Ayrton Senna e Alain Prost no Pódio de Mônaco 1984, Senna foi o segundo colocado e Prost o Primeiro.
Jo Ramirez diz que Ayrton Senna teve vitória roubada em Mônaco 1984, pois caiu um dilúvio e parariam a prova de todo a maneira, mas mandaram parar a prova antes dele ultrapassar Alain.
Jo Ramirez acusou nesse fim de semana em Mônaco, Ickx de ter interrompido a prova precipitadamente.
"Ayrton foi trabalhar conosco mais tarde (1988) e sempre me dizia ter sido injustiçado naquela corrida. Não conheci piloto que lutasse tanto por uma vitória quanto Ayrton." Ramirez, no entanto, concordou com a decisão de Ickx.
Ickx e Prost também estão em Mônaco este ano. Jornais Brasileiros, como O Estado, os procurou para dar o seus pontos de vista. Os dois não quiseram comentar.
Senna ultrapassa Prost
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Há quase três décadas surgia o mito Ayrton Senna na Fórmula
1
Foi no GP de Mônaco de 1984 que o brasileiro mostrou seu
talento raro para guiar na chuva
26 de maio de 2013 | 9h 05
Livio Oricchio - Enviado especial - O Estado de S. Paulo
MÔNACO - Não importa a temporada. O resultado de algumas
corridas permanece reverberando no tempo. Um bom exemplo é o GP de Mônaco de
1984. Ayrton Senna,
na sua sexta experiência na Fórmula 1, pela modesta
equipe Toleman, largou em 13.º, mas ainda nas voltas iniciais disputava o
segundo lugar com ninguém menos que Niki Lauda, da McLaren, bicampeão do mundo.
Chovia.
Senna ultrapassa Lauda e na 30.ª volta, de um total de 76,
muito mais rápido, encosta no líder, o francês Alain Prost, companheiro de
Lauda. Na 32.ª volta deixa Prost para trás pouco antes da linha de chegada.
Nesse instante, o diretor de prova, o belga Jacky Ickx, expõe a bandeira
vermelha, interrompendo a corrida. A alegação: falta de segurança em razão da
chuva.
Como nesse caso vale a classificação da volta anterior à
parada, Prost venceu, com Senna em segundo e outro piloto espetacular e jovem,
o alemão Stefan Bellof, da Tyrrell, em terceiro, depois de largar em 20.º e
último. Viria a ser, depois, desclassificado.
Até hoje há suspeitas de tudo nesse GP. Primeiro a respeito
da decisão surpreendente de Ickx. "Quando ele parou a corrida, as
condições não estavam diferentes de antes", lembra Charlie Whiting, na
época integrante da equipe Brabham, de Nelson Piquet, e hoje diretor de prova
oficial da Fórmula 1. "Alain Prost o pressionou." O piloto francês,
primeiro colocado, passava em frente a linha de chegada e sinalizava com o
indicador as nuvens e a chuva, pedindo a paralisação.
Ao recordar o GP que aconteceu há 29 anos, Lauda ri. Conta uma história: "No fim do ano, quando vi Ickx, me aproximei, tirei meu boné e lhe disse ‘muito obrigado’." O austríaco explica o porquê: "Ao interromper a corrida, recebemos apenas metade dos pontos. Prost levou 4,5, a metade dos 9 do vencedor. Se a prova seguisse é provável que Ayrton vencesse e Prost ficasse em segundo. E nessa hipótese Prost receberia 6 pontos e não 4,5".
Lauda dá muita risada novamente e repete o gesto feito
diante de Ickx, tirando o boné. Não é difícil compreender a festa. Ao término
da 16.ª etapa e última do campeonato, em Portugal, Lauda somou 72 pontos e
Prost, 71,5. O austríaco conquistou o terceiro título por meio ponto. "Se
Ickx não parasse o GP de Mônaco Prost faria 6 e não 4,5 e eu não seria
campeão."
A ultrapassagem daquele menino pouco conhecido, Senna,
intrigou Niki Lauda. "Fiquei tentando saber quem era aquele piloto que me
passou daquela forma, naquela condição. Vi que era Ayrton. Claro que me
impressionei."
Jo Ramirez, coordenador da McLaren, hoje aposentado,
presente em Mônaco, lembrou o ocorrido. "Ayrton foi trabalhar conosco mais
tarde (1988) e sempre me dizia ter sido injustiçado naquela corrida. Não
conheci piloto que lutasse tanto por uma vitória quanto Ayrton." Ramirez,
no entanto, concordou com a decisão de Ickx. "Hoje jamais se correria
daquela condição."
Ickx e Prost também estão em Mônaco este ano. O Estado os
procurou para dar o seus pontos de vista. Os dois não quiseram comentar.
FONTE: http://www.estadao.com.br
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