segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

20 anos da morte de Ayrton Senna: "ele queria ser pai", afirma Galisteu

Quinta-feira, 01 de Maio de 2014

Por Fábio Lau - informações de agências

O casal era apaixonado

RIO DE JANEIRO - Última namorada de Ayrton Senna, Adriane Galisteu relembrou o tempo que viveu com o piloto 20 anos após sua morte. A apresentadora revelou que o atleta tinha três sonhos. Ainda nesta reportagem, Fábio Lau revela os bastidores de uma trama midiática que tentava transformar Xuxa, e não Galisteu, na viúva de Ayrton Senna:

"Meu período com Ayrton foi uma grande história de amor. Ele era amado ao redor do mundo mais do que ele jamais soube. Sua memória nunca será apagada. Para mim foi especial, mas agora eu sou casada e tenho filho. Isso quer dizer que não posso dizer que ele foi o amor da minha vida. Ayrton tinha três sonhos. O primeiro era encerrar a carreira na Ferrari, o segundo era conhecer a Disney World, e o terceiro era ser pai. Ele era mais do que um campeão. Ele tinha um coração enorme, um modo simples de viver e tinha sonhos simples. Em casa, ele era como criança. Ele era cheio de alegria", disse ao "Daily Mail".

Galisteu: família de Ayrton a ignorou

A loira relembrou que Senna não estava bem no dia de sua última corrida no GP de San Marino, de 1994. "Ele me ligou. Ele não estava bem. Sua cabeça não estava bem. Rubens Barrichello, seu amigo, estava no hospital. Ele estava muito chateado com a morte de Roland Ratzenberger. Ayrton me disse: 'Estou muito triste'. Eu havia visto ele angustiado antes, mas nunca ouvido a voz dele como estava aquele dia. Me lembro de dizer a ele: 'Ayrton, não entra nesta corrida'. Quando tentei dizer a ele para não correr em Imola, ele me disse que amava sua profissão e que não poderia simplesmente desistir da corrida."

A dor da perda e o preconceito da família Senna

Galisteu ainda contou que teve dificuldade em perceber que seu então namorado tinha falecido. "Eu vi o acidente e não achei nada. Na verdade, eu pensei: 'Bom, ele vai voltar mais cedo, ainda bem'. Mas aí eu vi que era mais sério do que eu imaginei a princípio. Eu fiquei em frente à TV e olhei o replay várias e várias vezes. Eu podia ver que o carro estava danificado, mas eu nunca imaginei que ele tinha morrido. Eu atendi o telefone e era a mulher do melhor amigo dele me dizendo que eu precisava ir para Ímola. Fomos em um jatinho de Lisboa. Eu entrei no avião pensando que ele ainda estava vivo. Machucado, mas não morto."

Xuxa posou de viúva embora não fosse mais namorada

E a loira continuou: "Quando o avião estava prestes a decolar, o piloto disse que havia uma ligação da torre. Eu imaginei que era o Ayrton dizendo: "Você não precisa vir, tudo está ok". Era uma amiga: "Adriane, você não precisa vir". "Uau, isso é bom", eu disse, pensando que ele deveria estar melhorando. "Não, ele morreu". Meu mundo parou naquele momento. Na minha cabeça era impossível, ele só poderia morrer de velhice.

Foi inacreditável que ele tenha morrido fazendo o que ele sabia fazer melhor na vida. Foi muito difícil para o Brasil, para o mundo todo, mas ainda mais para mim. Demorei muitos anos para recuperar minha vida, especialmente amorosamente. Eu fiquei o máximo que pude com seu corpo. Eu não fui para casa, eu não tomei banho. Eu fiquei com ele".

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Nesse trecho a seguir, o jornalista Flávio Lau faz uma ótima análise sobre a Globo e a família de Ayrton Senna querer fazer de Xuxa a viúva oficial do ex-piloto, ignorando totalmente o fato de ele viver com outra mulher há mais de um ano e que seria portanto sua viúva legítima, Adriane Galisteu. 

Concordei com quase tudo da análise do jornalista, exceto quando ele se refere a Senna como sendo um produto de marketing. Não concordo porque Senna realmente foi tudo isso que a mídia mostrou, e até bem mais do que foi mostrado. Quem o conheceu, conviveu com ele, ou até mesmo privou de sua companhia por alguns momentos, todos, dizem que Ayrton foi um homem muito especial. Aqui no blog existem muitos exemplos de sua generosidade, bondade, de seu caráter... deixo o próprio Senna responder ao jornalista: "Não construí a imagem de bonzinho sozinho. Muita gente me ajudou. Mas não há marketing que sustente um blefe. Tenho uma boa imagem porque sou uma pessoa boa.", frase dita por Senna em certa ocasião. 

