segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Família Senna Arma Para Que Ayrton Não Se Case Com Adriane Galisteu

Ayrton e Adriane


Um homem famoso, rico, prestigiado no mundo inteiro e apaixonado por uma mulher, quase menina, humilde do bairro da Lapa em São Paulo. Esse é o ponto de partida da história de Ayrton Senna e Adriane Galisteu. Dois jovens bonitos, inteligentes, cheios de vida e que só queriam ser felizes com a benção de suas famílias. 

Ayrton preparava uma surpresa, simulou uma entrevista em uma revista de circulação nacional para pedir a mulher de sua vida em casamento. Seria, esse dia, o primeiro dia de maio, o dia mais importante de sua vida, só perderia para o dia do casamento, com a mulher que tanto amava e que fazia planos de envelhecer ao seu lado. Mas foi o pior dia, o de sua morte na flor da idade, cheio de planos e sonhos. 

Então me fez lembrar de uma famosa frase dele:

"Somos insignificantes. Por mais que você programe sua vida, a qualquer momento tudo pode mudar."

E tudo mudou mesmo. Com o amor que sentiam, tão forte, enfrentariam tudo juntos. Qualquer problema. Mas tinham no caminho, a morte, e essa foi a única que podia os separar, e foi o que aconteceu. 

Senna, no campo empresarial estava se realizando também, visando o futuro depois de casado, se preparando para quando se aposentasse na F1 e vivesse sua plena vida com sua nova família, com Adriane Galisteu e seus filhos, que naturalmente viriam depois do casamento. Queria se dedicar a sua futura família, porém trabalhando, sendo útil e ativo. Era esse seu objetivo ao se dedicar cada vez mais a suas empresas e a novos empreendimentos. Acabara de assinar um grande contrato com o fabricante alemão de automóveis Audi para representá-lo no mercado brasileiro. Era coisa de milhões e milhões de dólares e muita responsabilidade. Ao mesmo tempo adquirira a concessionária Ford Frei Caneca em São Paulo.

Estava tudo indo muito bem, entretanto, a família de Senna era contra o casamento dele com Adriane.

Não era um problema dos maiores e mais graves, pois Senna, aos 34 anos, já estava tomando as rédeas de sua vida. Tomando posse de coisas que antes eram delegadas a terceiros, como suas empresas, ou seu jato. 

Começou a circular no autódromo de Ímola, na véspera da corrida que lhe tiraria a vida, a informação de que o irmão do piloto, Leonardo, a quem caberia gerir a empresa criada em sociedade com a Audi, estava em Ímola, recém-chegado do Brasil. A pedido da família, que reprovava seu casamento com a namorada, Adriane Galisteu, Leonardo teria com ele uma fita de áudio contendo gravações telefônicas “comprometedoras” de Adriane. Eles grampearam o telefone do apartamento que o jovem casal morava em São Paulo. Seriam conversas com um ex-namorado da menina. Não descobriram nada, na conversa não tinha nada que comprometesse Adriane, nenhum indício de traição. O pai de Ayrton, Milton da Silva, orquestrou o plano. Sua intenção era de provar para o piloto que Adriane não era a mulher certa para ele se casar, ser sua esposa. 

Ayrton deveras ficou bastante chateado com essa atitude da família, e planejava uma reação contra eles após o GP de Ímola, o que jamais aconteceu.

Ayrton estava decidido em ser feliz com seu grande amor e viveriam na mansão do Algarve em Portugal. Ele e Adriane já haviam levado todas suas coisas, troféus do Ayrton, roupas, documentos. Tudo. A mansão do Algarve é o símbolo da liberdade de Ayrton Senna. 

Contudo, aconteceu a tragédia.

No velório de Senna, em São Paulo, na quarta-feira seguinte ao acidente, ficou claro como a mãe, o pai, a irmã, enfim todos, não desejavam ver Senna com Adriane. Ela ficou isolada da família e nem mesmo foi recebida por eles. 

Xuxa com toda a Família Senna, Leonardo, irmão de Ayrton, na sua esquerda, Bianca, sobrinha de Ayrton na sua direita e atrás Milton da Silva e o marido de Viviane Senna, encoberto pela cabeça de Xuxa

Adriane Galisteu


Já Xuxa, a ex-namorada, parecia contar com a simpatia da família. 

O conservador e autoritário pai do piloto não aceitou o casamento de Ayrton com Adriane por a futura nora ser de origem simples.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

RUBYTHON, Tom. The Life of Senna. 1º Edição Sofback. London: BusinessF1 Books, 2006.

ZIRAVELLO, Mara. Ayrton Senna na Intimidade do Amor. Revista Caras, São Paulo, nº 25, ano 1, p. 6-17, Editora Abril, 29 de abril de 1994.

ORICCHIO, Lívio. Ayrton Senna Especial – Introdução
. Disponível em: <http://blogs.estadao.com.br/livio-oricchio/ayrton-senna-especial-introducao/>. Acesso em: 18 de novembro 2013.

SANTOS, Francisco. Ayrton Senna Saudade. Edição Brasileira. São Paulo: EDIPROMO, 1999.

LIMA, João Gabril de. Os segredos de Senna. Veja, São Paulo, edição 1849, ano 37, nº 15, p.70-77. 14 de Abril 2004.


RODRIGUES, Ernesto. Ayrton, o herói revelado. Edição 1. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário