sábado, 19 de outubro de 2013

Amigo tenta justificar a tirania de pai de Ayrton Senna

Ayrton e o pai Milton


O amigo de Ayrton, Américo Jacoto Junior, o Junior, tenta justificar o tirano pai de Ayrton Senna e sua vontade de controlar tudo e todos da família, mas acaba entregando o seu jeito de ser:

“O senhor Milton e ele eram dois amigos. O Miltão sempre fez o papel do pai, com o pulso firme... ele dava as condições, mas também cobrava essas condições. Na fase do kart ele era o maior incentivador  do Ayrton. O Miltão sempre gostou muito do Ayrton. Na casa da família Senna da Silva, o Ayrton sempre foi a coluna cervical, embora o Miltão, fosse o pai, o patriarca. No entanto, o Ayrton era sempre o centro das atenções todas. Era sempre tudo... o Ayrton... num modo leve, sempre bom de coexistência... positivo... sem discriminação com os irmãos. Sempre existiu harmonia entre pai, mãe e irmãos. O Miltão era apenas um pai bastante zelador do filho.”

Fonte: Ayrton Senna Saudade de Francisco Santos

Notem que Junior, o tempo todo, puxa o saco do pai de Ayrton Senna, isso é muito comum nas biografias dele: pessoas puxarem o saco da família Senna; mas sempre essas pessoas acabam revelando sem perceberem certas informações muito importantes. Como a que ele revelou:

Algumas observações sobre o depoimento de Junior:

 “Na fase do kart ele era o maior incentivador  do Ayrton.”

Para o mesmo livro Tchê, o preparador de Kart de Ayrton Senna, e o verdadeiro maior incentivador desde o começo, desde o Kart, conta que Miltão só aparecia nos tempos de glória:

Tchê: "Não foi o Senhor Milton da Silva que trouxe o Ayrton à minha oficina. O pai dele, Senhor Milton, sempre, só apareceu nos momentos de glória. Quem trouxe o Ayrton foi um amigo nosso." 

“O Miltão sempre fez o papel do pai, com o pulso firme...”
“O Miltão era apenas um pai bastante zelador do filho.”
Ele também conta no livro que as atenções da família Senna (do pai sobretudo) era no filho Ayrton e os outros irmãos ficavam em segundo plano.


Ayrton e o pai se davam bem só que, Milton queria controlar não só os negócios do filho e a carreira, mas também a vida pessoal dele. E esse autoritarismo gerava um conflito entre pai e filho. Desde sempre, desde a tenra idade dos filhos, ele sempre quis ter total controle sobre a vida e escolhas deles, desde suas primeiras decisões como mostra outro depoimento de Tchê.

Tchê: "Ele (Ayrton) me contava sempre tudo... Todos os seus problemas familiares. Mas eu não gosto de tocar nisso, até porque a família dele para mim morreu, não existe. não temos contato a muitos anos. Quando ligava para ele na casa dele era ate triste, porque a família não me deixava falar com ele... era difícil. Acho que ele tinha até uma certa carência... uma carência familiar... Que só a gente que sabe. Eu falava pra ele: "Menino fala para gente só o que você quer. Esquece a tua família. A tua família esta aqui agora. Quando tiveres problemas, fala comigo. Mas não venhas com a tua família pra aqui. Poucas vezes falava da irmã, do irmão, do pai, que não o acompanhava em nada, em todas as corridas, isso é mentira, quem o acompanhava era a gente. Eles contam muitas mentiras nos jornais e revistas, Ayrton não tinha o relacionamento bom com a família. Conheço ele desde moleque. Ele falava que a família tinha problemas com ele, mas eu jamais quis saber. O nosso problema era assuntos de corrida. Ele chorava muitas vezes no meu ombro. Tínhamos um relacionamento fora do normal. De pai para filho."

Tchê: "Eu trabalhava nos motores do Ayrton e não cobrava para ele ficar despreocupado e não ter que pedir dinheiro ao pai. Através da minha influência eu conseguia pneus novinhos para ele e tudo que ele precisava para ganhar corridas."

Aqui preparei um dossiê sobre o pai de Ayrton Senna.







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