A máscara de Cristine Ferraciu caindo...
Após alguns dias do lançamento da série Senna pela Netflix, Adriane Galisteu se pronunciou sobre sua pífia aparição deixando claro que considerava contar sua versão. Isso ocorreu no dia 02 de dezembro de 2024. Logo no outro dia, dia 03, Cristine Ferraciu deu uma entrevista a revista Veja, que só foi ao ar no dia 04 de dezembro. Entre as falas ela diz o seguinte:
“O Ayrton é muito maior do que essa série. Não existem versões para a vida dele, não existe a versão de A, B ou C; só existe uma verdade, que é o que ele realmente viveu”.
O medo da Cristine se deve que ela detonou Adriane Galisteu no livro "Ayrton, o herói revelado", lançado em 2004, dizendo até que recebeu um telefonema do Ayrton em março de 1994, e na publicação também enalteceu sua própria relação com o piloto, como sendo ela e não Adriane a mulher para casar, dentre outras coisas.
“Quando ele foi tri (Tricampeão Mundial de Fórmula 1 em 1991), a gente comprou uma casa no Algarve — Mônaco me incomodava muito pelo barulho. Tínhamos a intenção de nos casar.”
A compra da mansão do Algarve, Portugal, a mesma que Ayrton morava com Adriane Galisteu, é uma das grandes contradições de Cristine Ferraciu. Porque nessa entrevista por exemplo ela diz que comprou a casa junto com Ayrton, para eles morarem, pois tinham planos de casar. Mas prestem atenção em trecho desse mesmo livro de Ernesto Rodrigues, "Ayrton, o herói revelado", lá conta que Senna quando foi conhecer a casa não levou Cristine. Oras, se eles iriam se casar, e seria a casa que morariam o quanto antes, qual o motivo dela não ter ido conhecer a casa com seu suposto futuro marido, noivo? Por que Ayrton não levou sua suposta futura esposa? A verdade é que como um bom homem solteiro na época, sem intenção nenhuma de casar no momento, ele foi com o pai e amigos. Dentre os amigos, até o narrador Galvão Bueno estava. E não Cristine.
"Senna comprou a casa do Algarve sem ver. Mandou Julian Jakobi e sua assistente, Fiona Spence, acertarem o negócio com o proprietário inglês, no escritório de Londres.
A idéia era, como sempre, economizar. E, para isso, o nome Ayrton Senna não apareceria, em hipótese alguma, nas negociações. Milton da Silva, Braguinha, Galvão Bueno e Ayrton calculavam que o sigilo evitaria que o valor do imóvel fosse triplicado. Até o fechamento do preço, para todos os efeitos, quem estava comprando a casa era um certo Antônio Carlos de Almeida Braga.
No dia em que Senna foi finalmente conhecer a casa, levou com ele, no helicóptero, Braguinha, Galvão e Márcio Rebello, marido de Lúcia, filha de Braguinha, e Milton, seu pai. Pousaram numa praia próxima. Na viagem de carro até ela, o futuro ex-proprietário perguntou a Senna:
- Você trabalha com aviação? É piloto?
- Sou piloto. Piloto de Fórmula 1.
- Piloto de Fórmula 1? Então você conhece Nigel Mansell!
No banco traseiro, Galvão e Braguinha explodiram numa gargalhada que impediu Ayrton de responder. Galvão provocou, falando em português:
- Ele não conhece você. Você é um merda mesmo...
Ayrton e o pai acabaram aderindo à gargalhada de forma mais discreta. O inglês, parecendo não entender nada, perguntou o que estava acontecendo e continuou não vendo muita graça na história. Mais tarde, os quatro brasileiros começaram a se perguntar se não teria sido melhor comprar a casa no nome de Ayrton.
E se o inglês já soubesse que Braguinha era um dos homens mais ricos do Brasil?"
Outro ponto também é ela dizer que compraram (juntos) a casa em Portugal por causa do barulho em Mônaco, onde supostamente ela vivia com Ayrton. Cristine diz que foi esse motivo, principalmente, por ela própria não gostar do barulho que faziam ao redor, mas Adriane já viveu com Ayrton em Mônaco e nunca reclamou de nada. Lembrando que Ayrton morou lá alguns anos, se fosse tão ruim, ele teria se mudado. Sem contar que ele passava parte do ano viajando. Os motivos reais dele ter trocado Mônaco por Portugal eram o clima muito parecido ao do Brasil, a comida também bem parecida, falava português e tinha amigos por lá de acordo com biografias como essa mesma "Ayrton, o herói revelado", a britânica The Life of Senna e o livro "Caminho das Borboletas" de Adriane Galisteu.
FONTES PESQUISAS
LACERDA, Lu. Cris Ferracciu, ex de Senna: “O Ayrton é muito maior do que essa série”. Disponível em: <https://vejario.abril.com.br/coluna/lu-lacerda/cris-ferracciu-ex-namorada-de-senna-sobre-serie-o-ayrton-e-muito-maior>. Acesso em: 05 de dezembro de 2024.
RODRIGUES, Ernesto. Ayrton, o herói revelado. Edição 1. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2004.
RUBYTHON, Tom. The Life of Senna. 1º Edição Sofback. London: BusinessF1 Books, 2004.
GALISTEU, Adriane. Caminho das Borboletas. Edição 1. São Paulo: Editora Caras S.A., novembro de 1994.
Nenhum comentário:
Postar um comentário