domingo, 28 de setembro de 2014

Ayrton Senna no Heliporto Rumo a Suzuka 1989 GP do Japão - Vídeo Caseiro






Nesse vídeo caseiro feito por um fã em 1989, Ayrton Senna está chegando de carro no heliporto para tomar um helicóptero e ir rumo ao autódromo de Suzuka para o controverso GP do Japão 89. Aquele o qual Senna teve um título mundial de F1 garfado (roubado) pelo então presidente da FIA, Balestre. Embora muitos fãs já sabem dessa história, no final do post tem um resumo do que realmente aconteceu nesse dia.

Bom, no vídeo mostra ele sendo muito bem recebido no Japão, como de costume. Os japoneses nutriam uma enorme adoração por Ayrton. Ele está com aquele “uniforme” básico de sempre: camisa social (geralmente usava uma listrada e de cor clara), calça jeans (com o cintinho) e tênis branco. Isso quando não usava roupas dadas pelos patrocinadores. Como era um sujeito muito simples, não ligava muito para roupas e a aparência de um modo geral. Só mudaria tempos depois com a chegada de Adriane Galisteu em sua vida, além de se tornar um homem mais feliz e de bem com a vida, ele passou a cuidar das roupas, do visual, incentivado pela amada que pegava bastante no pé do campeão para ele se cuidar mais. E por falar nisso, o amigo e biografo francês, Lionel Froissart (autor do livro Ayrton Senna: Croisements d'une vie), até comentou sobre isso em uma recente entrevista. Perguntado se Senna era um cara que tinha amor ao dinheiro e luxo, ele respondeu não. Descrevendo o brasileiro como um homem simples: “Absolutamente não. Ele estava sempre mal vestido, com meias brancas e roupas velhas. O oposto de Alain (Prost, ex-piloto e antigo rival, biografado também por Froissart). Ele tinha seus brinquedos, seus aviões controlados por rádio, seu jato, seu helicóptero, carros, incluindo um Honda NSX, algumas coisas, mas não gostava de luxo. No entanto, ele gostava de sua fabulosa mansão em Angra dos Reis e tinha construído uma fazenda modelo a 100 km de São Paulo, que infelizmente não aproveitou muito.” Fora a mansão do Algarve em Portugal.


Por influencia de Adriane, Senna passou a cuidar mais de seu visual, porém não abandonando totalmente seu look antigo. Uma vez ou outra ele ainda era visto com suas camisas listradas ou xadrez, calça jeans e tênis. Mas a partir do final do ano de 1993 ele frequentemente passou a andar muito bem vestido, alternando roupas e estilos, como nas imagens abaixo do final de 93 e 94 (Lembrando também que Senna estava abrindo negócios, se tornando um grande empresário, então ele concordou com Adriane que deveria mudar sua imagem para passar uma boa impressão):















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O controverso GP do Japão 1989

Prost joga carro em Senna 

Jean-Marie Balestre era um dirigente extremamente autoritário e ficou famoso pelo episódio envolvendo Ayrton Senna e Alain Prost no Grande Prêmio do Japão de 1989. Entendam a história:

Tudo começou no dia 22 de outubro do referido ano. O Grande Prêmio do Japão disputado no tradicional circuito de Suzuka, com Senna e Prost brigando pelo título e Senna precisava vencer pra levar a decisão para a última etapa, o Grande Prêmio da Austrália. Nas voltas finais da corrida - restando cerca de 5 ou 6 -, Senna força a ultrapassagem por dentro da chicane onde fica a antepenúltima curva antes da reta dos boxes. Prost, percebendo a manobra de Senna, joga propositalmente seu carro em cima dele. Os dois batem e ficam parados na chicane. Prost sai do carro, mas Senna insiste em continuar. Dez fiscais de prova ajudam Senna a voltar, empurrando o carro pra trás, e depois pra frente, na direção da chicane. Aí começa a polêmica: Senna volta à pista pela chicane, o que seria proibido por se tratar de um atalho, mas o regulamento não deixava isso tão claro, pois não especificava exatamente em quais condições. O carro de Senna estava em uma posição que impossibilitaria a passagem dos outros pilotos por aquele trecho. No final, Senna vence a corrida mas nos bastidores é desclassificado, e o título acaba ficando com Prost, conterrâneo de Balestre. O que se seguiu foi uma série de acusações pra todos os lados. O que se comentava na imprensa brasileira na época era que Balestre queria dar o campeonato para seu conterrâneo Alain Prost e simultaneamente, dar um golpe fatal na carreira de Ayrton Senna, que acusava veementemente a FIA, então comandada por Balestre de manipular o campeonato. Ron Dennis, então chefe da Mclaren, declarou numa entrevista que estaria disposto a entrar na justiça comum, se fosse necessário, para tentar reaver a vitória de Ayrton Senna no Grande Prêmio do Japão. Balestre, então, ficou tão indignado que aplicou uma punição de seis meses com sursis a Ayrton Senna e ameaçou até a tirar a equipe McLaren da Fórmula 1, caso não houvesse uma retratação pública de Ayrton Senna e Ron Dennis perante à imprensa.




FONTE PESQUISADA

DRO, Pascal. La légende Ayrton Senna par Lionel Froissard. Disponível em: <http://classiccourses.hautetfort.com/archive/2014/04/28/lionel-mon-ami-ayrton-5357059.html>. Acesso em: 28 de setembro 2014.


GALISTEU, Adriane. Caminho das Borboletas. Edição 1. São Paulo: Editora Caras S.A., novembro de 1994. 

Jean-Marie Balestre. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Marie_Balestre>. Acesso em: 28 de setembro 2014.


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