O Bon Vivant
Há 32 anos, Braguinha largou tudo para ser tornar um Bon Vivant em tempo integral. Hoje com quase 92 anos e muito doente, Luíza, a atual esposa, reivindica 50% de sua fortuna, controlada por filhos do primeiro casamento
O pai da empresária [Maria do Carmo de Almeida
Braga, a Kati], Antônio Carlos de Almeida Braga, o Braguinha, fundador da
seguradora Atlântica Boavista (transformada depois em Bradesco Seguros),
ex-presidente do Bradesco e um dos sócios históricos do maior banco privado
brasileiro, um dia largou tudo [em meados dos anos 80], vendeu a parte que lhe
cabia das ações com direito a voto no banco (no valor de US$ 45 milhões - na verdade US$ 150 milhões),
montou o Icatu para administrar a fortuna da família e caiu no mundo. Foi atrás
de duas coisas: o sol e o calendário esportivo. Onde houver um atleta brasileiro,
Braguinha estará lá. Nem no Rio mora mais. Tem casas em Portugal, na França e
nas Bahamas. Com Kati é diferente. Ela diz que não é capaz de abandonar os
negócios, que são muitos, apenas para se dedicar à música, sua paixão. Então,
faz de suas paixões negócios, lucrativos e promissores. “Meu hobby é criar
empresas”, afirma Kati.
Fonte: Isto é Dinheiro, 30.11.2016
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Antônio Carlos de Almeida Braga, uma vida de emoções
- os meios e o fim
Matéria do Jornal do Brasil 27/03/2018
Lá por meados dos anos 80, precisamente em 1986, o então banqueiro
Antônio Carlos de Almeida Braga, aos 60 anos, abandonou os negócios para
aproveitar cada segundo de sua vida. Havia trabalhado a vida inteira, e achou que era o momento de parar e desfrutar da fortuna que conquistou. Era um homem muito alegre, extrovertido,
liberal, na vida pessoal e nos negócios. A maneira de ser do Braga acabou fazendo-o entrar em choque com seu parceiro nos negócios e sócio, o também
banqueiro Amador Aguiar. Então eles romperam, Braguinha saiu da presidência do
Bradesco, mas com uma bolada de US$ 150 milhões à época.
O Braga era visto como um banqueiro extravagante, no que dizia e
na maneira de se comportar, nunca usou terno e gravata, era muito irreverente
também. Deixou os negócios sendo administrados por dois filhos: Luiz Antônio de
Almeida Braga e sua primogênita Kati. Luiz Antônio inclusive abandonou a
faculdade de economia no primeiro ano para cuidar do patrimônio da família,
junto à irmã.
Não sei se existem outros motivos, mas acredito que Braguinha tenha doado seus bens para os filhos afim de não ter mais preocupações, não ser incomodado, não tratar mais de negócio algum, nem por telefone, pessoalmente, não ir a reuniões. Queria tirar férias permanentes. E foi assim, viveu como quis, por 30, 31 anos, ele viveu intensamente, foram muitas viagens, festas de arromba navio (como no casamento de uma de suas filhas mais novas. Para vocês terem uma ideia da pompa que foi o evento, ele mandou buscar os convidados de jatinho aqui do Brasil para Bahamas), gastos exorbitantes, realizando todos seus sonhos e desejos. Ajudou muitas pessoas como atletas brasileiros, pessoas falidas, inclusive ajudou muito Adriane Galisteu, quando aconteceu a tragédia com Ayrton Senna — um grande amigo, mas que Braguinha considerava como um filho. Acolheu Adriane junto a sua família, esposa e filhas. A modelo morou com a família Braga em Portugal durante um ano. O ex-banqueiro a perguntou o que queria fazer, com o que gostaria de trabalhar, lhe pagou cursos e a apresentou para pessoas que poderiam ajudá-la profissionalmente.
O curioso é que Ayrton, mesmo sendo introspectivo e melancólico, gostava de se
relacionar com pessoas como Braga, Adriane Galisteu... pessoas que eram muito felizes e gostavam de curtir a vida. Tem um outro bon vivant, sendo que
este é italiano, que foi também amicíssimo do Ayrton (faz algum tempo que estou para contar essa história aqui no blog). Mas o milionário italiano era também um
jogador compulsivo. Ele morreu falido (senão me engano) e era mais jovem que o Braga.
O tricampeão de Fórmula 1, Emerson Fittipaldi, também é assim estilo Braguinha, e é outro grande amigo do ex-banqueiro.
É isso, o Braguinha nunca se importou com dinheiro, em acumular fortunas, mas pensando bem, ele tem razão, se você não gastar, viver bem, outros com certeza, farão em seu lugar, tudo que você não fez e muito mais.
Não sei se existem outros motivos, mas acredito que Braguinha tenha doado seus bens para os filhos afim de não ter mais preocupações, não ser incomodado, não tratar mais de negócio algum, nem por telefone, pessoalmente, não ir a reuniões. Queria tirar férias permanentes. E foi assim, viveu como quis, por 30, 31 anos, ele viveu intensamente, foram muitas viagens, festas de arromba navio (como no casamento de uma de suas filhas mais novas. Para vocês terem uma ideia da pompa que foi o evento, ele mandou buscar os convidados de jatinho aqui do Brasil para Bahamas), gastos exorbitantes, realizando todos seus sonhos e desejos. Ajudou muitas pessoas como atletas brasileiros, pessoas falidas, inclusive ajudou muito Adriane Galisteu, quando aconteceu a tragédia com Ayrton Senna — um grande amigo, mas que Braguinha considerava como um filho. Acolheu Adriane junto a sua família, esposa e filhas. A modelo morou com a família Braga em Portugal durante um ano. O ex-banqueiro a perguntou o que queria fazer, com o que gostaria de trabalhar, lhe pagou cursos e a apresentou para pessoas que poderiam ajudá-la profissionalmente.
O tricampeão de Fórmula 1, Emerson Fittipaldi, também é assim estilo Braguinha, e é outro grande amigo do ex-banqueiro.
É isso, o Braguinha nunca se importou com dinheiro, em acumular fortunas, mas pensando bem, ele tem razão, se você não gastar, viver bem, outros com certeza, farão em seu lugar, tudo que você não fez e muito mais.
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