sábado, 31 de março de 2018

Essa é uma dica que aprendi com o Ayrton...

"Essa é uma dica que aprendi com o Ayrton (Senna) e guardo como um tesouro – ao acordar, ele não saia da cama antes de se alongar. Então, nada de preguiça e bora se esticar! #treino #forca #fiqueemforma." (Escreveu Adriane Galisteu em seu site pessoal, 25/04/2016)









FONTE PESQUISADA

GALISTEU, Adriane. Dica de personal: O que você deve fazer antes e depois dos exercícios para seu treino render mais. Disponível em: <https://adrianegalisteu.com.br/2016/04/dica-de-personal-o-que-voce-deve-fazer-antes-e-depois-dos-exercicios-para-seu-treino-render-mais/>. Acesso em: 31 de março 2018.

Bandeirante: Veja Senna "pilotando" nossos aviões - Setembro/1986


Ayrton Senna da Silva, piloto brasileiro de Fórmula 1, visitou todos os aviões da Embraer em Farnborough. (Na foto, Senna conhece o avião Brasília). Nesta edição, uma entrevista exclusiva do piloto ao jornal Bandeirante. (Página 12) 






12 BANDEIRANTE ESPECIAL

Senna "pilota" nossos aviões

Ayrton Senna: "A Embrear representa o Brasil em busca dos seus próprios caminhos".

Com a mesma habilidade com que pilota sua Lotus preta nos grandes prémios de Fórmula 1, o corredor brasileiro Ayrton Senna da Silva manobra seus muitos aeromodelos, entre os quais um Tucano da Embraer. E foi essa sua paixão por aeronaves que levou o famoso piloto brasileiro a conhecer de perto os aviões brasileiros na Exposição Internacional de Farnborough, na Inglaterra, aproveitando uma folga em seus treinos.

Tranqüilo e bem-humorado, Senna atendeu aos muitos pedidos de autógrafos e pose para fotografias, conversou com a equipe da Embraer no chalé da empresa e, Finalmente, foi ver de perto os aviões brasileiros Tucano, Brasília e AMX, que estavam sendo exibidos na feira inglesa.

Alta Perfomance

Ayrton Senna, durante sua visita ao chalé da Embraer na Exposição de Farnborough, estava acompanhado do seu empresário Armando Teixeira Botelho, membros da equipe da JPS e do corredor de Fórmula 3 no campeonato inglês da categoria, Maurício Gugelmin. Depois de um demorado bate-papo durante o show aéreo, Senna foi ver dc perto os aviões brasileiros.

Ele acentuou que sempre esteve muito ligado a aviões e que seu pai. empresário em Goiás, possui dois aviões da Embraer que utiliza em suas viagens de negócios pelo País. Atualmente Senna está entusiasmado pelo aeromodelismo rádio-controlado. Possui um modelo do Diablo, um Galaxy e uni Cavalier 40 e, para não se esquecer de casa, um modelo do Tucano que recebeu recentemente do Brasil.

"É um hobhy apaixonante e nos dá muita destreza e acuidade visual", explica Senna, lembrando que enquanto está se distraindo com os aeromodelos, está se exercitando também para manter-se ágil em seus reflexos durante as corridas nos supervelozes carros da Fórmula 1.

Acompanhado do comante Túlio Brandão, da Embraer, que lhe forneceu inúmeras explicações técnicas sobre os aviões, Senna conheceu primeiro a cabine dc pilotagem do Brasília e em seguida entusiasmou-se com a funcionalidade da cabine do Tucano. Finalmente foi ver o caça -tático AMX. "Sempre tive grande curiosidade de voar um avião de alta perfomance", explica ele, lembrando que, por enquanto, seus patrocinadores proíbem que ele faça esse tipo de vôo, por exigéncia das companhias seguradoras.

Após a visita aos aviões da Embraer, Senna elogiou o desempenho e qualidade tecnológica dos mesmos. "É uma enorme divulgação que se faz da imagem do Brasil como um País em busca de seus próprios caminhos", ressaltou o piloto brasileiro.




FONTE PESQUISADA

BANDEIRANTE - Veja Senna "pilotando" nossos aviões - Setembro/1986. Bandeirante, setembro de 1986, Especial, página 12.




sexta-feira, 30 de março de 2018

"Deus é Grande, Deus é forte, quando ele quer não tem quem não queira" (Ayrton Senna)


Viviane Senna Fica Irritada Com Pergunta de Repórter (Vídeo)


Viviane Senna se irrita ao ser perguntada sobre proibição dos nomes de Adriane Galisteu e Xuxa em musical do irmão Ayrton Senna.

Vi a hora dela esbofetear o repórter...




Viviane Senna explica por que Galisteu e Xuxa não foram citadas em musical

A irmã de Ayrton Senna explicou o motivo para as apresentadoras Adriane Galisteu e Xuxa não serem citadas no musical do piloto: "Objetivo não é transcrever a história do Ayrton".

RedeTV - Programa TV Fama - 29/03/2018



quinta-feira, 29 de março de 2018

quarta-feira, 28 de março de 2018

Há 25 anos, Senna era erguido pelo povo após vencer em Interlagos

No dia 28 de março de 1993, tricampeão mundial aproveitava temporal e conquistava épica vitória no Grande Prêmio do Brasil, mesmo contra o favoritismo absoluto da Williams


Por Fred Sabino, Rio de Janeiro
28/03/2018 08h00  Atualizado há 10 horas
GE - Globo Esporte - globoesporte.globo.com

O dia 28 de março de 1993, há exatos 25 anos, ficou marcado pelo momento da comunhão sublime entre Ayrton Senna e seu povo. A vitória épica no Grande Prêmio do Brasil, a segunda do tricampeão em Interlagos, teve ingredientes tão incríveis que, lembrados hoje, parecem ter recebido a bênção divina.

O que era para ser um passeio do rival Alain Prost na Williams "de outro planeta" virou um concerto do maestro das águas Senna, com direito a batida do francês, drible antológico em Damon Hill, sorte para o carro não quebrar, audiência monstruosa na TV, e até mesmo comemoração com Pelé.


O GP do Brasil era o segundo do campeonato de 1993. Na primeira prova, na África do Sul, Prost venceu, mas Senna surpreendeu ao ficar em segundo depois de quase conquistar a pole e dar um calor no francês no começo da corrida. De qualquer forma, Kyalami era uma pista mais travada. Em Interlagos, com pontos em subida e o trecho da Junção ao "S" do Senna em aceleração plena, era para o motor Renault V10 da Williams sobrar em relação ao Ford V8 da McLaren.

Prost e Hill formavam a dupla da Williams em 1993 (Foto: Getty Images) 

E nos treinos sobrou mesmo. Prost levou sua Williams FW15 cheia de eletrônica, com controle de tração e suspensão ativa plenamente desenvolvidos, a uma pole esmagadora. O francês foi 0s993 mais rápido do que o companheiro de equipe Damon Hill e ficou 1s831 à frente de Senna, o terceiro no grid. Ou seja, em condições normais, o passeio de Prost era uma formalidade.

