terça-feira, 2 de julho de 2019

Adriane Galisteu Conta Sobre a Primeira Vez Com Ayrton Senna na Revista Playboy


PLAYBOY: No seu livro você descreve muito superficialmente a primeira noite em que dormiu na cama dele. O leitor de PLAYBOY
quer detalhes. [risos.]

ADRIANE: Foi maravilhoso! [Mais risos, seguidos de profundo silêncio.]

PLAYBOY: É verdade que nessa noite um dos dois broxou?

ADRIANE: Eu broxei. Ou melhor, dormi. Mas ele me acordou.

PLAYBOY: Explique-se, por favor. [Risos.]

ADRIANE: Foi em Angra dos Reis, nesse fim de semana após o GP de Interlagos. A casa estava lotada, gente dormindo até na sala. Ele foi ao quarto que eu estava ocupando sozinha, que tinha duas camas, e me disse: "Você está muito folgada aqui. Tenho que acomodar um casal e você vai para o meu quarto". Catou as minhas coisas e fez a mudança.

PLAYBOY: E então você protestou? [Risos.]

ADRIANE: Claro que não. Àquela altura, eu já estava lá desde a véspera, nós já tínhamos dado uma namoradinha e, na verdade, eu estava loooouuuuca para dormir com ele. Só que não queria ser apenas mais uma na vida dele. Preferia até não transar, ser apenas amiga dele o resto da vida, a ser uma trepada a mais e tchau.


PLAYBOY: Vamos direto ao ponto: você foi para a cama dele e aí...



ADRIANE: Aí botei um pijama blindado. Sabe aquela calça maria-mijona, aquela camiseta com botãozinho, fechada no pescoço? Pois foi assim. Conversamos bastante e, de repente, eu estava dormindo. Acordei com uns cutucões e uma pergunta irônica: "Você quer se casar comigo? Se quer, tem uma igrejinha ali na praia, nós levamos umas testemunhas e nos casamos. Por que está fazendo isso comigo? Não sou babaca, não tenho 12 anos. Eu quero namorar você, entendeu?"

PLAYBOY: E aí...

ADRIANE: Caiu a ficha. Percebi que ele não estava a fim de uma aventura, apenas. Uma aventura com ele era tudo o que eu também não queria. Tinha 19 anos e, até então, apenas três namorados. Ele, por sua vez, poderia ter naquela cama milhares de outras mulheres. Aí pensei: de nós dois, a babaca sou eu.

PLAYBOY: Ele também usava um pijama maria-mijona? [Risos.]

ADRIANE: Estava com um pijaminha azul. curto, que eu guardo até hoje como lembrança.

PLAYBOY: Mas... e aí? Você disse que estava com um baita tesão, dissimulado por aquela blindagem? Foram então para os finalmente?

ADRIANE: Sem dúvida! Parecia um filme romântico, uma superprodução. O mar batendo nas pedras, abaixo da janela, um luar incrivelmente maravilhoso, milhões de estrelas no céu...

PLAYBOY: E o nosso atleta era realmente um atleta?

ADRIANE: Olha o respeito!... [Pausa] Era. Um puta atleta!








Fonte: Entrevista publicada em fevereiro de 1997, ed. 259. Editora Abril, São Paulo - SP.




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