sábado, 7 de setembro de 2013

Ayrton Senna, uma fantástica história sobre o rei das poles



O Grande Prêmio da Bélgica, em Spa-Francorchamps (1985), uma semana depois, foi, para Peter Warr, a maior demonstração do talento e do perfeccionismo de Ayrton. No primeiro treino, sexta-feira, Senna conseguiu um tempo um segundo e meio mais rápido do que o resto. No sábado, os outros pilotos se aproximaram do tempo dele, mas estavam longe de igualá-lo, quanto mais de ultrapassá-lo. Como sempre, Ayrton fez a primeira tentativa - um bom tempo - e voltou aos boxes. Hora de trocar o turbo, operação que levava quase 40 minutos. Peter Warr percebeu que ele continuou no cockpit e se aproximou. A explicação:
- Não estou feliz com o meu tempo.
- Tudo bem, relaxa um pouco fora do carro. Vão levar 40 minutos para trocar o turbo.
- Vou ficar aqui. Quero fazer a volta em 1m16s09.
E lá ficou Senna, amarrado pelo cinto de segurança, olhos fechados dentro do capacete, concentrado, pensando na volta em 1m16s09 e acompanhando pelo monitor as tentativas, inúteis, dos outros pilotos de melhorar o tempo dele. Faltando 15 minutos para o fim do treino, ninguém chegara nem perto de seu tempo. Mas ele fez um sinal para Peter Warr, dando a entender que queria ir para a pista:
- Estou pronto.
- Não é necessário!
- Quero ir...
-Você está louco?
Ayrton não ligou, saiu para mais uma volta voadora e cravou exatamente o tempo que achou que poderia conseguir: 1m16s09. No retorno ao boxe, emoldurou a façanha com um sorriso maroto, de dentro do capacete, para o perplexo Warr.

FONTE

Livro Ayrton, o herói revelado


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