15/8/2014 às 17h35 (Atualizado em 15/8/2014 às 17h40)
R7 - noticias.r7.com
Estadão Conteúdo
Ayrton Senna bebê nos braços da mãe Neyde Senna
Maternidade São Paulo estava fechada
havia 11 anos. Lá, nasceram 1,2 milhão de paulistanos
Na última semana de julho e
na primeira de agosto, dezenas de caminhões saíram de um endereço na Consolação
lotados de pedaços de concreto. Cada um levava uma parte da tradicional
Maternidade São Paulo, a primeira do Estado e da capital. Mais de cem anos
depois de sua fundação, ela foi demolida.
No terreno de 15 mil m²,
só resta uma pequena parte das ruínas.
O hospital foi fechado em
2003 por causa de uma crise financeira. Três anos depois, o imóvel foi
arrematado pela Casablanc Representações e Participações Ltda, ligada ao Banco
Safra, por R$ 18,5 milhões em um leilão.
As dívidas trabalhistas da
Maternidade somavam, na época, pouco mais de R$ 17,1 milhões.
O acervo do hospital, com
fichas clínicas e obras de arte, está no Arquivo Público de São Paulo, mas só
pode ser consultado com ordem judicial. A instituição informou que ainda não
sabe o que será feito no terreno.
— A maternidade chegou a
fazer 1.000 partos por mês, nos anos 80. Era muito grande — conta Luiz Antonio
Pardo, diretor clínico e técnico entre 1997 e 1999 — A Maternidade era uma
entidade beneficente, como as Santas Casas. O problema delas (hoje) é o mesmo
da São Paulo.
Santa Casa
Há cerca de quinze dias, a
crise financeira atingiu também a Santa Casa de Misericórdia de São
Paulo, o maior hospital filantrópico do País.
O hospital suspendeu por
trinta horas o atendimento no pronto-socorro por falta de materiais. Governos
federal e estadual passaram a trocar acusações sobre a responsabilidade do
problema.
Apesar da crise, o médico
acredita que a Santa Casa sairá dos problemas e não terá o mesmo fim que a
maternidade.
A crise da Maternidade São
Paulo, que começou na década de 70, teve seu ápice no fim dos anos 90.
Na tentativa de salvar o
prédio de dez andares da Rua Frei Caneca, próximo à Avenida Paulista, zona
nobre da cidade, a administração chegou a fazer uma parceria com a UNIMED em
1998. O prédio passou a funcionar também como hospital, com atendimento de
pronto-socorro.
— Não é como um bar, um
restaurante que fecha, vem uma nova direção e habilita. Hospital quando fecha,
não abre mais. É que nem uma indústria antiga, mais fácil construir uma nova —
afirma o ex-diretor.
A entidade foi criada em 1894
pelo médico Braulio Gomes como uma instituição privada, mas que atendia
gratuitamente mulheres carentes que não tinham onde dar à luz.
Depois de assistir ao parto
de uma indigente em uma rua próxima a sua casa, ele deu início a uma
arrecadação de fundos para a organização de uma Associação de Proteção e
Assistência à Mulher Pobre, primeiro nome da Maternidade São Paulo.
Lá, nasceram cerca de 1,2
milhão de paulistanos, como o piloto Ayrton Senna, o político Paulo Maluf e as
atrizes Fernanda Torres e Suzana Vieira. No local, funcionou também a primeira
Escola de Obstetrícia da USP (Universidade de São Paulo).
FONTE PESQUISADA
Primeira maternidade de SP, onde nasceu
Ayrton Senna, é demolida. Disponível em: <http://noticias.r7.com/sao-paulo/primeira-maternidade-de-sp-onde-nasceu-ayrton-senna-e-demolida-15082014?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter>.
Acesso em: 15 de agosto 2014.
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