Agora, sobre o mesmo que o jornalista disse da Xuxa é diferente, com certeza ela foi um produto de marketing, tanto é que não perdeu oportunidade de se promover, de aparecer como se fosse a viúva no enterro de Ayrton, mesmo não estando com Senna há anos e ele já esta praticamente casando com outra mulher (Galisteu). 

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Racha familiar

Por Fábio Lau

Ayrton Senna teve um envolvimento com Xuxa com ares de marketing. Fama de bom garoto, brasileirinho patriótico e adotado por Galvão, que não tinha boa entrada com outro ídolo, Nelson Piquet, Senna virou o queridinho da mídia e dos "Coxinhas" de então.

O namoro com Xuxa era algo como coroar os dois príncipes da Globo: Ela, a Rainha dos Baixinhos, e ele, o Rei das Pistas. Mas a falta de sal da relação ficou evidente. E logo veio o rompimento.

Mas a entrada em cena (opa!) de outra loura, mais bonita e temperada, tirou a mídia adocicada dos eixos. Xuxa foi para escanteio, embora a família, tocada por Viviane Senna, a irmã e cunhada, a preferisse.

A morte em Ímola ocorreu. E o enterro em São Paulo seria o derradeiro momento para sacramentar a relação não vivida no mundo real, mas que poderia se perpetuar em imagens. Xuxa foi posando de viúva, e lacrimejando como tal, enquanto era amparada pela família do piloto. Galisteu, bela e solitária, era confortada apenas por uma amiga.

 Xuxa e Viviane Senna: farsa desfeita no último ato

Mas quis o destino que os pilotos e amigos de Senna, entre eles Alain Prost, confortasse Galisteu, e não Xuxa, no velório. Para desespero da farsa midiática armada. Galisteu entrou para a história como a verdadeira e legítima viúva. Xuxa provou da derrota no último ato.

Gerard Berger presta sua solidariedade a viúva oficial de Ayrton Senna, Adriane Galisteu


O Hino da Vitória soou para Galisteu


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Fábio Lau




Editor do site Conexão Jornalismo, foi repórter da tevê Globo por dez anos. Passou pelos jornais O Globo e Jornal do Brasil.

Fábio Pinheiro Lau nasceu no Rio de Janeiro, no dia 31 de maio de 1965. Se formou jornalista pela Universidade Gama Filho (UGF) no Rio de Janeiro, em 1989.

Começou a carreira em 1986, como estagiário no jornal Ultima Hora. Em seguida atuou em jornais de bairro independentes e no Jornal O Dia, ainda como estagiário, três anos depois.
Foi repórter em O Globo e depois do Jornal do Brasil, ambos no Rio de Janeiro. Voltou para O Dia, onde foi chefe de reportagem entre os anos de 1998 e 1999.

Ficou por alguns anos na tevê Globo, onde exerceu a função de repórter investigativo por cerca de dez anos.

Em 2009, fundou a Talento & Expressão, produtora de conteúdo para rádio, tevê e jornal. Ainda pela agência, criou o site Conexão Jornalismo, do qual é editor responsável. O site conta com notícias das mais diversas editorias, porém sempre com foco na comunicação, além de ter uma rádio e uma tevê, ambas online. 

Atualizado em maio/2013 - Portal dos Jornalistas
Fonte: Informações fornecidas pelo jornalista

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FONTE PESQUISADA

LAU, Fábio. 20 anos da morte de Ayrton Senna: "ele queria ser pai", afirma Galisteu. Disponível em: <http://www.conexaojornalismo.com.br/programacao/-anos-da-morte-de-ayrton-senna-ele-queria-ser-pai,-afirma-galisteu-3-27254>. Acesso em: 29 de dezembro 2014.

Disponível em: <http://www.ayrtonsenna.com.br/frases/tenho-uma-vida-por-tras-dessa-imagem-nao-fiz-tudo-sozinho/>. Acesso em: 29 de dezembro 2014.


LAU, Fábio. Perfil: Fábio Lau. Disponível em: <http://www.portaldosjornalistas.com.br/perfil.aspx?id=13635>. Acesso em: 29 de dezembro 2014.

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