domingo, 11 de janeiro de 2015

Adriane Galisteu: “Às vezes penso que estou dormindo e vou acordar. Custo a me convencer de que Ayrton nunca mais estará ao meu lado...”

Revista Manchete - 19 de novembro de 1994

No cemitério do Morumbi, em São Paulo, uma semana após o dia dos finados, Adriane Galisteu encontrou faixa, flores, e objetos deixados pelos fãs em homenagem a Ayrton Senna


No dia primeiro de maio deste ano, um acidente na curva Tamburello, no circuito de Imola, pôs fim ao sonho e ficou devendo ao conto de fadas um final feliz. Desde então, para Adriane, a vida tornou-se um pesadelo: “Às vezes penso que estou dormindo e vou acordar. Custo a me convencer de que Ayrton nunca mais estará ao meu lado...”

Com a morte de Senna, a vida de Adriane, mais uma vez, transformou-se de uma hora para outra. “Meus valores, meus ideais, tudo mudou. Preservo apenas a minha personalidade. Tenho altos e baixos. Não sei de onde tiro forças para manter-me viva. Graças a meus amigos, à minha família e a Deus, começo e a sentir-me melhor. Mas é difícil. Não consigo deixar de pensar em Ayrton. Sinto-me vulnerável e triste.


De todas as manifestações de solidariedade, é a correspondência dos fãs do piloto a que mais conforto traz. “Estas cartas são fantásticas. Me dão forças para seguir em frente. Vêm de todos os lados, de todos os países. As pessoas não imaginam o quanto eu gosto de receber estas cartas e como faz bem poder relê-las. Me escrevem sobre Ayrton com tanto carinho... O apoio do empresário Antônio Carlos de Almeida Braga e de sua mulher, ‘verdadeiros amigos’, também tem sido fundamental.” Sem trabalhar desde que começou a namorar Senna, foi na casa deles em Sintra , Portugal, que Adriane se hospedou desde que perdeu o noivo. 



FONTE PESQUISADA

Adriane Galisteu: Encontro marcado com a saudade. Manchete, Rio de Janeiro, ano 43, nº 2224, p. 4 – 7, 19 de novembro 1994.

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