Algo bem estranho, que percebi no livro "Ayrton, o herói revelado" do jornalista Ernesto Rodrigues.
A carioca Cristine Ferracciu disse em um livro (Ayrton, o herói revelado) que namorou Ayrton Senna de janeiro de 1990 a dezembro 1991, sendo que uma portuguesa chamada Vera Peres contou no mesmo livro que também foi namorada nessa mesma época. Estranho esse conflito de datas, não? Das duas uma: ou Senna traía Cristine - e a portuguesa - ou a carioca na verdade não namorou Ayrton Senna durante esse período. Esse último é o mais provável. Estou desconfiando da versão da Cristine e não da Vera porque amigos próximos do Ayrton disseram na extinta revista Manchete de 1992 que Senna e Cristine namoraram oficialmente por alguns meses em 1991 (pelos registro sobre o namoro em revistas e biografias, e até declarações posteriores da própria Cristine, seriam 4 ou 5 meses, de julho até o começo de dezembro). E Vera diz que namorou Senna durante 6 meses, de dezembro de 1990 até julho de 1991. Namoro confirmado por um outro amigo do Ayrton, conhecido como PQP (o português Paulo Queiroz Pereira). Foi um relacionamento esporádico, segundo o relato de Vera ao livro de Ernesto Rodrigues, Senna a procurava quando queria. As versões dos amigos de Ayrton batem com a versão de Vera, para mim, Cristine mentiu absurdamente nesse livro. E outra, os fatos narrados por ela no livro datam exatamente entre julho a dezembro de 91, ela não conta nada fora desse período. Não há registro de relacionamento deles antes disso (nem em jornais, revistas ou livros), em lugar algum, muito menos em 1990. Nada, nada. Sabe-se Deus o que mais ela mentiu naquele livro, provavelmente muitas informações que ela passou não procede. Por isso que é complicado sair colocando qualquer depoimento de qualquer pessoa, sem checar muitas das informações, sem checar outras fontes, versões, como fez o jornalista Ernesto Rodrigues no livro "Herói Revelado". Ele fez bem consciente do que estava fazendo, para criar polêmica mesmo. Ambos, muito cara de pau. Percebi até que ele, o Ernesto, ainda por cima, manipulou no livro a história do Ayrton para favorecer a família dele e Xuxa. Péssimo!
Voltando a Cristine, está nítido que ela quis supervalorizar a relação que teve com o Ayrton. Eles já tinham tido um caso ou namoro em 1986, na mesma época que o piloto namorava Adriane Yamin. Foi algo breve. Bom, na minha opinião ela juntou essas duas fases, o caso/namoro de 1986 com o namoro de quatro meses de 1991 (acho que nem juntando as duas etapas dá o tempo que ela diz que namorou com ele). Tem gente assim, que termina, volta, daí junta tudo, o tempo que ficaram juntos, enfim.
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O namoro de Ayrton Senna com a portuguesa Vera
Ao lembrar o envolvimento com Senna, 13 anos depois, Vera Peres disse que detestava a idéia de ser conhecida ou tratada como a namorada portuguesa de Ayrton Senna, mas, a partir de dezembro de 1990, passou a se considerar e a agir como tal.
Tempos tão bons para Vera que
ela chegou mesmo a acreditar que seria "a" namorada. Ajudou muito,
segundo ela, o fato de Senna não ser "um crápula mulherengo
completo":
"Eu dizia: adoro o Beco
que você tem dentro de você. O Ayrton atrapalha tudo.”
Em julho de 1991, ela começou
a perceber que ia sofrer muito, aguardando chegadas surpreendentes e afetuosas
de Ayrton. Em uma conversa a caminho da casa, abriu mão do posto de namorada
portuguesa. Contrariado, Senna reagiu com a arma que tinha, maltratando os
pneus e o motor do Honda ao retornar a Sintra. Os dois voltaram a se encontrar
no paddock de Estoril, durante do GP de Portugal, em setembro daquele ano.
Àquela altura, porém, Senna já estava com Cristine Ferracciu. Ainda assim,
mandou para Vera, de dentro do capacete, uma inesquecível piscada de olhos.
Extraído do livro "Ayrton, o herói revelado"
Extraído do livro "Ayrton, o herói revelado"
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Relações efêmeras antes de Adriane Galisteu
Nem sempre foi assim (a
animosidade da família em relação a Adriane), era muito diferente quando a
relação deles começou em Março de 1993. Logo depois, os Da Silva acolheu-a na
família. Eles acreditavam que seria como todos os outros relacionamentos de Senna
e terminaria depois de alguns meses: um ano, no máximo. Foi, no início de 1994,
quando perceberam que não ia acabar rapidamente, e que ela tinha ido morar
efetivamente com ele como seu parceiro em tempo integral, que a atitude da
família mudou dramaticamente. Eles ficaram consternados que Adriane e Senna
estavam agora firmemente estabelecidos como um casal, vivendo juntos no Brasil,
em seu apartamento de São Paulo e sua casa de praia em Angra. Como se
isso não fosse suficiente, a família tinha realmente ficado aborrecida quando
soube que ele planejava passar o verão inteiro (a temporada européia de Fórmula
1, que tinha a duração de 6 meses), juntamente com Adriane em sua base européia
no Algarve. Pior ainda, ele não voltaria ao Brasil para vê-los durante todo o
verão (temporada européia de F1 - 6 meses), algo que ele nunca tinha deixado de
fazer.
Extraído do "Fatal Weekend"
Leia mais: Leonardo vs Adriane e Na pole position do amor
Extraído do "Fatal Weekend"
Leia mais: Leonardo vs Adriane e Na pole position do amor
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FONTES PESQUISADAS
RODRIGUES, Ernesto. Ayrton, o herói revelado. Edição 1. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2004.
WERNECK, Claudia. O enigma de Ayrton Senna.
Manchete, Rio de Janeiro, edição nº 2087, p. 56 – 61, 04 de abril 1992.
RUBYTHON, Tom. Fatal Weekend. 1º Edição. Great Britain: The Myrtle Press, 12 de novembro de 2015.
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