sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Ayrton Senna Fala Sobre Casamento Frustrado Com Lilian de Vasconcellos: "Não sabíamos direito o que estávamos fazendo"

"Melhor que fosse antes de termos um filho. Nós dois éramos muito jovens, não sabíamos direito o que estávamos fazendo. Depois de algum tempo, percebemos que não dava para conciliar a vida profissional e o casamento e nos separamos. Mas não me arrependo", conta. Lilian casou novamente, e Senna nunca mais a viu.





FONTE PESQUISADA

JORNAL DO SPORTS – A carreira. Jornal dos Sports, 22 de outubro de 1990, página 12.

Fã Acredita que Revista Caras Também Foi Armação de Seu Milton da Silva. Entenda!




Vai saber se não foi o Pai do Ayrton que plantou essa "Isca", ou seja a oportunidade oferecida para ela participar da Revista Caras, mas que algumas fotos mais sensuais fossem publicadas. No caso a Adriane não "Vigiou" para ser fotografada, nem escolheu as fotos a serem publicadas e aconteceu o que o pai do Ayrton queria, o desentendimento entre o casal, mas sem conseguir separá-los. 

(Fã por mensagem anônima, 31/08/2018) 


Parabéns pelo seu comentário, gostei. Faz muito sentido. Esse trabalho, essas fotos para a revista Caras, cair assim do céu. Desta forma, assim, muito estranho mesmo. Começou acontecer uma coisa atrás da outra para fazer os dois brigarem, romperem o relacionamento. Bem próximo de irem morar juntos em Portugal e com fortes indícios que Ayrton a pediria em casamento assim que se reencontrassem.

Pouco tempo antes do piloto embarcar para Europa, onde esperaria por Adriane, que chegaria por lá três semanas depois, para o encontrar, aconteceu uma briga entre os dois por causa da Revista Caras. A briga foi tão feia, que Adriane pensou em ir embora. É essa confusão que o fã se refere.



Entenda nesses posts abaixo:

Fevereiro de 1994

  
Ayrton e Adriane fazem planos e decidem ficar de maio até o fim do ano de 1994 na Europa. Ayrton já não tem tanta disposição como antes e está casando de voltar sempre ao Brasil depois de treinos e grandes prêmios. O anuncio destes planos de fato não agradaram a família acostumados sempre a encontrar seu filho prodígio em 1 ou no máximo 2 semanas. Os pais de Ayrton, Dona Neide e seu Milton, e Viviane sentiram que Ayrton se afastou um pouco do circulo familiar para dar mais privilégios e atenções a sua vida de casal. Eles ficaram ressentidos com Adriane.

O casal novamente passam uma longa semana juntos, entre o rancho de Tatuí, o apartamento de São Paulo e a casa de praia em Angra dos Reis. Difícil para Ayrton ver as noticias da temporada. Ele diz que a Williams não é tão competitiva como as pessoas imaginam. A notícia sobre os novos regulamentos sem a ajuda eletrônica para a direção faz o comportamento do carro instável. Mesmo com a tensão e inquietação, o casal está cheio de planos. 





Ayrton Senna Tinha Medo de Perder Adriane Galisteu


Por que a Família Senna não Gostava de Adriane Galisteu?


quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Edifício do Ayrton Senna - Foto Atual - (27 08 2018)


O Edifício Vari, o moderno prédio empresarial construído por Ayrton no coração do bairro de Santana.

Ayrton queria ajudar o bairro de Santana a crescer e a se desenvolver, desta forma ele investia alguns dos milhões que ganhava nas pistas no bairro que nasceu. 

As pessoas o conhecem como um grande piloto de corridas, mas Ayrton também foi um grande empresário. Ele tinha muito talento para os negócios, tanto quanto ao volante. 

Se vivo fosse, com certeza seria um famoso empresário... bilionário. 




quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Éric Comas falando de Ayrton Senna





Há 26 anos, Ayrton Senna ajudou a salvar a vida de Éric Comas, piloto da Ligier que bateu forte e ficou inconsciente dentro do carro em Spa. O brasileiro saltou de sua McLaren e desligou o motor do carro de Comas antes da chegada do resgate. O fato aconteceu no Grande Prêmio da Bélgica 1992.

