sexta-feira, 26 de abril de 2019

Especiais de Ayrton Senna na TV nos 25 Anos de sua Morte (EM CONSTRUÇÃO)

Ayrton Senna será bastante homenageado

Atualizado em 30/04/2019 às 17:28





CANAL BRASIL EXIBE “AYRTON RETRATOS E MEMÓRIAS”




POR REDAÇÃO PORTAL FAMA • ABRIL 26, 2019
Portal Fama - portalfama.com.br

Quem disse que não tem coisa legal na Televisão brasileira? Em uma homenagem especial ao maior piloto do mundo, tem canal por aí que vai exibir um documentário recheado de depoimentos sobre o astro das corridas.

Como no dia 1º de maio de 2019 marca 25 anos da morte de Ayrton Senna, nada melhor que homenagear o maior nome do automobilismo brasileiro de todos os tempos.

o Canal Brasil exibe, às 16h25, o documentário “Ayrton Retratos e Memórias”, de Ernesto Rodrigues. Tendo depoimentos de de pilotos, ex-pilotos, profissionais do esporte, jornalistas e amigos e parentes de Senna como base, o longa apresenta a trajetória intimista e humanista da lenda do fórmula 1.

Vai perder?

Fica então a #DicaPORTALFAMA

Ayrton: Retratos e Memórias – O Filme (90’)
Horário: quarta, dia 1º/05, às 16h25
Classificação: Livre
Direção: Ernesto Rodrigues

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Não percam! Adriane Galisteu participa de especial do SBT e do apresentador Roberto Cabrini sobre os 25 anos da morte do piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna. Adriane deu uma entrevista sobre como foi o dia da morte de Ayrton Senna e dirigiu o famoso Fiat Uno pela cidade de São Paulo, carro que foi um presente do piloto para a amada, enquanto relembrava suas lindas memórias da ocasião que ganhou o carro do campeão.



O documentário “Senna, 25 anos – O Dia que não Terminou” vai ao ar no Conexão Repórter desta segunda, às 23h45, no SBT.



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Roberto Cabrini recorda os 25 anos da morte de Ayrton Senna


O jornalista retrata detalhes de como foi a despedia de um dos principais ídolos da história do Brasil

por Equipe Diario Carioca
odiariocarioca.com

Na próxima segunda-feira (29), o Conexão Repórter recorda os últimos segundos da vida de um mito. Roberto Cabrini, responsável por anunciar a tragédia há 25 anos direto da Itália, relembra a morte de Ayrton Senna da Silva.

O jornalista retrata detalhes de como foi a despedia de um dos principais ídolos da história do Brasil e o fim abrupto de uma convivência de anos entre o piloto e ele, um obstinado repórter cuja missão era seguir seus passos. Com o olhar apurado de quem viu tudo de perto, Cabrini conta como foi o fatídico fim de semana, além de revelar diversos momentos em que estiveram juntos em países distantes e nos mais variados autódromos. Em uma viagem pelo local onde tudo terminou, o jornalista faz, também, uma viagem à sua memória ao lado de Ayrton. Cabrini foi o repórter que mais conviveu com Senna em seus últimos três anos de vida e fala sobre uma trajetória que rendeu registros de um Ayrton diferente: descontraído, menino, bem-humorado. Uma versão leve do piloto compenetrado, competitivo, ambicioso. O programa conversa ainda com Adriane Galisteu, namorada do piloto na época, e com a médica Maria Teresa Fiandri, que recebeu o piloto no Hospital Maggiore de Bolonha. O telespectador poderá acompanhar a história do homem que virou lenda, e o capítulo final daquele que tocava tantos corações.

O documentário “Senna, 25 anos – O Dia que não Terminou” vai ao ar no Conexão Repórter desta segunda, às 23h45, no SBT.



