22 maio 2024 às 10h04
Jornal Opção - jornalopcao.com.br
Em outubro de 1991, a notícia de que Senna estaria em Goiânia para o casamento da sua prima movimentou o Aeroporto Santa Genoveva.
[Nota do Blog: Era uma prima de consideração, filha do padrinho de Ayrton Senna]
*Carlos César Higa
Em 1991, Ayrton Senna já era ídolo nacional. Bicampeão de Fórmula 1, ele estava prestes a conquistar seu terceiro título. Qualquer lugar que estivesse, o tumulto era certo. Jornalistas com suas perguntas, fãs com seus cadernos a espera de um autógrafo e as câmeras apontadas aguardando o clique da foto perfeita. Senna não passava despercebido. Em outubro daquele ano, a notícia de que ele estaria em Goiânia para participar do casamento da sua prima movimentou o Aeroporto Santa Genoveva. Será que Ayrton Senna vem mesmo? Ele estava de férias no Brasil se preparando para o GP do Japão onde poderia conquistar seu terceiro título mundial.
Quando a aeronave prefixo N125AS aterrissou na pista do aeroporto, todo mundo esperava descer dali aquele rapaz de cabelos ondulados com o boné azul do Banco Nacional. Mas os passageiros que desceram eram familiares de Senna que vieram para participar do casamento. E se ele estivesse disfarçado? Quem sabe? O casamento de Elizabeth Souza da Silva, prima de Senna, com o médico Silvio Pinheiro aconteceu no dia 6 de outubro de 1991, no Santuário Ateneu Dom Bosco. A recepção foi no La Fontaine, no Setor Bueno.
O burburinho sobre a possível presença de Ayrton Senna fez os convidados alimentarem os boatos afirmando que sim, ele veio, mas estava disfarçado. Milton da Silva, seu pai, falou com os jornalistas que estavam no Santa Genoveva e confirmou que o piloto não veio a Goiânia, pois estava descansando em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Sabe qual foi o presente que Senna deu para sua prima e o marido? Uma temporada de seis meses em seu apartamento localizado em Mônaco.
O assunto rendeu tanto que os jornalistas goianos entrevistaram o piloto do avião que trouxe a família Senna para Goiânia. Waldemir de Oliveira falou que seu patrão não pilota aeronaves e nem tinha o brevê, documento que habilita os pilotos. É claro que os goianienses queriam muito ver o ídolo de perto, mas o tricampeonato conquistado por Senna poucos dias depois os fez entender que o casamento da prima poderia ser comemorado outro dia e o tricampeonato só poderia ser conquistado uma vez no GP do Japão.
FONTE PESQUISADA
HIGA, Carlos César. Goiânia esperou Ayrton Senna, mas ele não veio. Disponível em: <https://www.jornalopcao.com.br/colunas-e-blogs/periscopio/goiania-esperou-ayrton-senna-mas-ele-nao-veio-607438/>. Acesso em: 23 de Maio de 2024.
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