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Por Pedro Taveira - iG São Paulo | 05/11/2014
09:00
Torcida Ayrton Senna, fundada
há 26 anos, fechou as portas depois que família de piloto pediu imóvel de sede
de volta. Todo acervo sobre tricampeão está à venda por R$ 100 mil
Torcida Ayrton Senna foi fundada em 1988 e permaneceu ativa
por 26 anos
Pela primeira vez em 26 anos,
torcedores de todo o mundo que vierem para São Paulo assistir ao Grande Prêmio
do Brasil de Fórmula 1 não terão um de seus principais templos de peregrinação:
a Torcida Ayrton Senna, onde eram expostas relíquias do tricampeão mundial.
Fundada pelo advogado Adilson
Carvalho de Almeida em 1988, a TAS fechou as portas em julho deste ano. O
motivo: a família do piloto pediu de volta o imóvel onde ficava a sede. Agora,
todo o acervo está à venda.
“Eu imagino que tenha sido
uma decisão unilateral da Viviane Senna. Nós ficamos um ano no imóvel do pai do
Senna, em Santana. E
quando eu fui para lá, no ano passado, o pai e a mãe dele disseram que eu
poderia ficar o tempo que quisesse. Então me surpreendeu. Em julho, a Viviane
me chamou para uma conversa e eu nem imaginava que fosse isso. Ela simplesmente
me pediu o imóvel porque eles iam precisar para uso da família, o Leonardo
Senna iria montar a empresa dele lá. Mas não aconteceu até agora e a casa está
do mesmo jeito”, falou Almeida ao iG Esporte.
Ela pediu um mês para eu sair
de lá. Eu ainda pedi três meses, mas tive que sair correndo porque ela
simplesmente me notificou por advogado. Eu tive que arrumar um imóvel às
pressas porque ela só tinha me dado 30 dias”, prosseguiu o advogado.
Almeida criou a TAS à
distância com amigos que moravam em Brasília. A proximidade com Ayrton fez com que a
sede da torcida migrasse para São Paulo. O advogado conheceu o piloto em 1985.
O primeiro ano recebeu a adesão de 18 mil fãs. A amizade com a família Senna
fez com que ele conseguisse juntar objetos pessoais e fotografias, sejam da
intimidade ou nas pistas.
Parte do acervo da Torcida
Ayrton Senna:
Alguns óculos que Ayrton Senna gostava de usar fazem parte
do acervo da TAS. Foto: Thiago Rocha/iG
Réplica de um capacete de Ayrton Senna em exposição no
Tribunal de Justiça de São Paulo. Foto: Thiago Rocha/iG
Exposição traz uma jaqueta que pertencia a Ayrton Senna.
Foto: Thiago Rocha/iG
Camisa com o nome de um dos primeiros patrocinadores de
Ayrton Senna. Foto: Thiago Rocha/iG
Exposição "Revivendo Ayrton Senna", no Tribunal de
Justiça de São Paulo. Foto: Thiago Rocha/iG
Exposição traz muitas fotografias de Ayrton Senna na
intimidade e competindo. Foto: Thiago Rocha/iG
Exposição sobre Ayrton Senna acontece no Tribunal de Justiça
de São Paulo até 14 de maio. Foto: Thiago Rocha/iG
O acervo transformou a sede
da TAS em uma espécie de santuário para quem assistia às corridas de Senna nas
manhãs ou madrugadas de domingo. Após a morte do tricampeão mundial, 20 anos
atrás, a torcida seguiu em atividade abrindo suas portas para visitantes de
todo o planeta, sobretudo em semanas de GP do Brasil. Mas isso agora é passado.
“A Viviane não extinguiu a
torcida. A decisão de extinguir foi minha. Ela disse que a gente poderia
continuar nas redes sociais com a TAS, de maneira virtual. Eu não achei justo,
porque foram 26 anos de atividade que sempre deram certo dessa maneira. Por
exemplo, os turistas que estão vindo para o GP do Brasil não têm um lugar para
ver nada do Senna. Não tem uma exposição. Nós que fazíamos. Então eu disse a
ela que sem uma sede era melhor fechar. Ela ainda falou ‘por que fechar? Vocês
podem continuar como todo fã clube do meu irmão, nenhum tem casa’. Fez pouco
caso. Então eu disse ‘tá bom, prefiro terminar’”, explicou Almeida.
