Família recebeu a notícia da absolvição dos réus por morte de Ayrton com aparente indiferença diz jornal.
Eles não lutaram por justiça, pela condenação dos culpados!
Opinião blog Ayrton Senna Vive
*Gostaria
de fazer alguns comentários pertinentes a essa reportagem.
1) Durante o processo contra
a Williams promotores italianos concluíram que de fato a barra de direção
quebrou ANTES da colisão. Ou seja, foi a quebra da barra de direção que fez o
carro do Ayrton perder o controle e bater no muro. E como desgraça pouca é
bobagem, o carro quebrou justamente em uma curva sem a menor proteção.
Conclusão: Promotores de acusação concluíram que a Williams juntamente com dono do Autódromo
em Imola foram responsáveis pela morte do Ayrton. No que eles chamam de
homicídio doloso (quando não há intenção de matar)
2) Por alguma razão
MISTERIOSA o juiz do caso optou por inocentar os culpados, ignorando assim as
provas levantadas pela promotoria que os consideravam culpados. Mas lendo a reportagem do Jornal do Brasil de 16 de dezembro de 1997 (deixarei a matéria completa no post), percebe-se PORQUE o juiz
inocentou o pessoal da equipe Williams e o dono do autódromo, simples, por
causa de $$$ dinheiro. Nessa reportagem tem um comentário do presidente da
Fia: “Max Mosley, presidente da FIA, manteve até o final do julgamento a ameaça
de afastar a Itália das corridas de F1 caso a equipe fosse punida por um
acidente que ele considera típico do esporte. Mosley sempre disse que se os
responsáveis pela Williams fossem condenados, outras equipes da F1 não se
sentiriam “seguras” para seguir competindo em território italiano.” Em outras
palavras: "Se a Williams for condenada a F1 nunca mais será realizada na
Itália, uma vez que as escuderias vão ter medo de competir nesse país. Afinal
vai que alguém morre em acidente e eles resolvem condenar a equipe
inteira". Como sabemos e o próprio Ayrton dizia.. "F1 é política e
dinheiro"
Com toda certeza meus amigos,
a Itália, terra de Ferraristas (torcedores da equipe Ferrari), onde o
automobilismo é bem popular e rende muito dinheiro não iam querer deixar de
sediar F1 em seu país. A própria FIA não ia querer isso.
E o alemão Schummacher que
nessa época já entrava na Ferrari foi o primeiro a dizer que era super contra a
Williams ser incriminada.. que isso ia sujar a barra da Formula 1, que outras
escuderias iam ter medo de correr na Itália e que portanto a morte do Ayrton
não precisaria de julgamento por ter sido um mero acidente. Ou seja, lendo essa
reportagem com discurso do presidente da FIA percebi que o “alemão” estava
repetindo as mesmas palavras dele.
3) Nessa matéria também tem
uma entrevista do irmão de Ayrton, Leonardo Senna, após a família receber a
notícia da absolvição dos réus pela morte de Ayrton. Nela diz que a família NÃO
acompanhou o processo pessoalmente, mandaram apenas um advogado para acompanhar
o caso lá na Itália. O Leonardo afirmou para jornais que tem certeza que a
barra de direção quebrou antes da colisão, porém esse mesmo jornal afirma que
ao saber da decisão da justiça de inocentar todo mundo o Leonardo Senna não fez
nada. Aí diz família agiu de forma fria ao processo: “A família de Ayrton Senna
recebeu com aparente indiferença a sentença do juiz Antonio Constanzo, que
inocentou os seis indiciados no processo”, essa forma fria, indiferente, é no
sentido que eles pouco se lixaram pro resultado do processo.Tanto que ninguém
da família foi pra Itália pra acompanhar pessoalmente. E também nem recorreram
do processo. Estou chegando à conclusão que Ayrton foi traído não apenas porque
família não aceitava seu relacionamento (com Adriane Galisteu), mas também
porque família não se empenhou nas investigações de sua morte.
Me pergunto porque eles
agiram assim: teriam feito um acordo financeiro (além do seguro milionário que
receberam) com a equipe Williams? Lembrando que um ano após a morte de Ayrton,
em 1995, Frank Williams (dono da Williams) visitou a família Senna em São
Paulo, e revelou que a causa da morte de Ayrton foi realmente a ruptura da
barra de direção.
Complicado, muito complicado!
Acredito que a Fia e a Williams compraram esse julgamento e a Família Senna por
algum motivo que a gente desconhece nada fez pra lutar pela verdade e fazer
justiça pela morte de Ayrton. E pior ainda, anos mais tarde eles (a família)
deixaram o Bruno Senna (sobrinho de Ayrton) correr na equipe onde o tio perdeu a vida.
