sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

"Aquele pedaço de ferro passou e o matou. Um centímetro pra cima e ele estaria conosco até hoje", diz Galvão Bueno

Senna em sua última corrida, Ímola 1994


por  rodrigoadams em 04.12.2015 | 14h26 
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Porã A maior tragédia da história do esporte brasileiro foi a morte do Ayrton Senna. Como foi viver aquele momento? Tu tens teus filhos no automobilismo. Como é para um pai narrar a morte do maior ídolo nacional e ainda ter que enfrentar os seus filhos competindo?


Galvão Eu lido muito bem. Temos que separar em duas partes o acidente do Senna. Uma parte é a fatalidade. A forma com que uma das hastes da suspensão quebrou. Aquele pedaço de ferro passou e o matou. Um centímetro pra cima e ele estaria conosco até hoje. Alguns atletas passam da condição de ídolo. O Senna era um desses. Era aquele menino que, enquanto o Brasil estava cheio de problemas, guiava todo mundo nas manhãs de domingo. Hoje continuamos com o Brasil cheio de problemas e ainda falta quem ganhe. Uma coisa foi narrar aquela tragédia. Foi o momento mais difícil da minha vida. Confesso que durante a transmissão eu saí algumas vezes do estúdio e o Reginaldo Leme segurou a onda. Outra coisa é narrar aquela morte pública. O Ayrton Senna morreu no sofá da sala dos brasileiros. Ayrton era como um irmão mais novo. Eu prefiro lembrar dele pela genialidade e por tudo o que ele fez. Pessoalmente, pelos momentos maravilhosos que tivemos juntos.

O piloto Senna e o narrador Galvão conversando em Aida 1994

O primeiro empresário e amigo de Ayrton, saudoso Armando Botelho, o jovem Ayrton e o narrador esportivo Galvão Bueno, conversam, no começo da carreira do tricampeão, foto datada de 1983


  
FONTE PESQUISADA

ADAMS, Rodrigo. GALVÃO BUENO: “AYRTON SENNA MORREU NO SOFÁ DA SALA DOS BRASILEIROS”. Disponível em: <http://atl.clicrbs.com.br>. Acesso em: 04 de dezembro 2015.









 


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