- Interlagos exige talento do piloto. Senna está na segunda fila e não na primeira como ele pretendia, mas tem tudo para fazer uma boa largada. É claro que é muito difícil a tarefa do Senna, mas corrida é corrida! Numa dessa, alguma coisa pode acontecer - comentava Reginaldo Leme pouco antes da largada, de forma profética.

De fato, Senna largou bem e tomou o segundo lugar de Hill, enquanto Prost disparava. Ayrton se segurava como podia, mas no retão de Interlagos não havia como impedir a ultrapassagem da Williams-Renault de Damon Hill, o que aconteceu na 11ª volta de um total de 71.

Pior: na 24ª passagem, o tricampeão teve de ir aos boxes para cumprir uma punição de stop and go por uma ultrapassagem sobre o retardatário Eric Comas (Larrousse) sob bandeira amarela. Senna ficou possesso, e depois alegou que o francês tirou o pé e abriu deliberadamente, e não havia como evitar a ultrapassagem. De qualquer forma, Ayrton ficava longe, muito longe, dos três primeiros.

Senna ficou para trás nas primeiras voltas do GP do Brasil de 1993 (Foto: Getty Images)

Temporal de emoções

Aí veio a primeira intervenção divina.

Choveu, e choveu para valer, a partir da 27ª volta. Senna tomou primeiro a iniciativa de colocar os pneus de chuva, e acertou na mosca. Prost e a Williams hesitaram devido a uma falha de comunicação no rádio. Um erro fatal.

- Olha o Prost escorregando com pneu slick. Ele tem de tomar muito cuidado para que isso não vire um prejuízo definitivo para ele - previu Galvão Bueno na transmissão da Globo.

Dito e feito: na 30ª volta, Prost passou direto pela entarda dos boxes pela segunda vez. Uns 300 metros depois, na já alagada freada do "S" do Senna, o francês perdeu o controle da Williams e atingiu a Minardi de Christian Fittipaldi, que arriscara não trocar os pneus e também havia rodado.

Aí veio a segunda intervenção divina.

Aguri Suzuki estampou sua Footwork no muro da reta dos boxes e o safety car, uma novidade na época, foi acionado. Carros reagrupados e Ayrton, que chegara a dar uma escapada no "S" do Senna já com pneus de chuva, era o segundo, com apenas um carro (Derek Warwick, Footwork) entre ele e o novo líder Damon Hill. Senna tinha os batimentos cardíacos monitorados, e o coração estava a incríveis 195 bpm na hora da chuva.

Senna à frente de Schumacher após a relargada no GP do Brasil de 1993 (Foto: Paul-Henri Cahier/Getty Images) 

O safety car deixou a pista na abertura da 37ª volta e, naquele momento, a chuva já havia passado, com boa parte do traçado já secando. No fim da volta 40, Senna arriscou os pneus slicks e Hill fez a troca na passagem seguinte. Com os pneus já aquecidos, Ayrton deu um drible genial em Hill na freada para o Laranjinha e assumiu a liderança, mesmo mergulhando a McLaren fora do trilho seco. Com a pista ainda molhada em alguns pontos, Senna deixou Hill para trás e partiu para a vitória.

Aí veio a terceira, e definitiva, intervenção divina.

Já com grande vantagem no fim da prova, Senna controlava essa diferença, quando na última volta acendeu no cockpit a luz vermelha de queda de pressão do óleo no motor Ford. Com cuidado, Ayrton cruzou a linha de chegada e venceu pela segunda vez o GP do Brasil. Interlagos pulsou como nunca. E o motor Ford, sabe-se lá por que, só parou de funcionar na volta da vitória, menos de um quilômetro depois da linha de chegada.

Ayrton Senna no GP do Brasil de 1993 (Foto: Agencia Estado) 

Público invadiu a pista após a vitória de Senna em 1993 (Foto: Reprodução)

Com a McLaren de Senna parando na reta oposta, o público invadiu a pista e cercou o carro. Ayrton literalmente apanhou como nunca dos fãs, mas, como num épico, terminou carregado pelo seu povo. Senna voltou aos boxes no safety car e recebeu do pentacampeão Juan Manuel Fangio, seu grande amigo, o troféu pela vitória, a centésima da McLaren na F1.

Abre parêntese: além de Fangio e Senna, estavam no pódio o segundo colocado Damon Hill e o terceiro Michael Schumacher, numa união de 16 títulos mundiais. Fecha parêntese.

Senna e Fangio no pódio do GP do Brasil de 1993 (Foto: Getty Images)

Senna deixou o autódromo em seu helicóptero com Galvão Bueno, que fez entrevista exclusiva para o Fantástico no escritório do tricampeão. Aliás, o Ibope daquela corrida em São Paulo chegou a impressionantes 48 pontos, o equivalente a 2,8 milhões de TVs ligadas.


Depois de jantar com os pais, Senna comemorou a vitória na casa noturna Limelight. A festa teve simplesmente a presença de Pelé, e o champanhe rolou à vontade.

Em meio a tantas intervenções divinas, aquele 28 de março de 1993 acabou com dois mitos do nosso esporte reunidos. É ou não algo divino?



FONTE PESQUISADA

SABINO, Fred. OTD #2: Há 25 anos, Senna era erguido pelo povo após vencer em Interlagos. Disponível em: <https://globoesporte.globo.com/motor/formula-1/blogs/f1-memoria/post/2018/03/28/otd-2-ha-25-anos-senna-era-erguido-pelo-povo-apos-vencer-em-interlagos.ghtml?utm_source=Twitter&utm_medium=Social&utm_content=Esporte&utm_campaign=globoesportecom>. Acesso em: 28 de março 2018.


"Desta vez, a Adriane vai ver a prova (de Imola) pela tevê. Depois, aí sim, vamos comemorar." (Ayrton Senna em 20/04/1994)

Aos 60 Anos, Braguinha Largou Tudo Para Aproveitar a Vida


O Bon Vivant

Há 32 anos, Braguinha largou tudo para ser tornar um Bon Vivant em tempo integral. Hoje com quase 92 anos e muito doente, Luíza, a atual esposa, reivindica 50% de sua fortuna, controlada por filhos do primeiro casamento

O pai da empresária [Maria do Carmo de Almeida Braga, a Kati], Antônio Carlos de Almeida Braga, o Braguinha, fundador da seguradora Atlântica Boavista (transformada depois em Bradesco Seguros), ex-presidente do Bradesco e um dos sócios históricos do maior banco privado brasileiro, um dia largou tudo [em meados dos anos 80], vendeu a parte que lhe cabia das ações com direito a voto no banco (no valor de US$ 45 milhões - na verdade US$ 150 milhões), montou o Icatu para administrar a fortuna da família e caiu no mundo. Foi atrás de duas coisas: o sol e o calendário esportivo. Onde houver um atleta brasileiro, Braguinha estará lá. Nem no Rio mora mais. Tem casas em Portugal, na França e nas Bahamas. Com Kati é diferente. Ela diz que não é capaz de abandonar os negócios, que são muitos, apenas para se dedicar à música, sua paixão. Então, faz de suas paixões negócios, lucrativos e promissores. “Meu hobby é criar empresas”, afirma Kati.

