do Vaticano, do Papa
João Paulo Segundo, e não pelo fotografo pessoal de Ayrton, Norio Koike como
fala erroneamente o livro, Ayrton, o herói revelado.
Nos ultimos dias, Ayrton
Senna disse palavras de amor para Adriane que ele nunca havia dito:
Contente com o namoro, a
modelo Adriane pensou até em gravar as palavras de amor e
elogios que recebia do namorado Ayrton Senna pelo telefone,
como prova da felicidade em que vivia. Foi o que ela disse na semana passada
quando esteve com sua cabelereira Rosa Kaneshi. Em um salão da rua
Tito, na Lapa Zona Oeste.
Era quinta
feira, véspera da viagem que faria a Portugal. No domingo, iria se
encontrar com Ayrton.
Rosa conta que Adriane lhe
fez o seguinte comentário: "Eu devia ter gravado o que ele falou para mim
nestes dias".
Fonte: Folha de São Paulo, 07/05/1994
Fonte: Folha de São Paulo, 07/05/1994
Essa revista CARAS Edição 25 é um grande Enigma, uma
Charada.
Ayrton Senna simulou uma
entrevista sobre vida pessoal e carreira para pedir Adriane Galisteu em
casamento. Na entrevista ele disfarçou muito quando foi perguntado sobre
casamento, não deu nenhuma dica, nenhuma pista. O objetivo dele era “enganar”
Adriane quando lê-se a revista e fazer-lhe uma grande surpresa quando se
reencontrassem... Tudo fazia parte da grande surpresa que ele faria a Adriane
depois do GP de Ímola. Em todas suas biografias diz que ele estava muito
ansioso para reencontrá-la após Ímola, e agora sabemos o motivo: para pedi-la
em casamento. Mas aconteceu a tragédia e o encontro tão esperado não aconteceu.
Outro ponto muito interessante na revista são as fotos que o próprio Ayrton
escolheu para a reportagem, em cenários muito românticos, a revista é recheada
de fotos muito românticas escolhidas pelo próprio Ayrton, onde as imagens
mostram o seu carinho e amor por Adriane. Uma bela homenagem a seu grande amor,
uma bela surpresa, uma linda forma de pedir em casamento. Leia mais no nosso
blog: http://ayrtonsennavive.blogspot.com.br/2011/08/revista-caras-29-de-abril-de-1994-2.html
Ayrton e sua futura esposa Adriane Galisteu, infelizmente a tragédia
interrompeu seus sonhos de casar e construir uma família com Adriane:
Ayrton Senna e Adriane Galisteu namoraram um ano e meio. Os dois moravam juntos quando o piloto sofreu o acidente que o matou, em 1994.
*
Ayrton Senna é admirado pelos homens e amado pelas mulheres e com o seu sucesso, tem sempre ao seu redor muitas belas mulheres. Mas ele tem apenas uma: a Adriane, e as outras
mulheres tem que ficar calmas.
"Eu sou muito feliz. Cada piloto... tendo uma vida como nós [pilotos] brasileiros, girando o mundo com a Fórmula 1, merece as vezes se acalmar um pouco, e dividir com uma mulher especial a nossa vida. Eu sou feliz."
Ano 1993
mulheres tem que ficar calmas.
"Eu sou muito feliz. Cada piloto... tendo uma vida como nós [pilotos] brasileiros, girando o mundo com a Fórmula 1, merece as vezes se acalmar um pouco, e dividir com uma mulher especial a nossa vida. Eu sou feliz."
Ano 1993
*
Bibliografia
CABALLERO, Cassia; TOLEDO, Márcia; BRAUN, Daniela Louise. Vida do Ídolo. Revista In Foco, São Paulo, nº 2, ano 1, p.30, Editora Escala, 1994.
ZIRAVELLO, Mara. Ayrton Senna na Intimidade do Amor. Revista Caras, São Paulo, nº 25, ano 1, p. 6-17, Editora Abril, 29 de abril de 1994.
Revista Caras, Edição Comemorativa de 15 Anos, 2008
HERBSTRITH, Vilnei. Os 15 anos da Caras. Disponível em
GALISTEU, Adriane. Caminho das Borboletas. Edição 1. São Paulo: Editora Caras S.A., novembro de 1994.
RODRIGUES, Ernesto. Ayrton, o herói revelado. Edição 1. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2004.
DONNINI, Mario. Incancellabile Ayrton. Disponível em: <http://autosprint.corrieredellosport.it/2013/04/30/incancellabile-ayrton/8296/>. Acesso em: 30 de abril 2013.
GARCÍA, Ana Laura. Senna através de los ojos de un mexicano. Disponível em: <http://www.tiemporeal.mx/nota/4435/>. Acesso em: 01 de maio 2013.
ALEMÁN, Alejandro. Ayrton Senna: diseñado para ganar. Disponível em: <http://blogs.eluniversal.com.mx/wweblogs_detalle.php?p_fecha=2011-08-19&p_id_blog=78&p_id_tema=14592>. Acesso em: 27 de agosto 2011.
F1ALDÍA. Senna, la película. Disponível em: <http://www.f1aldia.com/foros/formula-1/1/6301/mrf1%E2%80%93jo-ramirez/>. Acesso em: 25 de setembro 2011.
RUBYTHON, Tom; VLIET, Pierre Van. Sa dernière histoire d'amour. Formula 1 Magazine, Paris, numéro 11, 36-48, Excelsior - Automobiles Classiques, Avril 2002.
DUARTE, Luiz Carlos. Adriane queria gravar elogios. Folha de São Paulo, São Paulo, 07 de maio 1994. Esportes, p. 6.
Biografía de Senna, Ayrton. Disponível em: <http://www.biografica.info/biografia-de-senna-ayrton-2245>. Acesso em: 28 de novembro 2013.