“Mulher brasileira dá de dez
a zero em qualquer outra mulher aí pelo mundo. A mulher brasileira tem um
charme, uma ginga, sabe se vestir, sabe combinar cores. Não há mulher mais
bonita. É uma parada. As poucas tentativas de namoro na Europa, não deram resultado”.
Ayrton Senna ao
programa Roda Viva em dezembro de 1986, retirado do livro Ayrton Senna do Brasil de Francisco Santos
Adriane Galisteu, o grande amor de Senna, linda e charmosa
Em 1993 a equipe
da Willians na Fórmula 1 era patrocinada pela Sega, e nos seus carros
havia desenhado as botas do Sonic.
No livro “Ayrton Senna, sua
vitória, seu legado” há uma foto exata na hora do pódio, em que Ayrton
Senna recebe um troféu em formato do Sonic. Ele estranha, mas depois já
sorri com aquele troféu no mínimo diferente do padrão da Fórmula 1.
Viviane Senna beija bandeira da escola de samba Unidos da Tijuca
domingo, 29/09/2013
Em 2014, a
escola de samba Unidos da Tijuca homenageará o piloto Ayrton Senna, morto em 1994. "Essa escolha foi
uma honra. Não poderia estar em mãos melhores. O Paulo coloca sentimento, o coração
no trabalho, como meu irmão fazia", afirmou Viviane Senna, irmã do
ex-piloto, por meio de nota enviada à imprensa.
Ayrton Senna e Adriane Galisteu
Juliana Alves, que estreou à frente dos ritmistas da agremiação neste ano, se
manterá como madrinha de bateria da escola em 2014. Adriane Galisteu, que
desfilou pela escola entre 2007 e 2011 e foi namorada de Ayrton Senna, não é
aguardada para participar do desfile.
Viviane Senna com os integrantes da Unidos da Tijuca
Antes da F1, Ayrton Senna já
era um demolidor de recordes
Primeiro de maio. Há exatos
19 anos, Ayrton Senna morreu após sofrer um gravíssimo acidente no GP de San
Marino, em Ímola. Desde então, quando chega esta data, todos os jornais, sites
e revistas do mundo fazem diversos tipos de homenagem ao brasileiro.
Pessoalmente, sempre tive
muita dificuldade em escrever sobre Senna. Acho que ele é um personagem que
ultrapassou o esporte. Quando vejo um torcedor falando de como se sentia ao
acordar nos domingos de manhã, há mais de duas décadas, entendo que ele não
está falando sobre os resultados de Ayrton, mas todas as sensações e emoções
que sentia.
E acho que apenas quem viveu
essa mesma experiência consegue entender o que ela representa. Para os demais,
é algo banal. “Grande coisa acordar cedo para ver uma corrida..”, alguém pode
pensar.
Como eu só comecei a
acompanha o automobilismo quando Senna já não era mais o piloto dominante, não
vou escrever aqui algo emotivo. Tem um monte de textos na internet feitos por
torcedores de verdade, então se você quiser chorar um pouco basta procurar por
eles.
De minha parte, aproveito
esta data para relembrar a carreira de Ayrton Senna antes de ele chegar à F1,
neste segundo episódio da série Origens, aqui no World of Motorsport.
O brasileiro deu os primeiros
passos na F-Ford
Ayrton Senna da Silva nasceu
no dia 21 de março de 1960, na Zona Norte de São Paulo, coincidentemente em uma
região próxima ao Circuito do Anhembi, que recebe a Indy neste fim de semana.
Ele era filho de um empresário da região e tinha dois irmãos. Viviane, a mais
velha, e Leandro, o caçula.
Quando criança, ele estudou
em algumas das escolas mais tradicionais da cidade, mas o boletim nunca era dos
melhores. O que ele gostava mesmo era de correr. Desde pequeno, Ayrton pôde
dirigir no sítio da família e logo ganhou um pequeno kart do pai, Milton.
As competições no kartismo
começaram em 1973, quando ele tinha 13 anos. Desde então, venceu praticamente
todos os campeonatos de que participou, menos o mundial. Essa, aliás, sempre
foi uma grande frustração do piloto. O brasileiro foi vice em 1979 e 1980,
quando perdeu para os holandeses Peter Koene e Peter de Bruijn,
respectivamente.
Frustrado com as derrotas,
Senna se mudou para a Inglaterra para correr de F-Ford 1600. Correndo com um
chassi Van Diemen, a primeira vitória não demorou muito para acontecer. Ela
veio no dia 15 de março de 1981, na terceira corrida do ano, em Brands Hatch. O
brasileiro ainda triunfou mais 11 vezes naquele ano para conquistar os dois
títulos da categoria. Ao todo foram 14 vitórias, cinco segundos lugares e três
poles em 20 corridas.
Surpreendentemente, mesmo com
esse bom resultado, o pai de Ayrton queria que ele voltasse ao Brasil para
comandar os negócios da família. O piloto acatou a decisão, mas recebeu uma
oferta para continuar na Inglaterra e andar na F-Ford 2000. Ele pensou no
futuro e resolveu retornar à ilha da Grã-Bretanha para competir. Para que ele
conseguisse morar sozinho na Europa, ainda arranjou patrocínio da Banerj e da
Pool.