Fonte: Isto é Dinheiro, 30.11.2016

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Antônio Carlos de Almeida Braga, uma vida de emoções - os meios e o fim
Matéria do Jornal do Brasil 27/03/2018

Lá por meados dos anos 80, precisamente em 1986, o então banqueiro Antônio Carlos de Almeida Braga, aos 60 anos, abandonou os negócios para aproveitar cada segundo de sua vida. Havia trabalhado a vida inteira, e achou que era o momento de parar e desfrutar da fortuna que conquistou. Era um homem muito alegre, extrovertido, liberal, na vida pessoal e nos negócios. A maneira de ser do Braga acabou fazendo-o entrar em choque com seu parceiro nos negócios e sócio, o também banqueiro Amador Aguiar. Então eles romperam, Braguinha saiu da presidência do Bradesco, mas com uma bolada de US$ 150 milhões à época.

O Braga era visto como um banqueiro extravagante, no que dizia e na maneira de se comportar, nunca usou terno e gravata, era muito irreverente também. Deixou os negócios sendo administrados por dois filhos: Luiz Antônio de Almeida Braga e sua primogênita Kati. Luiz Antônio inclusive abandonou a faculdade de economia no primeiro ano para cuidar do patrimônio da família, junto à irmã. 

Não sei se existem outros motivos, mas acredito que Braguinha tenha doado seus bens para os filhos afim de não ter mais preocupações, não ser incomodado, não tratar mais de negócio algum, nem por telefone, pessoalmente, não ir a reuniões. Queria tirar férias permanentes. E foi assim, viveu como quis, por 30, 31 anos, ele viveu intensamente, foram muitas viagens, festas de arromba navio (como no casamento de uma de suas filhas mais novas. Para vocês terem uma ideia da pompa que foi o evento, ele mandou buscar os convidados de jatinho aqui do Brasil para Bahamas), gastos exorbitantes, realizando todos seus sonhos e desejos. Ajudou muitas pessoas como atletas brasileiros, pessoas falidas, inclusive ajudou muito Adriane Galisteu, quando aconteceu a tragédia com Ayrton Senna — um grande amigo, mas que Braguinha considerava como um filho. Acolheu Adriane junto a sua família, esposa e filhas. A modelo morou com a família Braga em Portugal durante um ano. O ex-banqueiro a perguntou o que queria fazer, com o que gostaria de trabalhar, lhe pagou cursos e a apresentou para pessoas que poderiam ajudá-la profissionalmente.



O curioso é que Ayrton, mesmo sendo introspectivo e melancólico, gostava de se relacionar com pessoas como Braga, Adriane Galisteu... pessoas que eram muito felizes e gostavam de curtir a vida. Tem um outro bon vivant, sendo que este é italiano, que foi também amicíssimo do Ayrton (faz algum tempo que estou para contar essa história aqui no blog). Mas o milionário italiano era também um jogador compulsivo. Ele morreu falido (senão me engano) e era mais jovem que o Braga. 

O tricampeão de Fórmula 1, Emerson Fittipaldi, também é assim estilo Braguinha, e é outro grande amigo do ex-banqueiro.

É isso, o Braguinha nunca se importou com dinheiro, em acumular fortunas, mas pensando bem, ele tem razão, se você não gastar, viver bem, outros com certeza, farão em seu lugar, tudo que você não fez e muito mais.










terça-feira, 27 de março de 2018

Placar 1983: O Novo Rei da Inglaterra






FONTE PESQUISADA

MARTINS, Lemyr. O novo rei da Inglaterra. Placar, São Paulo, edição nº 677, p. 62-64, 1983.

Fortuna de Antônio Carlos de Almeida Braga na Justiça


Corre processo de Luiza Konder Almeida Braga pleiteando parte que considera devida

Jornal do Brasil


Hildegard Angel
Jornal do Brasil
27/03 às 06h00 - Atualizada em 27/03 às 09h24

Em segredo de Justiça, mas já fazendo ruído, corre em Vara de Família o processo de Luiza Konder Almeida Braga, pleiteando para si e para suas filhas, Joana e Maria, a parte que considera devida nos 50% dos bens de seu marido, Antônio Carlos de Almeida Braga, o Braguinha, os quais ele doou para os filhos Kathy (Maria do Carmo), Lúcia, Sylvia e Luís Antônio, por ocasião de sua aposentadoria, quando se afastou da gestão do Banco Icatu, criado por ele ao sair do Bradesco, do qual foi um dos maiores acionistas...

Depois da abertura do processo, Luiza retornou a Portugal, deixando no Rio de Janeiro o Braguinha, cuja saúde inspira grandes cuidados. A física e a financeira. Uma equipe de home care 24h acompanha Braguinha em sua cobertura da Vieira Souto, que não é mais aquela do Edifício Itacurussá, colado ao Country Club, que foi vendida por 28 milhões. Uma outra foi adquirida, menor, por 15 milhões, no quarteirão seguinte. Também com vista para o Country. Todos os demais bens de Almeida Braga foram vendidos. Em Gstaad, em Paris, em Nova York e, se não me engano, também a casa nas Bahamas. A Quinta Penalva, em Sintra, Portugal, foi vendida.  Personagem muito estimado em nosso cenário social, no mundo empresarial e, também, no esportivo, a torcida por Braguinha é uma unanimidade...

Antônio Carlos de Almeida Braga, com a mulher, Luiza, e as filhas, Maria e Joana

É fato que Luiza queixou-se aos enteados de que não poderia ficar desamparada, recebendo deles um quinhão da fortuna. Ela, porém, não considerou a quantia à altura do merecimento de quem deu duas filhas a Braga e foi sua companheira em toda a terceira idade, até a atual fase, quando ele se encontra em situação de abstração e ausência, o que causa a todos os que o veem grande sofrimento. Sobretudo aos filhos e à Luiza, que partiu para Lisboa, com a filha, Joana, lamentando não poder ter mais qualquer função junto ao marido...

[Resumo da ópera: Quando se aposentou dos negócios, em meados dos anos 80, já em seu segundo casamento, Braguinha doou todos os seus bens para os filhos do primeiro casamento.  Agora a atual esposa do ex-banqueiro, Luíza Konder, está pleiteando na justiça 50% da fortuna do marido para ela e as duas filhas do casal. Por não concordar com a parcela que recebeu dos próprios enteados, já que foi sua companheira e lhe deu duas filhas. Luíza é casada no papel com o Braga.]

Com o ocaso de Almeida Braga, apagam-se as luzes de um símbolo de sucesso com generosidade, poder com largueza, dinheiro com múltiplos interesses de vida, desapego e referência de bem viver com seletividade, cercado dos nomes mais emblemáticos de várias áreas de realizações do Brasil. Sobretudo no esporte e no jornalismo, em que desfrutou da amizade de Ayrton Senna, Emerson Fittipaldi, Gustavo Kuerten, e como íntimo amigo do clã Roberto Marinho. 

