Senna faz cena
Derrapagem na pista
Acusado de ser pai do filho que a modelo Marcella Praddo estaria esperando, o piloto Ayrton Senna perde a cabeça e agride repórter em São Paulo
As indefinições no circo da Fórmula 1, definitivamente, não estão fazendo nada bem ao piloto Ayrton Senna. A paciência do tricampeão parece estar chegando ao limite máximo. Prova disso foram os sopapos e palavrões que o piloto desferiu contra o repórter Otávio Cabral, do jornal paulistano Notícias Populares, na noite de sexta-feira, dia 30.
No mesmo dia, o jornal havia publicado uma matéria insinuando que a modelo Marcella Praddo estaria grávida de Senna. A notícia parecia não ter irritado o piloto. Ledo engano. À noite, quando saía do Cine Liberty, em São Paulo, acompanhado da modelo Adriane Galisteu, o tricampeão de Fóruma 1 mostrou o quanto estava irado com a fofoca.
O porteiro do cinema havia lido a matéria sobre a gravidez e telefonado para a redação dos Notícias Populares contando o paradeiro do tricampeão. Cumprindo sua função, o repórter Otávio Cabral foi com o fotógrafo Sérgio Andrade esperar a sessão terminar para fazer uma entrevista com o piloto. Mas Ayrton Senna perdeu completamente a esportiva.
Tapa na orelha – Otávio Cabral se aproximou de Senna e se identificou como repórter. Foi o suficiente para o piloto agredi-lo, verbal e fisicamente. Além de proferir todos os palavrões que conhecia, deu um tapa no rosto do jornalista. Como se não bastasse, quebrou o equipamento do fotógrafo e exigiu o filme que teria as fotos dele com Adriane:
– Eu não posso me divertir que a imprensa vem atrás, falava Senna, com os olhos vermelhos e cheios de lágrimas. Primeiro dizem que eu não sou homem e, agora, inventam gravidez. Me deixem em paz.
Depois dessa, o repórter abriu mão de entrevistá-lo. E o fotógrafo, enquanto recolhia os destroços de sua máquina, resolveu enganar o tricampeão. Deu um filme virgem, sem as fotos de Senna e Adriane saindo do cinema.
Mesmo com toda essa confusão, a modelo fez questão de deixar claro que é apenas "boa amiga" do piloto.
Acredite se quiser.
Fonte: Revista Contigo, maio 1993
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