Aliás, foi nesse momento que
ele passou a ser chamado de Ayrton Senna. Até o ano anterior, ele competia como
Ayrton Silva, mas como este é um sobrenome muito comum aqui no Brasil, resolveu
adotar o Senna para se diferenciar.
A tática deu certo. Senna
novamente conquistou os dois campeonatos de F-Ford que disputou, o Inglês e o
Europeu. Em 28 corridas em 1982, o brasileiro venceu 22, largou na pole em 18 e
marcou a volta mais rápida – que valia dois pontos – em outras 22. Entre os
dias 10 de julho e 12 de setembro, Ayrton não soube o que era perder. Correu
nove vezes e venceu todas.
Martin Brundle foi o maior
adversário na F3 Inglesa
Com a boa fase, Senna foi
chamado pela equipe West Surrey para disputar uma etapa extracampeonato da F3
Inglesa, em Thruxton, no dia 13 de novembro. O brasileiro assumiu o carro usado
por Enrique Mansilla na parte final da temporada, com o qual o argentino terminou
com o vice-campeonato. E Senna não fez feio. Largou na pole-position e venceu
de ponta a ponta, com 13s de vantagem para o segundo colocado.
Ayrton continuou na escuderia
inglesa para o ano seguinte, quando já começava como um dos principais
candidatos ao título. E ele correspondeu a todas as expectativas, vencendo as
nove primeiras corridas do campeonato (dez seguidas, contando com a de 1982) e
abrindo 34 pontos de vantagem.
O problema é que a má-fase
começou aí. Senna bateu na etapa de Silverstone, no dia 12 de junho, e ainda
ficou de fora em
Caldwell Park, na semana seguinte, devido a outro forte
acidente em um treino livre. O piloto ainda abandonaria as etapas de Snetterton
e outras duas em Oulton
Park, permitindo que Martin Brundle chegasse a Thruxton, na
última etapa do campeonato, na liderança da tabela.
Entretanto, na última prova
do ano, Senna esteve imbatível. O brasileiro marcou o tempo de 1min13s36 para
garantir a pole-position com uma vantagem de 0s3. Brundle, por sua vez, era
apenas o terceiro no grid, 0s5 atrás do brasileiro. Na corrida, as posições não
se alteraram e o futuro tricampeão recebeu a bandeira quadriculada com 6s de
vantagem. Senna terminou o ano com 132 pontos, nove a mais que o inglês, e
sagrou-se campeão.
Eu poderia tranquilamente ver
a vitória de Senna em Macau sentado nesse banquinho aí
Antes de o ano acabar, ainda
houve tempo para que Ayrton competisse em mais uma corrida. O piloto voltou à
equipe West Surrey para a disputa do tradicional GP de Macau. E aí foi mais um
passeio. Pilotando o carro de número 3, ele largou na pole, marcou a melhor
volta da prova e venceu de ponta a ponta, deixando Roberto Guerrero e Gerhard
Berger para trás. Por curiosidade, o grid ainda contou com Jean-Louis
Schlesser, com quem o brasileiro, digamos, se encontraria alguns anos depois.
Após a passagem de sucesso
pela F3, Senna testou por McLaren, Williams, Brabham e Toleman, na F1, fechando
contrato com a última. Brundle também conseguiu ir para a categoria principal,
sendo chamado pela Tyrrell. Depois disso, a história todo mundo conhece. O
brasileiro ganharia três títulos mundiais, faria história e se tornaria um dos
melhores do mundo.
Vendo hoje, é bastante
impressionante o desempenho de Senna nas categorias de base. Mesmo que a
qualidade do grid tenha sido um pouco menor, já que o mundo não era tão
globalizado naquela época, o brasileiro jamais teve adversários e colocou
recorde em cima de recorde por onde passou. Acho que é muito difícil encontrar
alguém com um desempenho parecido nos campeonatos menores. É quase impensável,
hoje, um garoto competir de F-Ford por dois anos e mais uma na F3 antes da F1.
É claro que Senna viveu uma época diferente, quando era permitido treinar, mas
mesmo assim foi uma trajetória deveras meteórica.
Le président de l'Instituto
Ayrton Senna, Viviane Senna, a été victime d'une série de vols à l'intérieur de
votre maison à São Paulo. Accusée du crime est son" personal trainer
"Introini Flavio Eduardo Holck, 40 ans, qui fourni des services à la
famille depuis huit ans et ont eu libre accès à la maison.
Il est bien connu parmi
paulistanas mondains. Viviane, selon la police, est venu mettre des caméras
vidéo dans des endroits stratégiques de la maison pour attraper le voleur. Mais
les images qui ne sont pas claires, ni en viennent à être utilisé comme preuve
parce que, comme indiqué dans l'enquête, l'accusé a avoué le crime.
L'enquête de l'affaire a été
portée à la 4e Division des crimes de la police contre les Deic Asset le 31
Août par le délégué Fábio Pinheiro Lopes. L'affaire est maintenant
terminée et, le 2 Octobre, présenté à la justice. Cependant, avait été tenu secret à la demande de
Viviane Senna.
Selon la police, l'auteur du
crime a été découvert parce que Holck vendu pour £ 6000, un téléviseur de 21
pouces et d'un moniteur à un ami Viviane et a signé réception.
Les vols ont commencé à se faire sentir pendant environ six mois. Beyond
TV et moniteur, a également donné le manque de montres, un collier, un
ordinateur portable et sac à main Louis Vuitton, où l'ordinateur portable a été
enregistré.
