quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Jackie Stewart Fala Sobre a Famosa e Polêmica Entrevista Que Fez Com Ayrton Senna em 1990

[Série VIP] Jackie Stewart fala sobre Senna, Brasil e Fittipaldi

Em primeiro episódio da nossa série sobre automobilismo, o garoto propaganda da Heineken na F-1 veio ao Brasil e conversou com exclusividade para a VIP

Por Rodrigo França
30 nov 2017, 18h44

(Reprodução/YouTube/Fonte padrão)
  
Tricampeão do mundo de Fórmula 1, ex-chefe de equipe na principal categoria do automobilismo e sempre preocupado com a segurança dos pilotos.

Esse é Sir Jackie Stewart, escocês de 78 anos e uma das lendas do esporte a motor — às vésperas do GP Brasil de F-1, o britânico conversou com exclusividade com a VIP.

Depois de tanto tempo vivendo de corridas, algo que era impensável para muitos dos pilotos de sua época, nos anos 1960 e 1970 (os mais mortais da F-1), hoje Jackie vem aos GPs como “garoto propaganda” da Heineken, promovendo uma campanha de slogan conhecido – nunca beber antes de dirigir.

Não por acaso, a segurança sempre foi o tema central do papo com Jackie Stewart e um dos episódios mais curiosos sobre isso aconteceu em uma entrevista que ele fez com Ayrton Senna em 1990, logo após o piloto brasileiro tocar com Alain Prost na decisão do título mundial no Japão conquistado por Senna.



Foi uma espécie de troco pelo toque em 1989, quando o francês ficou com o título. Jackie discordou da atitude de Senna na pista e teve que ouvir a seguinte resposta do piloto brasileiro: ‘If you no longer go for a gap that exist, you no longer a racing driver’ (Se você não aproveitar o pequeno espaço que existe, você não vai durar muito como piloto de corrida).

Ao lembrar dessa entrevista com Senna, o escocês foi bem pensativo.

“Ele cometeu um erro, um erro de julgamento. Era um campeão mundial e ele sabia o que ele estava fazendo. Eu fui o único a dizer a ele que eu acreditava que ele havia feito intencionalmente (de tocar em Prost na largada) e ele rebateu. Disse que nunca mais falaria comigo de novo. Isso durou dois anos, até que uma noite ele me ligou e disse ‘Jackie, eu sei que eu disse que não falaria com você de novo, mas eu preciso te dizer algo sobre segurança em corridas: eu realmente sinto muito por aquilo. Podemos ser amigos agora?’ E eu disse ‘claro’. Naquela mesma noite nós nos encontramos no hotel e passamos 2h30 conversando sobre como um verdadeiro campeão deve prezar pela segurança e o Ayrton mostrou que se importava com isso”, disse Jackie.

Nas pistas, Stewart perdeu vários amigos e colegas de profissão. Para ele, seu grande ano de terror foi em 1968, quando houve a inaceitável média de morte de um piloto por mês: “Jim Clark em abril, Mike Spence em maio, Ludovico Scarfiotti em junho e Jo Schlesser em julho, tudo em quatro meses consecutivos. Isso era ridículo e teve que mudar! As pistas não eram seguras, não havia suporte médico com ambulâncias, nem bombeiros, os carros eram frágeis, as áreas de escape não existiam, então eram pistas perigosas. Hoje nós temos um esquema de segurança muito fantástico. Mesmo assim, é sempre preciso estar atento para o que pode acontecer, sempre será um esporte perigoso e isso está escrito na parte de trás do ingresso (para entrar na F-1).

Confira a primeira parte da entrevista



FONTE PESQUISADA

FRANÇA, Rodrigo. [Série VIP] Jackie Stewart fala sobre Senna, Brasil e Fittipaldi. Disponível em: <https://vip.abril.com.br/carros-motos/serie-vip-jackie-stewart-fala-sobre-senna-brasil-e-fittipaldi/>. Acesso em: 30 de novembro 2017.