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Documentário "Senna" na TV em horário nobre no dia 1º de maio

Telecine Cult exibe a produção premiada na data dos 25 anos da morte do tricampeão da F1

Voando Baixo — Rio de Janeiro
Por Rafael Lopes
Produtor e comentarista de automobilismo do Grupo Globo
26/04/2019 08h01  Atualizado há 13 horas


Os fãs de automobilismo, especialmente os do tricampeão Ayrton Senna, já têm compromisso marcado para o dia 1º de maio de 2019, data que marca os 25 anos da morte do piloto brasileiro, após o acidente na curva Tamburello em 1994. O Telecine Cult, canal Globosat, vai exibir o premiado documentário "Senna" como forma de homenagear o ídolo. E em horário nobre: às 20h05 (de Brasília).

Cartaz do documentário "Senna", que será exibido pelo Telecine Cult — Foto: Divulgação

Já são 25 anos sem o piloto brasileiro, conhecido pelo arrojo e talento. Foram três títulos mundiais (1988, 1990 e 1991), 41 vitórias e 65 poles positions. O documentário "Senna", dirigido por Asif Kapadia e roteirizado por Manish Pandey, traz as emoções deixadas pelo piloto na memória nacional, passando por momentos únicos como sua ascensão no esporte e a rivalidade com o piloto francês Alain Prost.

Assista a trailer do filme "Senna":



E a crítica publicada pelo Voando Baixo:

(Texto escrito no dia da pré-estreia do filme, em 19/11/2010)

Antes de começar, queria deixar algumas coisas claras. Tenho duas visões sobre o filme "Senna": uma do fã de Fórmula 1 que cresceu vendo as vitórias de Ayrton Senna, e uma outra profissional, sobre a parte técnica da produção. Vou tentar, neste texto, mesclar estas duas coisas. Para mim, é difícil separá-las, já que, na minha cabeça, elas caminham bem juntas. Fora isso, é um documentário que vale a pena ser assistido por quem é torcedor e por quem não é.

Documentário "Senna" será exibido pelo Telecine Cult no dia 1º de maio — Foto: Divulgação

A intenção do diretor Asif Kapadia e do roteirista Manish Pandey era contar a história do tricampeão sem focar demais no fim de semana de sua morte, em Imola, 1994. O objetivo é cumprido com louvor; é um documentário que narra os feitos do piloto, eleito até hoje, em pesquisas internacionais, como o melhor da história. Outro ponto positivo é que você não precisa ser um iniciado em Fórmula 1 para assistir e entender a história. Basta sentar na poltrona do cinema e aproveitar as quase duas horas. São imagens históricas muito bem montadas.

A história é toda montada em cima do duelo psicológico entre Ayrton Senna e Alain Prost, que foi o principal da Fórmula 1 entre 1988 e 1993. Como o brasileiro é o heroi do filme, o francês acaba sendo meio que o vilão, ainda que eu não veja desta forma. A leitura é um pouco mais sutil; a produção mostra ambos como duas faces da mesma moeda: o sucesso de um dependia do que o outro fazia na categoria. Por não usar imagens de entrevistas atuais e tampouco um narrador, como nos clássicos documentários, a narrativa ganha ares de ficção, com o próprio Senna contando a história.

Senna é mostrado como alguém que luta contra o sistema vigente naquela Fórmula 1 comandada por Jean-Marie Balestre, então presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). O francês comandava a categoria com mão de ferro para satisfazer seus próprios interesses, como mostrado em várias imagens inéditas de briefings e entrevistas. Está aí o grande vilão: o dirigente é retratado quase como um mafioso, com decisões intransigentes. E uma frase resume isso:

- A melhor decisão é a minha decisão – disse Balestre.


A relação entre Ayrton Senna e Alain Prost é um dos pontos altos do filme — Foto: Reprodução

É claro que não dá para dizer que o filme é perfeito. Senti falta de algumas coisas, como uma ênfase maior na relação entre Senna e Nelson Piquet – uma imagem mostra Piquet concordando com o compatriota no briefing do GP do Japão de 1990. Além disso, os duelos contra Nigel Mansell e a temporada de 1993, alguns dos melhores momentos da carreira do tricampeão, são exibidos rapidamente. Mas é claro que é complicado de mostrar tudo isso em um filme de pouco menos de duas horas. E o duelo entre Senna e Prost foi priorizado. Para o grande público, é o que importa.

