sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Grid Girls Podem Deixar a Fórmula 1


Por Metro Jornal
quinta, 14 dezembro 2017, às 16:10
metrojornal.com.br

Um dos ícones do esporte a motor pode deixar de ser visto na Fórmula 1. A Liberty Media, proprietária da categoria desde o ano passado, estuda abolir as "grid girls", as moças que seguram as placas que guardam as posições do piloto no alinhamento para a largada.

"Estamos tentando respeitar todas as partes", disse o direito-executivo da Liberty, Ross Brawn, em entrevista à Rádio BBC. "Há um bom número de pessoas que respeitam a tradição das meninas no grid e há pessoas que sentem que isto se tornou um pouco datado, por isso estamos abordando isso."

Chefe-executivo da Liberty Chase Carey, disse: "o que precisamos fazer é obter o maior número de pontos de vista possível e tomar uma decisão certa para o futuro do esporte."

As "grid girls" são modelos que fazem certas tarefas promocionais, geralmente vestindo roupas que ostenta o nome de um patrocinador. Entre os seus deveres na F-1 estão segurando guarda-chuvas ou as placas com os nomes dos pilotos no grid de largada. Elas também acompanham os pilotos no caminho até o pódio.

A exposição das moças virou tema de debate e alguns promotores, inclusive, decidiram substituí-las por modelos masculinos ou crianças.

Talvez a "grid girl" mais famosa do Brasil, a hoje apresentadora Adriane Galisteu segurou o guarda-chuva para Ayrton Senna no GP do Brasil de 1993. Numa daquelas histórias de "Cinderela", segundo ela mesma, os dois acabaram engatando um romance que durou até a morte do piloto, um ano mais tarde.



No Grande Prêmio do Brasil de 2007 a Shell fez uma reedição do uniforme das Girls do Grande Prêmio do Brasil 1993




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5 Coisas Sobre Ser Uma Grid Girl

Vanessa Ruiz, da revista ESPN
Publicado em 14/12/2010, 14:33Atualizado em 14/12/2010, 14:33

Matéria originalmente publicada na edição de novembro da revista ESPN

Jacqueline Pires, promotora de eventos

1. CASTING. ”Funciona assim: você manda suas fotos para as agências, o cliente escolhe as meninas que quer conhecer e você vai até ele para uma entrevista. Eu lembro que cheguei lá, preenchi uma ficha e três pessoas me avaliaram. Conseguir Fórmula 1 é difícil porque precisa falar inglês, saber se comunicar, ser simpática. Eu também falo espanhol e francês.”

2. AS ‘FICHAS-ROSA’. ”Quando é evento deste tipo – corrida, salão do automóvel, feira de barcos, de moto etc. –, uma das primeiras perguntas que a agência faz é se você é ‘ficha-rosa’. Ficha-rosa é a menina que aceita sair com cliente, acompanhar em festa particular, essas coisas. Eu ganhei R$ 250, elas ganham bem mais. A roupa é a mesma, não tem nada que diferencie. Mas todo mundo costuma saber quem é: geralmente elas ficam dançando no camarote. A F-1 tem muito estrangeiro. É um evento que precisa de ficha-rosa.”

3. A PARTE E O TODO. ”Um dos pilotos perguntou se eu queria ir de helicóptero com ele para uma festa particular. Foi bem insistente, não queria entender que eu não estava aceitando. Aí, foram falar com o coordenador da agência. Ele até veio me consultar pra ver se eu mudava de ideia, porque é um jeito que ele tem de cativar o cliente, mas acabou tendo que buscar umas fichas-rosa para mostrar ao piloto. As pessoas fazem esse julgamento, acham que todas podem ser assediadas.”

4. ANTIASSÉDIO. ”Tem que saber sair de situações assim. Como eu ficava perto dos boxes vestindo aquele macacão colado, era meio inevitável. O macacão é muito grudado, tudo fica ressaltado; as meninas que têm silicone chamam mais atenção. Eu não preciso, não [risos], malho bastante. Mas o jeito é sorrir, fingir que não está entendendo... Se bem que essa não cola porque eles sabem que todo mundo lá fala inglês. Não posso ser grossa, senão me queimo com a agência.”

5. ROTINA DE GP. ”Chegamos ao autódromo por volta das 5 horas e nos arrumamos lá. Só o cabelo é que é por nossa conta – solto, bem comprido e liso. Tem meninas que seguram o guarda-sol ou a bandeira do patrocinador e outras ficam no camarote com convidados, familiares dos pilotos etc. Há alguns momentos em que nós andamos pelo grid. Chama-se ‘fazer presença’. Em 2008, saímos do autódromo às 20 horas no domingo e ainda fomos para a festa de campeão do Lewis Hamilton, porque precisavam de gente bonita para encher a balada, mas não ganhamos cachê.”

Jacqueline Pires, 20 anos, estuda Relações Internacionais e trabalha com eventos desde os 16. Fez dois GPs do Brasil, mas deu um tempo porque conseguiu emprego fixo em uma sala vip do Aeroporto de Guarulhos. Agora, quer voltar para os eventos, que dão muito mais dinheiro.

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FONTES PESQUISADAS


METRO JORNAL - Grid girls podem deixar a Fórmula 1. Disponível em: <https://www.metrojornal.com.br/esporte/2017/12/14/grid-girls-podem-deixar-formula-1.html>. Acesso em: 15 de dezembro 2017.

RUIZ, Vanessa. 5 coisas sobre ser uma grid girl. Disponível em: <http://espn.uol.com.br/noticia/165510_5-coisas-sobre-ser-uma-grid-girl>. Acesso em: 15 de dezembro 2017.

























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