Naquele telefonema arrepiante que Béco me deu, no sábado,
ainda em Sintra, depois da morte do Ratzenberger, eu toquei nesse assunto:
- Mas, Béco, quanto vale continuar com tudo isso? Milhões de
dólares? Bilhões de dólares?
Eu me referia aos senhores da Fórmula 1. Será que no peito
deles não há espaço para o sentimento da compaixão? Eu insistia:
- Se a prova for adiada por uma semana, tenho certeza de que
todo mundo que pagou ingresso paga de novo. As pessoas hão de entender...
Tchau Rubinho Barrichello, amigo fraternal. Tchau Christian
Fittipaldi. Tchau outros pilotos que choraram seu amigo Senna. Boa sorte! Que
as próximas temporadas não sejam marcadas, como a de 1994, pelo sombrio estigma
da morte. Não me peçam para botar o pé num autódromo - nunca mais. Até na tevê,
mudei definitivamente de canal.
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