Grande nas finanças, e foi um dos donos do Banco Bradesco. Apaixonado pelo Fluminense, e foi intitulado seu Grande Benemérito. Aficionado do tênis, e presença sempre certa nos torneios de Roland Garros; aficionado da Fórmula 1, e sempre visto nas corridas do Grand Prix no camarote do Hotel de Paris, em Mônaco; doente pela Seleção Brasileira, e com lugar garantido nas tribunas de honra da Fifa, nos jogos do Brasil, nas Copas do Mundo.

Se houve um homem que viveu tudo o que pretendeu, e da melhor maneira possível, este foi Antônio Carlos de Almeida Braga, o Braguinha.



FONTE PESQUISADA

JORNAL DO BRASIL - Fortuna de Antônio Carlos de Almeida Braga na Justiça. Disponível em: <http://www.jb.com.br/borbulhantes/noticias/2018/03/27/fortuna-de-antonio-carlos-de-almeida-braga-na-justica/>. Acesso em: 27 de março 2018.

Coleção de Gifs de Ayrton Senna e Adriane Galisteu







segunda-feira, 26 de março de 2018

“Tenho gênio forte e ideias muito claras, por isso incomodo tanta gente”. (Ayrton Senna)

Frase 3


"Estou a mil por hora" (Senna, início de 94)

Frase 2


Frase 1 - A Responsabilidade de Não Decepcionar


"Quanto mais elogios recebo, quanto mais a imprensa me dá força, mais responsabilidade eu sinto de não decepcionar os que elogiam. Eles apenas fazem com que eu me sinta devedor de mais vitórias, mais recordes. Acho que máscara e prepotência não levam a coisa alguma" (Senna, em junho 83)


 Ayrton Senna, então uma jovem promessa do automobilismo brasileiro, com os louros da vitória adornando seu pescoço nas categorias de base da Fórmula 1. Inglaterra 1981.



domingo, 25 de março de 2018

Amor Por Adriane Galisteu e a Felicidade a Seu Lado Podem Ter Aprimorado Genialidade de Ayrton Senna



(Depois do primeiro fim de semana juntos)

TRADUÇÃO LIVRE

No aeroporto, ele perguntou se podia vê-la novamente. Ela apenas sorriu. Assim que retornou a São Paulo, eles foram inseparáveis ​​pelos próximos dias até que ele teve que sair para Londres para o Grande Prêmio da Europa na pista de Donington, na Inglaterra.

Adriane lembra daqueles poucos dias passados ​​em seu apartamento como os mais felizes de sua vida. Ela acha que eles foram para ele também. Pode ter sido uma coincidência, mas no Grande Prêmio de Donington ele conduziu o que foi, sem dúvida, a melhor corrida da sua vida e, para muitos observadores, a melhor volta individual alguma vez conduzida por qualquer piloto da história da Fórmula 1.

O palco estava pronto para um novo capítulo em suas vidas. Mas faltavam apenas 392 dias (para o fim da vida de Ayrton Senna. Para o final dessa história).


O conto de fadas começou.


Fonte: Livro Fatal Weekend do jornalista britânico Tom Rubython, ano 2015









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IDIOMA ORIGINAL

At the airport, he asked her if he could see her again. She just smiled. As soon as he returned to São Paulo, they were inseparable for the next few days until he had to leave for London for the European Grand Prix at the Donington racetrack in England.

Adriane remembers those few days spent at his apartment as the happiest of her life. She thinks they were for him also. It may have been a coincidence, but at the Grand Prix at Donington he drove what was undoubtedly the best race of his life and, for many observers, the greatest individual lap ever driven by any driver in the history of Formula One.

The stage was set for a new chapter in both their lives. But there was only 392 days left.


The fairytale had started.

Source: Fatal Weekend by Tom Rubython

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OPINIÃO BLOG SENNA VIVE

Influenciou muito sim de forma extremamente positiva, tanto na vida pessoal como na profissional. Concordo com o jornalista Reginaldo Leme, ele estava pilotando como um puro gênio em 1993 e também em 1994. E tenho certeza de que Adriane Galisteu tem muito a ver. 

Sempre associei o momento feliz da vida dele, o amor que sentia pela Adriane, com essas corridas épicas que fez em 93, mesmo tendo o carro inferior ao de Prost e Hill, que corriam com as poderosas Williams. Em 94, já na Williams — que não era mais a mesma, diga-se de passagem — houveram alguns problemas em seu carro, que resultaram nesse terrível acidente, ainda assim com aquele carro limitado, tenebroso, cheio de problemas, ele fez 3 poles consecutivas nas 3 primeiras corridas na temporada, não dando espaço para ninguém.


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Ayrton Senna Compara Uma das Vitórias Mais Difíceis de Sua Carreira a Conquista de Adriane Galisteu

Numa entrevista ao “Jornal Nacional” em 1993 a Roberto Cabrini, ao falar da dificuldade em vencer o Grande Prêmio da Europa de 1993, para melhor exemplificar, Ayrton faz alusão a conquista de Adriane. A vitória foi num domingo de páscoa, logo depois da primeira vez que eles ficaram juntos. "Existem certas coisas na vida que com a dificuldade tem um sabor maior. Uma mulher charmosa, difícil, tem um gosto melhor na hora da conquista. Uma vitoria como essa em condições como ocorreu, ela tem um valor superior, tem um significado maior.", comparou Ayrton.

A épica vitória em Donington Park é uma das mais belas e difíceis da carreira de Ayrton Senna. O circuito também foi palco da considerada a melhor volta de todos os tempos. Quando Ayrton Senna deu um Show em pista molhada passando todos os pilotos que estavam a sua frente na primeira volta da corrida.

Assista:



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FONTE PESQUISADA


RUBYTHON, Tom. Fatal Weekend. 1º Edição. Great Britain: The Myrtle Press, 12 de novembro de 2015.

TV Globo - Jornal Nacional - Ano 1993




sábado, 24 de março de 2018

Nada Seria o Mesmo Novamente


TRADUÇÃO LIVRE

Flashback: Adriane Março 1993

Nada seria o mesmo novamente

Foi apenas mais uma linda tarde de segunda-feira no centro de São Paulo quando Adriane Galisteu, de 19 anos, apareceu nos escritórios da Elite Models, a maior agência de modelo do Brasil, para uma audição. A segunda-feira, 15 de março de 1993, não teve nada para distingui-la de qualquer outra segunda-feira para Adriane. Ela amava todos os dias da semana e estava vivendo seu sonho. Adriane tinha modelado desde os 12 anos de idade, e ela estava nos books da Elite desde que abriu o escritório de São Paulo em 1989. Ela era filha de uma mãe brasileira e de um pai espanhol morto de um ataque cardíaco aos 54 anos quando ela tinha 15 anos.

Desde que ela podia andar, Emma, sua mãe a introduziu em concursos de beleza e ela ganhou alguns deles. Como ela lembrou: "Quando eu tinha nove anos, descobri que era linda e disse: ‘ Mamãe, eu quero estar na TV.‘” Emma Galisteu disse que não seria fácil, mas ela conseguiu uma fotógrafa chamada Teresa Pinheiro para fazer o portfólio da filha e, assim que viram as fotos, ela foi rapidamente inscrita por uma agência infantil chamada Pretty Models, em São Caetano.