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16 de dezembro de 1997 –
Processo pela morte de Senna termina sem culpados
16/12/2009 - 00:01 | Enviado
por: Thiago Jansen
Jornal do Brasil - Jblogs - www.jblog.com.br
A justiça italiana considerou
inocentes todos os supostos responsáveis pelo acidente automobilístico que
provocou a morte de Ayrton Senna, em 1º de maio de 1994, no Grande Prêmio de
San Marino, Ímola. Após três anos e oito meses de investigações, inquéritos e
processo, o juíz de Ímola, Antonio Costatitnzo, leu uma rápida sentença
absolvendo os projetistas da Williams, Patrick Head e Adrian Newey, e o
administrador do circuito Enzo e Din Ferrari, Federico Bendinelli.
A lei italiana dava à
promotoria o direito de apelo da sentença em primeira instância mas ninguém no
tribunal acreditava que o procurador Maurizio Passarini tivesse motivos para
seguir com um processo já sem o apoio da opinião pública, e sem uma tese capaz
de comprovar a responsabilidade de terceiros no acidente da curva Tamburello.
“Esperamos que esse processo
não tenha continuidade. Acreditamos firmemente que este era o único resultado
apropriado e agora estamos esperando a temporada de 1998 com confiança e
entusiasmo”, disse uma nota oficial da equipe Williams.
Ao ler a sentença, o juiz
Costanzo disse estar convencido que a coluna de direção do carro de Ayrton
Senna se rompeu no choque contra o muro de concreto e não em plena curva, como
indicava o laudo dos técnicos italianos guiados por Passarini. A decisão do
juiz Costanzo afastou a possibilidade da FIA, organismo que controla a F1 e o
automobilismo no mundo inteiro, retirar os GPs da Itália e de San Marino do
calendário Internacional. Max Mosley, presidente da FIA, manteve até o final do
julgamento a ameaça de afastar a Itália das corridas de F1 caso a equipe fosse
punida por um acidente que ele considera típico do esporte. Mosley sempre disse
que se os responsáveis pela Williams fossem condenados, outras equipes da F1
não se sentiriam “seguras” para seguir competindo em território italiano.
A justiça italiana cumpriu a
promessa de dar ao caso Senna uma investigação e um processo legal dignos da
fama e do carisma do piloto brasileiro. Por incompetência da promotoria ou
devido à complexidade técnica da F1 a conclusão do julgamento em nada
contribuiu para resolver o mistério da morte de Senna. Fãs italianos de Senna
que acompanharam o julgamento na corte de Ímola sempre disseram que a busca da
verdade era mais importante do que a punição aos eventuais responsáveis. Nem
uma coisa nem outra foi atingida. Sem poder encontrar uma explicação do
acidente acima de qualquer suspeita, a justiça italiana encerrou os trabalhos
com a absolvição de todos.
A reação da família de Senna
A família de Ayrton Senna
recebeu com aparente indiferença a sentença do juiz Antonio Constanzo, que
inocentou os seis indiciados no processo que apurou responsabilidades na morte
do piloto brasileiro no circuito de Ímola. Segundo Leonardo Senna, irmão mais
novo de Ayrton, a família manteve um advogado na Itália, mas apenas para
representá-los e acompanhar o andamento do processo. “Não tenho o que falar
sobre a sentença e pelo menos para mim o caso está encerrado”, comentou.
Leonardo, no entanto, disse
acreditar que a causa do acidente foi realmente a quebra da barra de direção e
criticou as condições de segurança do autódromo. “A minha opinião é que a curva
de Tamburello não oferecia a mínima condição de segurança. Piquet e Berger
tinham sofrido acidentes graves no mesmo ponto e escaparam por sorte. Antes do
acidente com Ayrton havia sinais de que algo muito grave poderia acontecer a
qualquer momento e a curva não foi modificada”.
O irmão de Senna também fez
críticas à FIA. “Eles sempre são rigorosos com o autódromo de Interlagos e todo
ano fazem uma série de exigências. Mas em Ímola não tinha nada disso”.
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FONTE PESQUISADA
JANSEN, Thiago. 16 de dezembro de 1997 –
Processo pela morte de Senna termina sem culpados. Disponível em: <http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php?itemid=17883>.
Acesso em: 12 de outubro 2015.
VEJA - Remendo fatal. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/050203/senna.html>. Acesso em: 06 de novembro 2015.
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