Fonte: Facebook Ayrton Senna


Data: 28/08/2018



Éric Comas talking about Ayrton Senna


26 years ago, Ayrton Senna helped save the life of Éric Comas, when the Ligier driver crashed hard and lost counsciouness inside his car, at Spa. The Brazilian jumped out of his McLaren and shut Comas' engine off before the first responders were able to arive. Ayrton Senna Fanpage's 08/28/2018

Tema da Vitória, Homenagem Ayrton Senna by Eddy Stafin Acordeon


Canal Eddy e Janis

"Nossa homenagem ao maior piloto de F1 de todos os tempos, Ayrton Senna da Silva. Gravado no dia 25 de Fevereiro de 2018, no autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola/Itália."




domingo, 26 de agosto de 2018

Casamento e Filhos, Sempre Era Pauta nas Conversas do Casal




Ayrton Senna e Adriane Galisteu conversavam muito sobre casamento e filhos, desde a primeira noite de amor que tiveram em Angra dos Reis. Na verdade era Ayrton quem falava muito, que tomava a iniciativa. Os dois gostavam muito de passar horas e horas imaginando como seria e escolhendo até o nome de seus futuros filhos. 

Nesse post farei um compilado de alguns desses momentos. 


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Só em Angra, ele tinha mais creminhos e perfumes que eu jamais tinha tido em toda a minha vida. Bom, pelo menos já havia entre nós alguma coisa em comum, além do Genesis e da Quinda. Dali a poucas horas, estaríamos repartindo algo muito mais importante.

O amor fluiu natural - sem pressa, gostoso e espontâneo. Sem falso moralismo: dormir no quarto dele não significava, para mim, obrigatoriamente, uma noite de sexo e intimidade. Havia um clima, uma aproximação, um desejo. Mas eu teria pudor de embarcar numa aventura pela aventura - e, no dia seguinte, literalmente, tchau e até mais. Dormir com um mito, um ídolo, uma celebridade internacional. Um homem que produzia manchetes no mundo inteiro. De mais a mais, eu tinha adorado aquele  paraíso e queria voltar lá, namorada ou amiga, o que fosse.

Televisão ligada. Eu, metida num pijamão quase blindado. Cama king-size - chance de rolar para o lado, em fuga estratégica. Beijinhos, carinhos, "até amanhã". Não tive tempo de contar até cinco - com aquele meu sono juvenil, despenquei. Sei lá quanto tempo depois - a vaga recordação de uma claridade me vem aos olhos -, levei um cutucão.

- Não estou entendendo nada - disse ele, acendendo a luz e se apoiando no travesseiro. - O que você quer? Quer casar comigo? Tem uma igrejinha aqui na praia da Jipóia, é só juntar as testemunhas e ir lá.

Continuou a falar: a dizer que era tudo muito especial, que existia uma magia entre nós, que isso não era sentimento que ele tivesse assim, assim, em qualquer momento, que ele, por muitas razões, tinha sido uma muralha emocional, mas que eu, em apenas dois dias, tinha feito um furo nessa muralha.

Falava e acariciava o meu pé.

- Ah, o pé não! - eu pensava. Chegou ao ponto fraco, ao calcanhar-de-aquiles.
De repente, me beijou os pés, com enorme delicadeza.

- Você é a primeira mulher, de três anos pra cá, que me provoca esse desejo. De beijar os pés, não só. De beijar o corpo inteiro.

Queria guardar esse momento só para mim - e para ele. As estrelas piscavam, em quente cumplicidade. Quando acordei, já sol alto, depois que tudo aconteceu, eu estiquei meu braço para o lado, tateando onde ele deveria estar, e não havia ninguém. Pânico. Paranóia do tipo "tá vendo? Ele já se encheu". Corri à procura dele. Descobri-o no píer, sem camisa, descalço, olhando para o infinito, assobiando uns acordezinhos que nem chegavam a compor uma música. Um tralalá, só isso. Ele parecia feliz. Eu estava feliz, imensamente feliz.

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Lembro-me do dia que falei com ele sobre casamento ele respondeu-me: 

“Pode ser hoje, amanhã... Não são as corridas que vão influenciar nisso.” 

Mas, a seguir, foi enigmático: 

“Não há data nem lugar marcado – riu um riso meio zombeteiro como quem diz: “Se vocês não descobrirem, eu não digo...” 

Mas Ayrton deixou uma pista:

Ele olhou nos olhos de Adriane. Olhou olho no olho com Adriane. Ela corou, ficou muito vermelha. Tenho certeza que arquivou o recado. E quem conhece Senna, sabe que ele é o cara dos de repente. Pode acontecer casamento e ninguém ficar sabendo. E namorado repentista é fogo... 

