Adriane Galisteu e Ayrton Senna na Australia
O GP da Austrália foi no dia 7 de novembro. Demos a nós dois
dias de descanso em Sydney, para um passeio de lancha no lago e uma bateria de
fotos que eu guardo com amor. E já aquela aflição de encher as malas com
presentes para o Natal. Adivinha que tipo de restaurante ele procurou, até
cansar, para me levar? Um italiano, é claro. Adivinha para onde eu escapei, um
dia, na hora do almoço? Bem, nem preciso falar, para não ficar parecendo um
comercial.
Adriane Galisteu e Ayrton Senna em Bercy
A caminho do Brasil, ele me avisou que ainda tinha um compromisso
beneficente a cumprir, em prol de uma fundação de crianças carentes, em Bercy,
na França - início de dezembro. Íamos juntos. Uma prova de kart. Sabem contra
quem? Além das feras da Fórmula 1 e de outras modalidades profissionais ou semi-profissionais,
uma fera especial: Alain Prost. Ayrton comportou-se como quando tinha 14
anos e se melecava com a graxa de seu kart. Mexeu e remexeu em tudo, deixando o
mecânico enlouquecido. Aquela coisa competitiva dele. É um barato a barulheira
do kart, mas tive de pedir emprestado um protetor de ouvidos especial, do
cineasta e nosso amigão Waltinho Moreira Salles - ex-corredor e um dos raros
torcedores canarinhos ali presente.
No final da brincadeira, Béco se queixou de dores nas costas:
- Acho que tô ficando velho...
(Dias depois, teríamos uma grata surpresa em Angra: um
protetor de costas para kartistas. Presente do Waltinho.)
Claro que as duas baterias da corrida viraram um duelo Senna
versus Prost. Mas aquele era, decididamente, o ano do francês. Talvez sirva de
relativo consolo: 1993 foi o ano em que ele me ganhou.
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