E o que fazer com tantas
relíquias guardadas de Ayrton? Para evitar que ficassem guardadas e corressem o
risco de estragar, o advogado decidiu vendê-las. Tudo para uma só pessoa e por
um valor estipulado: R$ 100 mil.
“Eu não gostaria de vender
peça por peça. Isso dá muito trabalho e eu não tenho tempo para cuidar disso.
Eu poderia até pegar mais do que R$ 100 mil se fosse vender a granel, mas uma
pessoa se interessa e eu mostro tudo que nós temos e vendo”, afirmou o fã.
Procurada pela reportagem do iG Esporte, a família Senna, através do Instituto Ayrton Senna, optou por não se pronunciar sobre o assunto.
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Extinto por perder sede,
fã-clube de Senna prepara venda de acervo
Publicado em
05/11/2014, 11:51 /Atualizado em 05/11/2014, 11:51
Na temporada em que a morte
de Ayrton Senna completou 20 anos, o principal fã-clube do tricampeão mundial
foi extinto. A pedido de Viviane, irmã do piloto, o grupo precisou devolver o
imóvel que usava como sede no bairro paulistano de Santana, o que ocasionou o
fim da organização.
"Ficamos extremamente chateados. Não vi razão para isso. Segundo a Viviane, a casa seria ocupada pelo escritório do irmão. Três meses depois, o imóvel continua sem uso. Ainda pedi para ficar até dezembro, mas ela recusou. Estou há 26 anos à frente da TAS e ela me pede para sair em um mês? Foi muito deselegante", disse Adilson, ex-presidente do grupo.
A Torcida Ayrton Senna ainda consta na sessão "fã-clubes" do site oficial dedicado ao tricampeão mundial, com Adilson Almeida como responsável. O grupo criado há 26 anos permanece ativo nas redes sociais, mas na prática está extinto desde que ficou desalojado.
A assessoria de imprensa do Instituto Ayrton Senna, presidido por Viviane, informou que prefere não se manifestar sobre o assunto. A relação entre Adilson Almeida e a irmã do piloto acabou de maneira pouco amistosa.
"O Sr. Milton, pai do Ayrton, disse que poderíamos permanecer no imóvel pelo que tempo que quiséssemos, mas depois de uma certa idade, quem manda são os filhos. Tenho muito respeito pelos pais dele, mas pela Viviane... Acho que está meio perdida. Esse tipo de atitude não contribui em nada para perpetuar a imagem do irmão", disse.
Ao longo de 26 anos, a TAS reuniu um vasto acervo sobre o tricampeão mundial de Fórmula 1. A entidade criada por Adilson Almeida recebia visitantes, especialmente na semana do Grande Prêmio do Brasil, e organizava exposições dedicadas ao piloto - em 2014, o fã-clube realizou uma mostra no Palácio da Justiça.
O acervo da TAS conta com mais de 200 peças que remetem a Ayrton Senna. Além de uma vasta coleção de quadros, há três capacetes usados pelo ídolo, camisetas, óculos e uma jaqueta comemorativa. Com a dissolução do fã-clube, Adilson Almeida se prepara para vender a memorabília.
O advogado ainda não sabe exatamente como comercializar os itens do acervo da antiga TAS. Ele estima o material em R$ 100 mil e espera vender tudo para um mesmo comprador. Outra possibilidade é negociar por lotes através da Internet.
"A casa que aluguei não tem condições de funcionar como sede do fã-clube. Como nunca cobramos mensalidade, simplesmente não contamos com recursos para conseguir um novo local. A situação ficou insustentável e tivemos que extinguir a TAS", lamentou o advogado, com a mesa enfeitada pela clássica escultura que simboliza a Justiça.
Há 20 anos, o tricampeão mundial disputou o Grande Prêmio do Brasil pela última vez. Em Interlagos, os fãs desfraldaram uma enorme bandeira, estampada com o personagem Senninha e a frase "Acelera Ayrton!" acima da sigla "TAS". Neste domingo, magoado com Viviane Senna, o criador da torcida verá a corrida pela televisão.
