Piloto do Jato, que levava
Adriane Galisteu para ver Ayrton Senna após acidente, não teve coragem de dar a
notícia da morte do piloto para Adriane.
Às 18h05, a Dra. Fiandri, com
a voz tremendo pela gravidade de seu anúncio, disse a repórteres que Senna
estava clinicamente morto. Ele ainda estava ligado, disse ela, ao equipamento
que mantinha os batimentos cardíacos. As notícias tomaram os programas de
notícias do início da noite. No Reino Unido, uma hora atrás da Europa, os
boletins de notícias aguardavam um veredicto final.
Josef Leberer voltou para
Imola para buscar seu carro. Um médico lhe deu carona.
Neyde da Silva (mãe de Ayrton Senna), ligando do
Brasil, disse ao filho Leonardo que pedisse ao hospital que providenciasse um
padre para visitar seu filho mais velho. O padre chegou, entrou no quarto de
Senna às 6:15 da tarde e deu-lhe a extrema-unção. Às 6h37, o coração de Senna
parou de novo e a Dra. Fiandri decidiu não tentar mais reanimá-lo. Manter um homem
que estava efetivamente morto artificialmente vivo era eticamente duvidoso. Ela
disse que já era o suficiente. Às 6h40, a Dr. Fiandri anunciou que Ayrton Senna
estava morto, mas disse que o horário oficial da morte seria às 2:17 da tarde,
quando ele tinha batido o carro no muro e seu cérebro parou de funcionar.
Ignorando isso, Juraci (governanta da mansão de Senna no Algarve/Portugal) levou
de carro Adriane para o aeroporto de Faro. Quando o avião fretado chegou, por
volta das 18h30, Adriane estava esperando desesperadamente na pista. Assim que
a porta se abriu, ela entrou a bordo e se jogou nos braços de Luiza Braga (mulher de Antônio Braga, o Braguinha). O
piloto disse que seria um vôo de três horas. A bordo, Luiza disse a Adriane que
seu namorado era forte como um touro e que não tinha ouvido mais nada do marido
no circuito (de Ímola), e que não era muito grave. Mas, enquanto falavam, Senna já estava morto.
O capitão taxiou a borda da
pista de decolagem e esperou a autorização para decolar. Enquanto esperava, uma
mensagem foi transmitida para o avião. O piloto imediatamente taxiou de volta
ao prédio do terminal, sem uma palavra para seus passageiros. A mensagem era que
Ayrton Senna havia morrido, mas o capitão não queria ser o único a informar a
notícia. Ele finalmente disse que havia um apelo urgente para que Luiza
voltasse para a torre de controle. Ele disse: "Eu não tenho autorização da
torre. Há uma ligação para Adriane." (Os olhos do capitão, enquanto falava, deviam ter dado a má notícia para para Luiza, então ela decidiu ir até a torre para atender a ligação.)
Adriane estremeceu com medo
sobre o que a chamada poderia revelar.
Luiza correu logo que a porta
do avião se abriu. Adriane saiu do avião e ficou sobrecarregada com o silêncio
no terminal, as pessoas silenciosas lá, traindo a notícia que ela não queria
ouvir. Adriane seguiu Luiza para a torre de controle. "Eu tremia toda, da
cabeça aos pés", lembrou ela. Ela esperou em silêncio sozinha. Luiza Braga
ficou pálida quando voltou.
Ela pegou a mão de Adriane.
"Adriane", disse ela, mas Adriane a interrompeu e disse: "Luiza,
só que não me diga que ele morreu." Ela respondeu do único jeito que ela
poderia: "Ele morreu".
FONTE PESQUISADA
RUBYTHON, Tom. The Life of Senna. 1º Edição Sofback. London : BusinessF1 Books, 2006
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