Ela não decepcionou sua mãe e, aos 12, ela ganhou uma audição para aparecer em um comercial de TV para hambúrgueres McDonald's. Sua carreira decolou depois disso, e ela foi aprovada pela Elite quando abriu o escritório de São Paulo, quatro anos depois.

Adriane não era uma modelo de nível superior*, mas também não era de segundo nível. Aos 19 anos, ela já havia feito dois trabalhos no exterior e poderia facilmente ganhar US $ 500 a US $ 1.000 por dia, quando havia trabalho. Ela tinha um certo aspecto que os clientes gostavam. Ela não era uma beleza clássica, mas [sua beleza] era muito etérea com um sorriso mágico. Seus longos cabelos loiros caíram em cascata por todos os lados. Ela não era para todos, mas para alguns clientes ela se encaixava perfeitamente. Isso significava que ela sempre estava em demanda e facilmente encontrava trabalho por pelo menos dois dias por semana. Ela nunca conheceu mais nada [além disso], e ela encontrava modelagem apenas numa rodada de audições. Havia outras distrações, como ela disse: "Alguns convites que podem ser aceitos, algumas propostas que devem ser recusadas".

*Apenas por não ter altura, pois Adriane era um pouco mais baixa do tamanho ideal para ser uma top model.

Em 1993, com apenas 19 anos, o mundo estava a seus pés. Mas, de repente, naquela particular segunda-feira, quando ela se aglomerou [junto a outras modelos] na recepção da Elite, ela teve um choque de realidade. Ela estava em companhia de uma dúzia de outras garotas que ela percebeu eram tão bonitas e desejáveis ​​quanto ela. Ela se perguntou o que a fez destacar-se nesta agência e chegou à conclusão: "nada".

Hoje, ela fazia uma audição para uma tarefa incomum e quase não se preocupou em vir. Shell Oil queria anfitriãs para o Grande Prêmio do Brasil e, em vez de ir a uma agência de promoções, chegou à Elite Brasil porque queria as melhores garotas para uma tarefa especial. A Shell estava pronta para pagar taxas de modelagem por quatro dias de trabalho promocional. Tinha atraído 12 meninas que faziam audições para 10 vagas. Adriane nunca perdeu uma audição competitiva e sabia que esse trabalho seria dela se quisesse. Mas ela queria isso? Ela tinha feito o trabalho promocional quando começou [a carreira], mas foi além disso. Como ela disse: "Honestamente, a menina promocional não soou [pareceu] bom para mim. Não que eu não tivesse feito esse tipo de trabalho; Não foi isso, sem preconceito, só que eu estava em um momento muito especial na minha carreira e senti que poderia escolher meus trabalhos. Além disso, a Fórmula 1, pensei que era um mundo fechado, muito masculino. Era tão distante para mim quanto o rugby ou beisebol. " Ela brincou: "Eu nunca gostaria de trocar meu perfume Roma by Laura Biaggotti pelo cheiro de gasolina".

Mas US $ 1.000 para quatro dias de trabalho foi um bom pagamento por trabalho de promoções, e ela foi persuadida a aceitar a tarefa, especialmente quando viu quantas top girls da Elite, incluindo Nara Pinto, Patricia Teixeira e Laura Gutierrez, também tinham ido para isso.

Mas a audição quase terminou em lágrimas quando dois executivos da Shell pediram a Adriane para modelar um maiô. Ela não compreendeu [houve um mal-entendido] e falou no português o equivalente a: "Estou fora daqui". Conforme [No exato momento que] ela foi saindo, o homem responsável agarrou sua mão e disse: "Não, você não entendeu". Ela só se acalmou quando eles disseram que o uniforme para o trabalho tinha o mesmo corte que o maiô, razão pela qual era necessário.

Ela não compreendeu quão importante era o trabalho e que os três principais diretores da Shell no Brasil estavam presentes pessoalmente na audição para aprovar as meninas. Eles estavam cortejando alguns clientes importantes nesse fim de semana, e até Ayrton Senna concordou em ajudar com o processo ao visitar a suite de hospitalidade (suite VIP).

Adriane continuou ouvindo o nome de Senna. Ela obviamente sabia quem ele era, mas não tinha entendido o quanto ele era importante. As outras garotas estavam falando sobre Senna e o fato de que ele atualmente não tinha uma namorada regular, e era bastante claro que elas estavam todas por esse papel. Na verdade, ela parecia ser a única que não estava interessada. Adriane já tinha um namorado. Foi continuamente ligado e desligado [on and off: esporadicamente/[se viam] de vez em quando], mas de uma forma engraçada, era sólido. Ela estava apaixonada? - talvez, pensou. Ele [o então namorado] estava apaixonado por ela? - improvável, ela também pensou.

Adriane e as outras nove meninas passaram pela audição. Depois, ela saiu dos escritórios para fazer compras e tomar café com as meninas. Para ela, era apenas mais uma tarefa e uma boa mudança [ao invés] de estar na frente de uma câmera [fotográfica] o dia todo. Como ela lembrou: "Nunca pensei que, durante esse fim de semana, eu acharia o amor da minha vida".

Então, conforme (no exato momento que) ela foi saindo, ela de repente lembrou que estava reservada para um trabalho de modelagem na quinta-feira. Ela voltou e disse-lhes que não poderia começar na quinta-feira, esperando que eles cancelassem toda a reserva [ inscrição]. Mas eles não o fizeram e disseram que poderia começar só na sexta-feira. "O mesmo dinheiro?", Ela perguntou de forma atrevida. "Mesmo dinheiro", respondeu o chefe da Shell. "Feito", ela respondeu e apertou a mão, entregando seu sorriso único, quase sacana, ao mesmo tempo. Os diretores da Shell pensaram que ela era a escolha do grupo, com sua sabedoria da rua combinada com uma inocência inquestionável, e é por isso que eles concordaram em pagar seu dinheiro de quatro dias por três dias de trabalho.

*Street Smarts [Sabedoria da Rua]: habilidade e conhecimento necessários para se sobreviver em uma zona urbana

Na verdade, era seu segundo trabalho na Fórmula 1 - ela havia feito uma sessão de fotos em Portugal em 1990, quando tinha 16 anos. Foi a primeira viagem no exterior, e ela assistiu a Nigel Mansell dominar o Grande Prêmio de Portugal em sua Ferrari. Ela se tornou uma fã do inglês. Até então, ela sempre foi indiferente a Senna, que ela mal notou, tinha chegado em segundo lugar. Como ela disse: "Eu estaria mentindo se eu dissesse que eu era fã de Ayrton Senna".

Sem saber o motivo, Adriane encontrou-se realmente ansiosa para a sexta-feira. O trabalho de modelagem na quinta-feira era bastante direto e ela estava em casa cedo e foi dormir logo depois que sua mãe tinha servido o jantar.

Na manhã seguinte, ela estava fora da cama às 5 da manhã na sexta-feira, 19 de março, e direto em um táxi, a agência enviou para levá-la aos escritórios de Elite para começar às 6 horas. As outras nove garotas já estavam lá esperando, e assim que ela atravessou a porta, elas se empilharam em um micro-ônibus para chegar ao circuito da pista de corrida de Interlagos antes do tráfego intensificar-se.

