domingo, 11 de outubro de 2015

SENNA 417, O Barco Que Ayrton Senna Mandou Decorar e Nunca Usou

Revista Caras, 28 de abril de 1995


O primeiro da linha foi equipado como Ayrton queria e entregue na véspera do acidente.


Por fora, os cinco barcos Senna 417 (41,7 pés) que já circulam pelo litoral brasileiro são iguais ao modelo aprovado pelo tricampeão Ayrton Senna, em 1992. Por dentro, só o A.S. Atalanta, nome inspirado na mitologia grega, tem o toque pessoal do piloto, decorado inteiramente de acordo com seu padrão de qualidade e bom gosto pela especialista Ana Cláudia Moreno (especialista em projetos náuticos, decoração de barcos e arquitetura de barcos). Ele foi o primeiro a ser fabricado com sua griffe. Ayrton, porém jamais chegou a vê-lo pronto. O A.S. Atalanta atracou pela primeira vez no píer de sua casa em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, na manhã do dia 30 de abril de 1994, véspera do fatal acidente em Ímola, na Itália.

O A.S. Atalanta atracado em frente a mansão de Ayrton Senna em Angra dos Reis

Ayrton Senna contratou a especialista em projetos de decoração de barcos, a designer Ana Claudia Moreno para decorar o A.S. Atalanta (Foto: blog Lu Lacerda 17/03/2013)


Detalhista e exigente, duas características que sempre o acompanharam dentro e fora das pistas, Ayrton deixou a irmã, Viviane Senna Lalli (37), encarregada de acompanhar passo a passo a decisão sobre cada equipamento a ser colocado nos diversos ambientes. Apesar de passar mais tempo no exterior (na realidade Ayrton vivia fora do país) do que no Brasil, o tricampeão, era informado pelo telefone a respeito das cores escolhidas, obrigatoriamente alegres, e dos tecidos, com estampas de motivos marítimos.



Certa de ter seguido à risca a vontade do irmão, Viviane aprovou o resultado. Foi construída uma rampa na casa em Angra para que ele pudesse ser guardado em terreno seco. Recentemente voltou para o estaleiro do Rio para uma rápida manutenção, embora nunca tenha sido estreado.

Viviane Senna, Ayrton e Bruno (Filho de Viviane)


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A matéria menciona a ajuda de Viviane Senna, irmã de Ayrton, que ficou encarregada de inspecionar a decoração do barco, enquanto o tricampeão estava na Europa. Na verdade o piloto vivia no exterior há muitos anos, todavia especialmente naquele ano de 1994, Ayrton se mudou com a namorada Adriane Galisteu definitivamente para Europa (Algarve, Portugal). O casal iriam viver juntos na mansão do campeão em Portugal. Senna não viria ao Brasil, nem para visitar os pais (como habitualmente fazia), durante no mínimo seis meses. Então era de suma importância deixar algumas pessoas de confiança, como parentes (esses depois acabaram traindo Ayrton Senna, armando contra ele e Adriane Galisteu, como já foi abordado aqui no blog), funcionários ou amigos, tomando conta de pendências que ele deixou no Brasil. Devido a essa ausência de tantos meses. Em contrapartida, a família dele ficava por perto, em parte, para poder saber das coisas, tentar controlar e dar pitaco sugestões. Ayrton estava se libertando de um controle muito grande que a família tinha, que o pai tinha sobre ele. E daí em diante começaria uma nova vida junto de Adriane na Europa, com mais liberdade, comandando sua própria vida e destino.

Bom, é isso... sobre o Barco, certamente, Senna queria deixar tudo pronto para estrear o seu A.S. Atalanta no verão de 94/95, quando seria suas férias da Fórmula 1.


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Print Caras Edição 77, Nº 37, página 40

Print Caras Edição 77, Nº 37, página 41


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FONTE PESQUISADA

CARAS - Senna 417: O barco que ele mandou decorar e nunca usou. Revista Caras, São Paulo, Edição 77, Nº 37, ano 2, p. 40-41, Editora Abril, 28 de abril de 1995.

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