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Extinto por perder sede,
fã-clube de Senna prepara venda de acervo
5/11/2014 11h08 - São Paulo
Por GAZETA PRESS
"Estou há 26 anos à
frente disso. Tive que desocupar o imóvel em um mês. Muito deselegante",
falou o fundador do grupo sobre Viviane, irmã do ídolo
A relação entre Viviane Senna, irmã de Ayrton, e o ex-presidente
do fã-clube acabou de forma pouco amistosa (Getty Images)
Na temporada em que a morte de Ayrton Senna
completou 20 anos, o principal fã-clube do tricampeão mundial foi extinto. A
pedido de Viviane, irmã do piloto, o grupo precisou devolver o imóvel que usava
como sede no bairro paulistano de Santana, o que ocasionou o fim da
organização.
Admirador do piloto, o advogado Adilson Almeida fundou a Torcida Ayrton Senna (TAS) em 1988. Quatro anos depois, o fã-clube passou a ocupar um imóvel cedido pela família no bairro da Vila Maria. Em 2013, ainda em acordo com os Senna, o grupo mudou para Santana, de onde foi obrigado a sair no último mês de agosto.
“Ficamos extremamente chateados. Não vi razão para isso. Segundo a Viviane, a casa seria ocupada pelo escritório do irmão [Leonardo]. Três meses depois, o imóvel continua sem uso. Ainda pedi para ficar até dezembro, mas ela recusou. Estou há 26 anos à frente da TAS e ela me pede para sair em um mês? Foi muito deselegante”, disse Adilson, ex-presidente do grupo.
A Torcida Ayrton Senna ainda consta na sessão “fã-clubes” do site oficial dedicado ao tricampeão mundial, com Adilson Almeida como responsável. O grupo criado há 26 anos permanece ativo nas redes sociais, mas na prática está extinto desde que ficou desalojado.
A assessoria de imprensa do Instituto Ayrton Senna, presidido por Viviane, informou que prefere não se manifestar sobre o assunto. A relação entre Adilson Almeida e a irmã do piloto acabou de maneira pouco amistosa.
Admirador do piloto, o advogado Adilson Almeida fundou a Torcida Ayrton Senna (TAS) em 1988. Quatro anos depois, o fã-clube passou a ocupar um imóvel cedido pela família no bairro da Vila Maria. Em 2013, ainda em acordo com os Senna, o grupo mudou para Santana, de onde foi obrigado a sair no último mês de agosto.
“Ficamos extremamente chateados. Não vi razão para isso. Segundo a Viviane, a casa seria ocupada pelo escritório do irmão [Leonardo]. Três meses depois, o imóvel continua sem uso. Ainda pedi para ficar até dezembro, mas ela recusou. Estou há 26 anos à frente da TAS e ela me pede para sair em um mês? Foi muito deselegante”, disse Adilson, ex-presidente do grupo.
A Torcida Ayrton Senna ainda consta na sessão “fã-clubes” do site oficial dedicado ao tricampeão mundial, com Adilson Almeida como responsável. O grupo criado há 26 anos permanece ativo nas redes sociais, mas na prática está extinto desde que ficou desalojado.
A assessoria de imprensa do Instituto Ayrton Senna, presidido por Viviane, informou que prefere não se manifestar sobre o assunto. A relação entre Adilson Almeida e a irmã do piloto acabou de maneira pouco amistosa.
FONTE PESQUISADA
TAVEIRA, Pedro. Na semana do GP do Brasil,
fãs de Senna perdem seu templo de peregrinação . Disponível em: <http://esporte.ig.com.br/automobilismo/f1/2014-11-05/na-semana-do-gp-do-brasil-fas-de-senna-perdem-seu-templo-de-peregrinacao.html>.
Acesso em: 12 de novembro 2014.
Extinto por perder sede, fã-clube de Senna
prepara venda de acervo. Disponível em: <http://espn.uol.com.br/noticia/455947_extinto-por-perder-sede-fa-clube-de-senna-prepara-venda-de-acervo>.
Acesso em: 12 de novembro 2014.
Extinto por perder sede, fã-clube de Senna
prepara venda de acervo. Disponível em: <http://www.foxsports.com.br/noticias/177456-extinto-por-perder-sede-faclube-de-senna-prepara-venda-de-acervo>.
Acesso em: 12 de novembro 2014.
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