Depois da análise técnica, vamos para o lado mais emocional. Para quem cresceu assistindo às vitórias de Senna na televisão, é impossível não ficar tocado pelas várias imagens do filme. São lembranças de bons tempos, não da Fórmula 1, mas da vida mesmo. Era uma rotina acordar aos domingos para ver o piloto e o documentário traz um pouco deste gostinho de volta. Eu, em particular, acabei me apaixonando pelo automobilismo naquela época; muitas outras pessoas só gostavam de ver o Brasil vencer e largaram o esporte de mão. Por isso, para mim, aquele período de Senna na Fórmula 1 foi muito importante para o que eu seria no futuro e decidir seguir a carreira do jornalismo.

Em suma, “Senna” é um filme que vale a pena ser assistido, seja por quem é fã, seja por quem conhece pouco da história dele. É claro que tudo fica concentrado no lado positivo do tricampeão, mas é natural. Ele é um dos poucos atletas a transcender a barreira do futebol no Brasil e sempre figurar na lista de herois do esporte brasileiro. E para quem não gosta do piloto, é essencial assistir desarmado de preconceitos. É o melhor documentário que já vi sobre Ayrton Senna.

Ayrton Senna na McLaren-Honda em 1988, carro com o qual foi campeão da F1 pela primeira vez — Foto: Getty Images

Serviço na TV:

"Senna"
Telecine Cult, quarta-feira, 1º de maio, às 20h05 (de Brasília)

Direção: Asif Kapadia
Elenco: Ayrton Senna, Alain Prost, Frank Williams
Países: Brasil, EUA, França e Grã-Bretanha, 2010. 105 min.


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Os 25 anos da morte de Ayrton Senna, no próximo dia 1º, estarão no “Fantástico” (amanhã 28/04/2019)

SAUDADE

27/04/2019  Publicado às 02h00
F5 Folha de São Paulo - f5.folha.uol.com.br


Os 25 anos da morte de Ayrton Senna, no próximo dia 1º, estarão no “Fantástico”, amanhã, e segunda-feira, no SBT: Roberto Cabrini, que deu a notícia ao país em 1994, ainda pela Globo, lembrará a perda em seu “Conexão Repórter”. E no dia 1º, o Canal Brasil leva ao ar o documentário  "Ayrton – Retratos e Memórias", de Ernesto Rodrigues. 


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GALVÃO BUENO VAI RELEMBRAR DE AYRTON SENNA HOJE NO ESPORTE ESPETACULAR DA tV GLOBO


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Arquivo n ayrton senna





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BandNews Docs: 25 anos sem Ayrton Senna






Nesta terça-feira, às 23h30, tem estreia do BandNews Docs, um novo espaço dedicado a produções de documentários. O programa semanal exibe um tema inédito, em edições especiais e exclusivas.

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FONTES PESQUISADAS

PORTAL FAMA - CANAL BRASIL EXIBE “AYRTON RETRATOS E MEMÓRIAS”. Disponível em: <https://portalfama.com.br/canal-brasil-exibe-ayrton-retratos-e-memorias/>. Acesso em: 26 de abril 2019.


Roberto Cabrini recorda os 25 anos da morte de Ayrton Senna. Disponível em: <https://odiariocarioca.com/noticia-2019-04-26-roberto-cabrini-recorda-os-25-anos-da-morte-de-ayrton-senna-9653918.carioca.html>. Acesso em: 26 de abril 2019.


LOPES, Rafael. Documentário "Senna" na TV em horário nobre no dia 1º de maio. Disponível em: <https://globoesporte.globo.com/blogs/voando-baixo/post/2019/04/26/documentario-senna-na-tv-em-horario-nobre-no-dia-1o-de-maio.ghtml>. Acesso em: 26 de abril 2019.


