17/06/2015 13h01 -
Atualizado em 17/06/2015 17h25
Tradicional pista se oferece
para revezar GP da Itália com Monza, que não chegou a acordo com Ecclestone.
"Eu quero que a Itália fique no calendário", diz dirigente
Por GloboEsporte.com
Ímola,
Itália
Palco de 27 corridas de
Fórmula 1 entre 1980 e 2006, e também da trágica morte de Ayrton Senna em 1994,
o circuito de Ímola pode voltar à categoria máxima do automobilismo mundial em
2017. Tradicional sede do GP de San Marino, a pista retornaria como GP da
Itália, em uma alternativa a Monza, cujo contrato se encerra no fim de 2016. A informação é do
site “Motorsport.com”.
Vista aérea do Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola
(Foto: Divulgação)
Representantes do circuito de
Monza haviam se reunido com o dono dos direitos comerciais da categoria, Bernie
Ecclestone, durante o GP do Bahrein, em abril desse ano, para negociar a
renovação de contrato. No entanto, o valor oferecido pelo autódromo para a
renovação do direito de sediar a prova foi inferior ao exigido pelo chefão da
F-1. O acordo não foi selado, pondo em risco a continuidade da pista que mais
recebeu GPs da categoria, 64 no total, e a presença da Itália, um dos países
mais tradicionais da Fórmula 1..
- Eu quero que a Itália fique
no calendário, a todo o custo. Por enquanto eu conversei com Ímola, mas ninguém
de Monza me procura há um mês. O desejo de salvar o GP da Itália
prossegue, mas eles (Monza) não têm o dinheiro – admitiu Ecclestone em
entrevista ao jornal italiano “Gazzetta dello Sport”.
Bernie Ecclestone no GP do Bahrein de 2015 (Foto: Getty
Images)
Até hoje circuito de Ímola recebe homenagens ao brasileiro
Ayrton Senna (Foto: Felipe Siqueira)
De acordo como
“Motorsport.com”, o prefeito da cidade de Ímola, Daniele Manca se reuniu com
Bernie Ecclestone em Londres (Inglaterra) na última segunda-feira e sugeriu o
revezamento com Monza como modo de facilitar a captação dos recursos
financeiros para pagar as altas taxas de inscrição cobradas pelo dirigente.
Desse modo, com o contrato de Monza vigente ainda em 2016, Ímola poderia
retornar à F-1 em 2017.
Ecclestone concordou em
estudar a possibilidade da alternância entre as praças, mas não escondeu sua
irritação com os administradores de Monza:
- As pessoas com quem falei
durante o GP de Mônaco nem mesmo me pediram mais tempo para se decidir. Ímola
me propôs um revezamento com Monza. Nós poderíamos fazer isso, eu quero
garantir que a Itália permaneça no calendário.
Denominado Autódromo Enzo e
Dino Ferrari em homenagem ao fundador da tradicional escuderia italiana e ao
filho dele, o autódromo é localizado na cidade de Ímola, a 40km de Bolonha e a
80km de Maranello, sede da Ferrari. A pista estreou na F-1 em 1980 sediando o
GP da Itália no lugar de Monza, que ficou fora do calendário por um ano. Com a
volta de Monza em 1981, Ímola passou a ser palco do GP de San Marino, nome do
pequeno país completamente envolto por território italiano, que fica a 100km do
autódromo.
Visita a Ímola, local onde morreu Ayrton Senna
De 1981 a 2006, Ímola recebeu
ininterruptamente 26 GPs. Em 1994, para continuar na F-1, o autódromo foi
obrigado a passar por profundas alterações tendo em vista maior segurança, após
os acidentes fatais do austríaco Roland Ratzenberger e do brasileiro Ayrton
Senna no mesmo fim de semana. A curva Tamburello, local da batida de Senna,
recebeu uma chicane para reduzir a aceleração. Defasado em relação às modernas
praças que ingressaram na categoria nos anos posteriores, a pista acabou
deixando o calendário em 2006. Na ocasião, Ecclestone exigiu uma grande reforma
no circuito para o retorno. Apesar das execução das obras, Ímola nunca mais
sediou um GP de Fórmula 1 desde então. O maior vencedor do circuito é o alemão
Michael Schumacher, com sete triunfos. Ayrton Senna (3) e Nelson Piquet (2)
também já venceram por lá.
Michael Schumacher venceu a última corrida realizada em
Ímola, em 2006 (Foto: Getty Images)
FONTE PESQUISADA
Nenhum comentário:
Postar um comentário