A família do piloto nunca aceitou seu relacionamento com Adriane Galisteu, 13 anos mais nova que ele
Ayrton Senna e Adriane Galisteu, em 1993
- Justin Thomas
Verónica Goyzueta
@goyzuet4
Correspondente em Sao Paulo - Atualizado: 04/05/2019 16: 55h
As homenagens organizadas pela família ao piloto Ayrton
Senna, 25 anos após sua fatídica morte no circuito italiano de Ímola, foram
marcadas em 1 de Maio pela ausência de Adriane Galisteu, sua última namorada e
a mulher com quem o atleta passou os últimos dois anos de sua vida. A
renomada atriz, que hoje tem 46 anos, viveu seu luto afastada, rejeitada pela mãe e pela família do piloto, que nunca reconheceram a relacionamento.
Em seu lugar, assim como foi no funeral de 1994 [funeral do Ayrton],
quando Adriane foi obrigada a entrar na fila gigantesca de fãs para dizer adeus a
seu companheiro, os Senna escolheram como viúva oficial a apresentadora da televisão
brasileira, Xuxa Meneghel, que foi namorada piloto entre 1988 e 1990 [dezembro de 1988 a janeiro de 1990]. Xuxa (56
anos) tornou-se o centro das homenagens a familiares, amigos e imprensa, que teve
lugar esta semana no autódromo de Interlagos, onde o tricampeão mundial
levantou grande parte de seus troféus. "Neste momento no país, onde tantas
coisas erradas acontecem, você precisa de um ídolo como ele", disse Xuxa,
que hoje é uma das celebridades mais conhecidas do Brasil.
Críticas à família
Muitos seguidores [fãs] de Senna criticaram a atitude da
família, que apagou Adriane das fotos e das homenagens divulgadas [e transmitidas] no Festival Senna Day, incluindo uma que estava ao lado da cantora Tina Turner, que foi
editada. "Que desrespeito!", exclamou um fã. "Nesse dia ele
estava com Galisteu", disse outro. "Onde está Adriane?", perguntou um terceiro na rede social do Instituto Ayrton Senna. "Senna a
amava, quer queiram ou não", acrescentou outro ao coro de reprovações.
Os pais do piloto (Neyde Senna e Milton da Silva), junto com
sua neta Bianca - REUTERS
Em entrevista ao portal "GShow" por
ocasião deste aniversário [da morte de Ayrton Senna], Galisteu recordou os momentos felizes ao lado do piloto, a quem
conheceu quando tinha 19 anos e com quem conviveu dois anos de sua vida, quando era uma jovem modelo de revista, com uma carreira insignificante
em comparação à de Xuxa que, como Ayrton, se destacou internacionalmente.
"Tudo o que sei é que ninguém vai me tirar nossa história", afirmou Adriane, que
herdou do ídolo um pijama, uma camisa e uma escova de dentes que ele deixou em sua casa na
noite em que estiveram juntos [na verdade eles moravam juntos]. Senna também deixou um pequeno
Fiat, que lhe presenteou e que foi seu primeiro carro, e um relógio.
Em novembro de 1994, Galisteu publicou "O
caminho das borboletas", um livro que já está na décima segunda edição,
onde ela conta em primeira pessoa sua história de amor com Senna. "Eu
tinha 19 anos, ele tinha 34 anos. Nós nos divertimos muito e acho que lhe dava jovialidade à sua rotina, que era cheia de responsabilidades. O maior legado
que Ayrton me deixou foi ter força para realizar meus sonhos ", resumiu
a modelo, que sofreu muito com a morte repentina do campeão. "Eu nunca
imaginei que ele poderia morrer fazendo o que mais amava e o que melhor sabia fazer", revelou. E sentenciou: "Em um piscar de olhos, tudo
muda e não volta mais".
Descendente de malaguenhos (o pai de Adriane nasceu em Málaga, na Espanha), Galisteu teve uma vida
difícil. Com um pai alcoólatra, que morreu quando era uma debutante, aos 9 anos
começou a desfilar como modelo infantil para ajudar a mãe e nunca mais parou de
trabalhar.
Acostumada a lutar, ela nunca desmoronou com a
grosseria dos Senna, pelo contrário: tirou forças para empreender uma elogiada carreira como modelo, apresentadora e atriz. Ela usou a fundo o mantra do
piloto para conquistar uma vida luxuosa por seus próprios
méritos.
Atualmente, está casada com o empresário de moda
Alexandre Iódice, com quem tem um filho pequeno, Vittorio. «Eu falo muito sobre
ele [Ayrton] ao meu filho. E meu marido, como todo brasileiro, era muito fã
dele ", disse ela ao GShow. E concluiu: "Ninguém jamais quis
apagar meu passado [se referindo ao marido] e meu senso de gratidão é por ter vivido tudo o que eu vivi
com um ser humano único".
Senna e Galisteu em foto do jornal ABC impresso (a
reportagem saiu também na versão digital, no site do jornal)
FONTE PESQUISADA
GOYZUETA, Verónica. La última mujer que amó a Ayrton Senna. Disponível em: <https://www.abc.es/estilo/gente/abci-ultima-mujer-ayrton-senna-201905040033_noticia.html>. Acesso em: 04 de maio 2019.
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