O Fluminense
Niterói, sexta-feira, 12 de janeiro de 1990
ANGRA DOS REIS – o piloto Ayrton Senna, campeão do mundo de Fórmula 1 de 1988 e vice em 89, se negou ontem a comentar as declarações do Presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), Jean-Marie Balestre de que cancelaria sua Superlicença se ele não se retratasse publicamente. “Não tenho nada a declarar”, disse Ayrton Senna, parodiando o ex-Ministro da Justiça, Armando Falcão, ao atender a imprensa apenas por alguns minutos na porta da mansão do empresário paulistano Antônio Carlos de Almeida Braga, no condomínio Portogalo, em Angra dos Reis, onde está passando férias desde segunda-feira com os irmãos. Ao ser perguntado se já tinha feito contato com sua escuderia, a McLaren, o campeão do mundo apenas sorriu. “Não tenho nada a declarar”, insistiu.
Ayrton Senna resolveu atender os repórteres que o esperavam há quase duas horas depois de ler os jornais que traziam a notícia de que Jean-Marie Balestre exigia uma retratação pública do piloto – caso contrário, não renovaria sua Superlicença.
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