Inimigo nas pistas, Prost diz
que Senna era 'alguém especial'
Principal antagonista de
Ayrton Senna nos 11 anos de carreira do brasileiro na Fórmula 1,
Alain Prost garante que não guarda nenhuma mágoa do tricampeão
mundial, apesar de ter protagonizado com ele dois dos momentos mais
polêmicos da história da categoria, as decisões dos títulos de 1989 e 1990. Em
entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o francês lembrou que havia
feito as pazes com o Ayrton antes do acidente fatal que matou o paulista em
maio de 1994.
"Ele era alguém
especial. Um grande talento natural, amava o que fazia, assumia altos riscos,
não tinha limites e as pessoas amam isso. Um verdadeiro campeão.
Nas pistas e no coração das pessoas. Ayrton tocava a alma dos fãs da
F-1", afirmou Prost. "O interessante é que as nossas diferenças estão
cada vez mais distantes para mim. (...) Senti falta de Ayrton, como tenho
certeza que ele sentiria a minha", declarou.
O tetracampeão acredita que,
se estivesse vivo, Senna acompanharia de perto a carreira do sobrinho, Bruno,
que conquistou em 2010 sua primeira oportunidade na Fórmula 1. O europeu ainda
lembrou alguns momentos curiosos ao lado do ex-companheiro de McLaren.
"O campeonato de 1988
acabou no Japão, Ayrton foi campeão e fomos para a Austrália. Na classificação,
lutamos volta a volta pela pole position. Quando acabou o treino, nos reunimos
e começamos a trocar informações sobre o que fazíamos para vencer o outro.
Rimos muito", relembrou.
Prost declarou que os dois
fizeram "as pazes" na Austrália-1993, último GP do francês.
"Passamos a nos falar regularmente desde então", comentou o veterano,
que em 1994 fez questão de viajar ao Brasil para acompanhar o funeral de
Ayrton. "Eu não me sentiria bem a vida toda se não fosse", confessou.
Se estivesse vivo, Senna
completaria 50 anos neste domingo.
FONTE
Super Esportes
21/03/2010 14:59
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