Histórias de perdão
Quando Ayrton Senna morreu, no dia 1º de
maio de 1994, durante uma corrida do Campeonato Mundial de Fórmula 1 na Itália, Adriane
Galisteu, na época uma modelo de 21 anos, estava com o piloto havia um ano e
nem pôde se despedir direito do namorado. A família Senna não permitiu que, no
velório, ela ficasse ao lado dos parentes e dos amigos - e Adriane teve de se
misturar aos fãs. As honras de ex-namorada ficaram com Xuxa Meneghel.
Depois do episódio, em 1995, Adriane lançou o livro O Caminho das
Borboletas, em que conta a sua relação com o piloto. Por isso, ganhou a pecha
de oportunista. Hoje, diz que superou a mágoa e a tristeza daqueles tempos - e
também as que vieram depois.
Revista Quem - Edição 365 - Set/2007
'Aprendi a importância do
perdão cedo. Quando tinha 15 anos, menti para minha mãe dizendo que iria passar
uns dias com uma amiga e os pais dela no Guarujá e viajei com um namorado para
Arujá. Naquele fim de semana, meu pai faleceu. Minha mãe me procurou e não me
achou. Mas eu fiquei com um sentimento ruim e decidi voltar mais cedo para
casa. Ainda vi meu pai pela última vez. Ajoelhei ao lado do caixão e pedi
perdão a minha mãe.
Não tenho problema em pedir perdão. Mas também acho que não adianta ser da boca para fora. É preciso se esforçar para não cometer os mesmos erros. O perdão é um exercício diário. Não sinto raiva nem guardo mágoa. Não sou santa, mas isso não faz parte do meu temperamento. Acredito na lei da atração e no poder do pensamento. O que você deseja de ruim para os outros um dia volta para você. Guardar mágoa é criar um câncer.
Não tenho raiva da família do Ayrton (Senna) nem das pessoas que me viraram a cara. E olha que foi muita gente! Quando o Ayrton morreu, fui totalmente ignorada pela família. Passei quatro dias ligando e ouvia a mesma resposta da empregada: ninguém estava em casa. Eu não conseguia entender por que estava sendo rejeitada daquela maneira. Senti muita raiva de todos, até de Deus. Como é que a vida podia ter me dado aquela rasteira? Eu já tinha perdido meu pai e aí perdi o cara que eu amava. Pouco depois, descobri que meu irmão estava com aids. Temendo um contágio, parte da minha família se afastou dele.
Foi o Braga (o empresário Antônio de Almeida Braga, amigo de Senna) quem sugeriu que eu escrevesse o livro como forma de recuperar a minha identidade. Até então, eu era apenas a 'fulana' do Ayrton; me chamavam de 'viúva alegre', de 'oportunista'. Consegui superar a raiva e a tristeza. Não importa como a tragédia entra na sua vida. Você precisa se levantar. Atualmente ajudo os mesmos familiares que viraram as costas para o meu irmão. Entendi que eles não tinham informação para conviver com a doença. Em relação à família do Ayrton, eu os perdôo. Por ter presenciado o sofrimento da minha mãe com a perda do filho, entendo a mãe do Ayrton. Se os pais do Ayrton ou a Viviane (irmã dele) me ligassem para tomar um café, largaria tudo para ir.
Não tenho problema em pedir perdão. Mas também acho que não adianta ser da boca para fora. É preciso se esforçar para não cometer os mesmos erros. O perdão é um exercício diário. Não sinto raiva nem guardo mágoa. Não sou santa, mas isso não faz parte do meu temperamento. Acredito na lei da atração e no poder do pensamento. O que você deseja de ruim para os outros um dia volta para você. Guardar mágoa é criar um câncer.
Não tenho raiva da família do Ayrton (Senna) nem das pessoas que me viraram a cara. E olha que foi muita gente! Quando o Ayrton morreu, fui totalmente ignorada pela família. Passei quatro dias ligando e ouvia a mesma resposta da empregada: ninguém estava em casa. Eu não conseguia entender por que estava sendo rejeitada daquela maneira. Senti muita raiva de todos, até de Deus. Como é que a vida podia ter me dado aquela rasteira? Eu já tinha perdido meu pai e aí perdi o cara que eu amava. Pouco depois, descobri que meu irmão estava com aids. Temendo um contágio, parte da minha família se afastou dele.
Foi o Braga (o empresário Antônio de Almeida Braga, amigo de Senna) quem sugeriu que eu escrevesse o livro como forma de recuperar a minha identidade. Até então, eu era apenas a 'fulana' do Ayrton; me chamavam de 'viúva alegre', de 'oportunista'. Consegui superar a raiva e a tristeza. Não importa como a tragédia entra na sua vida. Você precisa se levantar. Atualmente ajudo os mesmos familiares que viraram as costas para o meu irmão. Entendi que eles não tinham informação para conviver com a doença. Em relação à família do Ayrton, eu os perdôo. Por ter presenciado o sofrimento da minha mãe com a perda do filho, entendo a mãe do Ayrton. Se os pais do Ayrton ou a Viviane (irmã dele) me ligassem para tomar um café, largaria tudo para ir.
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