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Em 3 de Abril de 1994, Adriane viu pela última vez o amor de sua vida. Ela deixou Ayrton no Aeroporto de Cumbica, de onde ele iria voar para o Japão, onde ele iria participar do Grande Prêmio do Pacífico, segunda rodada do campeonato. Ela tinha decidido ficar em São Paulo para fazer um curso de Inglês intensivo, era essencial para integrar-se no mundo da Fórmula 1. "Ao olhar para trás, como poderia imaginar que seria a última vez que o veria? Eu estava tão ansiosa para chegar ao Algarve, um mês depois, para rodar (pelos circuitos) juntos por todo o verão na Europa (verão europeu). Nas semanas anteriores, eu tinha sentido várias vezes ele a ponto de me pedir em casamento, e eu tinha certeza de que a nossa estadia na Europa seria o prelúdio para a nossa união definitiva. Lembro-me de suas últimas palavras antes de sair de Angra: "Eu tenho duas certezas na minha vida, Dri: a primeira é que eu quero passar o resto da minha vida ao seu lado, e a segunda é que eu quero terminar minha carreira na Fórmula 1 com a Ferrari! ' E quando ele tinha certeza de algo ... "

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De Heathrow foi direto para o Brasil, e eles estavam planejando passar um Natal familiar tradicional com a família Da Silva em Tatuí. Mas Adrianedecidiu, no último minuto, que ela devesse voltar para sua mãe e uma avó de 80 anos, que estava muito doente, e ela partiu na véspera de Natal. Ela pegou emprestado o carro Volkswagen da mãe de Senna para retornar a São Paulo.

Para o Ano Novo, toda a família recuou para Angra com amigos e a casa estava cheia. As mulheres brasileiras tradicionalmente usavam branco na véspera de Ano Novo, e Senna disse que sentia vontade de se casar em vez de celebrar um novo ano.


Por uma vez, estava nublado em Angra e no golpe da meia-noite, ambos se disseram que desejavam estar juntos para sempre.


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Ayrton Senna pretendia assumir o noivado com Adriane depois do GP de Imola

Sua última namorada, Adriane Galisteu, teve permissão, concedida a poucas, de frequentar a fazenda da família em Tatuí, além de Angra, é claro!
Adriane abandonou a carreira para acompanhar o piloto pelas pistas do mundo e, depois de um ano e meio de namoro, Senna começou, finalmente, a falar em casamento e filhos. Discreto como sempre, dizia que não seria logo, nem muito longe. O que se sabe é que pretendia assumir o noivado com Adriane depois do GP de Imola.


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Ayrton Senna iria Pedir Adriane Galisteu em Casamento


- Tenho muito a lhe dizer. A lhe propor. A lhe oferecer - prosseguiu. - Devo estar aí às 20h30, por aí. Quero passar a noite em claro. Vamos conversar até o amanhecer. Quero convencê-la de que sou, disparado, o melhor homem de sua vida.

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FILHOS


TRADUÇÃO LIVRE

Com Adriane, foi diferente. Pela primeira vez, Senna imaginou um dia ser pai de família. Adriane disse com grande modestia: "Sonhamos com filhos. Nós nos divertíamos procurando nomes. Ele sempre falou que se fosse menina se chamaria Adriane. Então, ele dizia, terei duas [Adrianes]." 


IDIOMA ORIGINAL

Avec Adriane, c'est diférent. Pour la première fois, Senna s'imagine un jour père de famille. Adriane le dit avec beaucoup de pudeur: "Nous rêvions d'enfants. Nous nous amusions à chercher des prénoms. Il parlait toujours d'une petite fille qui s'appelait Adriane. Comme cela, disait il, vous serez deux."

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 


GALISTEU, Adriane. Caminho das Borboletas. Edição 1. São Paulo: Editora Caras S.A., novembro de 1994. 

BIANCHI, Ney. Adriane, a nova máquina de Senna. Revista Manchete, Rio de Janeiro, Nº2.151, ano 42, p. 04 – 09, Editora Bloch, 26 de junho 1993.

RUBYTHON, Tom; VLIET, Pierre Van. Sa dernière histoire d'amour. Formula 1 Magazine, Paris, numéro 11, 36-48, Excelsior - Automobiles  Classiques, Avril 2002.

RUBYTHON, Tom. Fatal Weekend. 1º Edição. Great Britain: The Myrtle Press, 12 de novembro de 2015.