Ela lembrou: "No circuito, rapidamente nos disseram como a Fórmula 1 opera, de modo que nós não ficássemos lá só com nossos belos rostos e corpos. Eles nos apresentaram ao jargão [linguagem] do circuito: pitwall, cockpit, pitlane, etc." Ela recebeu seu uniforme, que consistiu em uma camisa branca da marca Shell e hots parts [tipo um shorts]. Foi uma tarefa fácil cuidar dos importantes convidados da Shell, mostrando-os ao redor do paddock e certificando-se de que eles estavam felizes. Ela achou toda a cena muito relaxada, e a surpreendeu - tudo parecia tão calmo. Onde foi toda a emoção de que todos falaram?

E não parecia haver sinal de Ayrton Senna.

Depois de um dia de 12 horas, o micro-ônibus coletou todas as meninas por volta das seis horas, e desta vez não tiveram escolha senão passar por todo o tráfego de corrida deixando o circuito. Ela não chegou em casa até bem depois das oito, 14 horas depois de ter saído de casa naquela manhã. Ela estava exausta, mas sua mãe manteve o jantar quente para que pudessem comer juntas. Ela então caiu na frente da televisão ansiosa para ver algumas novidades sobre o Grande Prêmio, no qual ela nunca tinha estado interessada antes. Ela ficou surpresa ao ver que três quartos dos programas estavam focados em Ayrton Senna como se ele fosse o único piloto na corrida. Adriane percebeu que sabia muito pouco sobre o herói nacional do Brasil. Ela estava surpresa o quão bonito ele era e se perguntou se o veria amanhã.

No sábado, ela passou pelas mesmas rotinas novamente, mas notou o aumento na atmosfera e na tensão. De fato, ao meio-dia, ela notou uma mudança completa da indiferença casual de sexta-feira para o intenso interesse pelo que estava acontecendo na pista e, em particular, o que estava acontecendo com Senna. Eventualmente, ele se classificou para a corrida em terceiro lugar, o que a surpreendeu - "Ele nem sempre ganha?", Pensou para si mesma.

Depois que os convidados almoçaram e assistiram à qualificação, as meninas podiam comer, logo depois das 14:30. Mas o almoço foi interrompido quando os sussurros varreram a suíte da hospitalidade da Shell que Ayrton Senna chegaria em breve. Foi uma notícia emocionante para os convidados, e Adriane ficou muito surpresa ao ver a mudança que surgiu sobre alguns dos principais empresários do Brasil, entusiasmados com a perspectiva de conhecer Senna.

Algumas dessas pessoas ela reconheceu dos jornais e eles pareciam impressionados. "Quem era esse homem?", Pensou novamente.

Nenhuma das modelos realmente esperava encontrar Senna, embora todas as conversas na sala de descanso estivessem sobre ele e como ele estava solteiro novamente depois de finalmente se separar de sua namorada, Xuxa Meneghel, no ano anterior. Eles, na verdade, se separaram três anos antes, mas Senna tinha mantido sua vida pessoal sob o radar desde então.

Havia sussurros de que ele estava interessado em uma das garotas Shell que chamou sua atenção. Quando foi confirmado que ele estava a caminho, houve uma pressa no banheiro e todas as garotas se aglomeraram ao redor do espelho. Adriane ficou perplexa. Ela não era uma fã da Fórmula 1, e não tinha o menor interesse por Senna.

Isto até que o viu.

Senna sempre teve sua escolha de meninas brasileiras. Ele tinha muitas namoradas (tinha e teve muitas namoradas antes de Adriane Galisteu): muito mais do que eram aparentes para o mundo exterior. Ele foi para meninas brasileiras quase que exclusivamente. Quando ele gostava de uma menina, sua técnica era fazer com que seu assistente pedisse seu número de telefone. Se ele tivesse uma boa reação, Senna chamaria [ligaria/telefonaria]. Seu estilo de vida cigano e constante movimentação significou que ficou isolado a partir de relacionamentos que deram errado. Embora houvesse muitas namoradas casuais, só havia existido duas mulheres realmente sérias em sua vida antes de Adriane. As duas eram sua ex-esposa, Lilian, em 1981; e Xuxa Meneghel, uma apresentadora de TV brasileira muito famosa (e rica), entre 1989 e 1990.

Ele chegou em um frenesi, cercado por admiradores com fotógrafos disparando flashes. Era uma comoção e tudo o que Adriane podia ver era o seu boné azul. Mas ficou imediatamente impressionada com o modo como ele pareceu cumprimentar todos pessoalmente e entrar em toda a cena. Ele apertou a mão de um convidado enquanto se dirigia a outro, depois se virou e dirigiu-se a esse enquanto a mão dele disparava para outro e assim por diante. No final, todos agitaram a mão e falaram pelo menos duas palavras para ele. Ninguém se sentiu prejudicado e ela notou que todos tinham sorrisos em seus rostos.

Adriane ficou extremamente impressionada com a forma como ele fez isso e percebeu que sua popularidade com os brasileiros não era um acidente - ele era especial. Como ela disse: "Seu tempo e controle da situação enquanto ele cumprimentava todos, olhando ao redor. Não me movi, apenas observei. Ele estava lá, indefeso entre fãs e pedidos de autógrafos e sem privacidade. A vida de Ayrton Senna deve ser muito difícil, pensei comigo mesma ".

Então, quando o encontro e a saudação acabou, ele subiu em um palanque improvisado e lhe foi entregue um microfone. Aparentemente sem esforço, ele fez um pequeno discurso e então Adriane estava certa de que ele se virou e olhou para ela. Ela estava de pé no meio do grupo de meninas da Elite e todas sentiram o mesmo depois - que ele as olhava. Depois, nenhuma das garotas podia ter certeza de quem tinha captado sua atenção, mas cada garota tinha certeza de que era ela mesma. Adriane lembrou: "Eu senti que ele olhou para mim. Mas foi eu ou Nara que estava logo atrás de mim? Ou era apenas um olhar vazio? " Nara Pinto disse a ela: "Ele olhou para você. " Adriane respondeu: " Foi para você." Nara disse: " Não, ele prefere loiras ".

Ela admite que toda excitação [emoção] chegou até ela, e até então ela estava muito interessada em saber se ela era escolhida, especialmente quando o rumor começou a zumbir de novo que Senna estava definitivamente apaixonado por uma das garotas Shell [Grid Girls da Shell]. Mas qual garota Shell?

Adriane tinha visitado a pit garage [onde ficam as equipes – boxes das equipes] com seus convidados na sexta-feira e sábado, ambas as vezes sem ver Senna, e no segundo dia ela estava mantendo uma vigilância aguda por ele.

No sábado à noite, a rotina da viagem para casa foi repetida, mas desta vez o tráfego do circuito foi terrível e foram depois das nove horas antes de Adriane estar de volta para casa. No domingo, houve um início ainda mais cedo e as meninas se reuniram no escritório da Elite às 5:30 da manhã para pegar o ônibus - era a única maneira de chegar ao circuito na hora.