SÃO PAULO " A presidente
do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, foi vítima de uma série de furtos
dentro de sua casa, em
São Paulo. O acusado dos crimes é o seu "personal
trainer" Flávio Eduardo Holck Introini, de 40 anos, que prestava serviços
à família há oito anos e tinha livre acesso à casa.
Ele é muito
conhecido entre as socialites paulistanas.
Viviane, segundo a polícia, chegou a colocar câmeras de vídeo em pontos
estratégicos da casa para flagrar o ladrão. Mas as imagens, que não estão
nítidas, nem chegaram a ser usadas como prova porque, segundo consta do
inquérito, o acusado confessou o crime.
O inquérito sobre o caso foi
instaurado na 4ª Delegacia da Divisão de Crimes Contra o Patrimônio do Deic em
31 de agosto pelo delegado Fábio Pinheiro Lopes. O caso já foi concluído e, em
2 de outubro, encaminhado à Justiça. Porém, vinha sendo
mantido sob sigilo a pedido de Viviane Senna.
Segundo a polícia, a autoria
do crime foi descoberta porque Holck vendeu, por R$ 6 mil, um televisor de 21 polegadas e um
monitor a um amigo de Viviane, e passou recibo assinado.
Os furtos começaram a ser
percebidos há cerca de seis meses. Além da TV e do
monitor, também deu pela falta de relógios, colar, um notebook e a bolsa Louis
Vuitton, onde o computador portátil era guardado.
O TEMPO - Personal trainer rouba Viviane
Senna. Disponível em: <http://www.otempo.com.br/capa/brasil/personal-trainer-rouba-viviane-senna-1.301165>.
Acesso em: 25 de setembro 2013.
O piloto francês
foi sempre um adversário para Ayrton Senna
24 de setembro
de 2013 | 13h 31
LIVIO ORICCHIO,
enviado especial - O Estado de S. Paulo
NICE - A Williams
dominou a temporada de 1992 com Nigel Mansell de maneira ainda mais marcante do
que faz Sebastian Vettel, este ano, na Red Bull. Ayrton Senna pilotava para a
McLaren que, claramente, havia ficado para trás em relação a Williams, depois
de vencer os quatro campeonatos anteriores, três com Senna, 1988, 1990 e 1991,
e um com Alain Prost, 1989.
Senna fazia campanha aberta
para ser contratado por Frank Williams, seu grande admirador, em 1992. Mas por
alguma razão o negócio estava emperrado. Senna desconfiava, apenas, do porquê
Frank Williams não lhe chamar para acertar os detalhes do contrato. Ambos
desejavam trabalhar juntos. Senna chegou a dizer: "Na Williams, com seu
carro de outro planeta, eu corro até de graça".
Na sexta-feira do GP da
Bélgica de 1993, dia 27 de agosto, Ayrton Senna esperou os jornalistas
brasileiros fazerem silêncio e disse, revoltado: "O sonho da Williams
acabou. O baixinho assinou lá e exigiu uma cláusula no contrato que lhe permite
vetar o meu nome como companheiro de equipe". Prost havia sido dispensado
pela Ferrari, antes do fim da temporada de 1991, depois de criticar a
escuderia, não correu em 1992 e, com o apoio da Renault, foi contratado pela
Williams.
Frank Williams não queria
aceitar o veto de Prost, mas a Renault era sua parceira, não apenas fornecia o
motor como tinha um envolvimento maior com a escuderia. Contra sua vontade,
Frank Williams agradeceu Senna e lhe disse que ficaria para o futuro.
Sem alternativa, Senna
continuou na McLaren que, para piorar a situação, perdeu a Honda no fim de
1992, pois os japoneses desistiram da Fórmula 1, e correu com um motor Ford
V-8, não oficial da montadora, diante do V-10 Renault oficial da Williams.
"Temos uns 100 cavalos a menos", disse várias vezes Senna.
Naquele dia no paddock do
circuito de Spa Senna falou mais: "O baixinho vai voltar no ano que vem
(1993), vai pegar esse carro do outro planeta e será campeão do mundo pela
quarta vez. Assim fica fácil".
Foi exatamente o que
aconteceu. O que Senna não imaginava é que antes mesmo de garantir
matematicamente a conquista do quarto título Prost anunciaria que iria
abandonar a Fórmula 1, abrindo as portas para Frank Williams recebê-lo em 1994.
DATA HISTÓRICA
Nesta terça-feira, 24 de setembro, faz exatamente 20 anos que Prost anunciou
que pararia de correr na Fórmula 1. O francês chegou decidido ao autódromo do
Estoril para disputar o GP de Portugal, embora não campeão ainda. Mas seria
apenas uma formalidade. Depois de 13 etapas, Prost somava 81 pontos, seu
companheiro de Williams, Damon Hill, 58, Ayrton Senna, 53, e Michael
Schumacher, Benetton, 42. Ou seja, Prost tinha 28 pontos a mais de Senna.
Naquela época, o vencedor na
Fórmula 1 recebia 10 pontos, o segundo colocado 6, o terceiro 4, o quarto 3, o
quinto 2 e o sexto, 1. Como depois do GP de Portugal restavam apenas as provas
do Japão e da Austrália, Senna teria de ser primeiro no Estoril e ainda vencer
as duas corridas seguintes, somar 30 pontos, para ser campeão. Desde que o
piloto da Williams não fizesse três pontos apenas.