CABALLERO, Cassia; TOLEDO, Márcia; BRAUN, Daniela Louise. Vida do Ídolo. Revista In Foco, São Paulo, nº 2, ano 1, p.30, Editora Escala, 1994.

BARON, Claude. La fiancée de Senna: “Nous rêvions d’enfants”. Télé 7 Jours, nº 1845, p.116-117. 13 de Outubro 1995.

sábado, 25 de agosto de 2018

A Revista Caras


O casamento...

O Ayrton despistou, disfarçou...

Quando a pessoa vem com esse papo assim é porque já está certo. É para despistar, tirar o pessoal de jogada.



sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Adriane Galisteu Fala Sobre o Livro “Caminho das Borboletas” e Ayrton Senna



A coragem para se arriscar não é de hoje. Adriane já atuou em teatro, cinema e televisão, é apresentadora de rádio e tem um canal no YouTube, mas lembra bem as críticas que recebeu ao longo da vida. No início da carreira, há quase 25 anos, seu nome era somente associado ao de Ayrton Senna. A então modelo foi a última namorada do piloto, que morreu em 1º de maio de 1994.

– Eu demorei muito para recuperar a minha identidade. Durante muitos anos, fui a namorada do Ayrton, a noiva do Ayrton, mas ninguém falava o meu nome. Na minha vida, eu tive que lutar muito para ter as minhas coisas. Lutar para ter minha grana, lutar para ter meu espaço, lutar para ter meu nome de volta, lutar para provar que sou boa.

No ano que vem, o livro O Caminho das Borboletas, sobre a sua relação com o Ayrton Senna, completa 25 anos de lançamento. O quanto e como essa obra marcou a sua vida?

Sabe que esse livro foi um recomeço da minha vida, na verdade. Tinha 19 anos quando conheci o Ayrton. E, quando a tragédia toda aconteceu e fiquei conhecida nacionalmente, usei esse livro como o diário de uma menina. Porque eu era menina, 19 anos, gente. Lembro como se fosse hoje, falei para o Nirlando Beirão (jornalista que escreveu o livro a partir dos depoimentos de Adriane): “Vou contar uma história pra você. Mas quero que você seja fiel a isso. Não precisa florir essa história, não. Porque ela tem mais espinhos do que flores”. Lembro perfeitamente dessa conversa. E foi o meu grande recomeço, minha chance de dar a volta por cima. E, quando comecei a andar com as minhas próprias pernas e ter oportunidade de trabalho, pedi para parar. O livro parou de ser publicado na 12ª edição. Nunca mais foi. Ou seja, quem tem, tem. Realmente fiz essa opção. Mas tenho muito orgulho desse livro. Aliás, tenho muito orgulho dessa minha história. Não acho um problema falar disso. Meu marido não acha um problema falar disso. Eu não carrego isso como um fardo, pelo contrário. Fez parte, faz parte e tenho essa história com muito respeito e muito amor.

E como foi lidar com tudo aquilo na época?

Eu tive muita ajuda, a gente não consegue fazer isso sozinha, ainda mais tendo 19 anos. Tenho uma mãe que é uma guerreira. Ela esteve do meu lado em todos os momentos da minha vida. Agora mais do que nunca, ela me ajuda demais com o Vittorio. E tive muitos amigos importantes também e que me ajudaram nesse recomeço.

E os julgamentos e as críticas?

Nunca me machucou, mas acho que machucou a minha mãe, né? Nenhuma mãe quer ler, ouvir coisas ruins sobre seu filho. Vejo pelo meu filho, se alguém fala alguma coisa dele, eu brigo mesmo. Mas nunca me incomodei comigo. Sempre falei: me ache legal, me ache um horror, mas não me ache mais ou menos. Eu não sou uma mulher mais ou menos. Seria uma idiotice minha achar que todo mundo ia gostar de mim ou se identificar com a minha história. Não, né? Eu nem tento fazer isso.

E essa postura vem da sua criação?

Vem, vem desde o bullying escolar. Lembro que eu chegava em casa e me queixava: “Ai, mãe, falaram do meu nariz”. E ela dizia: “E daí? Vai lá se olhar no espelho, vamos juntas. O que tem o seu nariz? Qual a diferença do seu nariz para o nariz de alguém?”. Entendeu? Minha mãe nunca deixou eu me abalar, desde criança mesmo. Claro que tem críticas que me ajudam, depende de quem está criticando. Se é uma crítica de alguém importante ou que sabe mais do que você, ou que você admira, presto a maior atenção. E ela pode melhorar muito o meu trabalho. Mas a crítica pela crítica, a opinião alheia, ai, não vou ligar, porque não vou conseguir mesmo agradar. Então, beleza, está tudo bem.

