O dia 1º de março de 1992 marcou a saideira! Foi a
última vez que Ayrton Senna guiou um carro de Fórmula 1 com câmbio manual e
também a última primeira fila deste tipo de transmissão. O novo chassis MP4/7,
que tinha câmbio semi-automático, não ficou pronto e a multicampeã
Weissman-McLaren de seis marchas transmitiu os 750 cavalos do Honda V12 para o
asfalto.
Senna fez uma pequena mágica para marcar 1min16s227,
sete décimos pior que Nigel Mansell na Williams de outro planeta. Na largada,
porém, Riccardo Patrese mostrou toda a diferença do controle de tração para
pular de quarto para segundo.
No onboard, dá para ver a força que Senna faz para
tentar retomar a posição da Williams. Nas grandes retas, o V12 ajuda contra o
Renault V10, mas a eletrônica embarcada faz toda a diferença para o FW14 do
meio para a saída das curvas. Senna freia para lá do ai meu Deus, mas Patrese
traciona sempre melhor, além de gastar menos pneus.
O resultado foi Mansell em primeiro, com 24s3 para
Patrese, com Senna em terceiro. O brasileiro chegou a 34s6, muito longe das
Williams, mesmo tendo colocado 13s em Schumacher, na Benetton.
No GP do Brasil, a McLaren levou quatro carros, dois
MP4/6b e dois MP4/7, tamanha a indecisão sobre a performance dos bólidos. A
verdade é que, mesmo com câmbio semi-automático, suspensão reativa (sem toda a
eletrônica da Williams) e controle de tração, o MP4/7 nunca foi um postulante
ao título. Ficaram algumas vitórias, três de Senna e duas de Berger.
FONTE PESQUISADA
BERCHT, Bernardo. Pilotagem pura: onboard
mostra última prova de Senna com câmbio manual. Disponível em: <http://www.correiodopovo.com.br/blogs/pitlane/2016/11/30493/pilotagem-pura-onboard-mostra-ultima-prova-de-senna-com-cambio-manual/>.
Acesso em: 04 de novembro 2016.
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