Documentário "Senna" estréia no GP do Brasil

Acontece Magazine
Setembro de 2010

 

O documentário sobre a vida do brasileiro Ayrton Senna, dirigido pelo britânico Asif Kapadia, deve mesmo ter estreia mundial em São Paulo, durante a semana de realização do Grande Prêmio Brasil e contando com as presenças dos pilotos que estarão na cidade para participar da penúltima etapa da F 1 em 2010. Intitulado "Senna", o documentário está concluído e poderá ter exibições especiais dentro do circuito de festivais da Europa. Com foco na vida pessoal do piloto, bastidores da Fórmula 1 e casos como o seu namoro com a apresentadora Xuxa Meneghel, o filme vem sendo produzido há quatro anos e só foi possível graças a um acordo entre o diretor e os herdeiros de Ayrton. O Instituto Ayrton Senna, dirigido pela irmã do tri-campeão mundial, Viviane, acompanhou o projeto desde o início, segundo membros da equipe. Viviane Senna afirmou, em comunicado oficial, que "ainda não teve acesso à edição final do documentário". Desde a morte de Ayrton, a irmã, Viviane, gerencia com "mão de ferro" todo e qualquer produto que esteja associado ao piloto e certamente nenhuma passagem Senna e Galisteu meses antes do trágico acidente "inconveniente" da vida de Ayrton será vista no documentário. Esta é a razão pela qual muitos projetos tentando levar a vida de Senna para o cinema, um deles inclusive estrelado pelo ator espanhol Antônio Bandeiras, foram "abortados". A escolha da semana do GP do Brasil, que acontece no dia 7 de novembro em Interlagos, parece perfeita para o lançamento de "Senna", pela enorme publicidade espontânea que terá e pela presença de muitos pilotos e profissionais que seguem envolvidos na F1, nas pistas e fora delas. Estarão no Brasil: Michael Schumacher, Rubens Barrichello, Gerhard Berger, os donos de equipe Eddie Jordan, Frank Williams e Ron Dennis, além de pilotos de sucesso atualmente como Mark Webber, Louis Hamilton, Felipe Massa e Nico Rosberg que, declaradamente confessam ter sido Senna, seu maior ídolo.

E o "boicote" a Adriane Galisteu continua...


O que o documentário "Senna" não vai mostrar: um dos maiores escândalos, à época da morte de Ayrton Senna, foi a forma como a família do piloto especialmente sua irmã, Viviane, afastou de forma deliberada e radical, a imagem de uma das namoradas mais famosas de Senna, a modelo Adriane Galisteu. Adriane, autora do "best seller" "O Caminho das Borboletas", sobre a vida dela com Ayrton; e hoje uma das mais bem pagas celebridades da TV no Brasil; era a namorada "de fato" do piloto, na ocasião de sua morte e foi uma das últimas pessoas com quem ele falou, antes do acidente em San Marino. Como o namoro era severamente reprovado pela família, Adriane foi rejeitada e excluída até nos funerais. A família reservou as honras de "ex-namorada" para a apresentadora Xuxa, com quem Ayrton também teve um caso, mas muito menos intenso que com Galisteu. E o "boicote" a Adriane Galisteu continua....


Porque Nunca Fizeram Filme Sobre Ayrton Senna

Assista: 



Roberto Sadovski explica porque nunca fizeram um filme do Ayrton Senna nos cinemas. Foi feito um documentário chapa branca, mas um filme nunca foi feito. Há muitas restrições no Brasil para biografias (livros) e filmes. 

Cortesia: Canal Nerdovski


FONTE PESQUISADA

Documentário “Senna” estréia no GP Brasil. Acontece Magazine, Miami, setembro 2010.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Senna Fala em Italiano Sobre Sua Vida: "Ninguém é de Ferro" (Vídeo)

Ayrton Senna era fluente em italiano, inglês e português.


“Existem momentos para jogar, comer, dormir, trabalhar, é preciso ter calma, ninguém é de ferro". Essas foram as palavras do tricampeão mundial de Fórmula 1, Ayrton Senna da Silva, em um vídeo do ano de julho de 1990.

TV Globo - Globo Esporte - 29/11/2017


“Se Senna estivesse vivo, seria presidente”, crê Newey


“Se Senna estivesse vivo, seria presidente”, crê Newey

Projetista da Williams de 1994 fala sobre sensação de perda e como lidou com fato de acidente fatal de Ayrton ter sido em seu carro



Em entrevista à TV inglesa BBC, Adrian Newey voltou a falar sobre o acidente que vitimou o piloto brasileiro Ayrton Senna em 1994. Projetista da fatídica Williams FW16, ele aceita a responsabilidade de ter feito um carro instável para Senna guiar após a mudança da suspensão ativa para a passiva.

Para Newey, Senna era uma figura tão popular que hoje poderia ser presidente do Brasil.

