terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Processo Pela Morte de Senna Termina Sem Culpados

Família recebeu a notícia da absolvição dos réus por morte de Ayrton com aparente indiferença diz jornal. 

Eles não lutaram por justiça, pela condenação dos culpados!


Opinião blog Ayrton Senna Vive

*Gostaria de fazer alguns comentários pertinentes a essa reportagem. 

1) Durante o processo contra a Williams promotores italianos concluíram que de fato a barra de direção quebrou ANTES da colisão. Ou seja, foi a quebra da barra de direção que fez o carro do Ayrton perder o controle e bater no muro. E como desgraça pouca é bobagem, o carro quebrou justamente em uma curva sem a menor proteção. Conclusão: Promotores de acusação concluíram que a Williams juntamente com dono do Autódromo em Imola foram responsáveis pela morte do Ayrton. No que eles chamam de homicídio doloso (quando não há intenção de matar)

2) Por alguma razão MISTERIOSA o juiz do caso optou por inocentar os culpados, ignorando assim as provas levantadas pela promotoria que os consideravam culpados. Mas lendo a reportagem do Jornal do Brasil de 16 de dezembro de 1997 (deixarei a matéria completa no post), percebe-se PORQUE o juiz inocentou o pessoal da equipe Williams e o dono do autódromo, simples, por causa de $$$ dinheiro. Nessa reportagem tem um comentário do presidente da Fia: “Max Mosley, presidente da FIA, manteve até o final do julgamento a ameaça de afastar a Itália das corridas de F1 caso a equipe fosse punida por um acidente que ele considera típico do esporte. Mosley sempre disse que se os responsáveis pela Williams fossem condenados, outras equipes da F1 não se sentiriam “seguras” para seguir competindo em território italiano.” Em outras palavras: "Se a Williams for condenada a F1 nunca mais será realizada na Itália, uma vez que as escuderias vão ter medo de competir nesse país. Afinal vai que alguém morre em acidente e eles resolvem condenar a equipe inteira". Como sabemos e o próprio Ayrton dizia.. "F1 é política e dinheiro"

Com toda certeza meus amigos, a Itália, terra de Ferraristas (torcedores da equipe Ferrari), onde o automobilismo é bem popular e rende muito dinheiro não iam querer deixar de sediar F1 em seu país. A própria FIA não ia querer isso.

E o alemão Schummacher que nessa época já entrava na Ferrari foi o primeiro a dizer que era super contra a Williams ser incriminada.. que isso ia sujar a barra da Formula 1, que outras escuderias iam ter medo de correr na Itália e que portanto a morte do Ayrton não precisaria de julgamento por ter sido um mero acidente. Ou seja, lendo essa reportagem com discurso do presidente da FIA percebi que o “alemão” estava repetindo as mesmas palavras dele.

3) Nessa matéria também tem uma entrevista do irmão de Ayrton, Leonardo Senna, após a família receber a notícia da absolvição dos réus pela morte de Ayrton. Nela diz que a família NÃO acompanhou o processo pessoalmente, mandaram apenas um advogado para acompanhar o caso lá na Itália. O Leonardo afirmou para jornais que tem certeza que a barra de direção quebrou antes da colisão, porém esse mesmo jornal afirma que ao saber da decisão da justiça de inocentar todo mundo o Leonardo Senna não fez nada. Aí diz família agiu de forma fria ao processo: “A família de Ayrton Senna recebeu com aparente indiferença a sentença do juiz Antonio Constanzo, que inocentou os seis indiciados no processo”, essa forma fria, indiferente, é no sentido que eles pouco se lixaram pro resultado do processo.Tanto que ninguém da família foi pra Itália pra acompanhar pessoalmente. E também nem recorreram do processo. Estou chegando à conclusão que Ayrton foi traído não apenas porque família não aceitava seu relacionamento (com Adriane Galisteu), mas também porque família não se empenhou nas investigações de sua morte.

Me pergunto porque eles agiram assim: teriam feito um acordo financeiro (além do seguro milionário que receberam) com a equipe Williams? Lembrando que um ano após a morte de Ayrton, em 1995, Frank Williams (dono da Williams) visitou a família Senna em São Paulo, e revelou que a causa da morte de Ayrton foi realmente a ruptura da barra de direção.

