25/04/2004 - 09h30
Foto: Álbum de Família
Ayrton Senna da Silva, tricampeão da F-1 e morto em 1º de maio
de 94, em Imola, tinha outras preocupações aos sete anos. Estudava, se
estropiava pelas ruas de Santana, bairro paulistano em que nasceu, assistia a
"Speed Racer" na TV.
Brincava, é verdade, com um carrinho
construído pelo pai, Milton,
dono de uma metalúrgica, um curioso em mecânica.
Mas chamar aquilo de kart era um exagero:
o motor, por exemplo, saíra de uma picadeira de cana. O máximo que fazia era
acelerar e derrapar por ruas vazias, de terra, de condomínios em construção da
zona norte. Vez ou outra, disputava com meninos que possuíam brinquedos
parecidos.
"Ele se apaixonou pelo carrinho, mas
meu pai achava que ele era muito pequeno para ter um kart de verdade. O Ayrton
então ficava zanzando pela casa, fingindo que corria. Ele gostava de frear com
o calcanhar do tênis e ouvir aquele som da borracha raspando no chão",
conta Viviane Senna, a
irmã mais velha e hoje presidente do Instituto Ayrton Senna.
O menino só foi ganhar o primeiro kart de
verdade aos nove anos, idade com a qual disputou --e perdeu-- sua primeira
corrida. Sua rotina, então, passou a ser treinar sempre que possível nas pistas
do Anhembi ou de Interlagos. E disputar corridas nos finais de semana, nas categorias
estreantes e novatos. Foi quando conheceu o espanhol Lúcio Pascoal, o Tchê, que ganhou notoriedade preparando
seus motores --e que hoje afina os propulsores do Senninha de Paulínia.
Algo como a atual categoria baby, com
crianças de quatro anos, era inimaginável naquele começo de anos 70. Eram
outros tempos. Senna, por exemplo, chegou à F-1 com 24 anos.
FONTE PESQUISADA
Tricampeão só ganhou primeiro kart aos 9
anos. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk2504200403.htm>.
Acesso em: 18 de fevereiro 2014.
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