“Desculpa por não te ter dado
um carro à altura de teu talento.” Não é novidade para ninguém que Ayrton Senna
tinha um feitio difícil, mas a verdade é que por onde passou deixou saudades.
Até no Prost. Atentem neste pedaço de texto, que marcou a despedida de Ayrton
Senna da Lotus, em 1987.
Por LCSA a
Sexta feira, 27 de fevereiro de 2009 23:21
Gerard Ducarouge aproveitou
o GP de Suzuka, o penúltimo de Senna na Lotus, para escrever uma longa carta de
despedida. O que ele não esperava era que Ayrton lesse a carta ainda no
circuito. Resultado: pouco antes de começar um dos treinos, ao chegar à entrada
do boxe, Gerard percebeu pelo olhar de Ayrton, dentro do capacete, no cockpit,
que a carta tinha sido lida. Senna estava com lágrimas nos olhos e mal
conseguiu sair para a pista. Gerard, igualmente emocionado, não tinha cabeça
para entrar no espírito do treino.
Gerard Ducarouge e Ayrton Senna
Ficou até arrependido de criar aquela situação emocional para um homem que, em poucos minutos, estaria passando por ali a
Ayrton Senna e Gerard Ducarouge
No texto, Ducarouge, um dos mais consagrados projetistas da Fórmula 1, explicava que decidira não se despedir formalmente porque não conseguiria falar olhando nos olhos de Senna. Pedia desculpas por, durante três anos, não ter conseguido dar a Senna um carro à altura de seu talento e antecipava que aquela frustração ele carregaria para o resto da vida.
Aquela altura, Ducarouge já estava de volta à Inglaterra para trabalhar na Lotus que Nelson Piquet ia pilotar em 1988. Mas o campeão, ele tinha certeza, não seria Piquet. Estava escrito na carta.
FONTES
Autosport
Ayrton o herói Revelado
Nenhum comentário:
Postar um comentário