PADIGLIONE, Cristina. Sob o comando de Glória Perez, Globo acelera investimento em novos autores para as 21h. Disponível em: <https://f5.folha.uol.com.br/colunistas/cristina-padiglione/2019/04/sob-o-comando-de-gloria-perez-globo-acelera-investimento-em-novos-autores-para-as-21h.shtml>. Acesso em: 27de abril 2019.



Prost: “Eu odeio o filme sobre Senna”



Por Kadu Gouvêa | quarta-feira, 24 de abril de 2019 - 15h59
F1 Mania - f1mania.lance.com.br

Alain Prost disse que odeia o filme de 2010 ‘Senna’, que cobre a vida e carreira de seu grande rival Ayrton Senna. Prost diz que ele é “retratado como ruim” durante o filme, que cobriu sua intensa rivalidade e parceria na McLaren.

O filme foi feito pela mesma equipe que fez o documentário “Drive to Survive”, da F1 Netflix, que foi lançado com muito sucesso no início deste ano.

‘Senna’ também foi bem recebido em seu lançamento, ganhando um prêmio BAFTA de Melhor Documentário.

No entanto, Prost não é um fã do filme, especialmente sobre sua representação nele, já que ele diz que não faz nada para discutir sua amizade com Senna.

“Eu odeio o filme de Senna. Eu realmente odeio isso”, disse a lenda da F1 ao Auto Motor und Sport.

“Eles poderiam ter feito algo fantástico. Mas teria sido uma história diferente”.

“É realmente uma pena que depois de horas de entrevistas com muitas das pessoas envolvidas, algo assim surgiu”.

“No final, ele me descreveu como ruim e Senna como bom, e isso é uma pena”, finalizou.



FONTE PESQUISADA

GOUVÊA, Kadu. Prost: “Eu odeio o filme sobre Senna”. Disponível em: <https://f1mania.lance.com.br/formula-1/prost-eu-odeio-o-filme-sobre-senna/>. Acesso em: 24 de abril 2019.



Senna e a Williams: INCÔMODO ou ADMIRAÇÃO? - Ep.5 | Ayrton Senna - 25 anos de Legado (24/04/19)




No episódio de hoje, relembramos a rivalidade de Senna com a Williams, na época, dona do carro mais rápido da competição.

Quinto e último episódio de "Ayrton Senna - 25 anos de legado", série que marca os 25 anos da morte de um dos maiores ídolos do esporte nacional.

sábado, 20 de abril de 2019

Johnny Dumfries e Ayrton Senna, Lotus 1986


Johnny Dumfries e Ayrton Senna, Lotus 1986

Johnny Dumfries y Ayrton Senna, Lotus 1986

Johnny Dumfries and Ayrton Senna, Lotus 1986

Nigel Mansell e Ayrton Senna GP do Canadá 1986 (Foto)


Nigel Ernest James Mansell (GBR) (Canon Williams Honda), Williams FW11 - Honda RA166E 1,5 V6 t (terminou em 1º)

Ayrton Senna da Silva (BRA) (John Jogador Equipe Especial Lotus), Lotus 98T - Renault V6 (t / c) (terminou em 5º)

Grande Prêmio do Canadá de 1986, Circuit Gilles Villeneuve

Nigel Ernest James Mansell (GBR) (Canon Williams Honda), Williams FW11 - Honda RA166E 1.5 V6 t (finished 1st)

Ayrton Senna da Silva (BRA) (John Player Special Team Lotus), Lotus 98T - Renault V6 (t/c) (finished 5th)

1986 Canadian Grand Prix, Circuit Gilles Villeneuve



quinta-feira, 18 de abril de 2019

‘Quando vi, estava junto com o Piquet, o Ayrton e o Mansell’


Cláudio Tigur é o amigo responsável por entregar as bandeiras do Brasil para Ayrton Senna depois das vitórias do tricampeão mundial


Por Rafael Lopes, Leonardo Murgel e Alexander Grünwald
Rio de Janeiro e São Paulo
globoesporte.globo.com, 28/04/09 - 17h41 - Atualizado em 28/04/09 - 17h41.