Damon Hill não era
considerado adversário. Sua função específica: contribuir para a escuderia
ganhar o Mundial de Construtores. Foi por isso que Prost anunciou sua retirada
da F-1 mesmo matematicamente não tendo vencido o Mundial.
A corrida confirmou sua
expectativa. Senna abandonou com problemas de motor e o francês da Williams
terminou em
segundo. Venceu Michael Schumacher, com Benetton-Ford, motor
V-8 oficial da montadora.
NA SUA FRENTE, ATÉ ENTÃO, SÓ FANGIO
Como brilhante piloto que era, Prost celebrou o quarto título, com já fizera em Brands Hatch, em
1985, quando ganhou o primeiro Mundial, com McLaren-Porsche, em Adelaide, no
ano seguinte, também com McLaren-Porsche, e em 1989, na polêmica decisão de
Suzuka, época em que foi companheiro de Senna na McLaren.
Agora, na frente de Alain
Prost no ranking dos pilotos com mais títulos havia apenas Juan Manuel Fangio,
com cinco. O legado de Prost registra ainda 51 vitórias e 33 pole positions. O
notável Michael Schumacher viria a ultrapassá-lo, com impressionantes sete
títulos.
Como quatro vezes campeão do
mundo Prost disputaria ainda as duas etapas finais do calendário de 1993, Japão
e Austrália. Senna, mordido até a alma com o desfecho da temporada, pois
liderou parte do campeonato, mesmo com um carro no mínimo menos potente, para
não dizer menos equilibrado que a super Williams de Prost, equipado com todos
os recursos eletrônicos possíveis, ganhou em Suzuka e Adelaide.
Prost classificou-se em
segundo em ambas. O
modelo MP4/7 da McLaren não tinha uma eletrônica tão sofisticada como o FW15C
da Williams, cujo responsável pela área na organização de Frank Williams era o
atual diretor de engenheria da Mercedes, Paddy Lowe.
No dia 7 de novembro de 1993,
depois da bandeirada em Adelaide, Prost deu adeus à Fórmula 1, Senna, a
McLaren, e aquela viria a ser a sua 41.ª e última vitória na competição. O
sonho de correr pela Williams finalmente se realizaria. Mas a FIA cortou todos
os recursos eletrônicos em 1994 e o que sobrou para Senna foi um carro
"inguiável", na declaração dele mesmo.
Ao menos até o GP da
Grã-Bretanha, na metade do ano, foi assim. Senna, no entanto, não conheceu a
nova versão que estreou em Silverstone, estudada por Adrian Newey, o mesmo
projetista da Red Bull, hoje, e que deu a chance de Damon Hill lutar pelo
título na corrida final, em
Adelaide. Senna perdeu a vida no acidente na curva Tamburello
naquele triste 1.º de maio de 1994, ainda na terceira prova da temporada, o GP
de San Marino.
SENNA PUXA PROST PARA O DEGRAU DO VENCEDOR
No pódio da etapa de Adelaide, em 1993, Senna estava no degrau mais alto do
pódio e Prost a sua direita, destinado ao segundo colocado. Depois de receberem
o troféu, Senna, que não falava com Prost desde a guerra entre ambos na
McLaren, em 1989, olhou para o francês e o puxou pelo braço para ficar junto
dele, no posto de número 1.
Em 1994, no GP da França,
quarto depois dos acidentes fatais com Senna e Roland Ratzemberger, da Simtec,
em Ímola, Prost deu uma emocionante entrevista ao Estado. Espontaneamente
resgatou a experiência do pódio em Adelaide, em 1993. "Eu procurei Ayrton
naquele ano, quis falar com ele, pedir para esquecermos o que havia passado
entre nós. Já era hora de olharmos para a frente. Hoje vejo que cada um tinha
os seus motivos para reclamar. Mas o que Ayrton fez? Não quis me ouvir, sequer
me deu atenção."
Sua voz carregava profunda
mágoa com o ex-companheiro de McLaren. O mesmo que ele colocou para fora da
pista, em Suzuka, em 1989, para ser campeão. E recebeu o troco, do mesmo Senna,
e também no GP do Japão, no ano seguinte. Um colocou o outro para fora para
serem campeões. Placar dessa luta perigosa: 1 a 1.
Prost explicou a razão de
sentir-se atingido no pódio de Adelaide: "Minha vontade quando Ayrton me
puxou pelo braço era tirar a mão dele do meu braço. Aquilo pareceu para o mundo
que ele tomou a iniciativa de voltarmos a nos relacionar. Sabia que o
respeitava como piloto, embora dissesse a ele que, por vezes, assumia riscos
elevadíssimos, em especial na classificação. E eu sabia que Ayrton me
respeitava porque dizia isso aos outros".
NOVAMENTE AMIGOS
Absorvido o desgaste daquele momento no pódio, Prost, aposentado da Fórmula 1,
foi trabalhar como comentarista da TV francesa e ia às corridas em 1994.
"Passamos a conversar novamente. Ayrton me dizia da dificuldade que era
controlar seu carro. Aquela Williams, me disse, não tinha nada a ver com a que
venci o Mundial no ano anterior. E dava mesmo para ver como ele e Damon Hill
lutavam com o carro."
