"Um dia vou
casar com você, e eu vou correr na Ferrari."
Adriane Galisteu: Pouco antes da tragédia de Imola, Ayrton me disse: "Um dia eu vou casar com você, e eu vou correr na equipe Ferrari". “Mais dois anos”, ele calculou, “e a equipe italiana terá um carro mais competitivo. E mesmo que não tiver, é lá que eu quero ter minha última corrida e dar minha última volta.”"
Ayrton Senna e Adriane Galisteu no GP de Mônaco em 1993
Fonte: Revista Francesa VSD,
número 946, 12 de outubro de 1995.
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Senna negociou com a Ferrari dias
antes de morrer, diz dirigente
Do UOL, em São Paulo
30/04/2014 | 08h54
O presidente da Ferrari, Luca
di Montezemolo, revelou em entrevista ao site oficial da escuderia que o
tricampeão mundial Ayrton Senna "deixou claro" em um encontro com o
dirigente no dia 27 de abril de 1994, dias antes de sua morte, que terminaria a
carreira na equipe italiana.
"Ele quis vir para a Ferrari, e eu queria que ele viesse para a equipe. Quando esteve na Itália, para disputar o GP de San Marino, nos reunimos na minha casa em Bolonha na quarta-feira, 27 de abril. Me disse que gostou muito da posição que havíamos adotado contra o excesso do uso de ajudas eletrônicas na pilotagem, que não deixavam claro o real valor de cada piloto. Falamos durante um bom tempo e me deixou claro que queria terminar sua carreira na Ferrari", afirmou Montezemolo.
O dirigente disse ainda que Senna deixou pendente um novo encontro para tratar de uma possível ida para a Ferrari. "Ficamos de voltar a nos reunir logo, para tentar averiguar como poderíamos superar as obrigações contratuais que ele tinha naquele momento. Ambos estávamos de acordo que, para um piloto como ele, a Ferrari seria o lugar ideal para continuar com sua carreira, até aquele momento já brilhantíssima, única", disse o presidente da escuderia.
Senna morreu no dia 1° de maio de 1994 após sua Williams escapar na curva Tamburello do Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, na Itália, e atingir o muro de proteção a quase300
km/h . O brasileiro teve fraturas no crânio após um dos
braços da suspensão ser arremessado junto com uma das rodas em direção ao seu
capacete no momento da batida.
"Por desgraça, o destino nos roubou Ayrton e Roland Ratzenberger (morto no dia 30 de abril, em um acidente durante o treino classificatório) em um dos finais de semana mais tristes da história da Fórmula 1. Do Senna, recordo sua gentileza e simplicidade, quase timidez, em absoluto contraste com o Senna piloto, um lutador sempre decidido a tirar o máximo", concluiu Montezemolo.
"Ele quis vir para a Ferrari, e eu queria que ele viesse para a equipe. Quando esteve na Itália, para disputar o GP de San Marino, nos reunimos na minha casa em Bolonha na quarta-feira, 27 de abril. Me disse que gostou muito da posição que havíamos adotado contra o excesso do uso de ajudas eletrônicas na pilotagem, que não deixavam claro o real valor de cada piloto. Falamos durante um bom tempo e me deixou claro que queria terminar sua carreira na Ferrari", afirmou Montezemolo.
O dirigente disse ainda que Senna deixou pendente um novo encontro para tratar de uma possível ida para a Ferrari. "Ficamos de voltar a nos reunir logo, para tentar averiguar como poderíamos superar as obrigações contratuais que ele tinha naquele momento. Ambos estávamos de acordo que, para um piloto como ele, a Ferrari seria o lugar ideal para continuar com sua carreira, até aquele momento já brilhantíssima, única", disse o presidente da escuderia.
Senna morreu no dia 1° de maio de 1994 após sua Williams escapar na curva Tamburello do Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, na Itália, e atingir o muro de proteção a quase
"Por desgraça, o destino nos roubou Ayrton e Roland Ratzenberger (morto no dia 30 de abril, em um acidente durante o treino classificatório) em um dos finais de semana mais tristes da história da Fórmula 1. Do Senna, recordo sua gentileza e simplicidade, quase timidez, em absoluto contraste com o Senna piloto, um lutador sempre decidido a tirar o máximo", concluiu Montezemolo.
Na época piloto da Mclaren,
Senna aparece com Luca Cordero di Montezemolo, então presidente da Ferrari, num
jantar de gala, durante o fim de semana do GP de Mônaco, em 1992
Com a mudança de regulamento para a temporada de 1994, que baniu recursos eletrônicos, a Williams teve problemas no projeto do FW16, carro com o qual Ayrton Senna tentaria conquistar seu quarto título mundial. O piloto brasileiro não conquistou nenhum ponto nas duas provas anteriores, o GP do Brasil e o GP do Pacífico, após rodar em Interlagos e ser atingido por outro carro logo após a largada no circuito de Aida, no Japão.
A Ferrari vivia uma má fase
na Fórmula 1 desde a perda do título de Alain Prost, em 1990, justamente para
Senna. O brasileiro forçou uma batida no carro do francês logo na largada do GP
do Japão, em Suzuka, e garantiu o bi mundial. No ano seguinte, Prost foi
demitido da Ferrari antes do fim do campeonato por fazer duras críticas ao
carro da escuderia italiana, que o francês comparou a um
"caminhão".
A equipe italiana só voltaria
a viver dias melhores quando contratou o então bicampeão mundial Michael
Schumacher. Após uma temporada difícil de adaptação em 1996, o alemão disputou
o título até a última corrida em 1997 com Jacques Villeneuve, da Williams.
Perdeu e ainda teve o vice-campeonato cassado por provocar uma batida contra o
canadense. O jejum de títulos de pilotos da Ferrari só acabaria no ano 2000,
quando Schumi começou uma sequência de cinco títulos e uma era de domínio
absoluto do time de Maranello na categoria.
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FONTES PESQUISADAS
PARMENTIER, Frederic. Senna intime raconté
par Adriane. VSD, Paris, edição 946, ano 37, nº 15, p.78-81. 12 de outubro 1995.
UOL ESPORTE - Senna negociou com a Ferrari
dias antes de morrer, diz dirigente. Disponível em: <https://esporte.uol.com.br/f1/ultimas-noticias/2014/04/30/senna-disse-que-iria-terminar-a-carreira-na-ferrari-revela-montezemolo.htm#fotoNav=1>.
Acesso em: 26 de abril 2017.
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