Reginaldo Leme entrevistando Ayrton Senna
Ficamos dois anos e meio sem nos falar. Depois reatamos a amizade de uma maneira muito forte. Ele começou a enxergar quem eram realmente seus amigos e saber que tudo entre nós surgiu de um mal-entendido. Quando a nossa amizade estava voltando de uma forma muito consistente, ele morreu. Infelizmente, a vida não deu tempo a ele de ver uma porção de coisas. Tudo passou rápido demais para ele. Ele se tornou tão grandioso a ponto de realmente ter se considerado um deus. Chegou um momento em que ele se considerava um deus, um imortal, um infalível. Ele perdeu o pé do chão. Acho que ninguém teria estrutura para absorver tudo o que acontecia em volta dele. Ele passou a ver como fantasma todo mundo que o cercava. Ficou muito intranquilo, perdeu totalmente a paz.
Curiosamente, no momento em que ele estava readquirindo a paz, acabou morrendo. Além da idade e da experiência, uma coisa estava lhe devolvendo a paz: Adriane Galisteu. Apesar de muita gente duvidar, o relacionamento foi importantíssimo para ele. Pela primeira vez, ele se libertou da família. Ela representou algo diferente na vida dele, na mente dele.
Ayrton Senna e Adriane Galisteu
Data: 07/03/1999
Ayrton Senna e Adriane Galisteu namoraram um ano e meio. Os dois moravam juntos quando o piloto sofreu o acidente que o matou, em 1994.
Nenhum comentário:
Postar um comentário