No domingo da etapa de Ímola,
antes da largada, Prost se lembra de Senna lhe dizer que Niki Lauda, ex-piloto
três vezes campeão do mundo, comentarista da TV alemã, lhe havia cobrado para
liderar um movimento em nome da segurança. A proibição da suspensão ativa, do
controle de tração, o acelerador eletrônico, o freio ABS, dentre outras
restrições, sem reduzir a potência do motor, havia tornado a Fórmula 1
extremamente perigosa.
"Senna disse-me que iria
fazer algo e que combinara de se encontrar com Lauda naquela semana",
contou Prost ao Estado. "Não deu tempo."
O francês voou para o Brasil
para acompanhar o funeral de Senna e fez questão de empurrar a espécie de maca
onde estava apoiado o caixão lacrado. "Pode não soar verdadeiro, mas eu
admirava muito Ayrton", afirmou Prost, ao Estado.
EQUIPE PRÓPRIA, UM SONHO
Anos mais tarde, em nova entrevista ao Estado, Prost abordou o fracasso do
projeto da Prost Grand Prix, seu maior desejo depois de vencer o campeonato da
Fórmula 1. A
equipe competiu de 1997 a
2001. Disputou 83 Gps e a melhor colocação entre os construtores foi no ano de
estreia, quando ficou em sexto e somou 21 pontos.
"Não foi um fracasso
como tantos dizem", falou Prost. "Na Fórmula 1, para obter resultado
é preciso que todos estejam profundamente envolvidos com o projeto, ter aquilo
que o inglês chama de commitment. E a Peugeot, que deveria ser nossa parceira,
não foi. E não consegui também o investimento necessário. Não fui bem
compreendido no meu país." A montadora francesa forneceu seu motor para a
Prost Grand Prix em 1998, 1999 e 2000 e também criticou reservadamente a forma
de Prost administrar sua organização de Fórmula 1.
Sobre Prost como dono da
escuderia, Ron Dennis, sócio e diretor executivo da McLaren até o fim de 2007,
homem dos mais competentes, pois começou como mecânico da Brabham e construiu
um império, o McLaren Group, afirmou de forma crítica: "Alain como
proprietário de equipe é um dos maiores pilotos que já passaram pelo meu
time".
FOTOS DE ALAIN PROST
Prost comemora no pódio com Michael Schumacher e Damon Hill o segundo lugar no GP de Portugal que lhe valeu o título de 1993
Francês anunciou aposentadoria e abriu espaço para a ida de Ayrton Senna para a Williams
Na década de 1980, o piloto em momento familiar com a esposa, Ann-Marie, e o filho, Nicolas, que atualmente é piloto
Com a vitória na Áustria, o francês ficou mais perto do primeiro título, em 1985
Francês vibra com vitória no GP de San Marino de 1986 - no pódio, Piquet e Berger junto com o francês
Em 1988, Ron Dennis, chefe da McLaren, contou com os dois melhores pilotos da Fórmula 1 na equipe: Prost e Senna
Prost no alto do pódio do GP do Brasil de 1988, junto com Berger e Piquet
Durante a temporada de 1988, Prost e Senna polarizaram a disputa, que só foi definida no penúltimo GP do ano
Com Prost e Senna, equipe da McLaren posa para foto durante o GP da Espanha de 1988, em Jerez de La Frontera
A vitória no GP do Brasil de 1990 foi a sexta do francês no País e foi a primeira dele como piloto da Ferrari
Mansell foi o colega de equipe do francês na Ferrari durante a temporada de 1990
A temporada de 1991 foi ruim para Prost, que não venceu nenhuma corrida e terminou o ano demitido após criticar o carro da equipe
Prost conversa com o então presidente da FIA, Jean-Marie Balestre
No GP do Japão de 1989, uma batida com Senna deu ao francês o terceiro título mundial
No GP do Japão de 1989, uma batida com Senna deu ao francês o terceiro título mundial
Após ficar fora da Fórmula 1 em 1992, Prost retornou no ano seguinte para conquistar o quarto título
Piloto, então na Williams, comemora vitória no GP da França de 1993, em Magny-Cours
Francês liderava o GP do Brasil de 1993 até rodar, sair da prova e deixar a vitória para Ayrton Senna
Na sua última temporada na Fórmula 1 francês conquistou sete vitórias
Prost veio ao Brasil para acompanhar o funeral de Ayrton Senna, em maio de 1994
Já aposentado, Prost atuou como conselheiro técnico da McLaren na temporada de 1996
Francês como chefe de equipe da Prost durante o GP do Brasil de 2000
Niki Lauda e Alain Prost se encontram durante o fim de semana do GP de Mônaco de 2013
O encontro foi em um almoço
promovido por Marta Suplicy com Dilma Rousseff
Um almoço com Dilma Rousseff
06/06/2009
Adriane Galisteu teve mais destaque no almoço tanto na imprensa quanto entre as convidadas e Dilma Rousseff do que Viviane Senna
Convidadas por Marta Suplicy
para um almoço neste sábado (6) com a ministra-chefe da casa Civil, Dilma
Rousseff, na casa da ex-prefeita, em São Paulo, mulheres de diversas áreas de atuação
trocaram elogios com a ministra.
Participaram do almoço as
apresentadoras Adriane Galisteu, Ana Maria Braga e Luciana Gimenez, a
ex-jogadora de basquete Hortência, a filósofa Marilena Chauí e a presidente do
Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, entre outras.
