quarta-feira, 5 de março de 2014

Ayrton Senna no Desfile das Campeões de 1992 - Estácio de Sá - Carnaval 1992


O Desfile das Campeãs foi marcado por uma presença para lá de ilustre: o tricampeão mundial de Fórmula 1 Ayrton Senna esteve no camarote da Brahma e, depois, eufórico, desceu para a pista na apresentação do Estácio – reza a lenda que o piloto, um raro consumidor de bebidas alcoólicas, estava um tanto quanto “calibrado”.

Maior ídolo do esporte brasileiro na época e um dos atletas mais populares do mundo, Senna sambou de forma um tanto desajeitada, para não dizer esquisita, com passistas e usou um chapéu de um dos integrantes da bateria, fazendo a festa dos fotógrafos.

Minha falecida tia Silvia estava no camarote da Brahma nesse dia e, segundo ela viu, o tricampeão autografou a camisa de uma mulher na altura do busto usando o corpo da mesma como apoio. A moça, claro, estava sem sutiã e com a blusa encharcada.

Na época eu tinha apenas dez anos e isso não me interessava muito, pois eu na verdade queria um autógrafo de um dos meus ídolos e, na confusão, minha tia não se tocou. Obviamente levou um sonoro esporro, coitada… Até porque Ayrton viria a falecer dois anos depois, sem voltar a pisar no sambódromo.

Curiosidades

- Foi a última vez que o grande intérprete Sobrinho foi o cantor principal de uma escola do Grupo Especial, pela Santa Cruz. Em 1993 e 1994, ele foi apoio de Jamelão na Mangueira.

- Como havia ainda a incerteza quanto à participação da Santa Cruz no Grupo Especial, a faixa com o samba-enredo da escola foi gravada no disco do Acesso. Diga-se de passagem, foi a última vez que o famoso grito de guerra de Sobrinho “vai meu rrrrrrrrrrritmo” foi ouvido numa gravação.

- O Carnaval de 1992 foi o último de Joãozinho Trinta como carnavalesco da Beija-Flor, e ainda por cima com o pior resultado: sétimo lugar. Depois do desfile, houve divergências entre João 30 e a direção da escola em relação a um projeto social comandado pelo carnavalesco. Em 1993, Joãozinho não assinaria nenhum desfile no Grupo Especial.

- Um dos repórteres da Globo na concentração era Marcelo Rezende. Mas, não. Naquela época ele não dizia “corta pra mim”, “corta pra 18″ ou “lente nervosa”…

- Foi a primeira e única apresentação da Leão de Nova Iguaçu na elite do Carnaval carioca.

- Neguinho da Beija-Flor conquistou a última vitória dele como compositor de samba-enredo na agremiação de Nilópolis.


FONTE PESQUISADA

Sambódromo em 30 Atos – “1992: A exibição inesquecivelmente desvairada do Estácio”. Disponível em: <http://www.pedromigao.com.br/ourodetolo/2013/12/sambodromo-em-30-atos-a-exibicao-inesquecivelmente-desvairada-do-estacio/>. Acesso em: 05 de março 2014.



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