Piquet, feliz da vida, com a bandeira do Brasil

Todos os brasileiros lembram a imagem de Ayrton Senna carregando a bandeira do país após as vitórias na Fórmula 1. A tradição começou no GP dos Estados Undos de 1986, em Detroit, um dia após a seleção brasileira ser eliminada pela França na Copa do Mundo do México.


Após aturar muitas piadinhas dos engenheiros franceses da Renault, fornecedora de motores da Lotus, sua equipe na época, ele venceu a corrida, parou o carro e pediu para que um brasileiro na arquibancada lhe entregasse uma bandeira do Brasil. Pedido prontamente aceito por Cláudio Tigur.

Paulista de Taubaté, o fã já conhecia o então promissor piloto e acompanhou toda a temporada de 1986 da Fórmula 1. Após esta corrida, ele se tornou o “entregador de bandeira” oficial de Senna. No entanto, ele recusaria a bandeira em uma ocasião. O pavilhão acabou nas mãos do desafeto Nelson Piquet.

- Após o GP da Hungria de 1986 (em que Nelson Piquet fez uma ultrapassagem incrível sobre Senna, por fora, no fim da reta dos boxes), os três primeiros pararam os carros no parque fechado (local onde os comissários inspecionam os carros), onde é proibida a entrada de estranhos. Mas como sou furão e cara-de-pau, dei um jeito e passei por baixo da grade para entregar a bandeira ao Ayrton. Quando vi, estava junto com o Piquet, o Ayrton e o Mansell! (risos) Mas como o Piquet tinha dado aquele “passão” nele na corrida, o Ayrton não quis a bandeira. Mas o Nelson pegou e levou para o pódio.



FONTE PESQUISADA

LOPES, Rafael; MURGEL, Leonardo; GRÜNWALD, Alexander.15 histórias: ‘Quando vi, estava junto com o Piquet, o Ayrton e o Mansell’. Disponível em: <http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/0,,MUL1101637-17078,00-HISTORIAS+QUANDO+VI+ESTAVA+JUNTO+COM+O+PIQUET+O+AYRTON+E+O+MANSELL.html>. Acesso em: 18 de abril 2019.

sábado, 13 de abril de 2019

Senna X Schumacher, no braço. Palco: GP da França de 1992, Magny-Cours

Então com 23 anos, alemão tirou brasileiro tricampeão da prova logo na primeira volta com manobra desastrada; diante das câmeras, um irritado Ayrton foi tirar satisfações e repórter viu de perto

Por Livio Oricchio — Le Castellet, França
24/06/2018 06h00


De regresso ao calendário da F1, o GP da França nos leva imediatamente de volta no tempo, mais especificamente à edição de 1992 do evento. Não no circuito de Paul Ricard, próximo a Marselha, como neste fim de semana, mas no de Magny-Cours, 250 quilômetros ao sul de Paris.

A corrida representou o segundo round da relação que viria a ser bastante tensa, ao longo dos anos, entre Ayrton Senna, da McLaren, e Michael Schumacher, Benetton. O direito de ser o primeiro round ficou com o GP do Brasil daquela temporada.

Senna estreou o modelo MP4/7-Honda em Interlagos, terceiro GP do calendário, a fim de tentar se aproximar um pouco dos pilotos da Williams, Nigel Mansell e Riccardo Patrese, muito mais rápidos que todos os demais. Na prova, com um carro quase sem testes, o motor Honda cortava.

Schumacher vinha imediatamente atrás de Senna, na reta dos boxes de Interlagos, e interpretou aquela súbita aproximação à traseira da McLaren como um brake test, ou seja, Senna estivesse tocando de leve no freio, na reta, para tentar levar Schumacher brecar forte e perder o controle da Benetton.