Antes de receber Dilma, Marta
disse que a idéia do encontro era um bate-papo da ministra com as
mulheres. Segundo a ministra, o almoço tratou de cultura, criança, violência
doméstica, entre outros temas.
A também apresentadora
Adriane Galisteu disse ter levado a Dilma um recado da sua mãe que, segundo
Adriane, passou a prestar mais atenção à ministra pela forma como ela assumiu a
sua doença.
A anfitriã, Marta Suplicy, comentou
que o encontro com Dilma rendeu muito porque “o grupo era muito
heterogêneo e conseguiu trazer assuntos diferenciados”. Não havia pauta nem
assunto proibido. A proposta do almoço era possibilitar que mulheres de
representatividade pudessem “trocar idéias sobre o Brasil”. O resultado do
bate-papo, cada uma comentou a seu modo, na saída da casa de Marta. Segue
abaixo a lista das participantes, ‘aspas’ da ministra Dilma, ao chegar na casa
de Marta e ao sair do almoço. Também ‘aspas’ das participantes que comentaram o
encontro aos jornalistas que cobriram a pauta.
Convidadas
Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff Adriane Galisteu Apresentadora (BAND)
Ana Maria Braga Apresentadora (Globo)
Eleonora Rosset Psicanalista
Helena Maria Diniz – OAB Presid. OAB Mulher /SP
Hortência Atleta
Leilah Assumpção Dramaturga
Luciana Gimenez Apresentadora (RedeTV)
Luciana Villas Boas Editora Record
Maria Laura Revista Marie Claire
Maria Paula Casseta e Planeta
Marilena Chauí Filósofa USP
Marta Góes Dramaturga
Mônica Waldvogel Jornalista e apresentadora
Monique Gardenberg Produtora de eventos
Patrícia Zaidan Revista Cláudia (Abril) Viviane Senna Instituto Airton Senna (Erraram o
nome de Ayrton com i no lugar do y)
Walnice Galvão Escritora e professora de Literatura
Aspas de Marta, pouco antes de receber a ministra
Dilma Rousseff
Sobre o almoço
“A idéia foi reunir mulheres
com representatividade em diversos setores, para que pudessem
conhecer pessoalmente a Dilma, trocar idéias, idéias do Brasil, sobre tudo e
qualquer coisa. Propiciar que mulheres formadoras de opinião pudessem ter uma
conversa informal de algumas horas com a ministra. Não sei o que vão querer
saber ou conversar. Não sei.”
Aspas da ministra Dilma Rousseff na chegada para o
almoço na casa de Marta Suplicy
Sobre as convidadadas
“São todas mulheres especiais. Simbolizam mulheres profissionais. Mulheres que
nas mais diferentes áreas são bem-sucedidas. Então, é um momento muito
importante. Eu acho muito significativo para mim e acho que essa iniciativa da
Marta (Suplicy) foi uma iniciativa que permite contato mais próximo com pessoas
que têm algo a dizer. É, sobretudo, um encontro de diálogo, de conversas.
Conversa que nós temos essa imensa capacidade de fazer, ao mesmo tempo íntima e
ao mesmo tempo que aborda os diversos aspectos da vida, da sociedade, os
problemas do país. Eu acho que hoje nós teremos, a partir da 1 hora, um
encontro muito importante.
QUANTOS DE NÓS NÃO
LEVANTÁVAMOS AOS SÁBADOS E DOMINGOS PELA MANHÃ PARA ASSISTIR OS TREINOS DE
CLASSIFICAÇÃO E AS CORRIDAS DE FÓRMULA UM ATÉ 1º DE MAIO DE 1.994, QUANDO AINDA
TÍNHAMOS UM GRANDE PILOTO, PROFISSIONAL E HOMEM DEFENDENDO O BRASIL NAS PISTAS
PELO MUNDO AFORA. VOCÊ JÁ SABE DE QUEM ESTOU FALANDO, COM CERTEZA. É DELE
MESMO, AYRTON SENNA DA SILVA, QUE SEGUNDO PESQUISAS REALIZADAS COM JORNALISTAS
E COM O PRÓPRIOS COMPANHEIROS, FOI O MELHOR PILOTO DE TODOS OS TEMPOS. pARA
QUEM NÃO SABE, CASO NÃO TIVESSE MORRIDO,, TERIA IDO PARA A FERRARI NO ANO
SEGUINTE, COM UM CONTRATO DE 3 ANOS E SCHUMACKER NÃO SERIA O HEPTACAMPEÃO COMO
FOI, MAS A VIDA NOS PREGOU UMA PEÇA E ELE PARA JUNTO DE DEUS. COMO HOJE É DIA
DE CORRIDA, RESOLVEMOS FAZER UM ESPECIAL COM ELE. HOMENAGEANDO AQUELE QUE NOS
ENSINOU A EMPUNHAR A BANDEIRA DO BRASIL COM ORGULHO.
PERSONAGEM DA NOITE. AYRTON
SENNA DA SILVA (AYRTON SENNA) E O TEMA DA VITÓRIA.
A CARREIRA DE AYRTON SENNA
Ayrton Senna da Silva: ABAIXO
O TEMA DA VITÓRIA, QUE CONSAGROU NÃO SÓ SENNA, MAS OUTROS PILOTOS BRASLEIROS
CAMPEÕES.
