Sem guarda-chuva, line girls
ensaiam em Interlagos
Apresentação das lines girls em Interlagos -
Michel Filho / Agência O Globo
Organizadores dizem que a
história de Adriane Galisteu, que ganhou Ayrton Senna ao segurar um
guarda-chuva no grid de 1993, dificilmente se repetirá
por Carol Knoploch
05/11/2014 17:47 / Atualizado 05/11/2014
18:53
O Globo - oglobo.globo.com
O piloto Ayrton Senna se apaixonou por Adriane
Galisteu, quando a moça trabalhava como grid girl no autódromo de Interlagos, em São Paulo. Um verdadeiro conta de fadas.
SÃO PAULO - A história de
Adriane Galisteu, que conheceu Ayrton Senna na reta de largada do Autódromo de
Interlagos, em 1993, dificilmente irá se repetir domingo, no GP Brasil de
Fórmula-1.
- O sonho da Galisteu não
existe mais - brincou Adriana Racy, gerente de operações da XYZ Live, agência
que auxilia a organização do Grande Prêmio do Brasil com as line girls. - Elas
não usam mais guarda-chuva! - justificou ela, ao se referir à história da então
modelo, que segurou um guarda-chuva no grid de 1993.
No lugar do guarda-chuva, as meninas da vez terão uma
capa, usada na tarde desta quarta-feira, em Interlagos, para um ensaio de
pista. Mesmo com chuva fina, elas trabalharam.
- Nas mãos, terão apenas a
placa com o número do piloto (e não da posição). Mesmo assim, elas sempre
perguntam: "Uai, mas o meu número é 19 (do Felipe Massa) e vou ficar na
posição 4? - conta, aos risos, Marcelo Peixoto, coordenador das grid girls há
22 anos, que voltou a brincar:. - Alguém tem de fazer o serviço sujo, né?
Ele endossou Adriana ao
explicar que as meninas não podem conversar com os pilotos e muito menos com os
mecânicos. Seguem script cronometrado:
- Mecânico é mecânico. Pode fazer gracinhas. E isso
aqui não é brincadeira. Também alerto em relação ao publico, que estará aqui na
curtição e isso pode gerar alguma confusão - explicou ele, que pediu para as
meninas não se esconderem na capa de chuva. - Se chover, não se escondam dentro
da capa porque ninguém aqui é o Batman!
Marcelo quis esclarecer que
Galisteu não foi line girl e que ela criou uma onda nos GPs seguintes:
- A Galisteu não conheceu o
Senna aqui, eles se falaram apenas na festa do título. Foi contratada na época
por uma marca para segurar um guarda-chuva, mas não era line girl (Adriane Galisteu já confirmou em entrevista que conheceu e conversou pela primeira vez com Ayrton Senna em Interlagos, no GP Brasil de 1993, ao segurar o guarda-chuva para o piloto, quando era grid girl. Ou seja, ela foi sim uma line girl, que é o mesmo que grid girl, paddock girl ou pit babies). Depois dessa
história (de um piloto de F1 se apaixonar por uma grid girl) foi um movimento ferrenho de meninas querendo trabalhar com a gente
com a esperança de se casar com piloto.
Adriane Galisteu (Foto) conheceu
Ayrton Senna no Grande Prêmio Brasil de 1993, enquanto trabalhava como grid girl em interlagos. Grid girl ou Garotas do Guarda-Chuva são garotas jovens que seguram o guarda-chuva
para proteger os pilotos de Fórmula 1 do sol ou da chuva.
Adriane e as outras girls com Jô Ramirez, engenheiro coordenador técnico da McLaren na época
e também melhor amigo de Senna
Ayrton Senna encontrou seu
grande amor Adriane Galisteu em um grid de Formula 1. De acordo com biógrafos de Ayrton, o campeão e Adriane se casariam no fim da temporada de Fórmula 1 de 1994
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Vídeo:
Adriane Galisteu Conta Primeiro Encontro Com Ayrton Senna
Adriane Galisteu em entrevista ao Programa Fim de Expediente da radio CBN em abril de 2012
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Vídeo:
Mãe Conta Como Adriane Galisteu Conheceu Ayrton Senna
Dona Emma Galisteu, mãe de Adriane, conta como a filha conheceu Ayrton
TV Record 2014
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GRID GIRLS HOJE
18 MENINAS NO GRID
Para este ano, a organização
terá 18 meninas no grid e outras quatro "de reserva". Elas foram
escolhidas por uma empresa parceira da F-1 e não receberão cachê. O uniforme,
com uma saia comportada e na cor azul, foi aprovado pela Formula One Management
(FOM).
Domenica Nepomuceno, natural
de Nova Iguaçu, disse que o evento está dando uma guinada na carreira de
modelo. Ela morava em Belém, no Pará, e veio para São Paulo, há dois meses,
para dar “um gás’ na carreira. Teve de morar na casa de uma tia, na favela de
Paraisópolis. Hoje, após alguns trabalhos, conseguiu alugar um apartamento no
bairro da Aclimação.
- Vim para São Paulo por
causa da carreira e este trabalho é importante. Abre portas - falou a menina de
20 anos, que não entende nada de F-1.
Assim como ela, Sandra
Kitner, não sabe nem quem é o líder do campeonato. Ela é a prova de
que meninas "normais" também podem sonhar em trabalhos como esse.
Professora de ioga e dança do ventre, ela foi convidada por uma amiga para o
trabalho.
- Meu noivo ficou meio assim
mas homem gosta. Dá moral para eles. E para mim? Ah... A vaidade vai lá pra
cima - admitiu a única ruiva do grid.
As meninas, que só saberão
onde ficarão no grid minutos antes de entraram "em campo", chegarão
em Interlagos às 7 horas de domingo. Farão cabelo e maquiagem no local. O
trabalho na pista dura 45 minutos.
- Line girls é tradicional. A
importância delas é essa, a tradição. Antigamente, quando não tinha a
comunicação via rádio como tem hoje, elas tinham a função de marcar a posição
do piloto. Hoje, naturalmente, eles vão para a pista sabendo onde largam, após
revisão de penalidades e etc - explicou o organizador, que confere, antes delas
entrarem na pista, se estão com celulares. - Não podem tirar selfie com ninguém
aqui. A F-1 tem regras de direito de imagem e isso é proibido.
O desfile das beldades em Interlagos | Michel
Filho / Agência O Globo
Sete line girls na
expectativa para a corrida de domingo | Michel Filho / Agência O Globo
As line girls exibindo charme e elegência nos
boxes | Michel Filho / Agência O Globo
FONTE PESQUISADA
KNOPLOCH, Carol. Sem guarda-chuva, line
girls ensaiam em
Interlagos. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/esportes/sem-guarda-chuva-line-girls-ensaiam-em-interlagos-14475616>.
Acesso em: 15 de novembro 2015.
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