"Faz 23 anos, mas ainda parece muito recente quando falo sobre isso, devo admitir. É bobo, porque até aquele dia eu nunca pensei sobre o fato de que alguém poderia ser gravemente ferido ou morrer em um carro do qual eu era responsável do ponto de vista do design.”

"Foi uma experiência muito sóbria. A maior coisa é a sensação de perda. Seu acidente bobo teve resultados trágicos e perdemos um grande homem.”

"As pessoas falam sobre alguém com uma aura, e é difícil quantificar por quê. Ayrton tinha uma aura sobre ele. Quando você estava com ele, sabia que era alguém muito especial.”

"E se ele estivesse vivo hoje, provavelmente seria o presidente do Brasil ou algo assim. Foi uma pena.”

"Ayrton era um grande competidor. Um concorrente temível. Na Williams, conseguimos produzir o melhor carro em 1992 e 1993. E então, quando Ayrton se juntou a nós, ele achava que teria o melhor carro para 1994.”

"Tivemos uma grande mudança de regulamentos, que mudaram a suspensão de ativa para passiva. Isso coloca requisitos aerodinâmicos muito diferentes. Eu estraguei (o carro). Eu não entendi os novos requisitos ou no que isso implicava. Então, o carro era aerodinamicamente instável com a suspensão passiva.”

"Então, Ayrton estava carregando no braço um carro que não era realmente capaz de entregar o desempenho que ele estava tentando extrair.”

"Nesse sentido, sinto-me responsável por aquele dia em que ele estava absolutamente determinado a ganhar a corrida para dar início ao seu campeonato após ter abandonado as primeiras corridas. Eu ainda acho que sua determinação como competidor era incrivelmente competitiva. Naquele dia, ela foi parte da causa do acidente."




Adrian Newey says he feels "responsible" over the death of Formula 1 legend Ayrton Senna, who was killed at the 1994 San Marino Grand Prix in a Williams car he designed.


BBC - From the section Formula 1 -24 Nov 2017

Adrian Newey diz que se sente "responsável" pela morte da Lenda da Fórmula 1, Ayrton Senna, que morreu no Grande Prêmio de San Marino de 1994 em um carro da Williams que ele projetou.

BBC - Da seção Fórmula 1 -24 Nov 2017

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Não acredito nisso! Ayrton detestava política. Newey e Frank Williams sempre com essa história. Ayrton ia querer realmente manchar sua imagem? Um cara tão querido pelo povo brasileiro. Política é maior furada. Ele nem cogitaria se candidatar. Não acredito mesmo. Com certeza ajudaria seus compatriotas de outra maneira, mas jamais entrando para a política. Na minha opinião, a vida profissional dele continuaria por muitos anos nas pistas, na Fórmula 1, depois na Fórmula Indy, se dividindo como empresário também. Investindo o dinheiro que ganhou como piloto de carros. Acredito que ele nunca ia deixar esse mundo do automobilismo, de um maneira ou de outra sempre estaria nas pistas. Ele amava o que fazia. Ele amava o automobilismo. Desde os 4 anos de idade sempre viveu pelos carros. 

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FONTE PESQUISADA

MOTORSPORT - “Se Senna estivesse vivo, seria presidente”, crê Newey. Disponível em: <https://br.motorsport.com/f1/news/se-senna-estivesse-vivo-seria-presidente-cre-newey-982765/>. Acesso em: 28 de novembro 2017.






segunda-feira, 27 de novembro de 2017

AMOR

E foi assim que Senna conquistou a mulher de seus sonhos... aproveitando alguns momentos como esse... numa bela e estrelada noite de verão em Angra dos Reis.



Ayrton Senna ensinando Adriane Galisteu jogar bilhar. Um pretexto para conseguir uma aproximação entre os dois. No mesmo dia trocaram os primeiros beijos e não se desgrudaram mais. ❤❤❤ 

Aluno Nota 10

Ayrton Senna nos tempos de estudando (Arquivo Colégio Rio Branco)

Meu pai estudou com o Senna no ensino médio, no ano de 1977. Senna não sabia nada de química, e precisava tirar um 10 nessa matéria pra passar de ano. Então, Senna, com ajuda de seus colegas e meu pai, bolou um esquema pra colar e tirar 10 em química.

No dia da entrega do resultado da prova, Ayrton tava desesperado. Podia 
"tomar bomba", ou receber seu 10 e passar de ano.