Ayrton Senna da Silva nasceu
em 21 de março de 1960, em
São Paulo, Brasil, morreu em Monza em 01 de maio de
1.994 e é considerado um dos melhores pilotos de todos os tempos. Senna viveu
uma vida inteira dedicada às competições automobilísticas. Conquistou suporte
de pessoas importantes do esporte a motor e foi um dos pilotos mais respeitados
pelos especialistas no esporte. Conduzia com facilidade para ser o melhor em
todas as partes. O charme e sorriso jovial fizeram com que Ayrton se tornasse
um verdadeiro herói moderno...
A paixão de Senna por automobilismo começou ainda na infância, quando ganhou um
kart construído por seu pai, Milton, um rico empresário. Então os problemas do
garoto desapareceram e assim começou no mundo do esporte a motor. Com suporte
do pai, Ayrton estreou oficialmente nas pistas em 1973, durante prova do
campeonato brasileiro de kart e não teve dificuldades para exibir suas
habilidades ao volante: venceu com sobras a etapa realizada em Interlagos, no
dia 1° de julho.
Em 1980, após faturar o campeonato sul-americano de kart e ficar com
o vice no mundial da modalidade, Senna trocou o Brasil pela Europa,
onde as principais categorias de Fórmula tinham reservado um lugar para ele.
Ayrton fechou contrato com a equipe Van Diemen para disputar a temporada de
1981 do campeonato inglês de Fórmula Ford 1.600, agradecendo ao pai pelo apoio
nos tempos de kart. Sagrou-se campeão por antecipação. Então, no ano seguinte,
o brasileiro venceu os campeonatos europeu e inglês da Fórmula Ford 2.000. E o
próximo passo foi a Fórmula-3 inglesa. Guiando um Ralt-Toyota, o tricampeão
teve excitantes duelos com o inglês Martin Brundle em diversas corridas da
temporada e chegou a mais um título na Inglaterra. Após ganhar o popular Grande
Prêmio de Macau de F-3, Ayrton participou de uma sessão de testes em Donington Park com
um Williams
FW 08C, no circuito de Donington Park, a convite de Frank Williams. Depois
também testou por Brabham e McLaren, equipes de primeira linha como a Williams.
No entanto, o brasileiro fechou contrato com a modesta Toleman para disputa da
temporada de 1984 de Fórmula-1.
E foi justamente no Brasil onde Ayrton estreou na
categoria, mais precisamente no Autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. E
não foi um bom começo: largando apenas em
16° lugar abandonou a corrida na oitava volta, com problemas no
turbocompressor. Àquela altura, o futuro tricampeão de Fórmula-1 era 13°
colocado. No entanto, não desistiu. Duas semanas mais tarde, em Kyalami, teve
desempenho semelhante ao exibido na classificação para o GP de Jacarepaguá, mas
levou o Toleman TG 183B Hart ao sexto lugar na corrida e obteve o primeiro
ponto na categoria. Em julho, Senna foi o destaque do chuvoso Grande Prêmio de
Mônaco, quando chegou atrás apenas de Alain Prost (McLaren-TAG Porsche). Essa
corrida é considerada polêmica por causa da suspensão da corrida na 32ª volta -
de um total de 78 voltas. Nono colocado ao fim da temporada, com 13 pontos,
Ayrton se transferiu para a Lotus para ser companheiro de equipe do italiano
Elio de Angelis.
Logo no segundo GP pela equipe inglesa, Senna faturou a primeira vitória na
Fórmula-1, em chuvosa etapa no circuito de Estoril, Portugal - com mais de um
minuto de vantagem para o segundo colocado, o italiano Michele Alboreto
(Ferrari). O brasileiro voltou a vencer em Spa-Francorchamps, na Bélgica,
fechando a temporada com duas vitórias, sete pole positions e o quarto lugar no
mundial de pilotos, com 38 pontos.
No ano seguinte, o paulistano já era considerado um dos quatro principais
pilotos do certame, ao lado de Alain Prost (McLaren-TAG Porsche), Nelson Piquet
(Williams-Honda) e Nigel Mansell (Williams-Honda). A emocionante vitória na
etapa da Espanha, recebendo a quadriculada apenas 0.14'' à frente de Mansell,
provaria que a inclusão de Ayrton no rol dos maiores nomes da época
não era à toa.
Em 1987, a
Lotus passou a receber motores da Honda - nas duas temporadas anteriores, o
propulsor era fornecido pela Renault. Nesse ano, o brasileiro alcançou a
primeira de suas seis vitórias em Mônaco; saudou os mecânicos euforicamente e
no pódio jogou champanhe para a família real do principado encravado entre Nice
e Menton. Ao fim do campeonato, Ron Dennis anunciou Ayrton Senna como piloto da
McLaren para 1988, ao lado de Prost.
Nessa temporada, a parceria entre McLaren e Honda rendeu números espetaculares
à equipe de Woking: foram 15 vitórias em 16 etapas. Foi o ano do primeiro
título de Ayrton Senna. Embora tenha somado menos pontos que o rival francês (95 a 104), o brasileiro ficou
com o primeiro lugar pois, como o regulamento que previa o descarte dos cinco
piores resultados no ano, o francês perdeu três segundos lugares, caindo para
88 - contra 91 de Ayrton, que descartou apenas um terceiro lugar. No entanto, o
campeonato de 1988 não foi apenas o melhor da história da McLaren. Marcou o
início de uma das mais excitantes e atrativas disputas da Fórmula-1.
