Conheça a história do taxista português que encantou
Ayrton Senna
Foto: blog ponta de lança
Corria o ano de 1992 quando o
taxista português João Justino se deparou com um episódio que
marcaria a sua vida pessoal e profissional. Num belo dia, abriu a porta do seu
Mercedes 240, modelo antigo, no Aeroporto da Portela, em Lisboa, para conduzir
um brasileiro de meia idade que lhe indicaria como rumo a cidade de Sintra, a 30 km da capital.
“Na hora, não reconheci quem era. Percebi que ele estava mal vestido, com um blusão jeans, e que era uma pessoa discreta e simples. Ele conhecia bem a estrada, dizia para entrar nessa ou naquela rua. Até que chegamos ao destino, um casarão fantástico”, lembra ‘seu’ João, pelo telefone.
“Na hora, não reconheci quem era. Percebi que ele estava mal vestido, com um blusão jeans, e que era uma pessoa discreta e simples. Ele conhecia bem a estrada, dizia para entrar nessa ou naquela rua. Até que chegamos ao destino, um casarão fantástico”, lembra ‘seu’ João, pelo telefone.
A corrida custou 2.500
escudos, moeda que mais tarde seria substituída pelo euro. O taxista recebeu o
dinheiro em 5 notas. Por respeito, como costumava proceder, simplesmente o
guardou no bolso da camisa, sem conferi-lo na frente do cliente. Já de volta a Lisboa,
‘seu’ João se deu conta de que havia recebido valor bem superior ao preço
estipulado pelo taxímetro.
“Ele se confundiu. Em vez de me dar 5 notas de 500 escudos, pagou com 5 notas de 5 mil, totalizando 25 mil escudos. As notas de 500 e de 5 mil eram realmente parecidas, com tons de amarelo”, conta.
Ato contínuo, ‘seu’ João percorreu a estrada novamente e tocou a campainha do casarão fantástico. Uma empregada o atendeu, e o taxista explicou que estava ali para a devolução do excedente. Ela foi até o patrão e retornou com o recado: “Ele disse que o senhor pode ficar com o dinheiro. É um presente pela sua honestidade. E pediu o seu telefone”.
A partir daí, ‘seu’ João descobriu que se tratava de um brasileiro mundialmente famoso. Que o passageiro em questão era ninguém menos do que Ayrton Senna, àquela altura já tricampeão mundial de Fórmula 1.
“Eu apenas cumpri o meu dever como cidadão. Ninguém é feliz com aquilo que não é seu”, diz ‘seu’ João (na foto, aparece ao lado do menino Renan, filho de um casal de passageiros brasileiros). De acordo com suas contas, 25 mil escudos da época equivaleriam hoje a mais ou menos 125 euros (cerca de R$ 350).
Senna passou a chamar com alguma frequência o motorista português para buscá-lo no aeroporto ou conduzi-lo a lugares para os quais preferia deixar seus carros na garagem. Mais tarde, de posse de um veículo particular, um modelo mais moderno da Mercedes, ‘seu’ João o levou, por exemplo, a Algarve, distante250 km de Lisboa, onde o
brasileiro possuía outra mansão. E conheceu a última namorada de Senna, Adriane
Galisteu.
A convivência com a maior estrela da principal categoria do automobilismo internacional não se estenderia por muito tempo. Quando soube do fatídico acidente em Ímola que deu cabo da vida do piloto, em 1º de maio de 1994, ‘seu’ João ficou consternado. Como forma de expressar o pesar, comprou uma gravata preta e a utilizou diariamente por algum tempo.
Até hoje, guarda com carinho na memória os momentos em que esteve ao lado do tricampeão. E na gaveta do escritório, uma das notas de 5 mil escudos como uma singela recordação.
Quando jovem, João Justino trabalhou como chofer da embaixada sueca em Paris. Atualmente, aos 75 anos de idade, ainda transporta fiéis passageiros em seu carro particular, como um casal de brasileiros que custeou duas vindas do motorista ao Brasil, uma a Recife e outra ao Rio de Janeiro, como agradecimento à amizade e correção pelos serviços prestados.
A história de João Justino mostra uma faceta de Ayrton pouco conhecida dos fãs: a de que o ídolo também era um homem generoso e que valorizava o exercício da cidadania.
“Ele se confundiu. Em vez de me dar 5 notas de 500 escudos, pagou com 5 notas de 5 mil, totalizando 25 mil escudos. As notas de 500 e de 5 mil eram realmente parecidas, com tons de amarelo”, conta.
Ato contínuo, ‘seu’ João percorreu a estrada novamente e tocou a campainha do casarão fantástico. Uma empregada o atendeu, e o taxista explicou que estava ali para a devolução do excedente. Ela foi até o patrão e retornou com o recado: “Ele disse que o senhor pode ficar com o dinheiro. É um presente pela sua honestidade. E pediu o seu telefone”.
A partir daí, ‘seu’ João descobriu que se tratava de um brasileiro mundialmente famoso. Que o passageiro em questão era ninguém menos do que Ayrton Senna, àquela altura já tricampeão mundial de Fórmula 1.
“Eu apenas cumpri o meu dever como cidadão. Ninguém é feliz com aquilo que não é seu”, diz ‘seu’ João (na foto, aparece ao lado do menino Renan, filho de um casal de passageiros brasileiros). De acordo com suas contas, 25 mil escudos da época equivaleriam hoje a mais ou menos 125 euros (cerca de R$ 350).
Senna passou a chamar com alguma frequência o motorista português para buscá-lo no aeroporto ou conduzi-lo a lugares para os quais preferia deixar seus carros na garagem. Mais tarde, de posse de um veículo particular, um modelo mais moderno da Mercedes, ‘seu’ João o levou, por exemplo, a Algarve, distante
A convivência com a maior estrela da principal categoria do automobilismo internacional não se estenderia por muito tempo. Quando soube do fatídico acidente em Ímola que deu cabo da vida do piloto, em 1º de maio de 1994, ‘seu’ João ficou consternado. Como forma de expressar o pesar, comprou uma gravata preta e a utilizou diariamente por algum tempo.
Até hoje, guarda com carinho na memória os momentos em que esteve ao lado do tricampeão. E na gaveta do escritório, uma das notas de 5 mil escudos como uma singela recordação.
Quando jovem, João Justino trabalhou como chofer da embaixada sueca em Paris. Atualmente, aos 75 anos de idade, ainda transporta fiéis passageiros em seu carro particular, como um casal de brasileiros que custeou duas vindas do motorista ao Brasil, uma a Recife e outra ao Rio de Janeiro, como agradecimento à amizade e correção pelos serviços prestados.
A história de João Justino mostra uma faceta de Ayrton pouco conhecida dos fãs: a de que o ídolo também era um homem generoso e que valorizava o exercício da cidadania.
FONTE PESQUISADA
Conheça a história do taxista português que
encantou Ayrton Senna. Disponível em: <http://sportv.globo.com/ponta-de-lanca/platb/2013/03/21/conheca-a-historia-do-taxista-portugues-que-encantou-ayrton-senna/>.
Acesso em: 22 de março 2013.
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