- É difícil acreditar que um piloto como Senna, três vezes campeão do mundo, possa ainda fazer break test com os outros - acusou o alemão.

Senna acelera McLaren no GP do Brasil de 1992 — Foto: Getty Images

Senna ficou sabendo da declaração de Schumacher pela imprensa, instantes depois apenas:

- Falou isso, é? Pois o alemão falou besteira. Eu não fiz break test algum. O meu motor estava falhando, tanto que abandonei por essa razão.

Antes de entrar no GP da França de 1992 em si, era importante mostrar que, com menos de um ano na F1, Schumacher já tinha desafetos. E do calibre de Senna, campeão em três dos quatro títulos anteriores disputados, 1988, 1990 e 1991.

Há experiências profissionais em que a forma mais rica de narrar os acontecimentos, recontar os detalhes, é expressar-se em primeira pessoa. Vamos juntos?

Ayrton Senna com a McLaren MP4/7 no circuito de Magny-Cours, em 1992 — Foto: Getty Images

Antes de falar em Magny-Cours, naquele ano, 1992, gostaria de registrar algo. Os caminhoneiros bloquearam as principais rodovias da França. Protesto dos agricultores. Para percorrer os 250 quilômetros do aeroporto de Orly, em Paris, até a pequena cidade de Varrenes-Vauzelles, a uns 15 quilômetros do circuito, precisei de mais de oito horas. Onde eu tentava passar havia algumas toneladas de tomate interrompendo o asfalto.

Chegamos em Magny-Cours sabendo que Mansell e Patrese não teriam adversários. O modelo FW14-Renault da Williams, concebido por Adrian Newey, representava algo muito mais avançado de todos os carros da F1. Equipado com suspensão ativa, era mais de um segundo mais rápido por volta que todos os adversários.

No domingo, choveu e antes da largada ainda havia pontos de umidade no traçado de 4.250 metros de Magny-Cours. Mansell começaria na pole position, seu companheiro, Riccardo Patrese, em segundo, Senna, terceiro, Gerhard Berger, também da McLaren, quarto, e Schumacher, quinto.

Schumacher atingiu Senna na primeira volta no GP da França de 1992 — Foto: Reprodução

Chega pra lá

Ainda na primeira volta, no fim da grande reta, na freada da curva Adelaide, Schumacher tentou ultrapassar Senna, por dentro, para assumir o quarto lugar. Senna havia perdido a terceira colocação para Berger na largada. Sem experiência, ainda, o alemão freou e, quando ambos iniciaram a curva, bastante lenta, o aerofólio dianteiro de Schumacher tocou o pneu traseiro direito de Senna, fazendo-o rodar. Outros pilotos se acidentaram naquela curva.

Mesmo sem o aerofólio dianteiro, Schumacher voltou aos boxes porque o restante do seu Benetton não foi atingido. Já Senna não teve como seguir na corrida. Assistiu às primeiras voltas da área de escape da curva Adelaide.

A corrida seguia seu curso quando na 16ª volta começou a chover forte, a ponto de a visibilidade cair bastante e o asfalto tornar-se extremamente escorregadio. O diretor de prova, Roland Bruynseraede, interrompeu a competição.

Agora vai ficar legal.

Senna já estava de roupas normais, pronto para deixar a área do autódromo, quando viu, na paralisação da corrida, a chance de ter uma conversinha com Schumacher. Quem conheceu Senna sabe que ele não esquecia quando alguém lhe fazia algo. Estava atravessada ainda na sua garganta a falsa acusação de Schumacher em Interlagos, exatamente três meses antes, e naquele momento, bem quente ainda, ter sido literalmente colocado para fora da prova.

