Apresentadora fala sobre a extinção na F1 das
famosas grid girls, as modelos no grid de largada da competição; foi assim que
ela conheceu o piloto Ayrton Senna
KEILA JIMENEZ 18/02/2018 - 09H42 (ATUALIZADO EM
18/02/2018 - 09H57)
R7 - KTV - diversao.r7.com
Adriane Galisteu conheceu Ayrton Senna como grid
girl em 1993, no GP Brasil de F1
Divulgação
A Fórmula 1 oficializou no início do mês uma decisão
polêmica: resolveu acabar com as grid girls, modelos que ficam em torno dos
carros do grid, com guarda-sol e como apoio para os pilotos antes das largadas
dos GPs.
A Liberty Media, que desde 2016 é a dona da
categoria, justifica o fim das grid girls aos novos tempos, em que a mulher já
não aceita mais ser tratada como objeto.
Para substituir as grid girls, a Liberty quer
colocar celebridades ou até crianças na pista. As belas das pistas estão
revoltadas.
Categoria que surgiu nos anos 1970, as grid girls
cresceram e viraram uma marca. As mais famosas possuem contratos publicitários,
seguidores e viajam pelo mundo com a F1. Quer dizer, viajavam.
Estão todas revoltadas com a decisão, protestando
para todos os lados. E andam ganhando o apoio de muitas pessoas, entre elas,
Adriane Galisteu, nossa 'grid girl' mais célebre.
Após muitos testes com outras modelos, Adriane
Galisteu conta que conseguiu uma vaga de grid girl no GP Brasil de 1993. Nesse
único dia na função conheceu, e depois começou a namorar o campeão Ayrton
Senna.
Senna se foi, mas Adriane tinha muita corrida pela
frente ainda. Lançou livro, tornou-se uma celebridade e conquistou espaço como
apresentadora. Hoje atua no rádio, na TV e na internet.
Ao KTV, Adriane conta que ficou chateada ao saber
dessa decisão da F1.
"Acho uma pena que as meninas não estarão mais
no grid de largada. Eu tenho uma história e se não fosse esse dia, esse
trabalho, eu vivendo uma vida de grid girl, eu não teria uma história para
contar hoje", conta ela."Eu conheci o Ayrton (Senna) assim. Foi um
trabalho que eu fiz após alguns testes, não foi fácil. Não foi assim: 'chama
ela que é bonitinha!'", continua. "Não consigo entender o motivo
claro para tirar as mulheres dali."
Ayrton Senna e Adriane Galisteu ficaram juntos até a
morte trágica do piloto, em 1994
Reprodução
Regras
Adriane diz que as grid girls respeitam as regras,
não estão seminuas nas pistas, nem estão ali com uma conotação sexual.
"Tive a oportunidade de exercer essa função uma
única vez na vida, mas conheci meninas que viviam desse trabalho, de corrida em
corrida. A vida delas não é um mar de rosas, e também não tem uma conotação
sexual. É única e exclusivamente um trabalho", explica Adriane. "São
meninas bonitas, trabalhando e ganhando o dinheiro honesto delas."
Para Adriane, num mundo com tantos problemas é
estranho se mobilizarem para extinguir uma categoria de modelos na F1.
Empoderamento
Para a apresentadora, a decisão não tem a ver com o
lance de tratar a mulher como objeto, pois a mulher tem o poder de decidir onde
quer estar, onde quer trabalhar e ter essa liberdade.
"Até tentei pensar: será que é o momento das
mulheres, do empoderamento e tal? Não, não é. Não tem nada a ver. Aí sim que as
mulheres deveriam estar neste lugar como em outros tantos", diz Galisteu.
"Sou contra, não entendo, fiquei triste, acho
uma pena. Eu mesma estava ali ganhando o meu dinheiro honestamente como outras.
Tem umas grid girls famosas no mundo inteiro e eu estou acompanhando. Elas
estão bem chateadas e com toda razão."
FONTE PESQUISADA
JIMENEZ, Keila. Adriane Galisteu lamenta o fim das
grid girls: "Se não fosse aquele dia, eu não teria uma história para
contar!". Disponível em: <https://diversao.r7.com/prisma/keila-jimenez/adriane-galisteu-lamenta-o-fim-das-grid-girls-se-nao-fosse-aquele-dia-eu-nao-teria-uma-historia-para-contar-18022018>.
Acesso em: 18 de fevereiro 2018.
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