Hoje, mais do que nunca, as questões das mulheres estão muito em pauta, sob vários ângulos. Você já passou por situações desafiadoras ou constrangedoras por ser mulher?

Olha, vou te falar que não tenho essa história pra contar. Não sei se foi por onde eu passei, mas nunca tive nenhum tipo de problema. É claro que preconceito eu já senti, principalmente na época da morte do Ayrton. Tinha uma coisa de torcerem o nariz para mim, até as pessoas me conhecerem mesmo. Demorei muito pra recuperar o meu nome, a minha identidade. Durante muitos anos, fui a namorada do Ayrton, a noiva do Ayrton, mas ninguém falava o meu nome. Mas, como falei, a minha mãe nunca deixou a minha bola cair. Então, sempre gostei de mim, sempre procurei fazer as coisas da melhor maneira possível, e nunca atrapalhei a vida de ninguém. Eu posso errar muito – e acho que erro bastante para conseguir acertar, e ainda bem. Mas não ponho os outros no meio, sabe? Não misturo as pessoas, faço o meu. Mas, se eu tivesse passado por algum tipo de assédio ou preconceito a ponto de mexer comigo profundamente, de me tirar do eixo, teria aberto a boca na hora. Porque agora as mulheres estão falando, mas, por muitos anos, nós, mulheres, nos calamos. Por medo. O medo, maldito, aí de novo, fazendo parte do nosso dia a dia. Eu teria aberto a boca, não tenho papas na língua. Faltaram o respeito comigo? Faltaram, sim, mas nunca perdi meu tempo processando. Acho que a melhor resposta para tudo é trabalho. Se você trabalhar e se trabalhar direito, responde a tudo. 


Entrevista completa



FONTE PESQUISADA

FRAGA, Rafaella. Entrevista! Adriane Galisteu fala sobre a volta à TV e diz que não tem medo de mudar: “Não fico na zona de conforto”. Disponível em: <http://revistadonna.clicrbs.com.br/gente/entrevista-adriane-galisteu-fala-sobre-a-volta-a-tv-e-diz-que-nao-tem-medo-de-mudar-nao-fico-na-zona-de-conforto/>. Acesso em: 24 de agosto 2018.

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

No Vácuo do Campeão



ROBERTO BASCCHERA, de São Paulo 

Jornal do Brasil, dezembro 1994

Como vivem os irmãos e pais de Ayrton Senna sete meses após a morte do piloto

Nos sonhos que perseguem Leonado Senna da Silva, o irmão Ayrton bate seu Williams a mais de 200 quilômetros por hora num muro de concreto, o carro rodopia e para. Segundos depois, ao contrário do desastre de 1° de maio em Ímola, na Itália, o tricampeão mundial destrava o cinto de segurança e deixa rapidamente o cockpit destroçado, tentando se livrar do possível impacto de outros carros que participam do Grande Prêmio de San Marino. O sonho – na verdade um grande pesadelo – é a única ligação que o empresário Leonardo e toda a família Senna da Silva dizem manter com as corridas de automóveis nesses sete meses que se seguiram à morte do maior e mais conhecido ídolo do esporte nacional depois de Pelé.


Apesar da tragédia de Ímola, não se pode dizer que os Senna da Silva abdicaram da emoção da velocidade. Aproveitando a oportunidade oferecida pelo Salão do Automóvel, na última semana de outubro, Leonardo arrematou para os momentos de lazer, numa opção aos videogames que mantém em seu amplo apartamento dos Jardins, um Lamborghini Diablo VT, um bólido equipado com motor de 12 cilindros e que vai da imobilidade aos 100 quilômetros por hora em pouco mais de quatro segundos. O brinquedo, recomendado apenas para os iniciados, custa US$ 391 mil, o preço de um bom apartamento na Zona Sul de São Paulo. "É quase um carro de pista, como eu sempre quis", afirmou Leonardo, radiante e ao mesmo tempo incomodado com a descoberta de sua compra.