No circuito, ela encontrou a atmosfera e a tensão aumentando novamente. As meninas estavam tão ocupadas atendendo a muitos outros convidados do que na sexta e no sábado. Adriane ficou pastoreando grupos de convidados para o pit lane por toda a manhã.

*Pit Lane: uma faixa de circulação separada da pista por um muro, onde as equipes e pilotos se preparam e arrumam os seus carros durante o fim de semana de competição.

Em uma das viagens, ela ficou de repente surpreendida com uma batida no ombro de um homem que se apresentou apenas como Jacir. Ele disse: "Eu sou o assistente pessoal de Ayrton Senna para questões privadas. Ele me pediu para obter seu número de telefone. "Adriane olhou para Jacir por alguns segundos e, então, sem sequer pensar, tirou o bloco de suas mãos e escreveu seu número de casa e o número do escritório da Elite. Então um homem mais velho, que se apresentou como Antônio Braga, apareceu e pediu-lhe um número de fax onde poderia ser contatada. Braga insinuou o interesse de Senna nela.

Braga era um empresário aposentado que morava em Portugal e nas Bahamas; Ele era o amigo mais próximo de Senna. Adriane não sabia disso, mas era o início de uma amizade duradoura entre Adriane e a família Braga.

Adriane estava em êxtase quando voltou para a suíte de hospitalidade e não pôde deixar de compartilhar suas novidades com as outras meninas. No entanto, seu rosto caiu de repente quando meia dúzia das meninas Elite lhe disseram que tiveram uma experiência similar naquela manhã e que Jacir também havia pedido seus números de telefone. Adriane não podia acreditar e pensou para si mesma: "Ok, então é assim que Ayrton Senna joga o jogo".

Mas não era assim que ela jogava.

A Shell era uma importante patrocinadora da McLaren, e mais tarde naquele dia, antes da corrida, Senna veio a suíte de hospitalidade novamente. Ele fez outro discurso e disse aos convidados da Shell: "Eu posso ganhar. Eu não posso garantir a vitória, porém, é o que eu quero." Desta vez, as meninas estavam todas alinhadas logo em frente a ele em um cordão protetor enquanto falava. Quando ele terminou e estava dizendo adeus, Adriane olhou-o de perto pela primeira vez. Seus olhos se fixaram e ele sorriu diretamente para ela - desta vez não havia dúvida.

Embora ela estivesse furiosa com ele, ela admite que ela estava viciada nele a partir desse momento, ainda que estivesse determinada a não demostrar isso.

Adriane assistiu a mudança de clima à medida que a construção da corrida começou. O almoço foi cedo e os convidados depois foram para a sacada ou aos assentos da arquibancada, deixando as meninas na suíte para assistir a corrida na televisão. Adriane nunca tinha assistido uma corrida e a experiência era nova para ela. Todas as garotas vibraram quando a McLaren de Senna ultrapassou a Williams-Renault de Damon Hill entrando no segundo lugar na primeira curva. Prost dirigiu-se para a liderança e na volta 11, Hill alcançou Senna. Na volta 25, Senna teve um infortúnio e tomou uma penalidade [pit time penalty] por ultrapassar carros durante um período de precaução e caiu para quarto atrás de Michael Schumacher.

Então Ayrton Senna teve muita sorte quando a chuva caiu. Senna, Schumacher e Hill correram para os boxes para pôr pneus de chuva enquanto Alain Prost permaneceu com seus pneus de clima seco. Houve muitos acidentes, e pela primeira vez na Fórmula 1, um Safety Car apareceu na pista para desacelerar os carros enquanto os acidentes foram aclarecidos. Então, Alain Prost se acidentou, e o Safety Car voltou.

A chuva tinha causado o caos, e Adriane e as meninas estavam quase magnetizadas na frente da televisão curtindo a emoção de uma corrida molhada. Adriane lembra: "Minha apatia sobre a corrida se transformou em ansiedade, e eu só tinha olhos para aquele carro vermelho e branco da McLaren [carro de Ayrton]. Eu encontrei-me freneticamente torcendo por ele." Michael Schumacher saiu da disputa depois de uma longa parada nos boxes e a corrida estava entre Senna e Damon Hill, que estavam de volta com pneus normais enquanto a pista secava. Hill não era rival para Senna em uma pista molhada e o herói do Brasil retornou à liderança de sua corrida em casa. A multidão, e parecia todo o Brasil, ficou enlouquecida quando deu sinais que Senna ia ganhar. No final, ele bateu Hill por 16 segundos. Quando ele cruzou a linha de chegada, as meninas se abraçaram, recuperando-se o suficiente para receber seus exaltados convidados de volta à suíte de hospitalidade.

A vitória de Senna desencadeou uma série de celebrações e uma festa foi rapidamente organizada pelas pessoas de marketing da Shell naquela noite no Limelight Club, no centro de São Paulo. As 10 garotas receberam ordens dos chefes da Shell para participar. Adriane estava exausta depois de seus três dias agitados e aparentava cansaço, apenas indo junto com relutância. Ela estava resistindo a qualquer envolvimento com Ayrton Senna, e ela estava assustada com o que estava acontecendo com ela. Ela queria sair da ridícula montanha-russa emocional que ela criara em sua mente.

Ela também não se importava com casas noturnas: "Eu esperava ansiosamente deitar na minha cama para recuperar energia depois de um árduo dia de trabalho. Mas eu tive que ir. "

As meninas chegaram ao Limelight Club por volta das 11 horas para encontrar as celebrações já em pleno andamento. A chegada das garotas de Elite causou uma sensação próxima. Por razões não claras para si mesma, Adriane vestiu-se deliberadamente com  jeans, um top preto com um lenço de seda vermelho e usava uma maquiagem mínima. Subconscientemente, ela se fez parecer tão pouco atraente quanto possível, especialmente diante das outras garotas que estavam embonecadas às sobrancelhas [bem-vestidas dos pés à cabeça].

Ninguém tinha certeza se Ayrton Senna viria à festa, mas logo depois da meia-noite, ele estava de repente lá. Como Adriane lembra: "Chegou quando o relógio atingiu meia-noite, como se fosse uma história invertida de Cinderela." Para ela, pode ser que tenha sido. Os garçons formaram um corredor para Senna, seu irmão Leonardo e seu assistente Jacir para levá-los ao seu camarote reservado.

Adriane encontrou-o sentado em um padded banquette [um banco acolchoado, parecido com um sofá, comum em camarotes] com seu irmão, Leonardo, conversando com o ex-futebolista brasileiro Pelé. De repente, ela resolveu dizer "Olá" para Senna e sair.

Foi uma cena extraordinária com os dois mais famosos brasileiros juntos no mesmo lugar. A excitação era palpável. A mesa estava cercada por pelo menos uma dúzia de meninas, vestindo sua melhor roupa, se aglomerando em torno dos três homens. Mas Adriane notou que ela se destacava, precisamente como se vestia.

