Nesse vídeo caseiro feito por
um fã em 1989, Ayrton Senna está chegando de carro no heliporto para tomar um helicóptero
e ir rumo ao autódromo de Suzuka para o controverso GP do Japão 89. Aquele o
qual Senna teve um título mundial de F1 garfado (roubado) pelo então presidente
da FIA, Balestre. Embora muitos fãs já sabem dessa história, no final do post tem um resumo do que realmente aconteceu nesse dia.
Bom, no vídeo mostra ele sendo muito bem
recebido no Japão, como de costume. Os japoneses nutriam uma enorme adoração
por Ayrton. Ele está com aquele “uniforme” básico de sempre: camisa
social (geralmente usava uma listrada e de cor clara), calça jeans (com o cintinho) e tênis branco. Isso quando não usava roupas dadas pelos patrocinadores. Como era um sujeito muito
simples, não ligava muito para roupas e a aparência de um modo geral. Só
mudaria tempos depois com a chegada de Adriane Galisteu em sua vida, além de se
tornar um homem mais feliz e de bem com a vida, ele passou a cuidar das roupas,
do visual, incentivado pela amada que pegava bastante no pé do campeão para ele
se cuidar mais. E por falar nisso, o amigo e biografo francês, Lionel Froissart
(autor do livro Ayrton Senna: Croisements d'une vie), até comentou sobre isso
em uma recente entrevista. Perguntado se Senna era um cara que tinha amor ao
dinheiro e luxo, ele respondeu não. Descrevendo o brasileiro como um homem
simples: “Absolutamente não. Ele estava sempre mal vestido, com meias
brancas e roupas velhas. O oposto de Alain (Prost, ex-piloto e antigo
rival, biografado também por Froissart). Ele tinha seus brinquedos, seus
aviões controlados por rádio, seu jato, seu helicóptero, carros, incluindo um
Honda NSX, algumas coisas, mas não gostava de luxo. No entanto, ele
gostava de sua fabulosa mansão em Angra dos Reis e tinha construído uma fazenda
modelo a 100 km
de São Paulo, que infelizmente não aproveitou muito.” Fora a mansão do Algarve em Portugal.
Por influencia de Adriane, Senna passou a cuidar mais de seu visual, porém não abandonando totalmente seu look antigo. Uma vez ou outra ele ainda era visto com suas camisas listradas ou xadrez, calça jeans e tênis. Mas a partir do final do ano de 1993 ele frequentemente passou a andar muito bem vestido, alternando roupas e estilos, como nas imagens abaixo do final de 93 e 94 (Lembrando também que Senna estava abrindo negócios, se tornando um grande empresário, então ele concordou com Adriane que deveria mudar sua imagem para passar uma boa impressão):
Jean-Marie Balestre era um
dirigente extremamente autoritário e ficou famoso pelo episódio envolvendo Ayrton
Senna e Alain Prost no Grande Prêmio do Japão de 1989.
Entendam a história:
Tudo começou no dia 22 de
outubro do referido ano. O Grande Prêmio do Japão disputado no tradicional
circuito de Suzuka, com Senna e Prost brigando pelo título
e Senna precisava vencer pra levar a decisão para a última etapa, o
Grande Prêmio da Austrália. Nas voltas finais da corrida - restando cerca
de 5 ou 6 -, Senna força a ultrapassagem por dentro da chicane onde
fica a antepenúltima curva antes da reta dos boxes. Prost, percebendo a
manobra de Senna, joga propositalmente seu carro em cima dele. Os dois
batem e ficam parados na chicane. Prost sai do carro, mas Senna
insiste em continuar.
Dez fiscais de prova ajudam Senna a voltar, empurrando o
carro pra trás, e depois pra frente, na direção da chicane. Aí começa a
polêmica: Senna volta à pista pela chicane, o que seria proibido por se tratar
de um atalho, mas o regulamento não deixava isso tão claro, pois não
especificava exatamente em quais condições. O carro de Senna estava em uma
posição que impossibilitaria a passagem dos outros pilotos por aquele trecho.
No final, Senna vence a corrida mas nos bastidores é desclassificado, e o
título acaba ficando com Prost, conterrâneo de Balestre. O que se seguiu foi
uma série de acusações pra todos os lados. O que se comentava na imprensa
brasileira na época era que Balestre queria dar o campeonato para seu
conterrâneo Alain Prost e simultaneamente, dar um golpe fatal na
carreira de Ayrton Senna, que acusava veementemente a FIA, então comandada
por Balestre de manipular o campeonato. Ron Dennis, então chefe da Mclaren,
declarou numa entrevista que estaria disposto a entrar na justiça comum, se
fosse necessário, para tentar reaver a vitória de Ayrton Senna no
Grande Prêmio do Japão. Balestre, então, ficou tão indignado que aplicou
uma punição de seis meses com sursis a Ayrton Senna e
ameaçou até a tirar a equipe McLaren da Fórmula 1, caso não
houvesse uma retratação pública de Ayrton Senna e Ron
Dennis perante à imprensa.
FONTE PESQUISADA
DRO, Pascal. La légende Ayrton Senna par Lionel
Froissard. Disponível em: <http://classiccourses.hautetfort.com/archive/2014/04/28/lionel-mon-ami-ayrton-5357059.html>.
Acesso em: 28 de setembro 2014.
GALISTEU, Adriane. Caminho das Borboletas. Edição 1. São Paulo: Editora Caras S.A.,
novembro de 1994.
Jean-Marie Balestre. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Marie_Balestre>.
Acesso em: 28 de setembro 2014.
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