Como foram os seus últimos momentos com o Senna?
Adriane Galisteu: Lembro-me do sábado anterior à corrida. Cheguei a Portugal e estava entrando na casa dos Braga, a 20km de Lisboa, quando me avisarem que ele estava ao telefone. Estava nervoso, angustiado. Ficamos conversando quase 90 minutos. "Meu amor, eu não quero correr. Acabo de ver o Roland Ratzenberger sofrer um acidente fatal na minha frente... Estou muito impressionado", ele me disse. Durante os 18 meses que estávamos juntos, eu nunca o havia visto tão desesperado. Fiquei muito preocupada. No mesmo dia, às 23 horas, voltou a me chamar na casa do Algarve, onde estava hospedada. Havia refressado do jantar com o seu irmão, Leonardo, e alguns amigos. Eles haviam conseguido tranquilizá-lo. Estava sentindo melhor. Mas, mesmo assim, disse-me que não queria correr no dia seguinte porque naquela corrida tudo estava saindo mal.
FONTE PESQUISADA
AVERZA, Laura. Adriane Galisteu: O memorial da Saudade. Manchete, Rio de Janeiro, nº 2217, p. 12 –15, 01 de outubro 1994.
Laura Aversa/Gente/Argentina
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