Ela esperou na fila informal e apertou-o a mão, felicitou-o por sua vitória e disse-lhe que curtiu o fim de semana e pediu desculpas por ter que sair tão cedo.
Mas Senna claramente tinha outras idéias. Ele raramente bebia, mas por uma vez ele estava tomando álcool e pareceu um pouco fora de controle. Ele a puxou para ele enquanto Leonardo subia para abrir espaço. Ele a convenceu a tomar uma bebida. Ela lembra que ficou assustada e recuou para seu papel formal como representante de Shell e balbuciou algumas palavras protocolares:  "Eu disse: ‘ Você foi ótimo. Eu estou aqui em nome da Shell.’ Mas ele não me soltou: apenas brevemente, para pegar uma taça de champanhe, que ele me entregou." Mas Adriane não bebia e nunca tomou álcool em sua vida. Enquanto ela recusava, Senna disse: "Mas é um dia especial. Eu venci. Você não beberá nada?” Ela explicou que não gostava do sabor do álcool e pediu uma Coca-Cola. Bebeu rapidamente, ela insistiu que ela tinha que sair porque tinha outra tarefa no início da manhã. Desta vez, Senna não insistiu, mas disse-lhe: "Aguarde um minuto, vamos ter um churrasco em Angra no fim de semana, você gostaria de vir?" Ela fingiu não ouvir e levantou-se para ir. Ela lembrou-se de dizer a Senna: "Eu tenho que ir. Você tem meu número de telefone."

Adriane estava jogando muito legal e estava agindo de forma contraditória - ela não estava preparada para ficar e competir com todas as outras garotas. Por essa altura, ela estava muito, muito interessada nele, e sabia que se afastar era um risco. Senna agarrou Jacir, que estava sentado em frente dele e disse: "Vá atrás dela e certifique-se de que ela venha no fim de semana."

Jacir a seguiu para fora da porta e convidou-a para a casa de praia em Angra poucos dias depois. Ele disse a ela que era uma festa de despedida antes de [Senna] retornar à Europa para a temporada européia. Adriane olhou para Jacir e não disse sim ou não. Ela apenas assentiu um "adeus" e correu para entrar em um dos táxis de espera que tinha sido reservado para levar todas para casa.

Quando Adriane saiu, Senna passou o resto daquela noite com outra modelo chamada Daniela, e ela foi para casa com ele. Daniela era uma loira de olhos azuis do sul do Brasil e no dia seguinte estava contando para as pessoas que Ayrton Senna era seu novo namorado. Mas ela se precipitou, pois Senna estava realmente apaixonado por Adriane.

Assim que voltou para casa naquela noite, Adriane correu para seu quarto e deitou na cama olhando para o teto e imaginando o que tinha acontecido no Limelight. Ela não conseguia acreditar em como ela se comportou. Eventualmente, ela adormeceu com suas roupas e acordou por volta das quatro horas antes de se recompor.

Às nove horas, ela estava em um sono profundo quando foi acordada pela empregada de onde estava morando, a sacudiram e a acordou.

Ofegante, com um sorriso ridículo, a empregada disse-lhe: “Telefone para ti. É um certo Ayrton.”

Adriane olhou ao redor da sala, tentando se lembrar da noite anterior. A empregada não conseguia entender por que ela não estava animada, mas Adriane sabia que seria Jacir ligando em nome de Senna para convidá-la novamente para o churrasco. Ela ficou muito irritada por ter sido acordada, mas agarrou o roupão e foi ao encontro do telefone.

Pegando-o, ela fez uma pausa e da melhor maneira sarcástica que conseguiu reunir, disse: 'Então?' no receptor. Para sua surpresa, era Senna, e ela se sentiu uma idiota. Como ela se lembra: “A voz doce e calma com que ele me respondeu foi como uma ducha fria me esfriando.”

Ele disse que ligou para convidá-la pessoalmente para o churrasco no sábado e que realmente esperava que ela viesse. Sua indiferença fingida e saída brusca da boate o surpreenderam e tiveram exatamente o efeito que ela pretendia, e ela decidiu continuar sua postura de "difícil de conseguir". Ela não se comprometeu e disse a ele que iria "olhar seu diário".

Senna riu quando estava com ela e disse: “O que você está fazendo agora?” Percebendo que havia exagerado, ela o interrompeu rapidamente antes que pudesse se fazer de boba e disse que precisava correr para um teste. Essa parte era verdade; ela deveria estar em um estúdio de televisão ao meio-dia para fazer um teste para um papel em um comercial de TV que estava sendo feito, por coincidência, com Nelson Piquet. Ele pediu que ela ligasse para ele quando terminasse e deu-lhe o número de telefone direto do escritório, dizendo: "Então, me ligue logo após a audição".

Qualquer resistência que ela tivesse, planejada ou não, acabou então. Ele literalmente derreteu seu coração com um telefonema, e ela comprou 15 fichas de telefone e não resistiu a ligar para ele de uma cabine pública assim que teve a chance. Ela estava muito nervosa ao discar o número e duvidava que fosse colocada na linha. Uma secretária atendeu o telefone. Quando questionada sobre seu nome, ela disse “Adriane” e imediatamente se arrependeu, pensando que seria menos provável que ele atendesse a ligação se soubesse que era ela. Mas a secretária obviamente esperava sua ligação e colocou Adriane diretamente em contato com o chefe.

De imediato, Senna ficou muito interessado na audição e ela decidiu confessar que tinha sido para um papel oposto a Piquet, seu grande rival na pista, anunciando o ketchup de tomate Tarantella. Embora ela não soubesse de nenhum detalhe, Adriane sabia que havia rixa entre ele e Piquet, sobre a qual ela havia lido nas colunas de fofoca. Senna disse a ela que Piquet espalhou rumores no paddock da Fórmula Um de que ele era gay anos antes, e é por isso que eles não se deram bem.

De repente, Senna ficou sério e começou a questioná-la sobre Piquet e o que ele estava fazendo. Seus métodos de braço forte a chatearam, e quando Senna mencionou o churrasco novamente, ela mudou de assunto. Mas ele insistiu em uma resposta, e ela disse que não tinha certeza de ir ao churrasco porque era pernoitar e ela não o conhecia. Ele respondeu: "Como você pode dizer que não me conhece, todo mundo me conhece." Ela riu e disse: “Como homem. Como pessoa, não te conheço. Não tenho a menor ideia de como você é. ”

Ela cedeu e disse que teria que voltar para São Paulo no domingo à tarde, e com isso aceitou o convite, deixando bem claro que iria insistir em seu próprio quarto.
Então, por um capricho, ela perguntou a ele seu signo. "Áries", respondeu ele. “Eu também,” ela disse.
Sentindo sua resistência, Senna a convidou para jantar naquela noite com os amigos em um restaurante chamado The Place, em São Paulo. Mas mais tarde naquela noite, ela ouviu outras garotas da Elite terem sido convidadas também, e então ela o levantou.
Senna também convidou Daniela para o jantar, e ela pensou que ele estava tentando decidir qual garota seria sua próxima namorada depois de pesar as duas no jantar. Quando Adriane não apareceu, ele passou uma segunda noite com Daniela em seu apartamento.


CONTINUA...



FONTE PESQUISADA

RUBYTHON, Tom. Fatal Weekend. 1º Edição. Great Britain: The Myrtle Press, 12 de novembro de 2015.