A irmã Viviane optou por abandonar temporariamente os clientes de seu consultório de psicologia para se dedicar exclusivamente a organizar a Fundação Ayrton Senna. Por conta desses compromissos, tem passado a maior parte do tempo no exterior, representado a família nas centenas de homenagens que pipocaram em memória do piloto. Quando está em São Paulo, ela é protegida por uma secretária fiel e pouco humorada, responsável pela triagem da correspondência e das ligações que chegam ao escritório no bairro de Santana. Ao fax enviado pelo Jornal do Brasil com um pedido formal de entrevista, Viviane respondeu tão gentil quanto negativamente. "Devido ao próprio estabelecimento da Fundação, estou dedicando todo o meu tempo disponível para isso, não sendo possível atendê-lo no momento."

A família Senna continua vivendo em função de Ayrton não somente em razão dos inúmeros negócios iniciados pelo piloto, como a venda dos automóvies alemães Audi e dos eletrodomésticos italianos DeLonghi. Tudo o que cerca os Senna da Silva continua sendo notícia. Coincidência ou não, a velocidade permanece como o principal mote. A revista inglesa Autosport trouxe na edição de duas semanas atrás a informação de que o Grupo Ayrton Senna estaria estudando a viabilidade econômica de montar sua própria equipe de Fórmula-1. A família, porém, mantém silêncio sobre o caso – que agita a Europa e desperta a cobiça de muitos pilotos endinheirados e desempregados pelo mundo.


Os símbolos de status e riqueza que se tornaram marcas registradas do piloto quando vivo continuam ativos, embora de forma bem menos cinematográfica. O helicóptero Esquilo utilizado pelo piloto para as fugas à mansão de Angra dos Reis hoje transporta a família para os fins de semana na fazenda de Tatuí. O Lear Jet 35, que durante muito tempo serviu como opção aos aborrecidos vôos comerciais que Ayrton era obrigado a frequentar é o meio mais prático de levar os executivos da Senna Import em inauguração de concessionárias Audi pelo país.

A mansão de US$ 4 milhões em Angra ainda serve como refúgio para Leonardo e amigos nos fins de semana prolongados e de muito calor.

A vida social da família Senna da Silva também mudou, mas não radicalmente. Milton e Neyde, os pais de Ayrton, continuam tão arredios quanto antes do acidente. Eles se preocupam com assaltos e sequestros, motivos que levaram o casal a se mudar, há dois anos, da ampla casa da Avenida Cantareira, Zona Norte, para um apartamento duplex no Pacaembu.

O casal cumpre poucos compromissos, geralmente em família, e se refugia na fazenda de Tatuí nos fins de semana – foi lá, por sinal, que Milton da Silva fraturou o fêmur numa queda na sauna, semanas antes da tragédia de Ímola. Ele não recobrou totalmente os movimentos da perna, mas já não usa bengala.

Dona Neide continua se dedicando aos assuntos familiares. A mãe do Senna e a irmã dele sempre andam acompanhadas de motoristas e seguranças. Milton da Silva voltou a trabalhar na semana seguinte à tragédia que se abateu sobre a família. Do alto da torre de vidro de 16 andares que Ayrton construiu no bairro de Santana há três anos, ele continua atuando como "conselheiro" nos negócios tocados por Leonardo, pelo genro Flávio Lalli e pelo sobrinho Fábio Machado.

Às saídas noturnas de Leonardo Senna continuam sendo frequentes. Leonardo frequenta semanalmente a boate Gallery e é uma das figuras mais requisitadas da casa. Ultimamente, tem requisitado também os bons restaurantes para divulgar os resultados dos negócios da família, que vão muito bem, obrigado.

Uma das tarefas mais penosas que se seguiram à morte de Ayrton foi localizar a modelo e mais famosa namorada do tricampeão. Ela andava nesses meses todos totalmente reclusa. Portugal? Campinas? São Paulo? Onde esteve Adriane?

Nos últimos sete meses, Adriane praticamente não teve contato com a família do ex-namorado, em especial com dona Zaza (como trata dona Neyde, mãe de Ayrton), mas nega que senha sido simplesmente ignorada pelos Senna da Silva. Diplomaticamente, justifica a distância com o argumentos que "perdeu Ayrton depois de um ano e meio, enquanto os pais e a família o perderam depois de 34 anos". Adriane também não gosta de falar no episódio do cancelamento, por parte de Leonardo Senna, da conta conjunta que mantinha com o namorado. "Isso tudo é abobrinha. E ponto final", encerra, irritada.