Prova disso foi a eventual quebra de acordo entre Senna e Prost para que não
houvesse ultrapassagens entre ambos no Grande Prêmio de San Marino. Então foi o
início de tal rivalidade. O estágio seguinte seria a corrida em Suzuka, onde a
controvérsia alcançou alto nível. O francês liderava a corrida, seguido pelo
brasileiro. No hairpin que antecede a reta principal, Ayrton buscou a
ultrapassagem sobre Alain, mas ambos colidiram e o
francês abandonou. Senna seguiu na corrida e venceu, mas foi desclassificado. O
título da temporada ficou com Prost. "Não posso explicar outra coisa além
do que se viu: a manipulação do campeonato de 1989", disse Ayrton. O
presidente da FISA, Jean-Marie Balestre, impôs uma punição ao brasileiro pelas
declarações após a corrida e retirou temporariamente a superlicença do piloto.
Ayrton iniciou a temporada de 1990 pagando uma multa milionária para a FISA e
pedindo desculpas à cúpula da entidade. Naquele ano, Prost passou para a
Ferrari, pois alegava que a McLaren ficou ao lado de Senna após o acidente na
etapa japonesa. E o campeonato foi definido novamente entre eles e, após mais
um acidente entre ambos em Suzuka, Senna garantiu o segundo título na
Fórmula-1.
O ano seguinte marcou o tricampeonato de Ayrton. Nigel
Mansell, da Williams, falhou pela terceira vez na busca pelo título mundial. O
brasileiro começou a temporada com vitórias nas etapas dos Estados Unidos, Brasil,
San Marino e Mônaco, enquanto o inglês só se "encontrou" no
campeonato durante a metade daquela temporada. O abandono de Mansell, após uma
saída de pista em Suzuka, abriu caminho para o terceiro campeonato de Senna na
Fórmula-1. Na chuvosa etapa de Interlagos, o paulistano dedicou a vitória á
torcida brasileira - após sete tentativas frustradas de vencer em seu país.
Além disso, entrou para a galeria dos tricampeões, ao lado de Brabham, Stewart,
Lauda, Piquet, Prost...
Para 1992, as coisas mudaram. Favorecido pelo fantástico trabalho do time de
Frank Williams, Mansell ganhou seu único campeonato, contabilizando nove
vitórias em 16 etapas. Ayrton sofreu com um McLaren-Honda pouco competitivo em
relação aos anos anteriores, mas faturou três merecidas vitórias: Mônaco,
Hungria e Itália. O triunfo em
Monte Carlo ocorreu graças a problemas em um dos pneus do
Williams-Renault do líder da prova, o inglês Nigel Mansell, quando faltavam dez
voltas para a bandeirada...
Sem motores Honda e repleta de problemas internos, a McLaren teve de usar
propulsores Ford durante a temporada de 1993. Após um ano de "descanso", Prost
retornou às pistas, agora pela Williams. Apesar de algumas previsões, Senna foi
um rival honesto ao francês e reeditaram o velho duelo. Apesar disso, o
campeonato ficou com o francês, que venceu sete corridas, contra cinco triunfos
do brasileiro. As vitórias mais notáveis de Senna aconteceram em Donington Park (GP
da Europa), por causa de sua condução excelente, e em Interlagos, onde foi
saudado euforicamente por Juan Manuel Fangio no pódio - o pentacampeão
argentino apontava Ayrton como seu sucessor. O brasileiro disse adeus à McLaren
com mais um primeiro lugar, o 41° e último da carreira, em Adelaide, na
Austrália. E Senna conquistou seu objetivo: um lugar na Williams para a
temporada de 1994, tendo o inglês Damon Hill como companheiro de equipe. "O melhor piloto com o melhor carro não pode ter outro resultado que
não seja o campeonato mesmo", era dito. Aliás, o ano começou com
dificuldades a Ayrton que, apesar de das poles nos GPs do Brasil e do Pacífico
abandonou em ambas corridas, vencidas pelo principal adversário daquele ano, o
alemãoMichael Schumacher, da Benetton. O
episódio seguinte, episódio final, seria aquele de San Marino. As coisas
estavam complicadas por causa do acidente espetacular de Rubens Barrichello
durante a sessão de treinos da sexta-feira e da morte de Roland Ratzenberger,
no sábado. Visivelmente preocupado, o tricampeão teve uma premonição mas
regressou às pistas para competir. Partiu da polee estava na liderança da
corrida. Mas na sétima volta, na Tamburello, Senna disse adeus.
Inúmeras coisas foram ditas desde 1° de maio de 1994. O
Brasil chorou por seu ídolo. E até mesmo o rival francês Prost ficou muito
triste.
Ayrton Senna conquistou 41 vitórias, 65 pole positions e 19 melhores voltas de
corrida durante sua passagem pela Fórmula-1. Mas simples estatísticas não
constroem um ídolo. O relacionamento entre ele e as pessoas ia além de um
simples Grande Prêmio. O brasileiro tinha talento ilimitado dentro das pistas. Fora
do carro, o tricampeão de Fórmula-1 era gentil com o povo.
Uma pesquisa feita no Brasil, em 2000, revelou que Senna é considerado o maior
herói brasileiro de todos os tempos. Mais uma prova para afirmar que Ayrton é
um verdadeiro herói moderno.