O professor de química, então, chamou Ayrton e o parabenizou na sala de aula, afirmando que ele finalmente tinha decidido estudar. O esquema funcionou, Senna tirou 10 e passou de ano, para 9 anos depois estrear na F1.


Joao Pedro Turquetti (26/11/2017 - Via Grupo de Fãs de Ayrton Senna no Facebook)


COMENTÁRIOS

Fabíola Elias Que show!

Leandro Rosa Ótima história... vai que se repetisse de ano fosse proibido de correr... manda um abraço pro seu pai e pros parça da época

Jorge Rios Que anecdota tan afortunada de su sr. Padre..

Elisete Buosi Seu pai é um ótimo amigo!💛🇧🇷💚

Ana Mary Ribas Fortes Não precisava falar que o Senna colou pra passar. Achei deselegante de sua parte.


Luciano Anunciação ajudou senna o cara que mais deu alegria a essa nação merece.

Eloize Lunardelli Moreno Que bom que o teu pai ajudou, kkk porque senão a família não iria deixar ele correr no Kart. E quem nunca colou? 

sábado, 25 de novembro de 2017

Pessoal do Musical Encobrindo Erros da Família do Ayrton Senna


Opinião do Blog Senna Vive

O pessoal do musical (Ayrton Senna, O Musical) fica o tempo todo dizendo em entrevistas que as namoradas do Ayrton Senna (Adriane Galisteu, que vivia com o piloto, e a ex-namorada Xuxa) não são citadas claramente no espetáculo para não gerar polêmica, pois querem manter o respeito e tal, tentando se justificar. Lembrando que saiu na imprensa a informação de que a família vetou Adriane Galisteu no musical. Na verdade o pessoal do musical quer eximir a família Senna desse ato, e assumir como sendo uma decisão deles mesmos. Primeiramente, quem causou polêmica e causa até hoje é a própria família dele, não aceitam a escolha que Ayrton fez, Adriane Galisteu era a companheira dele. Ignoraram, humilharam, rejeitaram e abandonaram-na, ela que era mulher do Ayrton, depois da morte dele. Com medo de terem que dar algo para ela, dessa maldita herança do Ayrton. Falam de respeito, mas isso foi uma falta de respeito muito, mas muito grande, assim como esses vetos nesses anos todos. Não respeitam nada, a decisão que ele tomou, a memória dele, e a Adriane. Me desculpe, mas ninguém aqui é idiota, a família vetou e não quer assumir, sempre se fazendo de desentendidos com medo da opinião pública. Temem receber críticas. Chegaram a negar nas redes sociais o veto a Adriane Galisteu. Sabem que o que fizeram lá atrás com Adriane e o que fazem é errado. Tudo, tudo, por causa de dinheiro, pois pensavam que quando ele casasse com Adriane podia terminar a mamata, achavam um absurdo ele escolher uma mulher pobre para casar. Ele estava mudando, cortando as regalias. Sanguessugas, covardes, assumam seus erros. E outra, não precisa se justificar e nem se esconder atrás desse pessoal, vocês podem fazer o que quiserem com os 6 milhões de reais que receberam da Lei Rouanet.

Em 2014, há quase quatro anos atrás, aconteceu a mesma história inclusive, igualzinho, na homenagem que Ayrton recebeu no carnaval do Rio de Janeiro. O pessoal da escola de samba assumiu a culpa mas ninguém engoliu a história, a mesma coisa, "o desfile não será biográfico, por isso não vamos falar da Adriane... a família não pediu nada, nós (Fernando Horta, presidente da escola, e Paulo Barros, então carnavalesco da escola) é que decidimos...", como se não sendo biográfico pode-se tudo. História mal contada como está do musical. Desculpa esfarrapada.


sexta-feira, 24 de novembro de 2017

A Transformação de um Homem e Piloto



Fotógrafo da Fórmula 1, o francês Paul-Henri Cahier, captou o começo e o fim de uma lenda.

"Meu primeiro olho a olho através do encontro de lentes com O CARA.
Dijon, Grande Prêmio da France 1984."

"Ayrton Senna, Grande Prêmio do Pacífico, Aida, 1994."

Fonte: Twitter de Paul-Henri Cahier.


Duas fotos distintas: 

1984 - Cara de menino, uma jovem promessa da Fórmula 1.