FONTE PESQUISADA

BASCCHERA, Roberto. No vácuo do campeão. Jornal do Brasil, dezembro de 1994, páginas 35 - 38.


quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Ex-Funcionária da Família Senna: "Viviane Senna Odiava Adriane Galisteu Sem Motivos"

“Deixaram suas malas no terraço da casa da fazenda até alguém de São Paulo vir buscar. E continuou assim até os dias atuais.”


Viviane Senna é uma hipócrita e cínica. Trabalhei em uma de suas residências de fins de semana (Fazenda Dois Lagos, que pertencia a Ayrton Senna). Nunca falou bom dia pra empregados, odiava a Adriane Galisteu, sem motivos, a Adriane era tão moça, tão ingênua na época.  Mas fizeram questão de mandar as coisas dela um dia depois da morte de Ayrton, mandaram tudo roupas etc... Deixaram suas malas no terraço da casa da fazenda até alguém de São Paulo vir buscar. E continuou assim até os dias atuais. O marido morreu, um mês depois tivemos que tirar as roupas do falecido marido as pressas, pois a cínica estava chegando de helicóptero com o amante, pois o tal era casado. E dormiram no mesmo quarto que era dela é de seu falecido marido Lalli. E ainda preside essa instituição de caridade não sei como? Isso é tudo falsidade. Usa o nome do irmão como bem entende, pra ter fama e mais gente babando no nome deles. Ah se o pivô (Ayrton Senna) soubesse... enfim.... #Dri linda venceu sem precisar da família Senna. 👏

Ex-funcionária da família Senna, 11 de agosto de 2018, em mensagem ao blog Senna Vive. 

A mensagem foi enviada em resposta a Viviane Senna confirma que família abandonou Adriane Galisteu depois da morte do irmão Ayrton.

*Prefiro manter a identidade da mulher em sigilo. 


Casa Sede da Fazenda Dois Lagos, malas de Adriane com todos seus pertences foram deixadas no terraço: “Deixaram suas malas no terraço da casa da fazenda até alguém de São Paulo vir buscar. E continuou assim até os dias atuais.”



Fotos da fazenda Dois Lagos, em Tatuí, interior de São Paulo



Adriane e Ayrton de férias em Bora Bora, os dois estavam perto de se casar quando aconteceu a tragédia. A família de Ayrton nunca aceitou Adriane e por conta disso criaram diversas armadilhas para separar o casal. Após a morte de Ayrton, a família dele a expulsou imediatamente de todas as casas que moravam juntos. Ayrton possuía residências no Brasil e no exterior.






Prints da mensagem


quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Ernesto Rodrigues, biógrafo de Ayrton Senna, temeu ter livro embargado pela família do falecido piloto: "Tive um cuidado muito grande no que estava escrevendo"



Ernesto Rodrigues, jornalista e biógrafo de Ayrton Senna, tenta justificar porque "pegou leve" com família do ex-piloto em seu livro "Ayrton, o herói revelado", lançado em 2004.


Fonte: Yasmine da WEB TV FACHA entrevista Ernesto Rodrigues sobre biografias não autorizadas. Data: 17 de janeiro de 2017.


Leia: Ayrton, O Herói Revelado: Uma Biografia “Chapa Branca” Não Autorizada

Cena do Livro Caminho das Borboletas Eternizada em Imagens


Que raridade! A hoje apresentadora Adriane Galisteu em uma das primeiras vezes que viu o piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna, foi no Grande Prêmio do Brasil de 1993. Ele subiu em um pequeno palanque e discursou para um grupo de pessoas, na plateia estava nada mais nada menos que a então Grid Girl e sua futura namorada Adriane Galisteu. A partir daí os dois viveriam uma linda história de amor interrompida por uma tragédia que todos conhecem. A modelo descreveu esse mesmo momento dessas fotos em seu livro. “Ele chegou. Uma cena que iria rever infinitas vezes: uma multidão compacta, ansiosa, e, navegando no meio daquele mar, o solitário bonezinho do Banco Nacional, anunciando a aproximação do ídolo. Empurra-empurra, confusão, quase histeria - e ele, sem perder a calma, o timing e o comando da situação, saía cumprimentando as pessoas, enquanto saciava seus olhinhos curiosos e vivos com a busca de alguma novidade. Eu não saí do lugar. Observava, apenas - afinal, estava ali a trabalho, não a passeio. Ele subiu num pequeno palanque e começou a dizer algumas palavras. Senti que ele me olhou.”, Adriane Galisteu – Livro Caminho das Borboletas. Fotos: cortesia do fã Marcelo Gattas.



