Um homem famoso, rico,
prestigiado no mundo inteiro e apaixonado por uma mulher, quase menina, humilde
do bairro da Lapa em
São Paulo. Esse é o ponto de partida da história de Ayrton
Senna e Adriane Galisteu. Dois jovens bonitos, inteligentes, cheios de vida e
que só queriam ser felizes com a benção de suas famílias.
Ayrton preparava uma
surpresa, simulou uma entrevista em uma revista de circulação nacional para
pedir a mulher de sua vida em casamento. Seria , esse dia, o primeiro dia de
maio, o dia mais importante de sua vida, só perderia para o dia do casamento,
com a mulher que tanto amava e que fazia planos de envelhecer ao seu lado. Mas
foi o pior dia, o de sua morte na flor da idade, cheio de planos e
sonhos.
Então me fez lembrar de uma
famosa frase dele:
"Somos insignificantes.
Por mais que você programe sua vida, a qualquer momento tudo pode mudar."
E tudo mudou mesmo. Com o
amor que sentiam, tão forte, enfrentariam tudo juntos. Qualquer problema. Mas
tinham no caminho, a morte, e essa foi a única que podia os separar, e foi o
que aconteceu.
Senna, no campo empresarial
estava se realizando também, visando o futuro depois de casado, se preparando
para quando se aposentasse na F1 e vivesse sua plena vida com sua nova família,
com Adriane Galisteu e seus filhos, que naturalmente viriam depois do casamento.
Queria se dedicar a sua futura família, porém trabalhando, sendo útil e ativo.
Era esse seu objetivo ao se dedicar cada vez mais a suas empresas e a novos
empreendimentos. Acabara de assinar um grande contrato com o fabricante alemão
de automóveis Audi para representá-lo no mercado brasileiro. Era coisa de milhões e
milhões de dólares e muita responsabilidade. Ao mesmo tempo adquirira a concessionária
Ford Frei Caneca em São
Paulo.
Estava tudo indo muito bem,
entretanto, a família de Senna era contra o casamento dele com Adriane.
Não era um problema dos
maiores e mais graves, pois Senna, aos 34 anos, já estava tomando as rédeas de
sua vida. Tomando posse de coisas que antes eram delegadas a terceiros, como
suas empresas, ou seu jato.
Começou a circular no
autódromo de Ímola, na véspera da corrida que lhe tiraria a vida, a informação
de que o irmão do piloto, Leonardo, a quem caberia gerir a empresa criada em
sociedade com a Audi, estava em Ímola, recém-chegado do Brasil. A pedido da
família, que reprovava seu casamento com a namorada, Adriane Galisteu, Leonardo
teria com ele uma fita de áudio contendo gravações telefônicas “comprometedoras”
de Adriane. Eles grampearam o telefone do apartamento que o jovem casal morava em São Paulo. Seriam
conversas com um ex-namorado da menina. Não descobriram nada, na conversa não tinha nada que comprometesse Adriane, nenhum indício de traição. O pai de Ayrton, Milton da Silva, orquestrou o plano. Sua
intenção era de provar para o piloto que Adriane não era a mulher certa para
ele se casar, ser sua esposa.
Ayrton deveras ficou bastante
chateado com essa atitude da família, e planejava uma reação contra eles após o
GP de Ímola, o que jamais aconteceu.
Ayrton estava decidido em ser
feliz com seu grande amor e viveriam na mansão do Algarve em Portugal. Ele e
Adriane já haviam levado todas suas coisas, troféus do Ayrton, roupas,
documentos. Tudo. A mansão do Algarve é o símbolo da liberdade de Ayrton
Senna.
Contudo, aconteceu a
tragédia.
No velório de Senna, em São Paulo , na quarta-feira seguinte ao acidente, ficou claro como a mãe, o
pai, a irmã, enfim todos, não desejavam ver Senna com Adriane. Ela ficou
isolada da família e nem mesmo foi recebida por eles.
Xuxa com toda a Família Senna, Leonardo, irmão de Ayrton, na sua esquerda, Bianca, sobrinha de Ayrton na sua direita e atrás Milton da Silva e o marido de Viviane Senna, encoberto pela cabeça de Xuxa
Adriane Galisteu
Já Xuxa, a ex-namorada, parecia contar com a simpatia da família.
O conservador e autoritário pai
do piloto não aceitou o casamento de Ayrton com Adriane por a futura nora ser
de origem simples.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
RUBYTHON, Tom. The Life of Senna. 1º Edição Sofback. London : BusinessF1 Books,
2006.
ZIRAVELLO, Mara. Ayrton Senna na Intimidade
do Amor. Revista Caras, São Paulo, nº 25, ano 1, p. 6-17, Editora Abril, 29 de
abril de 1994.
ORICCHIO, Lívio. Ayrton Senna Especial –
Introdução
. Disponível em: <http://blogs.estadao.com.br/livio-oricchio/ayrton-senna-especial-introducao/>.
Acesso em: 18 de novembro 2013.
SANTOS, Francisco. Ayrton Senna Saudade.
Edição Brasileira. São Paulo: EDIPROMO, 1999.
LIMA, João Gabril de. Os segredos de Senna.
Veja, São Paulo, edição 1849, ano 37, nº 15, p.70-77. 14 de Abril 2004.
RODRIGUES, Ernesto. Ayrton, o herói revelado. Edição 1. Rio de Janeiro: Editora
Objetiva, 2004.
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