quarta-feira, 5 de março de 2014

Ator que 'virou' ídolo da Fórmula 1 na Sapucaí diz: 'Brinquei de ser Senna'

Além de atuar, Fabricio Negri canta, dança e é bailarino. De capacete verde e amarelo, macacão vermelho e bandeira do Brasil nas mãos, ele se emocionou

Por Gabriel Fricke e Thierry Gozzer
Rio de Janeiro
04/03/2014 12h45 - Atualizado em 04/03/2014 12h45
Globoesporte.com


Ator, cantor, dançarino, bailarino e piloto de Fórmula 1. Bom, pelo menos foi esse o papel do carioca Fabrício Negri, escolhido para representar o tricampeão mundial Ayrton Senna no desfile da escola de sambaUnidos da Tijuca, a última a se apresentar na terça-feira de Carnaval na Marquês de Sapucaí. Mais do que isso, o rapaz de 30 anos se transformou no ídolo.

De capacete verde e amarelo, macacão vermelho e bandeira do Brasil nas mãos, ele arrepiou o público presente. Era impossível não lembrar de Senna, de seus feitos e conquistas. Parecia que Ayrton, que faleceu em uma acidente em Ímola, na Itália, em 1994, havia renascido. E com a lembrança, claro, vieram as lágrimas, que Negri não fez questão de esconder.

- Eu chorei o desfile todo. Todo brasileiro lembra onde estava naquele dia (da morte do Ayrton). Foi como se cada um tivesse perdido um parente ou um pedaço. Estava na casa da minha avó, tinha só dez anos. E 20 anos depois estou aqui para representá-lo. Foi muito emocionante, eu conheci a família dele (ele conheceu a parentada: os parentes de Senna, Viviane Senna e os filhos, Bianca, Bruno e Paula), e o capacete foi feito pelo Instituto (Ayrton Senna). Brinquei de ser o Senna por um dia - comentou o rapaz, com um misto de saudade do ídolo e orgulho pela bela homenagem feita.

Fabrício Negri representou Ayrton Senna no desfile da Unidos da Tijuca (Foto: Thierry Goozer)

Os pedidos para tirar fotos vinham de todos os lados na dispersão da Marquês de Sapucaí. E a expressão de Negri era de uma alegria sem tamanho. Pivô da comissão de frente da Unidos da Tijuca há quatro anos e com diversos desfiles memoráveis, como o tricampeonato de 2012 no currículo (os outros dois títulos foram em 1936 e 2010), Fabrício disse que o feito foi o maior de todos pela agremiação do Borel e que ele irá ficar guardado em sua memória para sempre. Os gritos de "É, campeão" só carimbaram a experiência marcante do rapaz.

No teatro, Negri já interpretou Fred Astaire, esteve no musical "Beatles num Céu de Diamantes" e em "Fascinante Gershwin", cuja supervisão era da atriz Marília Pêra.

A escola de samba da Zona Norte do Rio de Janeiro levou à avenida o enredo "Acelera, Tijuca", que falou sobre a velocidade. Para explorar o tema, a agremiação teve a presença de personagens como Speed Racer, The Flash, Penépole Charmosa, Muttley e Dick Vigarista, além de invenções do homem, como o trem bala e a internet, todas ligadas ao tema.


Fabrício Negri com a réplica do capacete verde e amarelo do ídolo Ayrton Senna (Foto: Thierry Goozer)


FONTE PESQUISADA

FRICKE, Gabriel; GOZZER, Thierry. Ator que 'virou' ídolo da Fórmula 1 na Sapucaí diz: 'Brinquei de ser Senna'. Disponível em: <http://globoesporte.globo.com/motor/formula-1/noticia/2014/03/ator-que-virou-idolo-da-formula-1-na-sapucai-diz-brinquei-de-ser-senna.html>. Acesso em: 05 de março 2014.


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