1994 - O consagrado tricampeão mundial, ídolo mundial, no auge da forma física e mental .


quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Fãs de Ayrton Senna, Taubateanos Fazem Escultura Para o Piloto




Obra foi feita em São Paulo.

G1 Vale do Paraíba e Região - 22/11/2017 02:57

























quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Crítica "Ayrton Senna, O Musical" Por F1 da Depressão

Moderador da fanpage "F1 da Depressão" mostrando o ingresso, ao fundo um anuncio do musical com a dupla imagem: Ayrton Senna jovem, antes da Fórmula 1, e já consagrado como um ídolo nacional

Salve, amigos do F1DP!
Conforme vocês viram no sábado, fomos conferir o espetáculo “Ayrton Senna, o Musical”, em cartaz no Teatro Riachuelo (RJ).
Segue abaixo as nossas considerações e vamos tentar não dar spoilers :P
Fiquem à vontade para fazer perguntas nos comentários, tudo bem?

1- Antes de tudo, o diretor foi muito ousado ao fazer um musical cujo tema é uma pessoa que nunca teve algo relacionado à música. Se os britânicos fizessem um musical sobre Damon Hill/Lewis Hamilton, assim como se tivesse um musical sobre Eddie Jordan na Irlanda ou sobre Jacques Villeneuve no Canadá, seria compreensível. Afinal de contas, essas quatro pessoas tem uma certa ligação com a música. Agora, Ayrton Senna? Nem o Tema da Vitória foi feito pra ele!! É louvável a tentativa do diretor. Nesse ponto, temos que reconhecer e bater palmas.

2- O público presente era bem diverso. Crianças, jovens, adultos e idosos. Casais, famílias e grupos de amigos. A pequena exposição (gratuita) que tem na entrada do Teatro Riachuelo ajuda a causar uma certa ‘ansiedade’ no público.

3- Antes de tudo, é bom lembrar que, em momento algum do musical, Ayrton é tratado como ‘deus’ ou como alguém que possui ‘poderes extraordinários/sobre-humanos’. Muito pelo contrário: mostra uma pessoa cheia de defeitos como qualquer outra, além das características ruins que sempre saem nas biografias do piloto. A peça mostra também o quanto Ayrton muda a vida das pessoas que estiveram ao lado dele, algo meio que óbvio, tendo em vista que todos nós mudamos a vida das pessoas que estão ao nosso redor.

4- O início da narrativa começa justamente no sábado do GP de San Marino de 1994, após os acidentes de Barrichello e Ratzemberger, quando Ayrton está na dúvida se participará deste Grande Prêmio.
5- Depois, a peça se divide em duas histórias que correm de forma simultânea: uma delas fictícia (inspirada no período que Ayrton retorna da Inglaterra após ficar sem patrocinadores) e não-linear baseada em fatos reais (período que Ayrton corria pela McLaren)

6- A parte fictícia possui, de longe, os melhores diálogos e as melhores cenas da peça. É a parte que cativa o público. Mostra um Ayrton desanimado com a vida por trabalhar na loja de construções do pai e como que ele muda a vida de alguém que estava perdido no mundo. A impressão que passa é que a plateia sempre espera por esta parte de tão boa que é.

7- A parte baseada em fatos reais, infelizmente, falha justamente por não ser uma história linear. Ela é mais voltada em conversas de Ayrton com um engenheiro de equipe no tempo que ele corria na McLaren (neste momento, há divergência se ele é mesmo um engenheiro ou se é uma ‘outra pessoa’ – suspense para quem for assistir). Por muitas vezes, a narrativa mescla eventos de forma desnecessária, ao ponto de me sentir na obrigação de explicar para quem foi comigo que histórias eram aquelas. São detalhes que ajudam na compreensão das músicas e dos diálogos. No fim da peça, quem esteve comigo (minha mãe e irmã, que não entendem nada de automobilismo) comentou que as explicações fizeram total diferença para o entendimento da peça.

8- Aliás, este é um problema bem peculiar: parece que, para entender a peça por completo, o espectador teria que ter um ‘conhecimento prévio’ da vida de Ayrton e é nesse ponto que a ousadia complica o diretor. O público em geral (que assistia F1 até 1994), pode ficar confuso pelos detalhes que não são explicados. Quem é fã de automobilismo, vai sentir falta de muitas fases importantes na carreira de Ayrton. Quem é crítico de automobilismo, certamente vai cornetar as falhas na biografia do piloto. Quem é crítico de teatro, algumas composições fatalmente não agradarão.

9- Sobre as composições musicais, item que tem causado muita polêmica nas redes sociais: de fato, algumas canções tem letras bem pobres. São quinze canções de autoria própria e, em algumas delas, dá pra perceber que não houve um certo capricho na formulação das rimas. Outras canções você tem que ter conhecimento prévio para entender a letra, como o caso da canção “Noivas do Tempo”, que fala sobre os três relacionamentos mais marcantes da vida de Ayrton. É tudo muito subjetivo, já que não se pode citar os nomes de Lílian, Xuxa e Galisteu na peça.

10- Ainda sobre as composições musicais: a canção “Meu Rival” é ruim. Ruim demais. Não, a canção é péssima. Absurdamente péssima. De fato, é a pior coisa que tem nesse musical e é a que deveria ter sido tratada com o maior carinho possível. Me faz lembrar o tempo que era do jardim de infância. Não dá pra ouvir “carinha de neném” e “te atropela feito um trem”, sinceramente. Entretanto, você meio que releva ao ver o desempenho absurdamente fantástico dos artistas envolvidos, além da conversa entre Ayrton e Prost no fim da canção. Agora, para se contrapor a “Meu Rival”, a canção “Medo” é, disparada, A MELHOR PARTE DA PEÇA. Abordando o medo que todo piloto de automobilismo tem ao entrar no cockpit, a canção se destaca do restante por possui uma letra muito bem trabalhada, uma atuação fantástica dos artistas, uma superprodução cenográfica e efeitos luminosos que prendem o público.

11- Por fim, os 24 artistas que participam da peça se empenham a todo instante e parece que a sintonia entre eles é algo que beira o absurdo. Parece uma mescla dos espetáculos de Deborah Colker com Cirque du Soleil. Simplesmente genial, do início ao fim. O lado curioso é que alguns dos artistas estão ‘uniformizados’ com macacões que lembram alguns pilotos que dividiram o grid com Ayrton (casos de Mansell, Schumacher e Piquet).

Se você for mesmo assistir “Ayrton Senna - O musical”, tenha isso em mente: vá de coração aberto. Não seja tão criterioso. Se você for acompanhado de quem não entende, é mais fácil você explicar o certo do que ficar reclamando o tempo todo. Assim você tornará o passeio mais agradável e vai proporcionar um bom debate após o musical.

Agora, se você está indeciso e o que te impede de ir é justamente os comentários negativos nas redes sociais (eu estou nesse grupo), a experiência é bastante válida. Certamente, você vai se surpreender. Não vá na expectativa que você assistirá um excelente musical, digno de Broadway, mas pode ter certeza que você vai assistir uma excelente homenagem a um dos melhores pilotos de automobilismo de todos os tempos.

Vale a pena assistir? Sim, sem dúvida alguma.

Fica como sugestão comprar os assentos das três primeiras fileiras do balcão (ingresso mais barato) para poder assistir a riqueza do cenário por completo.













FONTE PESQUISADA

F1 DA DEPRESSÃO FANPAGE - Salve, amigos do F1DP!. Disponível em: <https://www.facebook.com/F1daDepressao/posts/1546152765513251>. Acesso em: 01 de novembro 2017.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Ayrton Senna Queria Ter Uma Conversa Importante Com Adriane Galisteu


Senna pediu a amigos para que, logo após a corrida (Grande Prêmio de San Marino), o levassem para o aeroporto de Bolonha. Queria regressar ao Algarve, onde estava Adriane. Ligou para ela, dizendo que queria ter uma conversa importante com ela. A conversa, infelizmente, não aconteceu. Ayrton faleceu na pista de Ímola.

"Tenho muito a lhe dizer. A lhe propor. A lhe oferecer - prosseguiu. - Devo estar aí às 20h30, por aí. Quero passar a noite em claro. Vamos conversar até o amanhecer. Quero convencê-la de que sou, disparado, o melhor homem de sua vida.", Ayrton Senna para Adriane Galisteu na véspera do acidente.


FONTE PESQUISADA

GALISTEU, Adriane. Caminho das Borboletas. Edição 1. São Paulo: Editora Caras S.A., novembro de 1994. 

Os romances de Ayrton Senna. Ayrton Senna - Grandes Ídolos do Esporte Ed.03: Toda a trajetória de um verdadeiro campeão.