Complicado, muito complicado! Acredito que a Fia e a Williams compraram esse julgamento e a Família Senna por algum motivo que a gente desconhece nada fez pra lutar pela verdade e fazer justiça pela morte de Ayrton. E pior ainda, anos mais tarde eles (a família) deixaram o Bruno Senna (sobrinho de Ayrton) correr na equipe onde o tio perdeu a vida.

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16 de dezembro de 1997 – Processo pela morte de Senna termina sem culpados

16/12/2009 - 00:01 | Enviado por: Thiago Jansen
Jornal do Brasil - Jblogs - www.jblog.com.br


A justiça italiana considerou inocentes todos os supostos responsáveis pelo acidente automobilístico que provocou a morte de Ayrton Senna, em 1º de maio de 1994, no Grande Prêmio de San Marino, Ímola. Após três anos e oito meses de investigações, inquéritos e processo, o juíz de Ímola, Antonio Costatitnzo, leu uma rápida sentença absolvendo os projetistas da Williams, Patrick Head e Adrian Newey, e o administrador do circuito Enzo e Din Ferrari, Federico Bendinelli.

A lei italiana dava à promotoria o direito de apelo da sentença em primeira instância mas ninguém no tribunal acreditava que o procurador Maurizio Passarini tivesse motivos para seguir com um processo já sem o apoio da opinião pública, e sem uma tese capaz de comprovar a responsabilidade de terceiros no acidente da curva Tamburello.

“Esperamos que esse processo não tenha continuidade. Acreditamos firmemente que este era o único resultado apropriado e agora estamos esperando a temporada de 1998 com confiança e entusiasmo”, disse uma nota oficial da equipe Williams.

Ao ler a sentença, o juiz Costanzo disse estar convencido que a coluna de direção do carro de Ayrton Senna se rompeu no choque contra o muro de concreto e não em plena curva, como indicava o laudo dos técnicos italianos guiados por Passarini. A decisão do juiz Costanzo afastou a possibilidade da FIA, organismo que controla a F1 e o automobilismo no mundo inteiro, retirar os GPs da Itália e de San Marino do calendário Internacional. Max Mosley, presidente da FIA, manteve até o final do julgamento a ameaça de afastar a Itália das corridas de F1 caso a equipe fosse punida por um acidente que ele considera típico do esporte. Mosley sempre disse que se os responsáveis pela Williams fossem condenados, outras equipes da F1 não se sentiriam “seguras” para seguir competindo em território italiano.

A justiça italiana cumpriu a promessa de dar ao caso Senna uma investigação e um processo legal dignos da fama e do carisma do piloto brasileiro. Por incompetência da promotoria ou devido à complexidade técnica da F1 a conclusão do julgamento em nada contribuiu para resolver o mistério da morte de Senna. Fãs italianos de Senna que acompanharam o julgamento na corte de Ímola sempre disseram que a busca da verdade era mais importante do que a punição aos eventuais responsáveis. Nem uma coisa nem outra foi atingida. Sem poder encontrar uma explicação do acidente acima de qualquer suspeita, a justiça italiana encerrou os trabalhos com a absolvição de todos.


A reação da família de Senna

A família de Ayrton Senna recebeu com aparente indiferença a sentença do juiz Antonio Constanzo, que inocentou os seis indiciados no processo que apurou responsabilidades na morte do piloto brasileiro no circuito de Ímola. Segundo Leonardo Senna, irmão mais novo de Ayrton, a família manteve um advogado na Itália, mas apenas para representá-los e acompanhar o andamento do processo. “Não tenho o que falar sobre a sentença e pelo menos para mim o caso está encerrado”, comentou.

Leonardo, no entanto, disse acreditar que a causa do acidente foi realmente a quebra da barra de direção e criticou as condições de segurança do autódromo. “A minha opinião é que a curva de Tamburello não oferecia a mínima condição de segurança. Piquet e Berger tinham sofrido acidentes graves no mesmo ponto e escaparam por sorte. Antes do acidente com Ayrton havia sinais de que algo muito grave poderia acontecer a qualquer momento e a curva não foi modificada”.

O irmão de Senna também fez críticas à FIA. “Eles sempre são rigorosos com o autódromo de Interlagos e todo ano fazem uma série de exigências. Mas em Ímola não tinha nada disso”.

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FONTE PESQUISADA

JANSEN, Thiago. 16 de dezembro de 1997 – Processo pela morte de Senna termina sem culpados. Disponível em: <http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php?itemid=17883>. Acesso em: 12 de outubro 2015.

VEJA - Remendo fatal. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/050203/senna.html>. Acesso em: 06 de novembro 2015.










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