Senna aborda Schumacher no GP da França de 1992 — Foto: Reprodução

Atrás da notícia

Eu estava na cabine de transmissão da empresa para quem trabalhava, dentre outras atividades que exercia, quando dei sorte de ver, através do vidro, Senna sair dos boxes da McLaren e caminhar a pé até o grid, onde os carros estavam parando para depois, talvez, reiniciar a competição. Há vídeo dessa cena no Youtube.

Avisei o locutor que estava deixando a cabine e, com o meu gravador de fita cassete na mão, saí correndo para flagrar o primeiro contato entre Senna e Schumacher, em seguida ao alemão deixar o cockpit.

Olha que legal, hoje de manhã, aqui em Paul Ricard, bati um longo papo com Pat Symonds, o engenheiro de Schumacher na Benetton e que fora de Senna na Toleman. A equipe era a mesma, havia mudado o nome, apenas. Symonds riu comigo. Hoje esse conceituado engenheiro inglês faz parte do grupo de Ross Brawn, na FOM, que estuda uma profunda mudança nos regulamentos técnico e esportivos da F1 a partir de 2021.

- Quando eu vi Ayrton chegando, logo compreendi que aquilo poderia gerar uma briga mesmo. Eu me postei bem perto do Michael e lhe pedi para não reagir, ouvisse o que tinha de ouvir. Ayrton estava de cabeça quente, contou-me Symonds, e eu lhe lembrei que estávamos lado a lado.

Enquanto Senna falava com Schumacher, Livio Oricchio (à dir.) ouvia tudo — Foto: Reprodução

Antes ainda de se aproximar de Schumacher, Senna já estava de dedo em riste e suas palavras, em tom ameaçador, foram exatamente estas, as ouvi de perto:

- Eu vim aqui porque eu te respeito como piloto. Mas também para te avisar que da próxima vez quem vai dar primeiro sou eu, não você, ok?

A cara de Schumacher, com seus 23 anos, dizia muito. Cabeça baixa. Foi como o vi em muitas ocasiões, a mais marcante na sala de imprensa do GP da Áustria, em 2002, depois de vencer após a Ferrari mandar Rubens Barrichello deixá-lo passar.

Com os dois pilotos ainda próximos da Benetton, Symonds colocou a mão no ombro de Senna e disse isto:

- Ayrton, eu vou pessoalmente conversar com ele.

Se naquele momento o alemão tivesse encarado Senna, com certeza teriam partido para a agressão física, o brasileiro estava realmente irritado.

Agora o Symonds de Paul Ricard:

- Michael era muito jovem ainda, cheio de gás, cometia erros. Depois de você me contar agora o que aconteceu, eu me lembrei, ele bateu na traseira de Ayrton. Recordo que tínhamos um ótimo carro.

De volta ao acontecimentos da pista, Schumacher diz algo a Senna, já levantando a cabeça, em tom bastante moderado. Não ouvi, até porque a essa altura eles já não estavam sozinhos, havia gente de todo lado. A chuva havia parado, segundos depois da bandeira vermelha.

Você está errado, ponto!

Senna pôe a mão no ombro de Schumacher e o leva para a lateral do grid. Os mecânicos, de todos os carros, trabalham para mandá-los de volta à corrida. Senna nos impede de registrarmos a conversa, empurra o braço de um repórter com o microfone. Mas, por eu estar muito perto, ouvi, sempre falando em inglês com Schumacher:

- Você está errado. Você está errado, não há o que discutir. Você não colocou o carro ao lado do meu, bateu na minha roda traseira, não foi nem uma tentativa de ultrapassagem. Você está errado, pergunte a quem você quiser. O tom de Senna é menos agressivo do que no começo das conversas.

O alemão fala algo e de novo não deu para ouvir. Flavio Briatore, um jovem dirigente da F1 então, se aproxima lentamente. Eu me lembro que me chamou a atenção o medo de Briatore chegar perto de ambos. Hoje, aos 68 anos, o italiano reside em Mônaco, e quando o encontro por lá, o que aconteceu em duas ocasiões, desde que deixou a F1, costumamos conversar. Briatore é o profissional que mais coisas me contou nesses meus quase 30 anos de F1. Muitas mesmo.

