quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Adriane Galisteu Fala Sobre Pai de Ayrton Senna, Seu Milton da Silva

Seu Milton gostava de mandar em toda a família, na esposa, nos filhos já adultos, e também nos netos, mesmo tendo pais, e decidir o futuro deles



Trecho retirado do livro “Caminho das Borboletas” de Adriane Galisteu

O senhor Milton me dava a impressão de um homem seco, muito discreto, às vezes impenetrável, mas que não se deixava convencer com muita facilidade. Assim como foi ele quem fez de Ayrton um automobilista, era ele agora quem tentava manter a tradição dinástica da família, depositando todas as esperanças no neto Bruno. Aos 12 anos, Bruno corria de kart e já tinha alguns títulos no seu currículo. Assim como tinha também - e me confidenciou, a meia voz, naqueles dias por lá - certas dúvidas se sua vocação era de fato aquela. Mas, se for o avô a decidir que ele vai ser piloto ou, digamos, jogador de squash, eu não teria dúvidas em apostar que daqui a alguns anos Bruno Senna estará percorrendo, com seu nome poderoso, as pistas ou competindo nas quadras.



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Milton mostrou no fim da vida do filho Ayrton que quando sua vontade não prevalecia ele era capaz de tudo para fazer prevalecer. Até mesmo cometer um ato imoral e criminoso como grampear o telefone de de Ayrton e sua futura nora Adriane, com o objetivo de descobrir algo comprometedor da moça e impedir o iminente casamento deles. O pai de Ayrton não descobriu nada, o máximo que conseguiu foi irritar o filho.


O pai de Ayrton tentou separar o casal sem sucesso
Milton grampeou o telefone do casal para tentar fazer seu filho Ayrton desistir de se casar com Adriane Galisteu



Betise Assumpção, ex-assessora de Ayrton Senna: “Ayrton estava amadurecendo e tomando decisões para si próprio





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Trecho retirado do livro "Ayrton, o herói revelado"


O piloto Nelson Loureiro (piloto do jato e helicóptero de Ayrton) sentiu, na condição de empregado de Senna, que, aos poucos, Ayrton também estava tomando decisões antes delegadas a Fábio Machado (primo de Ayrton), o principal executivo da família. Como no dia em que lhe comunicou que ele, Senna, passaria a ser o único a tomar todas as decisões relacionadas com o jato. O avião custava, parado no chão, 250 mil dólares por ano. O que explicava a brincadeira a bordo, durante um vôo entre o Algarve e Paris. Pouco antes de pousar, Owen caminhou pela cabine até onde estava o casal e brincou:

- Mantenha sua mulher longe das lojas. Do contrário, ela vai acabar com o limite do seu cartão de crédito.

A resposta de Senna:

- Owen, ela custa para mim bem menos do que você.



Ayrton estava tomando suas próprias decisões para desagrado de seu pai








FONTE PESQUISADA

GALISTEU, Adriane. Caminho das Borboletas. Edição 1. São Paulo: Editora Caras S.A., novembro de 1994. 

Série "Ayrton Senna do Brasil" do Esporte Espetácular - TV Globo - 2014



 










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