Adriane Galisteu olha o caixão de seu companheiro Ayrton Senna no velório do piloto
A apresentadora aborda ainda maturidade, relembra momentos difíceis como a morte de Ayrton Senna e tudo o que veio depois.
A frase “respeita a minha história” cairia bem para Adriane Galisteu. Aos 50 anos, a apresentadora segue vivendo intensamente o presente, mas buscando honrar o passado que a trouxe até aqui, tanto nos momentos difíceis, quanto nos sublimes. “A morte do Ayrton Senna dele foi uma das experiências mais traumáticas da minha vida. Sempre vivi meus dias como se fosse morrer amanhã. O Ayrton potencializou isso pelo fato de ter morrido aos 34, trabalhando, mas sem realizar sonhos – ele não concretizou quase nenhum. Ayrton sonhava em conhecer a Disney, ter filhos, correr pela Ferrari. Sonhos possíveis. Acho que o meu trauma foi tamanho que entrei em um modo automático de sobrevivência. Levei muito tempo pra parar, respirar, olhar e reconhecer o que já havia feito”, reflete Galisteu, que descobriu na própria potência sua fortaleza e abrigo, mesmo diante das críticas e ‘puxadas de tapete’ da vida. Sua versão atual equilibra maturidade, energia e está em paz: “Aos 50 anos, escolhi ser melhor do que nunca! Tempo para mim é luxo – tempo com meu filho, tempo para viajar, tempo para mim mesma, tempo para não fazer nada ou para fazer tudo”.
O Ayrton foi uma porta na minha vida. Cabia a mim botar a mão na maçaneta e abrir essa porta. Foi um labirinto onde eu entrei. Poderia ter me perdido, mas não me perdi – Adriane Galisteu
A construção do caminho até aqui
Completando 40 anos de uma trajetória profissional que começou como cantora de grupo musical infanto-juvenil, passando pela versão modelo, a atriz, chegando à apresentadora, que vem se mantendo em ascensão nos últimos anos, Galisteu pontua o start do caminho que a trouxe até aqui, com um triste plot twist que foi a morte de Ayrton Senna. “Quando comecei a namorar o Ayrton, eu já pagava minhas próprias contas. Minha vida era pequenininha, mas eu me bancava. A morte dele foi uma das experiências mais traumáticas da minha vida. No ano de 1994, só sobrevivi, porque fui acolhida pelo Antonio Carlos de Almeida Braga – empresário e amigo de Senna. Eu e minha mãe fomos morar de favor na casa dele”, recorda.
“Eu não estou dando essa entrevista para me justificar, mas para falar a verdade. O Ayrton foi uma porta na minha vida. Cabia a mim botar a mão na maçaneta e abrir essa porta. Foi um labirinto onde eu entrei. Poderia ter me perdido, mas não me perdi. Fiquei completamente catatônica com a perda do parceiro, não do ídolo, porque eu não estou nem aí para o ídolo. E eu tinha que fazer alguma coisa. Porque a Eletropaulo não espera. Corta a luz. Foi aí que surgiu o Nizan [Guanaes], o Nirlando [Beirão], o livro (“O Caminho das Borboletas). Foi meu recomeço”, lembra.
FONTE PESQUISADA
CORONEL, Darío. Adriane Galisteu em ensaio com flores de cerejeira no corpo seminu diz: ‘Sempre vivi os dias como se fosse morrer amanhã’. Disponível em: <https://heloisatolipan.com.br/arte/adriane-galisteu-em-ensaio-com-flores-de-cerejeira-no-corpo-seminu-diz-sempre-vivi-os-dias-como-se-fosse-morrer-amanha/>. Acesso em: 21 de Junho de 2023.
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