Madrinha de Senna, Wanda conta como ex-piloto era
custoso quando criança e relata com carinho as visitas, mesmo as tumultuadas,
já depois da fama
Wanda se diverte lembrando das brincadeiras do afilhado
O Popular - opopular.com.br
30/04/2014 22:44
Ayrton Senna, aos 4 anos, brinca com seu primeiro kart,
feito pelo pai, Milton e construído por um médico da família: foto é guardada por madrinha de ex- piloto, que mora em
Goiânia e tem outras relíquias
Em Tatuí (SP), em 1993, foi
bem descontraído, leve. Quando ele estava com a família, era o Béco. Eu o vi
pilotando o helicóptero, onde estavam ele, lindo, o piloto e a Adriane (Galisteu). Foi a última cena.”
- Elizabeth de Souza, goiana,
amiga de infância de Ayrton Senna,
sobre a última vez em que o viu, meses antes do acidente fatal
Em Goiás, fosse na Ilha do
Bananal, na Pousada do Rio Quente ou na fazenda em Dianópolis (hoje no
Tocantins), ele sempre foi só o Beco.
Quando criança, durante as férias, Ayrton Senna passava
alguns dias na Pousada do Rio Quente (GO). Junto com sua família e padrinhos, o
garotinho brincava, nadava nas cachoeiras e se divertia com os irmãos e primos
O apelido carinhoso era usado
pela família e amigos muito próximos. Era assim que os padrinhos Benedito de Souza e Wanda Oliveira de Souza o conheciam,
mesmo depois de ele se tornar o fenômeno do automobilismo internacional, Ayrton
Senna.
Uma relação familiar que
começou quando Benedito recebeu o pai de Béco em sua fazenda, no interior de
Goiás. A amizade se estendeu. O casal goiano batizou o primeiro filho homem do
casal de amigos paulistas. Antes, Wanda tinha crismado a primogênita deles, Viviane. “Imagina uma jacu ir lá em São
Paulo crismar uma menina...”, brinca Wanda.
Benedito morreu há mais de um
ano [em 2012]. Ele gostava de lembrar de histórias do afilhado, que, por aqui,
era só Béco mesmo. “O Ayrton Senna era o Ayrton Senna, o Béco era o Béco, o
menino levado que a gente viu nascer”, explica Wanda, que mora em Goiânia e
ficou com a tarefa de contar as histórias. “Só de falar dele, eu fico feliz.”
Ela gosta de recordar como
sempre foi confundida com a mãe de Senna, Neyde
Senna – para ela, só Záza –, chegando a ouvir chamarem-nas de irmãs gêmeas.
Semelhança que fez com que algumas pessoas a cumprimentassem como se fosse a
mãe do piloto no dia do velório. Algumas lembranças ainda a emocionam e fazem
sua filha, Elizabeth de Souza, segurar as lágrimas.
“Tenho assistido (a
reportagem sobre os 20 anos da morte de Senna) e vejo o Béco... O Béco que
jogava areia em mim, que puxava meu cabelo... Eu acho linda a carreira dele,
mas eu sinto falta do Béco, do meu primo”, lamenta Beth, que só tem adjetivos
para ele. Brincalhão, companheiro, espirituoso, piadista, arteiro... “O Béco
era terrível”, comenta Wanda, que tinha sempre de fazer empadinhas de frango
para receber o afilhado.
Na estante, uma garrafa de
champanhe, com a qual ele comemorou um dos pódios que fez em pistas brasileiras
de Fórmula 1. Mas não é nela, nem nas fotos, que estão o elo entre as famílias
e a lembrança do afilhado e amigo morto. Estão, sim, nas palavras, no discurso
de quem parece ainda esperar que o Béco ligue e marque um encontro surpresa
para jantar ou venha para a fazenda pescar e jogar baralho – canastra, sempre.
Ou, ainda, mande buscar a família Souza, de Goiânia, para passar um tempo com
ele em Angra dos Reis.
Assista mais histórias do menino Béco contadas pela
madrinha dona Wanda:
FONTE PESQUISADA
O POPULAR - Lembranças do Beco. Disponível
em: <http://www.opopular.com.br/editorias/esporte/lembranças-do-béco-1.535569>.
Acesso em: 06 de dezembro 2015.
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