Vi que Senna e Schumacher mantiveram ainda aquele papo no grid, mas sem poder ouvi-los, me parecia a repetição do que já haviam falado um ao outro.

Senna durante o fim de semana do GP da França de 1992 — Foto: Getty Images

Com a imprensa brasileira

Falamos com Senna, nós da imprensa brasileira, na sequência, mas já no paddock, na parte de trás dos boxes. Antes, um grupo de meninos que aguardava Senna tentou obter um autógrafo do ídolo. Senna passou por eles sem olhar para os lados por causa da raiva que sentia de Schumacher.

Um pequeno grupo o acompanhou, e Senna parou:

- Meninos, já disse que não vou dar autógrafo agora, estou irritado, ok?

Vi aquilo e confesso que me senti doído, os meninos não tinham nada a ver com os problemas entre Senna e Schumacher. Veio até nós, jornalistas. Recordo de ter do meu lado Celso Itiberê, do jornal "O Globo". As palavras de Senna ainda guardo em mente. Foi algo assim:

- Esse alemão, que é bom, não vai chegar aqui e se impor como está achando. Se vocês observarem as imagens vão de cara entender que não foi uma tentativa frustrada de ultrapassagem, ele provocou um acidente, é diferente, ele me colocou para fora. E não fizeram nada contra ele. O.K. (deu a entender haver compreendido a regra do jogo).

Disse mais coisas que não me lembro.

Faz uns 15 anos, creio, achei uma caixa de fitas de gravador cassete com as entrevistas ou flagrantes que registrava na época. Com certeza em uma delas encontraria essa conversa, ao menos o que consegui gravar. Nas mudanças Brasil/Europa, essa caixa e muitas outras literalmente sumiram. Mas quem sabe eu ainda a encontre na casa da Mamma. Um documento que se perdeu.

Importante: sobre acidentes de pilotos, na época não existia nem 20% do rigor de hoje nos toques ocorridos na pista. Era preciso muito para os comissários tomarem alguma ação punitiva contra os pilotos. Acredito que se Senna acompanhasse um GP de perto hoje e visse que tudo pode gerar punição, é bem provável que desse risada.

Senna e Schumacher chegaram às vias de fato num teste depois do incidente na França — Foto: Reprodução

Fama de mau caráter

Essa foi uma experiência interessante que tive com Schumacher e Senna. A maior, no entanto, nada teve a ver com a de Magny-Cours. Aconteceu muitos anos mais tarde, anos 2000. Um dia prometo contar. Eu entrevistaria Schumacher em São Paulo, em um hotel, na quinta-feira do fim de semana do GP do Brasil, para o jornal que trabalhava.

Minha estratégia era arriscada: ou a entrevista seria um marco ou ela talvez acabasse na primeira pergunta e ficasse sem nada. Schumacher literalmente iria embora. Como o conhecia há muitos anos, já o havia entrevistado em várias ocasiões, achei que valeria a pena correr o risco.

A pergunta:

- Michael, por que você acha que tem fama de ser mau caráter?

Não houve, a rigor, segunda pergunta. E a entrevista marcou época. Schumacher falou quase sem parar a maior parte do tempo, mais de 20 minutos, para desespero da assessora de imprensa, revoltado com o que algumas pessoas pensavam dele. Disse-me que outros pilotos, que tiveram comportamentos até piores que os seus, não foram punidos e ainda “tinham a imagem de santinho”.

Até a próxima.



FONTE PESQUISADA

ORICCHIO, Livio. Senna X Schumacher, no braço. Palco: GP da França de 1992, Magny-Cours. Disponível em: <https://globoesporte.globo.com/motor/formula-1/livio-oricchio/post/2018/06/24/senna-x-schumacher-no-braco-palco-gp-da-franca-de-1992-magny-cours.ghtml>. Acesso em: 13 de abril 2019.