terça-feira, 14 de agosto de 2018

'Grande piloto e pessoa muito simpática', diz ex-atleta que puxava treinos de Ayrton Senna, 30 anos após 1º título


POR WILLIAM HELAL FILHO
O Globo - blogs.oglobo.globo.com
14/08/2018 06:00

Ayrton Senna corre na pista da USP com o velocista Geraldo Maranhão, em 1988 | Foto de Fernando Pereira

Mesmo acostumado com a adrenalina dos mais de 300km/h que alcançava com seu McLaren nos grandes prêmios de Fórmula-1, o ídolo Ayrton Senna não dispensava os treinos correndo a 14km/h na pista de atletismo da Universidade de São Paulo (USP). No dia 14 de agosto de 1988, ano em que o brasileiro ganharia seu primeiro título mundial, O GLOBO publicou uma reportagem sobre a preparação física de Senna para resistir ao estresse e exaustão das provas de automobilismo. Na época com 28 anos de idade, ele costumava dar 20 voltas no trajeto da USP, muitas delas ao lado do então velocista Geraldo Maranhão Junior, que entrava na pista quando o piloto começava a dar sinais de cansaço. 

- Eu era tipo um coelho (jargão do atletismo usado para definir o atleta que entra no treino para marcar o ritmo dos demais). Entrava depois de um tempo para dar estímulo e não deixar o rendimento dele cair muito até o final das voltas - relembra Maranhão, então com 19 anos e fã declarado de Senna. - Treinamos juntos durante muito tempo, e eu assistia a todas as provas dele. Era um grande piloto e uma pessoa muito simpática também. Sempre perguntava como eu estava, se estava precisando de alguma coisa.  

Ayrton Senna corre na pista de atletismo da USP, em agosto de 1988 | Foto de Fernando Pereira

Aquele era o primeiro ano de Ayrton Senna pilotando pela McLaren e formando uma dupla endiabrada com o francês e grande rival Alain Prost, que na época já era bicampeão mundial. A reportagem sobre a preparação do brasileiro foi publicada dias depois do GP da Hungria, décima prova daquela temporada de 30 anos atrás. Em primeiro lugar no ranking, Senna tinha vencido seis etapas, contra quatro de Prost. O francês se recuperou e venceu mais três provas no segundo semestre, mas o paulista se segurou, vencendo mais dois circuitos. Senna terminou o ano apenas três pontos na frente e conquistou o primeiro de seus três títulos mundiais. 

O treinamento com os pés no chão foi essencial. Segundo a reportagem, publicada num domingo, o trabalho com o preparador físico Nuno Cobra Ribeiro, da USP, baixou a média de batimentos cardíacos de Senna de 190 para 160 batidas por minuto. Com isso, melhoraram os reflexos, e o estresse durante a prova diminuiu. O exercício também servia para o atleta liberar a agressividade acumulada nos grandes prêmios.

Senna e Alain Prost, em março de 1988 | Foto de Carlos Ivan

Maranhão estava com os olhos grudados na TV no fatídico dia 1 de maio de 1994, quando Senna se chocou na curva Tamburello, no GP de Ímola, na Itália, e foi declarado morto horas depois. 

- Quando vi o que aconteceu, rezei muito para o socorro chegar logo, meus olhos se encheram d'água. Infelizmente, todos sabem como o acidente terminou. Foi um baque para o país inteiro - recorda-se o ex-atleta, que chegou a integrar a seleção brasileira dos 200 metros e dos 400 metros, antes de se aposentar, há cerca de dez anos. - Gosto tanto de carros que, hoje, sou dono de uma oficina (risos). Ainda vejo Fórmula 1 todo domingo. Outro dia meu filho de 8 anos me perguntou para quem estava torcendo. Fiz questão de falar do Senna, mostrei foto dele. 

Ayrton Senna comemora seu primeiro título mundial, em 1988 | Foto de arquivo/Reuters



FONTE PESQUISADA

FILHO, William helal. 'Grande piloto e pessoa muito simpática', diz ex-atleta que puxava treinos de Ayrton Senna, 30 anos após 1º título. Disponível em: <https://blogs.oglobo.globo.com/blog-do-acervo/post/grande-piloto-e-pessoa-muito-simpatica-diz-ex-atleta-que-puxava-treinos-de-ayrton-senna-30-anos-apos-1-titulo.html>. Acesso em: 14 de agosto 2018.