sábado, 8 de junho de 2013

CAMINHO DAS BORBOLETAS - Ayrton Senna e Adriane Galisteu vão a jantar na casa de Roberto Marinho em Angra dos Reis



- Você sabe mergulhar?
Bem, convite é que não poderia ser, àquelas dez e tanto da noite. Talvez uma curiosidade saudável de quem, muito saudável aos seus 89 anos de idade, não se arriscava a pilotar um veículo a 300 quilômetros por hora mas era conhecido nas redondezas por se meter no mar até 15 pés de profundidade.
- Nunca tentei de verdade, doutor Roberto. Tive um problema no ouvido, não me sinto bem muito tempo debaixo d'água.
Como o doutor Roberto repetisse pelo menos mais umas cinco vezes a mesma pergunta ao Béco, naquela noite, das duas, uma: ou era de fato um desafio, quase uma inconformidade dele ao ver um jovem tão rijo de músculo e tão esbelto de postura não se maravilhar com um esporte que o põe em contato com os grandes mistérios e maravilhas do mar; ou então era o doutor Roberto que, por distração mesmo, estava repetindo a mesma pergunta.
Por via das dúvidas, Ayrton sempre foi delicado, declinando suas outras preferências esportivas. O verão de Angra era assim, uma espécie de open house para os que tinham condução própria - leia-se, iates, lanchas, barcos -, uma festa permanente sobre as águas e à beira dos píers. O doutor Roberto em questão tem o sobrenome Marinho, uma adorável mulher chamada Lily e um inegável prestígio dentro e além da baía de Angra. Ele era o anfitrião de um daqueles jantares tardios da alta temporada, em que a Lua quase dispensa os candelabros e os vaga-lumes competem em agilidade com a rapidez dos garçons.
- Você sabe mergulhar?
Bem, convite é que não poderia ser, àquelas dez e tanto da noite. Talvez uma curiosidade saudável de quem, muito saudável aos seus 89 anos de idade, não se arriscava a pilotar um veículo a 300 quilômetros por hora mas era conhecido nas redondezas por se meter no mar até 15 pés de profundidade.
- Nunca tentei de verdade, doutor Roberto. Tive um problema no ouvido, não me sinto bem muito tempo debaixo d'água.
Como o doutor Roberto repetisse pelo menos mais umas cinco vezes a mesma pergunta ao Béco, naquela noite, das duas, uma: ou era de fato um desafio, quase uma inconformidade dele ao ver um jovem tão rijo de músculo e tão esbelto de postura não se maravilhar com um esporte que o põe em contato com os grandes mistérios e maravilhas do mar; ou então era o doutor Roberto que, por distração mesmo, estava repetindo a mesma pergunta.
Por via das dúvidas, Ayrton sempre foi delicado, declinando suas outras preferências esportivas. O verão de Angra era assim, uma espécie de open house para os que tinham condução própria - leia-se, iates, lanchas, barcos -, uma festa permanente sobre as águas e à beira dos píers. O doutor Roberto em questão tem o sobrenome Marinho, uma adorável mulher chamada Lily e um inegável prestígio dentro e além da baía de Angra. Ele era o anfitrião de um daqueles jantares tardios da alta temporada, em que a Lua quase dispensa os candelabros e os vaga-lumes competem em agilidade com a rapidez dos garçons.




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