Naquelas semanas, Ayrton se
aprofundou no método que Nuno Cobra batizara de ABC e no qual são fundamentais
o sono, a alimentação e a atividade física, três prioridades que afastaram
Senna definitivamente do estereótipo clássico dos pilotos da geração que o
precedera na Fórmula 1: mulherengos entregues à noite, ao sexo, ao álcool e às
orgias gastronômicas entre uma e outra corrida. Para Nuno Cobra, não adiantava
nada o piloto, cada vez mais um atleta, fazer exercícios e depois cair na noite
ou se alimentar mal.
Senna criou, sob orientação de Nuno, um ritual que seguiria com uma certa regularidade: antes de cada prova, ele se isolava por um certo tempo e, para diminuir a freqüência cardíaca, respirava aceleradamente, expelindo todo o ar dos pulmões. Depois, repetia o mesmo exercício mais relaxadamente. Pegava então o capacete e começava a limpar a viseira. Nuno aposta: "Nessa hora, ele não pensava em nada, apenas economizava energia.”
Piloto brasileiro durante o Fuji TV Japanese GP, no Japão
(1991)
Foto: Norio Koike
Limpando Capacete na Estreia na F1 no GP do Brasil em 25
de Março de 1984
Foto: Reprodução
FONTE PESQUISADA
RODRIGUES, Ernesto. Ayrton, o herói revelado. Edição 1. Rio de Janeiro: Editora
Objetiva, 2004.
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